Museu Afro Brasil retoma atividades 

20/out

 

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O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Museu Afro Brasil, retomará suas atividades presenciais a partir da próxima terça-feira, 20 de outubro, às 11h. Após mais de seis meses de paralisação em decorrência da pandemia da Covid-19, a retomada das ações com público presencial seguirá rígidos protocolos sanitários que buscam a manutenção da segurança e saúde de usuários e equipes do museu, conforme orientações de autoridades estaduais e municipais.

 

Entre as ações planejadas, estarão disponíveis as mais de 8 mil obras que compõem a exposição de longa duração do museu. Dividida em seis núcleos temáticos, a mostra aborda temas relacionados à arte, cultura, história e memória africana e afro-brasileira; visando promover o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio nacional.

 

 

A exposição temporária “Heranças de um Brasil Profundo” é outra mostra que estará aberta para visitação. Inaugurada em janeiro de 2020, com curadoria de Emanoel Araujo, nela o público poderá entrar em contato com fotografias, esculturas, pinturas e instalações que remontam aos universos culturais indígenas. Patrocinada pela EDP Brasil, com o apoio do Instituto EDP, Heranças de um Brasil Profundo possui mais de 500 peças produzidas em diferentes tempos, por diversos olhares indígenas e não-indígenas.

 

 

Por fim, uma instalação concebida por Emanoel Araujo presta uma homenagem aos 150 anos do poema “Navio Negreiro”, do poeta oitocentista Castro Alves. Realizada em diferentes planos, a montagem apresenta, em dimensões tridimensionais, a conhecida litogravura “Escravos negros no porão do navio”, de Johann M. Rugendas, ladeada por plotagens de Hansen Bahia, xilogravador alemão que radicou-se no Brasil. Outro destaque da instalação está em sua especial trilha sonora, cuja leitura do poema é feita pelas vozes de Caetano Veloso e Maria Bethânia, sob harmonia e ritmo de Carlinhos Brown.

 

O Museu Afro Brasil segue os protocolos e orientações legais para a reabertura e contato presencial. Seus funcionários estão sendo capacitados e a infraestrutura do prédio está adequada com as novas normas técnicas para o funcionamento de equipamentos culturais.

 

Brasileiros & Portugueses

02/out

Natureza, paisagens urbanas, cenas do cotidiano, igualdades e desigualdades culturais e sociais são temas recorrentes nos trabalhos dos 12 fotógrafos reunidos na exposição 12/4, sob curadoria de Angela de Oliveira, que ocupará o espaço-conceito BeWe, em Cascais, a partir do dia 8 de outubro. 12/4 (Doze por quatro) reúne os registros de 12 fotógrafos brasileiros e portugueses: Adriano Bassegio, Alcina Morais, Ana Abrão, Ana Bianca Marin, Beto Machado, Carmen Paulino, Graziela Gilioli, Mario Chrispim, Marcelo Soares, Marcelo Horta – idealizador da mostra -, Paulo Carotini e Walter Macedo Filho. Cada um mostrará quatro fotografias, justificando a escolha do nome do projeto, que é assinado pela produtora InPort, dirigida por Marcelo Horta em parceria com Angela de Oliveira.
“12/4 surgiu no momento mais conturbado que o mundo já viveu neste século. Nossa ideia foi levar até o público a linguagem, o olhar e as visões particulares de fotógrafos brasileiros e portugueses, já que estará acessível tanto presencial quanto virtualmente. Em novembro lançaremos uma galeria utilizando a tecnologia de realidade aumentada”, afirma Marcelo Horta, fotógrafo e sócio da produtora InPort.

 

 Cada fotografia nos remete às diferentes possibilidades do fazer fotográfico contemporâneo, de forma técnica e aliado a um fluxo contínuo de sentimentos vivenciados com a intensidade inerente à sensibilidade artística de cada um. O universo individual enriquece o conjunto da Mostra pois as fotografias se fundem para atiçar a sintaxe que, de tempos em tempos, precisam ser renovadas”, avalia a curadora, Angela de Oliveira.

 Sobre os artistas

 

Adriano Bassegio

Adriano José Bassegio nasceu na cidade de Barão, no estado do Rio Grande do Sul, mas sua família se estabeleceu na cidade de São Sebastião do Cai, onde cresceu e atualmente reside em São Leopoldo. Iniciou na fotografia em 2008 desenvolvendo esta atividade como hobby e agora procura conciliar a fotografia com a sua profissão de Engenheiro de Produção, Mecânica e de Segurança. O Autodidata busca continuamente aprimorar sua técnica e refinar seu olho fotográfico. Atualmente expõe seu trabalho em galerias de arte no Brasil e em mostras ao redor do mundo.

Alcina Morais 

Natural de Minas Gerais.  Vive no Rio de Janeiro há mais de 40 anos. Publicou livro de poesia Olho d’água, em 2011, selecionado pela Academia de Letras de Goiás (ALG) como um dos cinco melhores na categoria poesia, neste mesmo ano. Publicado na França (edição bilíngue) em 2012 e Argentina, em 2014 (em espanhol). Publicou poemas em Antologias Brasileiras e Revistas Mexicanas. Atualmente se dedica à fotografia enfatizando temas abstrato-urbanos, sempre registrados nas grandes cidades. São apresentados em grandes formatos, impressos em papel-algodão. Participou da IV Bienal Internacional de Arte Contemporânea na Argentina – outubro/2018. Foi premiada em 2º lugar e Menção Honrosa – Categoria Fotografia. Participou de exposições individuais no RJ e coletivas no Brasil e no exterior.

Ana Abrão 

Ela mesma se define como ”A mulher atrás da câmera”. Mora na Costa Sul de Portugal. Embora viva neste mesmo local há quase duas décadas, Ana é de origem brasileira – país onde nasceu, estudou e seguiu carreira acadêmica. Especializou-se profissionalmente em fotografia publicitária e casamentos. Almeja viajar pelo mundo com a sua câmera, em busca de vivenciar pessoas de culturas diferentes através das lentes.

Ana Bianca Marin

Fotojornalista germânica-brasileira, viajou o mundo focando suas lentes em temas que vão além das notícias do dia. Seu trabalho foi destacado em meios de comunicação como: Times Magazine, The New York Times, Getty Imagens, Reuters, AP, AFP, CNN, Deutsche Welle, Estado de S.Paulo, Globo entre outros. Atualmente reside em Paraty, no Rio de Janeira, captando momentos que levam o expectador para dentro da imagem.

Beto Machado

O carioca Beto Machado é formado em jornalismo e exerce a fotografia de forma autodidata. Nascido no Rio de Janeiro, já morou em Nova Iorque, Campo Grande (MS) e atualmente reside em Brasília. Com um trabalho autoral, explora as possibilidades com uma câmera na mão e a sensibilidade nos olhos com interferências digitais. Capturando livremente imagens de paisagens e pessoas, gosta de trabalhar com a fotografia como uma arte maior. Nos seus trabalhos digitais, a foto pode ser alterada e manipulada para provocar os sentidos.

Carmen Paulino 

Portuguesa, natural de Ponta Delgada da ilha de São Miguel Açores, 44 anos. Atualmente reside em Cascais. Tem como hobby a fotografia e tudo começou há uns anos atrás, como assistente de um fotógrafo profissional. Estagiou no Museu do Palácio da Cidadela de Cascais e teve a oportunidade e o privilégio de contatar com diferentes artistas, de diversas áreas culturais nas várias exposições que ocorreram no museu. Nas viagens que faz, tenta captar através do seu olhar, sensibilidade e instinto, a essência de cada sítio, pessoas, culturas e paisagens e reter o momento através da fotografia. Esta é a primeira vez que participa de uma exposição.

Graziela Gilioli 

Fotógrafa brasileira de origem italiana, foi premiada na Bienal de Roma e vencedora do concurso Internacional Biancoscuro Art Magazine. Fotografou em 40 países nos quatro continentes, trazendo sempre um olhar humanista sobre a diversidade. Seus trabalhos já foram expostos na Suíça (MAG – Montreaux Art Gallery) e também na Itália (Roma, Padova e Parma). No Brasil, tem no currículo três exposições individuais, todas em São Paulo: “O olhar que transcende”, “Veneza Mágica” e “Mulheres”.

Mario Chrispim 

Sua história com a fotografia se iniciou na adolescência, quando foi trabalhar em uma loja do ramo. Certo dia, entre um atendimento e outro, caiu em suas mãos uma revista com fotos de Henri Cartier Bresson. Neste momento, aconteceu um caso de amor à primeira vista com a arte de registrar a luz. A vida o levou ao jornalismo voltado para a assessoria de comunicação, atividade que ainda exerce. No entanto, o flerte com a imagética nunca cessou. Foram anos apurando o olhar por meio da contemplação dos mestres das artes plásticas, vendo horas de filmes, escrevendo roteiros, dirigindo vídeos, e clicando.

Marcelo Soares 

 

Marcelo Soares é brasileiro, acadêmico e fotógrafo amador. Viajou pelo mundo registrando os seus deleites visuais em quase meia centena de países. Mora atualmente na China, onde dá aulas numa escola de design da província de Hunan. Considera-se um cidadão do mundo, tendo morado na Inglaterra e nos Estados Unidos. Suas fotos buscam a captura da serenidade e o olhar apaixonado de quem adora descobrir novas culturas, novos mundos e outras formas de viver.

 

Marcelo Horta 

 

A carreira de Marcelo Horta foi construída a partir de referências e vivências múltiplas relacionadas ao mundo das linguagens artísticas, transitando pelo campo da linguagem musical como DJ; no gerenciamento de eventos culturais; pelo campo da modalidade cênica de iluminação de grandes e renomados nomes da arte e cultura brasileira e internacional; em grandes projetos de Design. Como fotojornalista, trabalha com estilistas, artistas, cantores, bandas (…). Esta vivência tão plural trouxe a Marcelo Horta, como artista que é uma qualidade ímpar, que vem a ser a capacidade de filtrar, nos liames do cotidiano, através de suas lentes, recortes carregados de beleza e poesia.
Estabelece conexões estéticas com a busca de significação que traga ao olhar daquele que se entrega à apreciação de suas imagens, a profundidade que a abarca. Desnuda, a partir de sua escolha dos objetos a serem eternizados por sua lente, a realidade que lhe toca e nos convida a participar das possíveis descobertas de seus sentidos implícitos e explícitos.

Paulo Carotini

 

Ítalo-brasileiro, 50 anos, começou a fotografar aos 12 anos de idade, com a câmera fotográfica do pai. Autodidata, faz uso da fotografia como forma de expressão. Em suas fotografias procura o contraste e a beleza do corpo feminino. Intensidade e força são características marcantes, presentes em seu portfólio nas tonalidades preto e branco.

 

Walter Macedo Filho 

 

Walter Macedo Filho é fotógrafo, dramaturgo, diretor de teatro, roteirista escritor e gestor cultural. Integrou o Círculo de Dramaturgia do Centro de Pesquisa Teatral, coordenado por Antunes Filho, e participou da primeira turma do Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council. Em 2018, suas fotos integraram a Exposição de Arte Brasileira, na Arte Borgo Gallery, em Roma, e em 2019 participou das mostras AngelaOliveirArt Galeria, em Alphaville; Salão de Arte de Itapetininga, no Centro Cultural e Histórico de Itapetininga; Salon de Arte en Barcelona, na Arteria BCN, em Barcelona; Art Barcelona, na Nui Art Gallery, em Barcelona; Arte Brasileira em Roma, na AreaContesa Arte, em Roma; Vienna Das Meer undFarben, na Mi Barrio Gallery, em Viena.

Até 08 de Novembro.

 

Live no MAS

23/set

O Museu de Arte Sacra de São Paulo anuncia a transmissão – pelo Instagram – da live entre a artista plástica e designer de joias Elisa Stecca e o artista plástico brasileiro, fotógrafo e multimídia Alex Flemming. A abordagem será nesta quinta-feira, dia 24 de setembro, às 17h30min, sob o tema “Conexões artísticas: São Paulo e Berlim”

Ecolines

04/ago

A exposição da artista Maureen Bisilliat poderá ser visitada a partir de 05 de agosto a 03 de outubro na unidade Jardins, São Paulo, SP, respeitando todos os protocolos e recomendações das autoridades de saúde, com visitas mediante agendamento pelo email: info@galeriamarceloguarnieri.com.br, ou pelo telefone:  11 – 3063 5410.

 

A Galeria Marcelo Guarnieri tem o prazer de apresentar ECOLINES, primeira mostra em nossa unidade de São Paulo da fotógrafa Maureen Bisilliat, que passa a ser representada pela galeria. A exposição será a primeira a ser realizada em circuito comercial e contará com obras das séries “Ecolines” (1960-2020) e “Sertões” (1960- 2020), de tiragem limitada. Na série “Ecolines”, Bisilliat apresenta fotografias feitas na década de 1960 em viagens pelo Brasil posteriormente modificadas por intervenções feitas com a tinta Ecoline. O processo consistia em ampliar as fotografias em preto e branco e “tintá- -las” através de um método intuitivo, retomando a prática de pintura que desenvolvia em suas aulas no Arts Students League, durante a década de 1950 em Nova York. As fotografias, que ficaram em pausa durante sessenta anos nos arquivos da artista, foram reencontradas no último ano e passaram por uma série de processos antes de se apresentarem como se vêem na exposição. Elas foram digitalizadas, impressas em tamanho reduzido, fotografadas novamente e finalmente impressas em uma escala maior à que originalmente havia sido ampliada. Essas “tintagens” e “refotografias” acabam produzindo ambiguidades na estrutura da imagem enquanto tal: entre os elementos da composição – pelo jogo de luz e cores –, assim como entre o limite da imagem como superfície e como objeto, remetendo à materialidade da fotografia analógica. Para Bisilliat, tais processos, posteriores ao registro fotográfico, constituem um momento particular de reflexão e construção do trabalho, onde se entrecruzam temporalidades múltiplas: “o instante da foto / o tempo do acontecer / a memória do fato / a reinvenção da imagem / os processos editoriais / o cotidiano / o originário / o sem fim…”.

 

Todos esses processos, incluindo a composição dos conjuntos durante a montagem, contaram com o envolvimento de diversas pessoas, que com saberes e maneiras distintas de atuação, foram de fundamental importância para dar origem à nova forma de vida dessas imagens. A série “Sertões” é composta por fotografias feitas entre os anos de 1967 e 1972 em aldeias e lugares santos dos municípios de Canindé, Juazeiro do Norte e Bom Jesus da Lapa, nos estados do Ceará e da Bahia e contou com o incentivo de uma Bolsa do Guggenheim.

 

Algumas das imagens dessa série deram origem à publicação “Sertões: Luz & Trevas”, de 1982, que combina trechos do clássico “Os sertões” de Euclides da Cunha aos seus registros fotográficos, produzindo diálogos, justaposições e dissonâncias. Os conjuntos apresentados na exposição misturam fotografias em cores e fotografias em preto e branco modificadas por intervenções de cor.

 

Sobre a artista

 

Nascida na Inglaterra em 1931 e radicada no Brasil, Maureen Bisilliat é responsável por uma investigação fotográfica de mais de cinquenta anos. Viajou intensamente quando criança, uma vida desenraizada que levou à busca de raízes que caracteriza o seu trabalho. Após estudar artes plásticas na França e nos Estados Unidos, estabeleceu-se na cidade de São Paulo na década de 1950, atuando inicialmente como fotojornalista nas revistas Realidade e Quatro Rodas a partir de 1962. Durante os dez anos que trabalhou para a Editora Abril, pôde fotografar em contextos diversos do Brasil, produzindo ensaios que ficaram célebres, dentre eles “Caranguejeiras”, no qual retrata mulheres catadoras de caranguejos na aldeia paraibana de Livramento.

 

A curiosidade por um Brasil ainda desconhecido durante a década de 1960 se associa ao fascínio por obras literárias brasileiras e resulta em um projeto de longa duração que Bisilliat classificou como de “equivalências fotográficas” com a literatura. Produz, entre as décadas de 1960 e 1990, uma série de livros de fotografias que dialogam com as obras de Jorge Amado, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Ariano Suassuna, Adélia Prado e Euclides da Cunha. Em 1985 expõe em uma sala especial da XVIII Bienal de São Paulo um ensaio baseado no livro “O turista aprendiz” de Mário de Andrade. Na década de 1980, começa a dedicar-se também ao audiovisual, lançando em 1981 o documentário “Xingu/ Terra”, filmado com o diretor de fotografia Lúcio Kodato, na aldeia Mehináko do Alto Xingu. Foi curadora da Sala Especial XINGU TERRA, instalada na XIII Bienal de São Paulo (1975). Seu olhar devota uma especial atenção ao fator humano, interesse que pode ser observado na multiplicidade de retratos que compõem a sua obra e no registro das manifestações culturais dos retratados, seja através da vestimenta do sertanejo, da pintura corporal da indígena, da rede do pescador ou da fantasia da carnavalesca. A ideia de equivalência que utilizou para definir seu trabalho com a literatura, norteia também a sua prática através da relação de cumplicidade e troca que constrói com aqueles que retrata enquanto filma ou fotografa. “Forma-se uma cumplicidade natural. Eu não gosto da solidão. Não gosto de trabalhar sozinha”, afirma Maureen .

 

Maureen Bisilliat foi bolsista da Fundação Guggenheim, do CNPq (1981-1987) e da Fapesp (1984-1987). Em 2010 foi vencedora dos prêmios Porto Seguro de Fotografia, Ordem do Ipiranga, Ordem do Mérito Cultural e a Ordem do Mérito da Defesa. Desde fevereiro, Bisilliat apresenta na sede de São Paulo do IMS “Agora ou nunca – Devolução: paisagens audiovisuais de Maureen Bisilliat”, exposição que percorre seu vasto acervo audiovisual, concebida em colaboração com Rachel Rezende. O Instituto é detentor do acervo fotográfico de Bisilliat desde o ano de 2003.

Andy Warhol: Photographs

22/mai

 

Bergamin & Gomide

 

Abrimos hoje, 21 de maio, Andy Warhol: Photographs na plataforma Artsy.net. Exclusivamente online, a exposição apresenta 37 raras fotografias do pai da arte pop, entre 1973 a 1986. O projeto é uma parceria com a Act. Art Consulting Tool.

 

Das primeiras Polaroids às impressões em gelatina de prata em preto e branco, as obras apresentam retratos dos amigos de Warhol: ícones da cultura efervescente da época, incluindo Arnold Schwarzenegger, Grace Jones, Jean-Michel Basquiat, John Lennon, Mick Jagger, Steven Spielberg, Tina Turner, e também autorretratos do artista. Além dos retratos, poderão ser vistas fotografias que representam objetos do cotidiano, entre outros.

 

Em paralelo à exposição, foi lançado o #AndyWarholChallenge, no Instagram. A proposta é aproveitar o período de quarentena para colocar em prática a criatividade e recriar em casa as icônicas fotografias Polaroid de Andy Warhol. O desafio vai até o dia 27 de maio e as três melhores fotos serão premiadas. A ação é promovida pela galeria em parceria com a Act., SP-Arte e NARS Cosmetics.

 

Saiba mais sobre o #AndyWarholChallenge neste link.

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Felizardo, novo livro

08/mai

Editado pela UFRGS/85 anos, “O percurso de um olhar” (The journey of a vision), é o novo livro do conceituado fotógrafo Luiz Carlos Felizardo, que reúne fotografias e textos/crônicas descrevendo a história de cada uma delas em edição bilíngue (português/inglês), capa dura, 25x25cm, em papel couchê. Valor R$ 80,00.

Segundo o escritor e fotógrafo Pedro Vasquez: “Você lê com prazer, pois tem uma qualidade literária muito grande – a pessoa pode não se interessar por fotografia, mas será tocada pelos textos”.

 

Sobre o artista

 

Luiz Carlos Rosa Felizardo nasceu em Porto Alegre, RS, 1949. Iniciou-se em fotografia em 1970, atuando em publicidade e jornais como o hoje mítico “O Pato Macho”. Entre 1984 e 1985 foi bolsista da Comissão Fulbright. Realiza exposições desde 1975 e já recebeu diversos prêmios ao longo de sua trajetória assim como sua obra está registrada em inúmeras edições solo. Seu trabalho apresenta um domínio rigoroso dos efeitos em claro/escuro, ferramenta de fundamental importância na linguagem fotográfica. Vive e trabalha em Porto Alegre.

Como olhar para trás”, na Z42 Arte

13/mar

A exposição – coletiva temática – “Como olhar para trás”, com obras inéditas das artistas Ilana Zisman, Maria Amélia Raeder, Mariana Sussekind e Priscila Rocha, ocupam todo o espaço expositivo da Z42 Arte, Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ. Com curadoria de Fernanda Lopes, a mostra traz o tema da memória, em diferentes aspectos, através de obras produzidas em diversos suportes, como fotografia, instalação, desenho, pintura e objeto. “A exposição apresenta possibilidades de estudo sobre a memória: memória como invenção, como tornar presente algo que está ausente, como reconstrução de algo que ficou, que é presença, e também o que sobrou da memória de algo que não se conhece. Muitas vezes a memória aparece como rastro, como pista, como insinuação”, diz a curadora Fernanda Lopes. A ideia da mostra surgiu a partir de um grupo de estudo das artistas com a curadora. Ao longo de seis meses, elas se encontraram para discutir seus trabalhos e questões relacionadas a eles e identificaram que todas vinham, mesmo que de formas diferentes, tratando sobre o tema da memória em suas produções.

 

Percurso da exposição

 

No hall de entrada do casarão de 1930 que abriga a Z42 Arte estará uma única obra: “Museu de História (Des)natural” (2019), da artista Priscila Rocha, composta por uma mesa de mármore com peças em gesso dispostas como se estivessem em uma vitrine de museu, inclusive com legendas descritivas. “A ideia da construção da memória está presente nesse trabalho, onde faço uma brincadeira entre a ficção e a realidade”, diz a artista. Nesta vitrine, estará um pedestal construído com imagens de soldadinhos, um brinquedo comum da infância, fundidos, quase irreconhecíveis; um retângulo de gesso que lembra um campo de batalha e pequenas peças, também com a imagem dos soldadinhos, muitas delas em pedaços, com a legenda “flashes”, como se fossem flashes de memória. “Pelo fato de serem facilmente reconhecidos e reproduzidos em diversas culturas, localidades e épocas, pensei nas imagens e significados destes brinquedos como memória de infância e a relação desta com o espaço. Inevitavelmente pensei na banalização da guerra, nas condecorações, nos motivos levianos, na relação com o consumo, nas indústrias que ela alimenta e é alimentada, chegando novamente na indústria do brinquedo e nos brinquedos de guerra e como a questão da memória e do esquecimento é articulada neste ciclo no qual a brincadeira se insere”, conta Priscila Rocha.

 

As quatro salas seguintes serão ocupadas cada uma por uma artista. Na primeira delas, à direita, estarão obras de Ilana Zisman, como “Arquivo 1”, da série Lavagem ou Taharah (ritual judaico pelo qual o corpo passa antes de ser enterrado, que respeita e dignifica o corpo), que mede 170cm X350cm e é composta por vários pedaços de papel de seda tingidos de tons de vermelho, colocados uns sobre os outros. “As unidades podem remeter à vida ou à morte”, explica a artista, que tinge cada um dos papéis manualmente. A curadora Fernanda Lopes ressalta que “os trabalhos têm uma forte presença física, mas, ao mesmo tempo, são feitos com materiais frágeis que nos remetem à ideia de sofrimento, por estarem amontoados e terem a cor vermelha, que nos lembra o sangue, a carne”. A pesquisa da artista parte de uma busca sobre a história de sua família, que viveu o holocausto, mas cujos registros são poucos, e seu trabalho fala sobre “aqueles que foram privados da sua história, que a tiveram eliminada pela violência e pelo esquecimento”. “Apesar do tema, a obra pode ser enquadrada no sofrimento de muitas minorias”, acrescenta a curadora.

 

Na parede oposta a essa grande obra estarão três pinturas feitas sobre camadas de papéis vegetais, que são transparentes. “Esses trabalhos trazem outro aspecto da minha pesquisa, que fala que o passado não pode ser olhado como foi. Ele é nebuloso e sua opacidade traz a não certeza ou evidência do que aconteceu. Utilizando um papel translucido e colocando-os sobrepostos, tento falar de como não se consegue ver as capas do tempo, porque parece uma coisa só. Coloco as formas em diálogo. Não se pode mudar o passado- no meu processo, recolho os restos e experimento como eles podem chegar no presente”, explica a artista.

 

Com trabalhos voltados, nos últimos anos, para o jornal como objeto central de investigação, Maria Amélia Raeder apresentará, na sala seguinte, a grande instalação “Estratégia para permanecer” (2019), com 320 desenhos feitos em nanquim sobre papel vegetal, “reproduzindo” uma imagem que foi publicada no jornal The New York Times. Os desenhos são feitos a partir de um método desenvolvido por ela que permite a criação de infinitos percursos dentro da mesma imagem. “Parece o percorrer de um labirinto, só que ao invés do objetivo do percurso ser encontrar uma saída, a intenção é manter-se nele o maior tempo possível”, explica a artista, que ressalta, ainda, que “o resultado desse exercício de permanência não pretende ampliar a visualidade da imagem nem sua comunicação; acaba, talvez, apenas por reforçar a invisibilidade das imagens jornalísticas – sua vocação ao esquecimento”, afirma a artista.

 

A folha de jornal onde a imagem foi publicada orginalmente estará exposta, mas com as imagens e os textos recortados, apenas deixando visível a legenda da foto. “Os desenhos resultantes deste processo contêm, cada um, o rastro de um percurso diferente. O mistério que há no rastro instiga um olhar mais atento e investigativo. Não mostro a imagem original porque a intenção é proporcionar ao espectador uma pausa investigativa, um alargamento do tempo de permanência no trabalho”, diz Maria Amélia Raeder. No corredor ao lado, a mesma pagina de jornal estará reproduzida quatro vezes, mas com as imagens cobertas pelas cores utilizadas na padronização da reprodução da imagem pelo jornal.

 

Seguindo o percurso da exposição, chega-se na sala com as obras de Priscila Rocha, que além da vitrine no hall de entrada da Z42, apresentará pinturas, objetos e instalações também partindo da imagem dos soldadinhos de brinquedo. Marcas de pegadas desses soldados aparecem na pintura “Valsa ensaiada” (2019) e bonecos e pedaços de mármore fragmentados estão em “Favor não brincar” (2019). Em sua pesquisa sobre os soldadinhos, Priscila Rocha chegou na folha de acanto e na memória histórica que ela carrega. “Há diversos significados ao longo do tempo, como se entrelaçou com o militarismo e como se disseminou como estética ornamental apagando seus significados históricos”, afirma. Com isso, serão expostos desenhos em que a folha de acanto aparece, além de um livro de artista com o contexto histórico, além de uma linha do tempo explicativa (como normalmente há em museus históricos). Por coincidência, as grades de ferro das portas de sala que será ocupada pela artista possuem folhas de acanto, assim como as sancas em gesso. A artista instalará, ainda, um papel de parede com imagens dessas folhas na sala.

 

No último salão expositivo, estarão os trabalhos de Mariana Sussekind que acompanhou, ao longo de nove meses, o desmonte de um apartamento após a morte de sua proprietária. Sessenta fotografias desse processo irão compor a instalação “No dia que tiraram os lustres”, uma “pesquisa sobre o processo de olhar para trás, reolhar, descartar e preservar”, conta a artista. “Mariana fotografou o apartamento compulsivamente, com luz natural, sem interferência. As fotos, de tomadas diferentes e até algumas repetidas, serão montadas de forma instalativa, como se estivesse montando um filme, destacando como a memória é montada”, afirma a curadora Fernanda Lopes.

 

A instalação conta com um áudio ambiente, que ajuda a construir a ideia de memória e de passado. “São tempos distintos e desorganizados que criam uma narrativa lacunar onde o espectador é convidado a construir sua própria montagem. Uma grande história em andamento, mas que nunca dará conta de traduzir o que foi”, afirma Mariana Sussekind.

 

Sobre as artistas

 

Ilana Zisman Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formada em Psicologia na Universidade Santa Úrsula-RJ, fez cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Filosofia e Arte Contemporânea na PUC-Rio, Processo Criativo com Charles Watson e curso de Especialização em saúde mental no Instituto de Psiquiatria da UFRJ. Desenvolve, desde 2015, uma pesquisa artística através do que chama “tecnologia do fragmento”, na tentativa de reconstruir uma memória do inenarrável e do silêncio. Investiga como materiais que remetem às histórias podem ser utilizados para acessar um passado fraturado no tempo.

 

Maria Amélia Raeder Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Possui Pós-graduação em Arte e Filosofia pela PUC-Rio, especialização em artes pelo The Art Institute of Houston-USA e graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Bennett-RJ. Fez cursos livres na The Glassell School of Art (Houston-USA), na Associacion Estimulo de Bellas Artes (Buenos Aires-AR), na EAV-Parque Lage, na Escola Sem Sitio, no Paço Imperial, no Ateliê Mundo Novo, de Charles Watson, e participou do Laboratório de Estudos em Arte Contemporânea de Frederico Carvalho – UFRJ (RJ-Brasil). Pesquisa as camadas de significação das imagens, em especial na produção de sentido das imagens nas mídias de comunicação.

 

Mariana Sussekind Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formada em Comunicação Visual pela PUC-Rio, pós-graduada em Fotografia na UCAM e em Cinema Documentário na FGV, com mestrado em Comunicação e Estética na ECO-UFRJ. Desde 2001 trabalha com montagem de cinema e vídeo se aprofundando em vídeoarte e documentário e leciona teoria e prática de montagem em cursos de cinema. Através da experimentação, do descontrole das imagens, e de uma angustiante observância do tempo, a artista mergulha no território feminino, onde seu corpo é a medida, a forma justa de suas possibilidades no agora.

 

Priscila Rocha Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Pós-graduada em história da arte e da arquitetura pela PUC-Rio, frequentou durante sua formação cursos do Parque Lage, no Rio de Janeiro, no Instituto Tomie Othake e na FAAP, em São Paulo. Pesquisa as relações dos vestígios do tempo no espaço e como o homem se relaciona com eles. Busca encontrar nessa memória espacial, elementos que possam ser apreendidos e ressignificados artisticamente por técnicas distintas, sublimando a experiência desapropriada.

 

Sobre a curadora

 

Fernanda Lopes vive e trabalha no Rio de Janeiro. Doutora pelo Programa de Pós-Graduação da Escola de Belas Artes da UFRJ, Fernanda Lopes atua como Curadora Assistente do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. É organizadora, ao lado de Aristóteles A. Predebon, do livro Francisco Bittencourt: Arte-Dinamite (Tamanduá-Arte, 2016), e autora dos livros Área Experimental: Lugar, Espaço e Dimensão do Experimental na Arte Brasileira dos Anos 1970 (Bolsa de Estímulo à Produção Crítica, Minc/Funarte, 2012) e “Éramos o time do Rei” – A Experiência Rex (Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça, Funarte, 2006). Entre as curadorias que vem realizando desde 2008 está a Sala Especial do Grupo Rex na 29ª Bienal de São Paulo (2010). Em 2017 recebeu, ao lado de Fernando Cocchiarale, o Prêmio Maria Eugênia Franco da Associação Brasileira dos Críticos de Arte 2016 pela curadoria de exposição Em Polvorosa – Um panorama das coleções MAM-Rio.

 

De 12 de março a 11 de abril.

 

Acontece no MAR

18/fev

O Museu de Arte do Rio, MAR, Centro, Rio de Janeiro, RJ, conquistou, – em seis anos de existência -, um lugar ímpar na programação cultural carioca.

 

O Rio dos Navegantes

 

A exposição faz uma abordagem transversal da história do Rio de Janeiro como cidade portuária, apresentando as diversas vozes dos povos que desde o século XVI passaram, aportaram e aqui viveram. A mostra apresenta cerca de 550 obras de artista como Ailton Krenak, Antonio Dias, Arjan Martins, Carybé, Floriano Romano, Guignard, Kurt Klagsbrunn, Rosana Paulino e Virginia de Medeiros. Evandro Salles é o idealizador e curador e Francisco Carlos Teixeira, o consultor histórico. Também assinam a curadoria e a pesquisa Fernanda Terra, Marcelo Campos e Pollyana Quintella.

Até março de 2020

 

Pardo é Papel

 

A individual do artista Maxwell Alexandre reafirma a vocação que o Museu de Arte do Rio conquistou em seis anos de existência: enfrentar o espelho, se reconhecer, escutar, afirmar o que interessa e prosseguir. Aos 29 anos, o jovem carioca retrata em sua obra uma poética urbana que passa pela construção de narrativas e cenas estruturadas a partir de sua vivência cotidiana pela cidade e na Rocinha, onde nasceu, trabalha e reside. Com obras no acervo do MAR, Pinacoteca de São Paulo, MASP, MAM-RJ e Perez Museu, Maxwell apresenta “Pardo é Papel” no Brasil após levar sua primeira exposição ao Museu de Arte Contemporânea de Lyon, na França.
Até maio de 2020

 

UÓHOL, de RAFAEL BQUEER

 

Interessado em questões que perpassam o corpo e as discussões de decolonialidade, gênero e sexualidade, o jovem artista transita entre linguagens como a performance, o vídeo e a fotografia. A mostra, em cartaz na Biblioteca MAR, joga com o sobrenome do ícone pop norte-americano Andy Warhol (1928-1987) e o termo “Uó” – gíria queer e popular para designar algo ou alguém irritante ou de mau gosto.
Até abril de 2020.

Claudia Andujar em Paris

29/jan

A Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris, França, apresenta até 30 de maio a exposição “Claudia Andujar: La Lutte Yanomami”. Esta é a maior retrospectiva da consagrada fotógrafa brasileira Claudia Andujar. Desde os anos 1970 a artista dedica sua vida à fotografia e à defesa do povo Yanomami, etnia ameríndia cuja cultura se destaca no país.

 

Fruto de vários anos de pesquisa nos arquivos da fotógrafa, esta mostra – que tem curadoria de Thyago Nogueira, realizada originalmente para o Instituto Moreira Salles -, apresenta o trabalho de Claudia Andujar por meio de mais de 300 fotografias em preto e branco ou coloridas, incluindo um grande número de imagens inéditas, além de uma instalação audiovisual, bem como desenhos feitos por artistas Yanomami e documentos históricos. Refletindo os dois lados inseparáveis de sua abordagem, da estética e da política, a exposição revela a maior contribuição de Claudia Andujar à arte fotográfica e o papel essencial que ela desempenha na defesa dos direitos dos índios Yanomami e da floresta em que habitam.

 

29 artistas na Luciana Caravello

Luciana Caravello Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, apresenta até 20 de fevereiro, a exposição “Artistas GLC”, que reúne cerca de 50 obras, recentes e inéditas, dos 29 artistas representados pela galeria: Adrianna Eu, Afonso Tostes, Alan Fontes, Alexandre Mazza, Alexandre Serqueira, Almandrade, Armando Queiroz, Bruno Miguel, Daniel Escobar, Daniel Lannes, Delson Uchôa, Eduardo Kac, Élle de Bernardini, Fernando Lindote, Gê Orthof, Gisele Camargo, Güler Ates, Igor Vidor, Ivan Grilo, Jeanete Musatti, João Louro, Lucas Simões, Marcelo Macedo, Marcelo Solá, Marina Camargo, Nazareno, Pedro Varela, Ricardo Villa e Sergio Allevato.

 

A exposição reúne trabalhos em diversos suportes, como pintura, colagem, desenho, fotografia, vídeo, escultura e instalação. Muitas obras são inéditas e estão sendo apresentadas pela primeira vez na mostra, como é o caso da pintura “Sundae Ilusões”, de Daniel Lannes, que, de acordo com o artista, mostra que “o amor colado às costas da musa garante ou não a ilusão da promessa afetiva”.

 

Outras obras nunca vista antes são “Todos os nossos desejos”, de Daniel Escobar, uma série de colagens onde confetes recortados de cartazes publicitários proporcionam uma paisagem pictórica de ilusórios fogos de artificio, e uma nova obra da série “Pseudônimo”, de Bruno Miguel, uma pintura onde o artista questiona os dogmas da linguagem a partir da substituição dos elementos tradicionais e históricos da pintura por processos, materiais e ferramentas de um mundo pós-industrializado, globalizado e conectado.