Novíssimo Edgar

18/ago

 

 

A Gentil Carioca, Rio e São Paulo, anuncia a representação do multimídia e artista plástico Novíssimo Edgar. Sua obra transborda autenticidade e liberdade, passando por diversos suportes e segmentos de pesquisas de metalinguagens e transmídia. Existem dimensões ritualísticas na sua produção, passando ainda por temas atuais, como a violência e o cenário político brasileiro. Em algumas de suas obras trabalha o sincretismo juntando influências da cultura iorubá e técnicas da numerologia Russa. Futurismo indígena e a diáspora negra fazem de seu repertório de pesquisa e experiências uma imersão em um universo específico e indomável.

 

Sobre o artista

O poeta, artista plástico, compositor, e performer nasceu na periferia de Guarulhos, São Paulo, em 1993. Seu interesse pela arte começou na infância, incentivado pela sua mãe – Dona Maria, a elaborar esculturas, desenhos e pintura sobre azulejos. Edgar é um ser nada mimético, milimétrico ou métrico e sim semiótico, semi-nu e cru. Artista multimídia que trabalha com todo tipo de material ancestral e tecnológico, produz pinturas, cria instalações, performances, desenhos, compõem músicas, inventa jogos de cartas, escreve livros, produz filmes, games e NFTs. Em 2022, integrou as coletivas “Naokada” e “Raio a Raio” no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, a segunda em parceria com o Solar dos Abacaxis. Também participou da coletiva “A Trama da Terra que Treme” na galeria A Gentil Carioca de São Paulo e realizou a performance “Armadura” em Lausanne, na Suíça. Além da parceria musical com Elza Soares, tem participações com João Donato, Céu e Baiana System. Ganhou dois prêmios como artista revelação no ano de 2018, pela SIM e pela APCA, e recebeu o prêmio Zumbi dos Palmares da Legislação de São Paulo pela sua influência na luta anti-racista em 2019. Recentemente, assinou a direção de narrativa e trilha sonora de um game e um longa metragem da diretora dinamarquesa Sissel Morell Dargis.

 

A palavra de Paulo Paes

Hoje, a intensa navegação sedentária na rede, expõe o navegante a fluxos violentos de informação classificada que precisam de resolução poética para serem usadas no dia a dia. É neste destrinchar permanente que se assemelha cada vez mais as práticas alquímicas artesanais que transita o artista, entre o material e o virtual, plástico e palavras, convertidos aos sistemas binários para serem consumidos, quase como carne, numa oferenda fetichista. Proteína para um novo ciclo de milagres entre inspirar e expirar, dólares e amores, navegar sem perder o tempo do bit.

 

 

Exposição de Boris Kossoy em Fortaleza

 

 

“Um mundo de estranhamento diante de situações banais que harmoniza cultura, mistério, história e memória”. É assim que o fotógrafo Boris Kossoy sintetiza sua exposição “Estranhamento” que estreia no Museu da Fotografia Fortaleza, CE. A mostra comemora o Dia Mundial da Fotografia. Sob curadoria de Diógenes Moura, a mostra apresenta 92 obras do artista, algumas delas inéditas, e ficará em cartaz por três meses. O artista Boris Kossoy e Diógenes Moura se reúnem para uma roda de conversa com os visitantes e uma sessão de autógrafos. A partir de 20 de agosto.

 

Sobre o artista

 

Boris Kossoy, natural de São Paulo, é fotógrafo, teórico e historiador da fotografia. A Arquitetura (Universidade Mackenzie) e as Ciências Sociais (Escola de Sociologia e Política de São Paulo) somam-se à sua formação, tendo obtido os títulos de mestre e doutor por esta última instituição. Paralelamente à sua carreira profissional, acadêmica e artística dedicou-se desde cedo ao magistério. É professor livre-docente e titular da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo. Na área institucional foi diretor do Museu da Imagem e do Som de São Paulo (1980 – 1983) e diretor da divisão de pesquisas do Centro Cultural São Paulo (1995 – 1997).  Participou como conferencista convidado de dezenas de eventos acadêmicos nos EUA, Europa e América Latina. Ao longo de sua trajetória a fotografia tem sido o centro de suas investigações em diferentes áreas: teoria, história e poética. Como pensador e pesquisador, seus trabalhos mais conhecidos são focados na história da fotografia no Brasil e na América Latina, nos estudos teóricos da expressão fotográfica e, na aplicação da iconografia como fonte de pesquisas nas ciências humanas e sociais. Alguns de seus livros nessas áreas se tornaram obras de referência como o clássico “Hercule Florence, a descoberta isolada da fotografia no Brasil”, livro que mereceu edições no México, Espanha, Alemanha, França, Inglaterra e Estados Unidos. É autor também de  “Viagem pelo Fantástico”; “Dicionário Histórico-Fotográfico Brasileiro”; “Fotografia e História”; “Realidades e Ficções na Trama Fotográfica”; “Os Tempos da Fotografia”; “O Olhar Europeu: o Negro na Iconografia Brasileira do Século XIX”, (em coautoria com Maria Luiza Tucci Carneiro); “Um Olhar sobre o Brasil: A Fotografia na Construção da Imagem da Nação” (org.); “Encanto de Narciso”; “L’ Éphemère et l’Éternel dans L’image Photographique”, entre outras obras. A trajetória do acadêmico caminhou paralelamente à uma longa carreira como fotógrafo:  fotografias de sua autoria integram as coleções permanentes do Museum of Modern Art (NY), Bibliothèque Nationale (Paris), Centro de la Imagen (México DF), Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, entre outras instituições. Em 1984, recebeu a condecoração Chevalier de l’ Ordre des Arts et des Lettres do Ministério da Cultura e da Comunicação da França, pelo conjunto de sua obra.

 

Sobre o curador

 

Diógenes Moura é escritor, curador de fotografia, roteirista e editor independente. Em 2019, foi semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura com “O Livro dos Monólogos (Recuperação para Ouvir Objetos)”, publicado pela Vento Leste Editora. Em 2018/2019 foi curador da mostra “Terra em Transe”, que ocupou todo o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, fazendo parte do Solar Foto Festival. Premiado no Brasil e exterior, foi curador de Fotografia da Pinacoteca do Estado de São Paulo entre 1998 e 2013. Seus livros, nove ao todo, habitam o campo da experimentação, da coragem e originalidade na abordagem dos temas, na busca por uma dicção própria, pelos traços de narrativas concisas, sem apego às descrições realistas tão em voga na literatura brasileira contemporânea. Tem uma relação bem próxima com o Museu da Fotografia Fortaleza. Além de “Estranhamento”, também assina a curadoria das exposições de longa duração, “O olhar não vê. O olhar enxerga” e “Não danifique os sinais”. Antes, foi curador da mostra “Estúdio de Arte Irmãos Vargas encontra Martín Chambi”, que já esteve em exposição no segundo andar do equipamento e, atualmente, faz parte do Museu Itinerante, projeto do Museu da Fotografia Fortaleza que percorre espaços públicos em na capital e em cidades do interior do Ceará.

 

Coleção de bichos contemporâneos e atemporais

17/ago

 

 

A Belizário Galeria, Pinheiros, São Paulo, SP,  exibe – “A Arca de Noé/A Bicharada” – primeira exposição que inaugura o projeto – “Porão da Belizário”. A curadoria das ações do novo espaço é assinada pelo jornalista, fotógrafo, consultor e curador independente Renato De Cara. O conceito do curador para o “Porão” é o de proporcionar uma maior amplitude de artistas e obras ao público que vai à galeria incentivando o contato com novas formas de criação, um dos propósitos básicos da Belizário desde seus primeiros dias. A convivência e a aceitação de novas formas de arte e criatividade necessita de estímulos, desafios e constância.

 

Em sua primeira mostra, Renato De Cara traz uma coletiva com 16 artistas – Ariel Spadari, Arivânio Alves, Charles Cunha, Ciro Cozzolino, Daniel Malva, Delfina Reis, Francisco Maringelli, Gilles Eduar, Lucas Lenci, José Raimundo, Rosa Hollmann, Suellen Estanislau, Ulysses Bôscolo, Vitor Mizael, Vinicius Flores, Wagner Olino – que utilizam suportes variados como pintura, escultura, fotografia e gravura.

 

No conceito selecionado, a liberdade criativa da arte permite questionamentos improváveis. “Consideremos Deus arrependido no mito da Arca,  o bicho-homem e as bestas. Aquele acúmulo de animais com a missão de perpetuar as raças. No ainda aguardado fim-do-mundo, onde predicados, gêneros e hegemonias são questionadas, a quem deveríamos poupar?”, pergunta o curador.

 

Mesmo que o momento presente nos induza a ter respostas não muito positivas à pergunta proposta, pois como diz Renato De Cara, “…pensamos a todo instante no quanto a humanidade não deu certo. Mas vejamos o quanto tudo isso é relativo. A civilização, não podemos negar, muito se desenvolveu técnica e cientificamente até aqui”. A arte e a ciência são provas latentes de que vivemos melhor e podemos ser pessoas melhores. As obras escolhidas nos brindam com uma profusão de cores e formas que enlevam o espírito lembrando o lado positivo da natureza, fonte de toda a beleza em formas modelares.

 

Citando um pouco os trabalhos presentes, na linha costurada pelo curador para unir artistas criativos tão distintos e relevantes em suas variantes técnicas, unindo linguagens mais populares e contemporâneas, além de peças cedidas por colecionadores, obras ousadas, às vezes consideradas mais “ingênuas” de Arivânio Alves (CE), José Raimundo (MG), Suellen Estanislaw (PR) e Vinícius Flores (SC) travam diálogos com Wagner Olino, Vitor Mizael, Ariel Spadari, Charles Cunha e Daniel Malva com linguagens contemporâneas entre desenhos, taxidermia, uso de aplicativos, fotografia  e escultura, enquanto Delfina Reis, Gilles Eduar e Rosa Hollmann trabalham em um universo quase infantil. Com uma linha mais clássica, as fotografias de Lucas Lenci e as pinturas de Ulysses Bôscolo compõem uma unidade visual com as esculturas em bronze de Francisco Maringelli e as pinturas, representativas da “Geração 80″, de Ciro Cozzolino.

 

“A Arca de Noé/A Bicharada”, através da criatividade, técnica e sensibilidade dos artistas convidados, apresenta uma coleção de bichos contemporâneos e atemporais. Como define Renato De Cara, “…cada narrativa procura estabelecer lembranças e sugestões para nos manter ainda em contato com a fauna tradicional. Licenças poéticas para o casting de uma arca repleta, onde casais, singles, e outras relações possam conviver em harmonia”.

 

Sobre o curador

 

Renato de Cara nasceu em Lins, SP, 1963. Vive e trabalha em São Paulo. Bacharel em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica – PUC/SP (1985). Interessado em cultura, especializa-se em arte e moda contemporânea, produzindo, escrevendo, editando e fotografando para marcas e veículos de comunicação. Entre 2006 e 2017, dirige a Galeria Mezanino, respondendo pela produção e curadoria de inúmeras exposições, tanto individuais como coletivas fazendo com que o espaço se consolide como um celeiro para novos nomes e também de resgate para artistas em meio de carreira, cruzando linguagens e propondo novas abordagens no mercado de arte contemporânea. Assumiu em 2018 a Diretoria do Departamento de Museus municipais de São Paulo, coordenando quinze espaços museológicos e históricos, construídos entre os séculos XVII e XX. Atua como curador independente e consultor de arte, acompanhando artistas em parcerias com diversas instituições culturais.

 

Abertura: 20 de agosto, sábado, das 14h às 18h.

Período: de 22 de agosto a 08 de outubro.

 

Mazé Mendes no MON

 

 

A exposição “Recortes de Um Lugar”, da artista paranaense Mazé Mendes, será apresentada – a partir de 19 de agosto – na Sala 7 do Museu Oscar Niemeyer (MON), Centro Cívico, Curitiba, PR. A curadoria é de Rosemeire Odahara Graça e a mostra reúne pinturas da produção recente de Mazé Mendes, fotografias e documentos. As obras permitirão ao visitante estabelecer um diálogo entre seus trabalhos, produzidos a partir de 2019, e o caminho criativo que desenvolve desde o final da década de 1970.

 

Sobre a artista

 

Mazé Mendes é graduada pela Faculdade de Belas Artes do Paraná e pós-graduada em Arte-Educação pela Faculdade de Artes do Paraná. Tem participado ativamente de vários certames artísticos desde o final dos anos 1970, com centenas de exposições coletivas e individuais no Brasil e no Exterior. Suas obras fazem parte de acervos institucionais e privados, entre eles: Museu Oscar Niemeyer (MON), Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC), Museu Municipal de Arte (MuMA), Museu da Universidade Federal do Paraná (MusA-UFPR), Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), Museu da Gravura Cidade de Curitiba, Museu Universitário PUCPR e acervo da Embap/Unespar.

 

Rafel Vicente no MON Niterói

 

 

O artista plástico Rafael Vicente, nascido em de Niterói, RJ, possui uma pesquisa artística bastante influenciada pela paisagem urbana. Cerca de 70 obras, todas inéditas, reunidas numa exposição que leva o título “Pontos de Fuga”, a mostra, tem curadoria do Marcus Lontra e traz pinturas (óleos sobre tela na sua maioria) e uma instalação, que ocupará o salão principal do MAC. Rafael faz um uso notável das perspectivas e de uma paleta de cores que remete ao ambiente de grandes metrópoles. Suas pinturas se iniciam em telas e se expandem pelas paredes, invadindo o espaço expositivo. Rafael Vicente tinha 18 anos quando abriu, no Centro Cultural Paschoal Carlos Magno, em Niterói, sua primeira exposição, não imaginava que viria a ganhar importantes prêmios e que suas obras chegariam a lugares como França, Portugal, Holanda e Moçambique. Talvez ele sequer imaginasse que completaria 28 anos de carreira. Pois tal marca foi alcançada este ano, e a celebração será num dos Museus mais importantes do Brasil, o MAC. Até 28 de agosto.

 

Sobre o artista

 

Rafael Vicente vive e trabalha entre Rio de Janeiro e São Paulo. É bacharel em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ, Rio de Janeiro e frequentou o curso de Análise e inserção na produção com Iole de Freitas EAV, Parque Lage, Rio de Janeiro. Atualmente é representado pelas galerias Paulo Darzé em Salvador, Galeria Referência em Brasília e Almacén Thebaldi no Rio de Janeiro. Seu interesse pelas artes visuais se manifestou cedo, mais exatamente na casa onde passou a infância, em Icaraí, Niterói. Sua mãe, a artista plástica Maria das Graças Vicente, foi quem primeiro lhe apontou para aquela forma de expressão. Sua formação deu-se em duas das mais importantes instituições dedicadas ao tema no Rio de Janeiro: A Escola de Belas Artes da UFRJ – onde veio a ser professor entre 2005 e 2007- e da Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV), onde foi aluno de Iole de Freitas, entre outros grandes nomes das artes. Além da própria Iole, a paulista Suzi Coralli é uma importante referência em sua identidade artística. Rafael Vicente foi o primeiro artista a ganhar, em 2003, o prêmio Novíssimos, concedido pelo Instituto Brasil-Estados Unidos (IBEU). Da mesma instituição, ganharia no ano seguinte o Prêmio Ibeu de Artes Plásticas. Outros prêmios importantes são o Maimeri Brasil e o Haineken,  uma de suas telas – vista na ocasião no Museu da República, Rio de Janeiro – chegasse ao Museu Haineken, Holanda. Cumpriu residências em países como a França, em Paris ( Pave D´Orsay pela Art San´s Lab), Espanha (Casa Brasil de Madri, 2002) e Moçambique, onde participou, em 2006, da Bienal Internacional realizada em Maputo. Sua produção teve a chancela dos mais importantes curadores do país nomes como o de Vanda Klabin, Fabiana de Moraes, Jorge Salomão e Marcus Lontra. É de Lontra uma das definições mais assertivas sobre o estilo de Rafael Vicente: “Trata-se de um artista com domínio dos seus meios expressivos e ao mesmo tempo inquieto e criativo, construindo, pedra a pedra, quadro a quadro, a sua obra, a sua verdade, a sua história”.

 

 

Produção de 40 artistas mulheres

16/ago

 

 

O MON, Curitiba, PR, apresenta a exposição “Fora das Sombras: Novas Gerações do Feminino na Arte Contemporânea” na Sala 11 do Museu Oscar Niemeyer. A mostra reúne a produção recente de 40 artistas mulheres do Rio Grande do Sul, com curadoria de Ana Zavadil.

 

Através de obras, muitas inéditas, essas potentes artistas questionam a situação da mulher numa história da arte dominada pelos homens. A resistência é expressada pelo processo criativo de cada uma delas, formando um conjunto inquietante e questionador.

 

São 140 obras de diversas técnicas. O modelo curatorial de exibição das obras é o modelo labiríntico, sem seguir cronologia, deixando o visitante livre para escolher o seu caminho dentro da sala expositiva. Faz parte da proposta provocar questões que possam ampliar as pesquisas individuais produzidas pelas artistas.

 

Os trabalhos apresentados constituem fonte de resistência e poder dentro do cenário vigente da produção das artistas, muitas com um caráter feminista. A arte deve potencializar a militância artística coletiva pela busca de respeito, igualdade e diversidade, buscando romper valores do sistema patriarcal, bem como reconhecer a qualidade da obra de artistas mulheres e o seu lugar na sociedade.

 

Homenagem na Ocupação Itaú Cultural

 

 

A grande atriz brasileira Tônia Carrero é a homenageada na Ocupação Itaú Cultural, Avenida Paulista, São Paulo, SP. A exposição conta com destaques sobre a vida e a obra da atriz, e permanecerá em cartaz até 06 de novembro.

 

Através de fotos, vídeos, textos, documentos e demais objetos, a Ocupação contempla várias facetas da homenageada: da imagem de diva ao profissionalismo, da inteligência ao humor delicado, da sofisticação ao enfrentamento (da Censura da Ditadura, por exemplo). E, em especial, ressalta-se um de seus principais traços: a alegria de ser atriz, de surpreender a plateia, de renovar sempre as emoções (as suas e as dos espectadores).

 

Fortes D’Aloia & Gabriel – Galpão

 

 

A Fortes D’Aloia & Gabriel – Galpão, Barra Funda, São Paulo, SP, apresenta no dia 20 de agosto, “Tragédia!”, exposição coletiva com curadoria de Raphael Fonseca incluindo obras de Adriana Varejão, Anderson Borba, Carla Chain, Felipe Abdala, Gabriela Mureb, Gilson Plano, Ivens Machado, Lucas Emmanuel, Mateus Moreira, Mayana Redin, Renato Pera, Rivane Neuenschwander e Sonia Andrade.

 

A mostra joga de forma não-linear com os elementos que compõem a tessitura de três fatos históricos – um terremoto na cidade de Mogi Guaçu em 1922, a ansiedade pelo modernismo e a tensão em torno das eleições presidenciais de agora. Aproximando-se dos absurdos pop que a palavra “tragédia” pode evocar, os mais de 30 trabalhos expostos versam sobre um mundo que, quando olhado em detalhe, nos convida a observar suas rachaduras e gozar de seu caráter trágico.

 

Conversa sobre exposição

15/ago

 

 

Sobre este evento

 

Em uma parceria inédita, o Instituto Ling, Porto Alegre, RS, recebe para uma série de encontros com artistas e curadores que estarão, ao longo de 2022, na programação de exposições da Fundação Iberê Camargo.

 

Neste encontro, o artista visual Rodrigo Andrade e a curadora e crítica de arte Taisa Palhares se reúnem para uma conversa sobre a exposição “Rodrigo Andrade – Pintura e Matéria”, que estará em cartaz a partir do dia 27 de agosto.

 

A mostra reúne, pela primeira vez em Porto Alegre, um recorte de 30 trabalhos, uma visão significativa da produção do artista em quase 40 anos de trajetória singular. Em paralelo, Rodrigo Andrade, considerado um dos mais importantes nomes da arte contemporânea brasileira, apresenta um trabalho inédito: “cópias” de obras de Iberê Camargo selecionadas pelo artista num universo de 217 pinturas que compõem o acervo da Fundação.

 

A atividade acontece no dia 25 de agosto, às 19h, em formato híbrido, online pelos canais no Youtube de ambas as instituições e presencial no Instituto Ling. Com vagas limitadas, a distribuição de senhas iniciará uma hora antes da atividade. Ao realizar sua inscrição, você recebe o link da transmissão através do e-mail cadastrado. No dia da atividade, você também recebe lembretes via e-mail, assim não perde o horário e aproveita a atividade do início ao fim.

 

Sobre os participantes:

 

Rodrigo Andrade é pintor, gravador e artista gráfico. Iniciou sua formação em gravura no ateliê de Sérgio Fingermann em São Paulo, em 1977, e no ano seguinte frequentou o Studio of Graphics Arts, em Glasgow, Escócia. Estudou desenho com Carlos Fajardo e gravura e pintura na Ecole Nationale Supérieure dês Beaux-Arts de Paris. De volta ao Brasil, integrou, entre 1982 e 1985, o grupo Casa 7. Realizou mostras em importantes instituições nacionais e internacionais. Sua obra integra importantes coleções públicas, como Museu de Arte Moderna de São Paulo, SP; Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP; Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ; além de outras coleções particulares.

 

Taisa Palhares possui bacharelado (1997), mestrado (2001) e doutorado em Filosofia (2011), pela Universidade de São Paulo. É professora de Estética no Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas desde 2015. Trabalha com os autores da Teoria Crítica, sobretudo o filósofo alemão Walter Benjamin. Atualmente, desenvolve pesquisa sobre a percepção estética como jogo a partir de Benjamin e sua relação com a Arte Moderna e Contemporânea. De 2003 a 2015, foi pesquisadora e curadora da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Organizou o volume “Arte brasileira no acervo da Pinacoteca do Estado de São Paulo” (2010), Prêmio Jabuti na categoria Livro didático e paradidático, em 2011.

 

Esta programação é uma realização da Fundação Iberê, Instituto Ling e Ministério do Turismo / Governo Federal.

 

 

Galeria Provisória em versão pop-up

12/ago

 

Mantendo sua vocação itinerante, democratizando a arte em espaços diversos por períodos indeterminados, a partir do dia 15 de agosto, a Galeria Provisória, do artista plástico Anderson Thives, ocupará espaço no Botafogo Praia Shopping, Rio de Janeiro, RJ, em uma versão pop-up. Além de promover um passeio por suas exposições, Thives dá um toque “instagramável” ao ambiente, para que os visitantes possam fazer suas postagens em um ambiente conceitual e divertido, seguindo a concepção do projeto. A iniciativa, uma parceria com a administradora do shopping, Ancar Invanhoe, surgiu da ideia de levar cultura aos frequentadores do empreendimento, contemplando novos projetos do artista, além de previews de outras exposições.

 

“É um prazer para o Botafogo Praia Shopping receber uma exposição tão inovadora quanto a de Thives. Ações como essa reforçam nosso compromisso com os moradores do bairro e dos arredores, oferecendo opções culturais gratuitas e de muita qualidade. Dessa forma, incentivamos que nossos frequentadores tenham um contato mais próximo com a arte”, celebra Juliana Haddad, gerente de marketing do empreendimento.

 

Especializado em colagens e inspirado em ícones da Pop Art, o artista utiliza cerca de cinco mil recortes coloridos por metro quadrado em suas criações. A galeria ocupará o segundo piso, em frente à loja L’Occitane au Brésil. A entrada é gratuita e algumas obras estarão apenas expostas, enquanto outras selecionadas estarão disponíveis para venda. Entre os  temas escolhidos, além de uma série autoral, estão releituras de grandes pintores, como Leonardo Da Vinci, Van Gogh, Salvador Dalí e Frida Kahlo.

 

“O objetivo principal, mais do que vender, é levar arte e novos olhares ao público local. O conceito de se configurar como uma grande instalação, assim como na galeria de Ipanema, é o mesmo, agora mais compacta e de certa forma intimista. É uma ótima opção de passeio! Botafogo, como um bairro super cool, merece esse programa na agenda”, afirma Thives.

 

Sobre a Galeria Provisória

 

Idealizada pela arquiteta Aline Araújo em parceria com Thives, a galeria inaugurou no início do ano, no coração de Ipanema, em um imóvel que pertence a empresa da família de Aline. Sua efemeridade estabelece uma analogia com os tempos atuais de pandemia. Nesta primeira ocupação, trouxe uma retrospectiva da carreira de Thives: cerca de 40 peças abordando mostras realizadas desde o início, assim como projetos recentes, que abrangem previews de novas exposições e instalações. Tudo isso exibido ao longo dos meses de permanência, com a proposta de reunir também outros artistas que dialoguem com a proposta do espaço. Recentemente, o artista realizou um grande painel instagramável no Píer Mauá, em frente ao Museu de Arte do Rio, em comemoração ao mês Orgulho LGBTQIA+.

 

Sobre o artista

 

Anderson Thives é um dos únicos artistas brasileiros a trabalhar exclusivamente com colagem, em uma técnica que consiste em juntar milhares de quadrados de papel nas mais variadas cores, tons e tamanhos, retirados de revistas e catálogos para formar as imagens. Com uma grande influência da Pop Art, além de artistas como Pablo Picasso, Andy Warhol, Tom Wesselman e Richard Hamilton, com seu estilo e gosto pela cultura das imagens, específica, direta e fácil de assimilar, o artista retrata através de suas colagens toda sensibilidade, expressão e impacto formado por uma técnica pouco convencional. Sempre coloridas, alegres e vibrantes, suas obras podem ser vistas em diversos museus e galerias do mundo afora, pois Thives também é representado pela Abraham Art, situada na Holanda, uma das maiores distribuidoras de galerias do mundo. Em Paris, depois de trabalhar com duas renomadas galerias da cidade luz e fazer a maior art fair na Bastille, em 2015 o artista fixou uma nova galeria que leva seu nome, em Rueil-Malmaison, situada ao lado do Jóquei Clube de Paris. Nos Estados Unidos, fez exibições em San Francisco e Nova York, com grande sucesso, e desde 2016 faz parte do coletivo GAB Gallery, em Wynwood District. Entre seus clientes, nomes conhecidos como o do empresário Eike Batista, os escritores de novelas Cristianne Fridman e Rui Vilhena, as atrizes Cláudia Raia, Juliana Paes, Lilia Cabral, Regina Duarte, Deborah Secco, Claudia Abreu, Letícia Spiller, Carol Castro, Emanuelle Araújo, Viviane Pasmanter, Leandra Leal, Paloma Bernardi, a socialite Narcisa Tamborindeguy, o músico Tico Santa Cruz, passando pelas cantoras brasileiras, Ivete Sangalo, Anitta, Ludmilla, Vanessa Da Mata, Preta Gil e Ana Carolina, o cantor sírio-Libanês Mika, a pop star Madonna, e, mais recentemente, Mark Zuckerberg, criador do Facebook, só para citar alguns.