Oitis 55 no MAM Rio

24/abr

O MAM Rio e o SEBRAE apresentam a exposição “Oitis 55 – Um Retrato do Design Carioca”, que reúne projetos desenvolvidos pelo coletivo Oitis 55, formado por 21 empresas de design contemporâneo do Rio de Janeiro. São 80 peças, dentre, mobiliários, acessórios, utilitários e objetos de decoração. “Com esta exposição, o MAM Rio dialoga com a experiência do trabalho coletivo, na qual a reunião de diversos talentos estimula a criatividade e a originalidade dos projetos, marcas importantes do nosso design”, explica Tulio Mariante, curador de design do Museu.

 

 

Oitis 55
O Oitis 55 é um grupo heterogêneo e jovem, inquieto, composto por 50 designers que vão de 25 a 56 anos, representando um novo modo de empreender design de produto, que enxerga o design como agente transformador e de qualidade de vida, e trabalha com apoio mútuo e cocriação, com fluidez, flexibilidade e transparência nos relacionamentos. Além de focar na consciência socioambiental e valorizar a produção local, propõe formas diferentes de relacionamento com as pessoas e com o mercado, pensando o design com calma e afeto. Independentes, trabalham sua gestão de forma orgânica e flexível, buscando se desenvolver por meio da troca constante de experiências e da construção de boas práticas e parcerias. Contando com o apoio do SEBRAE, em apenas três anos de existência já é reconhecido dentro e fora do país.
Resultado da rica troca entre os profissionais do grupo, os produtos são desenvolvidos por designers com diferentes formações e experiências. Em tempos em que o diálogo entre profissionais e usuários se faz essencial, os produtos são pensados para atender às necessidades das pessoas, sejam afetivas, funcionais ou ambas. Desde a escolha dos materiais aos processos de produção, o cuidado permeia todas as etapas e pode ser percebido por cada um dos envolvidos. Além da criação dos produtos, o Oitis 55 atua ativamente na prestação de serviços em diferentes áreas como desenvolvimento de produtos para indústria, cenografia, arquitetura & interiores e comunicação visual.

 

O grupo conta com um time capacitado de palestrantes e professores atuantes nas principais escolas e núcleos de design do Rio de Janeiro.

 

“Sem produzir excedentes, utilizando produção por demanda ou em pequenos lotes, com produtos numerados e com o cuidado e o acabamento da produção artesanal aliada a tecnologias de produção recentes, o grupo busca levar da maneira mais direta possível seus produtos ao mercado e ao consumidor final”, explica Felipe Rangel, um dos fundadores do Oitis 55. Estão previstas palestras, visitas guiadas e conversa com arquitetos durante a mostra.

 

 

Até 14 de maio.

Fotografia de Cidades

O tradicional workshop de “Fotografia de Cidades”, da Portfolio, Curitiba, PR, segue em 2017 para sua 6ª edição, e desta vez terá como destino a América Central. O curso começa com uma aula teórica na própria escola, em Curitiba, na noite do dia 28 de outubro. O workshop e a viagem serão entre os dias 29 de outubro e 12 de novembro, e passará por três cidades mexicanas que são Patrimônio Histórico da Humanidade: Puebla, Cidade do México e Campeche.

 

Durante quinze dias de viagem, o grupo irá trabalhar em diversos caminhos fotográficos que envolvem uma viagem fotográfica como : retratos de rua, paisagens urbanas, gastronomia, cultura local, história, boemia, diferentes horários de luz, etc. Durante o curso, os alunos recebem temas diários para serem desenvolvidos.Com o decorrer da viagem, os temas ganham mais complexidade.Sempre seguindo os conceitos da liberdade fotográfica. Com público fiel, o workshop já aconteceu em diversas cidades da América do Sul. Além do Uruguai (Montevidéu e Colonia del Sacramento), Argentina (Buenos Aires), Chile (Santiago e Valparaiso) , Colômbia (Bogotá) , Peru (Lima e Cusco), além de uma incursão pelas cidades históricas de Minas Gerais.

 

O curso, bem como toda a viagem, será inteiramente orientado pelo fotógrafo Nilo Biazzetto Neto, diretor da Escola Portfolio e que em 2017 completa 23 anos de fotografia. Desde o início da carreira, desenvolve um trabalho pessoal intenso sobre a rua e as cidades. O conceito da liberdade fotográfica defende a mescla de várias artes e experiências na formação do olhar do fotógrafo. E a cidade, a rua, é onde tudo acontece. Lá estão as artes e os artistas populares, a gastronomia, a música, a pintura, a história, a própria vida. O resultado dessa viagem será apresentado numa bela exposição fotográfica na MURO GALERIA, na Portfolio em Curitiba. O investimento do curso é de quatro parcelas de R$ 320,00 no cartão de crédito. 10% de desconto para alunos e ex-alunos Portfolio. O valor deve ser pago diretamente à Escola Portfolio até outubro de 2017.

Homenagem proustiana

19/abr

O Santander Cultural, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, exibe a exposição-homenagem “Paulo Gasparotto – Certas pequenas loucuras…”, que permite – proustianamente – um mergulho no universo pessoal do jornalista Paulo Raymundo Gasparotto. Os interessados em conhecer mais sobre a vida do profissional poderão visitar a exposição na qual encontrarão uma mescla de textos e imagens, informações e contextualização histórica, obras de arte, antiguidades e objetos do acervo pessoal que retratam a personalidade e a trajetória profissional do homenageado. A curadoria é assinada pela professora, crítica e historiadora de arte Paula Ramos. Em exibição cerca de 150 peças através da quais os 80 anos de vida  – e 50 dedicados ao colunismo social – são revisitados. Em exibição obras (pinturas, desenhos e gravuras) assinadas por Iberê Camargo, Farnese de Andrade, Roberto Magalhães, Magliani, Siron Franco, João Fahrion, Maristany de Trias, Victorio Gheno, Michel Drouillon, Maria Tomaselli, Waldeni Elias, Elizethe Borghetti, Maria di Gesu, André Venzon, Felipe Caldas, Britto Velho, Fernando Baril, João Faria Vianna, Octávio Araújo e fotografias de Roberto Grillo, Tonico Alvares, Liane Neves e Lizette Guerra.

 

Paula Ramos visualiza esta oportunidade como um privilégio:  “Além de ter contato com uma pessoa incrível, apaixonada pela vida e por seu trabalho, bem como por Porto Alegre e seus personagens, Gasparotto é um ícone: de comunicação, de elegância, de humanidade. Sinto-me agraciada por essa oportunidade e tenho certeza de que o público ficará surpreso ao percorrer a exposição”.

 

Carlos Trevi, coordenador geral da unidade de cultura do Santander em Porto Alegre, destaca que “o Santander Cultural aposta numa programação que fomenta a pluralidade, por meio de iniciativas voltadas para manifestações artísticas contemporâneas, e traz, nas mostras biográficas, personalidades gaúchas que contribuíram para o desenvolvimento da sociedade”.

 

 

Autodefinição

 

“Voluntarioso, teimoso, impaciente, altamente emocional e muito apaixonado, sempre, por tudo e sobretudo. A única razão de eu viver, sempre, foi estar apaixonado por alguma coisa, por algum objeto, por alguma pessoa. Sem emoção não há vida. Hoje, procuro não ter tantas raivas, até porque não vale a pena. E procuro ter mais paixões”, define-se o jornalista.

 

 

Sobre o homenageado

 

Paulo Raymundo Gasparotto é jornalista, colunista, avaliador e leiloeiro. Nasceu no dia 20 de abril de 1937, em Porto Alegre, RS. Homem de múltiplos gostos, de plantas e animais a arte, Antiguidades, Música, Moda e Literatura, começou sua carreira no final dos anos 1950, no jornal “Ele e Ela” e, na sequência, na Revista do Globo. Em 1963, ingressou no jornal Zero Hora e, nos anos seguintes, escreveu sobre moda, arte, elegância e vida social. Manteve coluna nos periódicos Folha da Tarde, Correio do Povo, Zero Hora e O Sul.

 

 

A mostra pode ser visitada até 28 de maio.

Laura Belém no Peru

18/abr

A fotógrafa Laura Belém, artista representada pela galeria Athena Contemporânea, Rio de Janeiro, RJ, é a única brasileira selecionada pela curadora mexicana Daniela Pèrez para os Projetos Solos (Solo Projects), da Peru Arte Contemporânea (PARC), que acontece de 20 a 23 de abril, no MAC Lima, no Peru. A artista apresentará 11 fotografias inéditas da série “Reconstrução”, de 2017, que medem 40 cm X 51 cm cada. Além de Laura Belém, também foram escolhidos os artistas Juanli Carrión (Espanha), Emilia Azcárate (Venezuela), Emanuel Tovar (México), Andrés Marroquín W. (Peru) e Rubela Dávila. Eles concorrem a um prêmio de US$ 5.000 para o primeiro colocado e a uma residência na Mana Contemporary, nos EUA, para o segundo colocado.

Lattoog, o livro

17/abr

Os designers Leonardo Lattavo e Pedro Moog, da Lattoog, autografaram seu primeiro livro, na Livraria Travessa, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Agora, preparam-se para cumprir série de lançamentos pelo país afora atendendo convites já agendados para São Paulo e Porto Alegre.

 

O livro celebra os dez anos de existência da Lattoog. Muito além de ser um estúdio de design de móveis, uma proposta de livre experimentação em torno de temas ligados à cultura brasileira e carioca, que tem como veículo de expressão a prática de projetar.

 

O livro apresenta o trabalho do estúdio por diferentes recortes, como a trajetória de seus designers, as primeiras interações com o segmento, suas linhas de raciocínio criativo, uma visão da produção da Lattoog por tipologia e em linha cronológica, além da descrição dos processos que compõem seu ciclo produtivo, dos croquis à transformação dos produtos em peças de interesse cultural.

 

Em texto crítico, a jornalista Mara Gama reforça a essência da Lattoog: “A variedade de formas e tipologias já projetados prova a versatilidade do estúdio e impede que se identifique um estilo único ou linear. Talvez seja mais apropriado falar de um modo de criação Lattoog, de elaborar referências formais e traduzi-las em peças de leitura imediata, que provocam simpatia de um público que foge da padronização.”

 

“No livro pudemos reunir grande parte de tudo que construímos em nossa trajetória. Com certeza, ele vem para mostrar o que é a Lattoog de verdade, mas também mostrar um cenário bem amplo do design contemporâneo nacional”, concluiu Pedro Moog.

 

A obra, publicada pela Editora Olhares, e dela disse Leonardo Lattavo: “Optamos por uma abordagem com muitos paralelos, porque queríamos de alguma maneira, ilustrar esse aspecto central da nossa história e de todo o trabalho construído ao longo dos anos. Tocamos muita coisa ao mesmo tempo, e esse acaba sendo o nosso combustível”.

 

O livro teve o apoio de Schuster, Alhambra, Líder Interiores, Empório Vermeil, Quatro Elementos, Augusta, Galeria 021, Tetum.

 

Conversa aberta

11/abr

Na próxima segunda-feira, dia 17 de abril, às 18hs, Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, realiza em meio à exposição “Estofo” uma conversa aberta e gratuita com a artista Luiza Baldan e Ana Kiffer, professora no curso Cadernos do Corpo do Departamento de Letras, da PUC-Rio. A exposição reúne trabalhos inéditos de Luiza Baldan, resultantes de intensa pesquisa de quase um ano navegando na Baía de Guanabara, onde observou seu cotidiano e suas paisagens. Estão na exposição fotogravuras e suas matrizes, uma videoinstalação e um texto da artista.

 

“Estofo”, que na linguagem náutica significa intervalo de tempo onde não há corrente de maré, é o desdobramento do projeto “Derivadores”, em parceria com o artista Jonas Arrabal, publicado pela Automática Edições em 2016, dentro da bolsa “Viva a Arte!” (Secretaria Municipal de Cultura), com o apoio da empresa Prooceano e do Projeto Grael. A artista teve Ana Kiffer como professora no curso Cadernos do Corpo (Departamento de Letras, PUC-Rio), quando desenvolveu o projeto. Para “Estofo”, Luiza Baldan reeditou o texto, que está instalado com grandes dimensões em uma das paredes do espaço expositivo.

Fotos de Andréa Bernardelli

“Estado Misto”, exposição da fotógrafa Andréa Bernardelli, na Galeria do Ateliê, Avenida Pasteur, 453, Urca, Rio de Janeiro, RJ, é o resultado de uma parceria com o Ateliê Fotô de SP. A curadoria de Eder Chiodetto. A série é composta de 57 fotografias redondas e uma retangular com um círculo cortado, que a artista chamou de “OCO” como espécie de ser em potencial – todas, com a intenção de tangenciar a própria ideia de foco e margem e de aparição e desaparição no mundo do visível, as imagens-átomos de Andréa Bernardelli.

 
Nietzsche formulou o conceito do eterno retorno como um desafio para o pensamento: e se tivéssemos que “viver mais uma vez e por incontáveis vezes”? Um conceito para pensar a potência do presente, os ciclos. Como um trânsito de gestos que orbitam as existências. A artista investiga como a vida se organiza a partir do entrelaçamento entre o visível e o invisível. Utilizando-se da metáfora de um átomo, Andréa trabalha com a produção de fotografias redondas – um formato completamente atípico para o mundo retangular das imagens ocidentais.

 

O título do trabalho nasce da metáfora deste estado do visível que habitamos – e que é, também, o da vida das imagens – é um “Estado Misto” entre o aparecer e o desaparecer. “O visível abarca a presença e a ausência e nos instiga à percepção. E é a imagem quem revida o nosso olhar”, diz a fotógrafa.
Como dar conta de todas as imagens que nos habitam e que habitamos? Como entender a dimensão interior e sua aparição no mundo exterior? Entre o claro e o escuro, o que pode uma imagem, repetidas vezes nos dar a ver? Da imagem vazada, qual é a potência do olhar?

 

 

Sobre a artista

 

Andréa Bernardelli participou de diversos cursos no Internacional Center of Photography de Nova York, MAN-SP, Estúdio Madalena e, atualmente, integra o grupo de estudo e criação em fotografia no Ateliê Fotô com Eder Chiodetto e Fabiana Bruno. Em sua jornada utiliza a fotografia como instrumento de investigação de transitoriedade, da perplexidade existencial, dos intervalos de sentido. Foi vencedora do Prêmio Porto Seguro Brasil 2009, com a série “Maré de rio”.

 

 

Até de 10 de junho.

Escultura Contemporânea

Livro de autoria do professor e curador carioca Marcelo Campos – resultado de três anos de pesquisa – mapeia a produção escultórica brasileira a partir dos anos 1950 sob dez critérios temáticos e terá lançamento no dia 11 no Rio (Casa França-Brasil) e dia 19 de abril em Salvador (Palacete das Artes). Trata-se de um espaço rarefeito na bibliografia da arte brasileira que será ocupado com o lançamento da edição bilíngue de “Escultura Contemporânea no Brasil – Reflexões em dez percursos”, pela Caramurê Publicações.

 

Convidado pela editora baiana para destacar, a princípio, um pequeno grupo de escultores, Campos contrapropôs um contorno conceitual mais abrangente. O editor Fernando Oberlaender aceitou o desafio que resultou em uma obra de fôlego, com suas 420 páginas e 300 ilustrações. O patrocínio é da Global Participações em Energia S.A. (GPE), através da Lei de Incentivo à Cultura do MinC.

 

– Decidi fazer uma pesquisa mais extensa, olhando para artistas e obras canônicas, trabalhos que estabeleceram ou consolidaram mudanças de paradigma. Percebi, nesse levantamento, vertentes conceituais que me chamaram a atenção e optei por essa configuração, explica o autor.

 

Dos 200 artistas listados num primeiro apanhado, Campos selecionou 91 escultores (relacionados abaixo), cujo trabalho se desenvolveu a partir dos anos 1950. Eles estão distribuídos em dez capítulos-conceito, a partir do que o autor chama de “sintoma”: a reunião de “parentescos, células, lugares de encontro, onde a junção das poéticas as torna firmemente históricas”, ele define na introdução do livro.

 

A organização, portanto, não faz o caminho histórico-evolutivo, de alinhamento meramente temporal; também não segue o critério que reúne artistas e obras em movimentos ou grupos. Campos buscou a ampliação do raio de busca para além dos eixos geográficos tradicionais da produção artística brasileira.

 

 

– Pesou também minha identificação crítica com o trabalho. Não incluí os coletivos, mesmo que produzam objetos. E não enveredei pela instalação, privilegiando a tridimensionalidade; a manufatura, que me interessou bastante no livro, de certa forma, se apresenta como um contraponto à teatralidade da instalação. Campos reafirma que não houve intenção de esgotamento da pesquisa ou do olhar enciclopédico.

 

Os temas propostos pelo autor são: 1 – Herança construtiva, geometria revisada; 2 – Corpo, organicidade ; 3 – Atlas, mapas, localizações; 4 – Apropriação conceitual, imagéticas populares; 5 – Eu-objeto, relicários, espólios; 6 – Paisagem, casa e jardim; 7 – Tecnologia, mídias, comunicação; 8 – Ritual, totemismo, ídolos; 9 – A infância, o brinquedo; 10 – Hibridação, rotinas, alquimias.

 

 

Escultura Contemporânea no Brasil – Reflexões em dez percursos: Artistas

 

Abraham Palatnik (RN) | Afonso Tostes (MG) | Agnaldo dos Santos (BA), Alexandre da Cunha (RJ) | Almandrade (BA) | Amílcar de Castro (MG), Ana Linmemann (RJ) | Ana Maria  Tavares (MG) | Ana Miguel (RJ), Angelo Venosa (SP) | Anna Bella Geiger (RJ) | Anna Maria Maiolino (ITA), Artur Bispo do Rosário (SE) | Ascânio MMM (POR-RJ) | Ayrson Heráclito (BA), Bel Borba (BA) | Brennand (PE) | Brígida Balltar (RJ) | Camille Kachani (LIB), Carmela Gross (SP) | Celeida Tostes (RJ) | Cildo Meireles (RJ), Cristina Salgado (RJ) | David Cury (PI) | Edgard de Souza (SP), Edson da Luz (BA) | Eduardo Coimbra (RJ) | Eduardo Frota (CE), Emanuel Araujo (BA) | Efrain Almeida (CE) | Erika Verzutti (SP), Ernesto Neto (RJ) | Felícia Leirner (POL) | Fernanda Gomes (RJ), Flávio Cerqueira (SP) | Franz Weissman (AUT) | Hélio Oiticica (RJ), Iole de Freitas (MG) | Iran do Espírito Santo (SP) |Ivens Machado (SC), Jac Leirner (SP) | Jarbas Lopes (RJ) | Jorge Barrão  (RJ), José Bechara (RJ) | José Bento (BA) | José Damasceno (RJ), José Rufino (PB) | José Tarcisio (CE) |Juarez Paraíso (BA), Juraci Dórea (BA) | Laerte Ramos (SP) | Laís Myrrha (MG), Leonilson (CE) | Lia Menna Barreto (RJ) | Livia Flores (RJ), Luiz Hermano (CE) | Lygia Clark  (MG) | Lygia Pape (RJ), Márcia X (RJ) | Marcius Galan (EUA) | Marcone Moreira (MA), Marepe (BA) | Maria Martins (MG) | Milton Machado (RJ), Nelson Felix (RJ) | Nuno Ramos (SP) | Otavio Schipper (RJ), Paulo Nenflídio (SP) | Paulo Paes (PA) | Paulo Vivacqua (ES), Ramiro Bernabó (AR) | Raul Mourão (RJ) | Renata Lucas (SP), Renato Bezerra de Mello (PE) | Ricardo Ventura (RJ) | Ricardo Basbaum (RJ), Rodrigo Sassi (SP) | Rogério Degaki (SP) | Ronald Duarte (RJ), Rubem Valentin (BA) | Sandra Cinto (SP) | Sergio Camargo (RJ), Tatiana Blass (SP) | Tiago Carneiro da Cunha (SP) | Tonico Lemos Auad (PA), Tunga (PE) | Vanderlei Lopes (PR) | Vinicius S.A (BA), Wagner Malta Tavares (SP) | Waltercio Caldas (RJ) | Zélia Salgado (SP).

 

 

Sobre o autor

 

Marcelo Campos nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É diretor da Casa França-Brasil, desde 2016, professor Adjunto do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ e professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. É doutor em Artes Visuais pelo PPGAV da Escola de Belas Artes/ UFRJ. Desenvolveu tese de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte contemporânea. É autor de “Um canto, dois sertões: Bispo do Rosário e os 90 anos da Colônia Juliano Moreira” (MBrac/Azougue Editorial, Rio de Janeiro, 2016) e  “Emmanuel Nassar: engenharia cabocla” (Museu de Arte Contemporânea de Niterói/MAC, Niterói, 2010). Foi curador das exposições: “Viragens: arte brasileira em outros diálogos na coleção da Fundação Edson Queiroz”, Casa França-Brasil, 2017; “Orixás”, Casa França-Brasil, 2016; “A cor do Brasil”, cocuradoria com Paulo Herkenhoff, MAR (Museu de Arte do Rio), 2015; “Tarsila e Mulheres Modernas”, cocuradoria com Paulo Herkenhoff, Hecilda Fadel e Nataraj Trinta, 2014, MAR (Museu de Arte do Rio); “Guignard e o Oriente”, junto com Priscila Freire e Paulo Herkenhoff, 2014, MAR (Museu de Arte do Rio).

Gravuras na SP-Arte 2017

07/abr

A Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, oferece ao público durante a SP-Arte de 2017, de 06 a 09 de abril, na Área de Museus e Centros Culturais no Pavilhão Ciccillo Matarazzo (Pavilhão da Bienal), Parque Ibirapuera, Portão 3, a oportunidade única de aquisição de obras gráficas de artistas contemporâneos, pequenas coleções desdobradas a partir de diferentes aproximações, tanto temáticas quanto técnicas.

 

Na curadoria elaborada pelo artista Eduardo Haesbaert (coordenador do Acervo e Ateliê de Gravura da instituição), foram selecionadas 232 cópias de gravuras realizadas por 31 artistas, dentre eles Tomie Ohtake, León Ferrari e Waltercio Caldas. A seleção estabelece uma amostragem abrangente dos 15 anos de atividades do Programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura. A ideia foi gerar conjuntos que exibissem a diversidade de linguagens e poéticas, assim como momentos distintos na carreira dos artistas selecionados.
Desde a sua criação, o Programa Artista Convidado do Ateliê de Gravura da Fundação Iberê Camargo recebeu 99 artistas e, na feira SP-Arte de 2017, promoverá, pela primeira vez, a exibição de nove conjuntos de gravuras do total produzido.

 

Dentre os nove conjuntos, três deles são compostos por obras de um único artista: o tríptico de Regina Silveira, uma seleção de três gravuras de Waltercio Caldas, e quatro trabalhos de Marcos Chaves que formam um obra única. Os demais grupos reúnem trabalhos de 5 artistas, entre eles Antonio Dias, Nuno Ramos, Shirley Paes Leme, Nelson Leirner e Paulo Bruscky, explorando diferentes aproximações temáticas, históricas e formais.

 

 

Conjunto 1:

 

Formado por três latino-americanos: León Ferrari, Jorge Macchi e Liliana Porter, o conjunto apresenta gravuras desenvolvidas no ateliê da FIC durante a participação desses artistas em distintas edições da Bienal de Artes Visuais do Mercosul. Reflete, mesmo que de forma sutil, o forte teor político que marca sua produção. León Ferrari, aliás, já havia trabalhado junto ao antigo ateliê de Iberê Camargo e acredita-se que esta seja a última gravura realizada pelo artista em vida.

 

Conjunto 2:

 

Numa seleção de quatro trabalhos que formam um obra única – quase um objeto – este conjunto representa a criação de Marcos Chaves a partir de sua ideia de sinalização. Artista reconhecido por suas obras em foto, vídeo e instalações, foi incitado a traduzir sua poética para a técnica da gravura de forma inédita.

 

Conjunto 3:

 

O tríptico de Regina Silveira aqui reunido funciona como um índice para nos aproximarmos de sua obra, que joga com as questões de luz, projeção e sombra. A artista, aluna de Iberê Camargo na década de 1960, produziu estas gravuras enquanto trabalhava em sua exposição solo “Mil e Um Dias e Outros Enigmas”, realizada especialmente para a Fundação Iberê Camargo, em 2011.

 

Conjunto 4:

 

Artista de reconhecimento internacional, Waltercio Caldas nos oferece, através desta seleção de três gravuras, uma entrada para sua trajetória, marcada pelo rigor estético no uso da palavra e da linha. O conjunto apresenta uma amostragem da produção deste autor, homenageado em exposição monográfica inédita realizada na Fundação Iberê Camargo, em 2012, sob o título “O Ar Mais Próximo e Outras Matérias”.

 

 

Conjunto 5:

 

O conjunto apresenta uma seleção de 5 artistas contemporâneas aqui reunidas tanto pela diversidade de suas poéticas quanto pela potência comum de seus trabalhos: Shirley Paes Lemes, Karin Lambrecht, Ana Maria Tavares, Célia Euvaldo e Germana Monte-Mór. As gravuras apresentam desde a linguagem marcada pela matéria pura, como em Célia Euvaldo à quase evanescência de Shirley Paes Leme, passando pela espiritualidade encarnada de Karin Lambrecht.

 

Conjunto 6:

 

Este grupo reúne trabalhos de cinco artistas não habituados à técnica da gravura e aponta justamente para a experimentação presente na trajetória de cada um. Antonio Dias, Nelson Félix, Jorge Menna Barreto, Ricardo Basbaum e Carlos Fajardo estabelecem, assim, um diálogo na matéria e no verbo, com obras que trazem tanto a organicidade e o corpo, como em Nelson Félix, quanto a pura racionalidade de Carlos Fajardo.

 

Conjunto 7:

 

José Resende, Nelson Leirner, Paulo Bruscky, Carlos Zilio e Eduardo Sued, todos artistas de grande renome nacional, são “filhos” de uma mesma geração. Em ação desde os anos 60, cada um a seu modo desenvolveu uma atuação estética com alta carga política. Nesta seleção, se encontram explorando uma técnica pouco utilizada em suas obras: a gravura em metal.

 

Conjunto 8:

 

Este conjunto lança gravuras de cinco artistas, todos integrantes do grupo Casa 7, atuante em São Paulo na década de 80: Rodrigo Andrade, Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa, Fábio Miguez e Paulo Monteiro. Responsáveis por uma revolução na pintura brasileira daquela época, hoje com carreiras individuais, nos brindam com suas experimentações na técnica da gravura, embora não deixem de nos remeter ao legado pictórico presente em suas trajetórias tão diversas.

 

Conjunto 9:

 

Formado pelos artistas Tomie Ohtake, Arthur Luiz Piza, Daniel Acosta, Daniel Senise e Marcelo Solá, este conjunto traz a produção em gravura de cinco artistas com abordagens completamente diversas. Revela representantes de diferentes gerações e fases de carreira artística. São obras que se aproximam da gravura a partir da tradição, como em Tomie Ohtake, utilizando os parâmetros canônicos da técnica, ou a partir da experimentação e inovação, presentes na serigrafia de Daniel Acosta ou no chine collé de Marcelo Solá.

Amilcar de Castro na Silvia Cintra + Box 4

Para celebrar os 30 anos de representação no Rio de Janeiro da obra do escultor mineiro Amilcar de Castro (1920/2002), a galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, – a ser inaugurada no dia 19 de abril – preparou uma exposição com alguns trabalhos inéditos e curiosidades do processo criativo deste grande artista brasileiro. Faz parte da mostra uma série de 10 desenhos em papel com esboços das esculturas feitas por Amilcar ao longo da década de 80.

 

Nos desenhos é possível ver anotados cálculos, prováveis títulos das peças e até o telefone de fornecedores. Outros dois desenhos maiores e uma maquete, chamada carinhosamente por ele de “peteca”, mostram os testes do artista para a famosa “escultura de vidro” criada da década de 80 e que também está na exposição.

 

Outro destaque da seleção é o tampo de uma mesa de madeira usada por Amilcar como apoio para fazer as telas. Depois que esse tampo ficava bem “sujo” de tinta, o artista então fazia de fato uma pintura sobre essa memória de camadas. Ao longo de sua carreira foram feitos 15 tampos que eram consideradas por Amilcar suas únicas pinturas, já que suas telas eram chamadas por ele de desenhos.

 

No campo das esculturas, a surpresa fica por conta de uma grande obra em aço corten dos anos 50, uma das primeiras feitas em grande formato, e uma pequena escultura em granito, a única nesse material em toda sua trajetória. Completa a exposição três desenhos sobre tela da série de linhas, realizadas na década de 90.

 

A exposição de Amilcar de Castro no Rio de Janeiro acontece junto a outra homenagem ao artista. Durante a feira Frieze NY, a galeria irá apresentar um grande estande apenas com obras do escultor feitas entre as décadas de 1970 e 1980.

 

 

De 19 de abril a 27 de maio.