Digitais

04/set

A Galeria de Arte Solar, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, promove a exposição “Digitais”; com “peças de arte produzidas através do meio digital, como documentos eletrônicos codificados em dígitos binários e acessados por meio de sistemas computacionais”.

A coordenação é de Osvaldo Carvalho e conta com a participação de quatro artistas. A mostra busca ampliar e compartilhar experiências pessoais de maneira colaborativa. Leva-se em consideração o significado duplo da palavra digitais, que ora remete a ferramentas de criação, softwares e hardwares e ora remete à identidade online de cada indivíduo.

“Digitais” apresenta ainda grande inspiração do universo urbano, onde é possível ver a cidade contemporânea e sua pluralidade de percepções. As peças buscam instigar o olhar, estimular o pensamento e transpassar linguagens aos visitantes.

 

 

Sobre o Solar Meninos de Luz

 

O Solar Meninos de Luz é uma organização civil e filantrópica, que promove educação integral, cultura, esportes, apoio à profissionalização, cuidados básicos de saúde e de assistência social às famílias com maior nível de desestruturação das comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, ambas no Rio de Janeiro. A obra possui 33 anos de existência e comemorou 25 anos do Programa Educação Integral em 2016. As 400 crianças de 03 meses até 18 anos de idade permanecem no Solar, do Berçário ao Ensino Médio, ingressando em universidades e bons empregos.

 

 

Artistas participantes:

Dalton Romão, Edson Landim, Ricardo Bhering e Sonia Gil.

 

 

De 14 de setembro a 28 de outubro.

O anjo de Nelson Leirner

15/mai

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, apresenta a partir do dia 13 de maio a obra “O anjo exterminador”, do artista Nelson Leirner, no primeiro andar da Pinacoteca – Praça da Luz, 2, São Paulo, SP. A obra será exposta no Octógono. Feita em 1984, a peça foi remontada em 2014 e reúne centenas de estatuetas e bibelôs alinhados em dois grupos posicionados frente a frente e separados por uma ponte. O título do trabalho faz referência ao filme homônimo do espanhol Luis Buñuel.

Essa obra soma-se a outras 12 peças do artista que já pertencem ao acervo do museu, a maioria datada da década de 1960. Essa instalação permite à Pinacoteca ampliar a representação da obra de Leirner em sua coleção.

 

 

Sobre o artista

 

A palavra da curadoria

 

por José Augusto Ribeiro, curador da Pinacoteca

 

A produção de Nelson Leirner envolve a paródia do sistema de arte e a apropriação de imagens e objetos corriqueiros, desde meados da década de 1960. Materiais da cultura de massa e itens decorativos, como quadros, estatuetas e selos adesivos, aparecem na obra do artista para questionar e rir de hierarquizações de “bom” e “mau” gosto, de “alto” e “baixo” registro. Muitas vezes com alusões a obras, escolas e estilos canonizados pela História da Arte, de Michelangelo a Fontana, do barroco ao Young British Artists, de Duchamp e do neoplasticismo a Beuys e à arte conceitual. Tudo isso misturado a um repertório em que cabem ainda anúncios publicitários, a figura do Mickey Mouse, o distintivo do time do Corinthians, etc.

 

A ideia de uma sociedade que não deixa romper os próprios limites ou que reproduz distinções entre grupos de indivíduos é comum ao filme de Buñuel e à obra do artista brasileiro. O trabalho de Leirner é também um de seus primeiros a lançar mão desse procedimento de acúmulo e distribuição de pequenas esculturas em uma cena que lembra uma procissão.

 

Até 31 de julho.

Reconhecimento de Padrões

10/nov

A  BOSSA Gallery, Design District, Miami, Florida, USA, abre “Pattern Recognition”, exposição individual do artista multimídia Fernando Velázquez. O artoista apresenta nove trabalhos autorais com uma instalação, dois vídeos, um objeto de luz e cinco imagens fotográficas com interferências digitais. Velásquez demonstra que as novas tecnologias, antes restritas aos laboratórios de informática, uma vez que conquistam o espaço exterior, necessitam de estruturas novas de pensamento e ação.

 

“Pattern Recognition”, obra principal da mostra que domina o espaço expositivo da galeria, é um instalação interativa de Fernando Velázquez, em 12 canais de vídeo, que possibilita escapar das limitações da memória. Em doze cenas que preenchem o campo de visão, temos uma experiência de imersão, de sequestro dos sentidos. Ao movimentar-se pelo espaço o publico modifica o vídeo que é transmitido nas telas através do sensor Kinect.

 

As imagens base, em sincronismo oscilante, são captadas por um drone, que estende o olhar por ângulos sedutores em uma floresta. Captadas a partir da parte mais elevada, simulando uma câmera de segurança vigiando a floresta, as imagens são modificadas pela presença do público que, ao passar em frente aos monitores, fazem aparecer um vídeo em fast motion com imagens de natureza em tempo acelerado. Ou seja: temos o contraponto do tempo cronológico da natureza, ou natural, versus o tempo acelerado da ação humana atuando junto ao meio ambiente. Versão semelhante da obra foi apresentada pelo artista em exposição no Rio de Janeiro em 2015.

 

Para Lucas Bambozzi, “ o que vemos é um sistema de visão. Temos um enigma, que não precisa ser decifrado, mas percebido, observado”. O trabalho de Fernando Velázquez, para estar completo, além de solicitar, necessita da participação do espectador. A coordenação é de Liliana Beltran.

 

 

De 09 de novembro a 14 de dezembro.

Encontro com o artista – 19 de Novembro, às 18hs.