Catálogo de Temporama

05/ago

Neste sábado, dia 08 de agosto, às 16h, o MAM-Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, lança o catálogo da exposição “Temporama”, de Dominique Gonzalez-Foerster, com as presenças da artista, do curador Pablo Leon de la Barra e da atriz Denise Milfont. A mostra, que tem curadoria de Pablo Léon de la Barra, ocupa uma área de 1.800 metros quadrados no segundo andar do MAM, e traz obras emblemáticas da artista produzidas entre 1985 e 1991, que foram reconstruídas pela primeira vez para esta exposição.

 

Está ainda em “Temporama” um único trabalho produzido este ano “uma piscina abstrata” com aparições fotográficas da artista caracterizada como Marilyn Monroe. Dominique Gonzalez-Foerster, que integrou a Documenta XI, em Kassel (2002), ganhará em setembro deste ano mostra no Centre Pompidou, em Paris, e em abril do ano que vem no prestigioso espaço K20, em Düsseldorf, Alemanha. Ela é uma das mais importantes artistas da sua geração, com obras históricas na produção artística internacional dos últimos vinte anos, que sempre integram importantes exposições. Esta é a primeira exposição individual da artista em uma instituição brasileira.

 

A mostra pode ser vista até este domingo, dia 09 de agosto.

Lume na SP-Arte/Foto

A Galeria Lume participa da edição 2015 da SP-ARTE/FOTO, levando para seu stand um recorte de seu portfólio, com obras dos fotógrafos brasileiros Claudio Edinger, Gal Oppido e Penna Prearo, e do inglês Martin Parr. Entre as fotografias em exposição, o público encontra trabalhos diversificados como as séries “Rio de Janeiro”, de Claudio Edinger, “As Duas”, de Gal Oppido, a inédita “Celestinas”, de Penna Prearo, e “Amalfi”, uma prévia da individual de Martin Parr, que acontece ainda este ano.

 

Para 2015, a programação da galeria já incluiu as individuais de Alberto Ferreira e Kilian Glasner, a 1ª Coletiva Experimenta, além das feiras SP-Arte, Arte Lima e Paris Photo LA. Ainda estão previstas exposições de Florian Raiss, Claudio Alvarez e Martin Parr para este ano, bem como novas edições dos projetos paralelos Jazz na Lume e Sarau na Lume.

Novos Talentos: Fotografia Contemporânea

Com abertura no dia 12 de agosto, mostra terá a participação de 10 prestigiados artistas:

Alexandre Mury, Arthur Scovino, Berna Reale, Gustavo Speridião, Luiza Baldan, Matheus Rocha

Pitta, Paulo Nazareth, Raphael Couto, Rodrigo Braga e Yuri Firmeza.

 

Cinquenta trabalhos de dez consagrados artistas brasileiros estarão à disposição do público na

exposição “Novos Talentos: Fotografia Contemporânea no Brasil”, de 12 de agosto a 18 de

outubro, na Galeria 4 da CAIXA Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Com curadoria de Vanda

Klabin e coordenação e idealização de Afonso Costa, a mostra apresenta visões fotográficas

variadas, com linguagens e processos de criação únicos que se utilizam de momentos políticos,

da mutabilidade da natureza e até do próprio corpo como experimento. A exposição faz um

interessante recorte de como a imagem vem sendo usada por nomes de diferentes gerações e

caminhos distintos, cujas produções vão muito além de um meio específico. Presente de forma

vibrante no mercado contemporâneo, a fotografia foi a vertente da arte que mais se

desenvolveu nos últimos anos. Diversas galerias se especializaram no assunto, leilões e feiras

passaram a existir com esse foco exclusivo. Diante desse novo cenário, a exposição apresenta a

fotografia compreendida como uma linguagem.

 

Paulo Nazareth apresenta a série Notícias da América, resultado de suas longas peregrinações

a pé e de carona pelo continente americano, onde imagens e acontecimentos mostram as

diversas realidades sociais, com a finalidade de expandir o conceito de pátria. Na série Rosa

Púrpura, Berna Reale, que está representando o Brasil na Bienal de Veneza, contou com a

participação de 50 jovens de Belém para discutir a questão da violência contra a mulher. “Me

incomoda muito o ser humano não se ver no outro e me assusta a violência se tornar íntima”,

explica a artista, que é também perita criminal do Centro de Perícias Científicas do Estado do

Pará.

 

Com um trabalho bastante político, Gustavo Speridião apresenta a série Movimento –

Ayotzinapa Vive!, que registra manifestações e atritos em regiões urbanas do México e do Rio

de Janeiro. “Comecei a ter sentimentos de querer mudar o mundo e procuro imagens que

refletem o processo revolucionário mundial”, diz. A violência, o desencanto, a condição da

miséria humana estão presentes na impactante série Brasil, de Matheus Rocha Pitta. O artista

mistura carnes vermelhas num processo mimético com as areias escaldantes de Brasília.

 

A partir de imagens produzidas em São Paulo e no Chile, Luiza Baldan cria contrapontos para

os espaços solitários, onde a sensação de vazio, aliada ao silêncio, circula livremente em

cenários ora intimistas, ora urbanos. Luiza Baldan participará de outras exposições neste

segundo semestre, no Centro Cultural São Paulo e na galeria Bergamin & Gomide, SP.

 

A parceria entre o homem e a natureza estão presentes nas fotos de Rodrigo Braga, que cria

um documento visual extremamente perturbador. Yuri Firmeza registra as ruínas da cidade

histórica de Alcântara, primeira capital do Maranhão, construída no século XIX na esperança

de hospedar o imperador D. Pedro II. Atualmente o lugar tem um centro espacial, instalado

pela Força Aérea Brasileira. O artista aproveita a paisagem para mostrar o tempo

sedimentado, não linear, não cronológico. A série Ruínas propõe o pensamento crítico à lógica

de crescimento das metrópoles.

 

Já os artistas Alexandre Mury, Arthur Scovino e Raphael Couto utilizam o próprio corpo para

suas práticas artísticas. “As fotografias mergulham em territórios ambíguos, pois lidam com o

campo da performance, testando os limites do corpo em diversas situações estéticas”, diz a

curadora. Erotismo, rituais e mitologias estão presentes na série Nhanderudson – num ponto

equidistante entre o Atlântico e o Pacífico, de Scovino. O artista escolheu uma imagem central

que representa o Caboclo meio-dia, e fotografou, sempre neste horário, na Chapada dos

Guimarães, no Mato Grosso.

 

Alexandre Mury representa os quatro elementos naturais, ar, água, fogo e terra, a partir de

seu próprio corpo. Nos trabalhos, está presente uma poética da turbulência, em que parece

estar vulnerável, num esgotamento de suas forças. “Essa mostra é muito oportuna para reunir

nomes de prestígio da arte contemporânea brasileira e seus trabalhos mais recentes”,

comemora Mury, que recentemente teve sua produção exposta no SESC Glória, em Vitória, e

na Roberto Alban Galeria, em Salvador.

 

Para Raphael Couto, as ações de metamorfose do corpo se dão no detalhe, no fragmento.

Abrir pele, cortar, costurar, colar e rasgar são, segundo o artista, gestos destrutivos que se

tornam construtivos. Ele parte de uma sensibilidade corporal e acrescenta reflexão sobre a

linguagem plástica. “Estou muito feliz com a possibilidade de colocar o meu trabalho em

diálogo com artistas que admiro e que são referências para o meu trabalho”, diz Raphael.

 

 

A palavra da curadora

 

“As obras apresentadas servem como um interessante panorama de visualização da produção

da fotografia contemporânea nacional. A ideia da curadoria é tirar partido deste frescor em

uma mostra que reúne as obras mais próximas ao espírito inquieto desses artistas, cada um na

sua dimensão particular, sempre em incessante processo criativo. Eles repensam, rediscutem e

reinventam a extraordinária tradição fotográfica por meio de um pensamento plástico atual,

com desenvoltura artesanal, intelectual e imaginativa inéditas até aqui.”

 

 

A palavra do idealizador

 

“A foto é apenas um recurso do desenvolvimento do trabalho deste grupo. Tanto que seria

possível fazer uma exposição com os mesmos artistas usando outros meios como vídeo,

objeto, pintura, instalação, performance, etc. Tal diversidade de caminhos, seja pelo viés

político, social, estético, construtivo, visceral, performático, ambiental ou corpóreo, entre

tantos outros, delineia e pontua essa dita ‘nova identidade’, que norteia e reflete os rumos da

fotografia no país.”,

 

A mostra Novos Talentos: Fotografia Contemporânea no Brasil é produzida pela R&L

Produtores Associados, dos sócios Rodrigo Andrade e Lucas Lins.

Os percursos nada óbvios de Alair Gomes

03/ago

POR VITOR ANGELO

 
Uma pequena pérola brilha em preto e branco, de forma intensa, no centro da cidade de São

Paulo. Desde sábado, a exposição “Alair Gomes – Percursos”, que fica até o dia 4 de outubro

na Caixa Cultural, na praça da Sé, joga luz não só para questões contemporâneas como o

voyeurismo e o desejo, a releitura do homoerotismo da Grécia clássica como o próprio status

da fotografia.

 

Alair Gomes, que teve seu trabalho reconhecido depois de sua morte, em 1992, utiliza as

contradições em seu jogo dialético de descobrir a essência da fotografia, o denominador

comum de uma imagem e isto só é possível de termos entendimento pela excelente curadoria

e montagem da exposição feita por Eder Chiodetto.

 

Logo na entrada da exposição temos as fotos até então inéditas feitas por Alair na Praça da

República, em São Paulo. É a antítese do que estamos acostumados a conhecer do que seria as

fotos de Gomes. Não estamos na região das praias, nem dos corpos seminus, apreciados à

distância por uma teleobjetiva, como nos seu conhecidíssimo trabalho conhecido como a série

fotográfica Sonatines, Four Feet. Aqui, ele se aproxima de seus objetos como identificação,

não como algo que deseja. Ele encara as pessoas com sua câmera, que sabem que estão sendo

encaradas e muitas vezes olham direto na lente, como reflexo. Elas estão razoavelmente

vestidas, mas aí entra outro um componente que o fotografo aprendeu com Antiguidade

Clássica e seu trabalho de fotografar as estátuas greco-romanas, conseguir extrair erotismo do

que vê.

 

Ele entende que o erotismo é um componente presente no êxtase e ora trabalha no campo da

sexualidade ora da religiosidade as confrontando no que existe de seus opostos e em suas

semelhanças como se fosse a síntese de uma Santa Teresa D’Ávila e um Marquês de Sade. Um

dos pulos do gato da exposição é colocar as Sonatines, de caráter mais terreno e físico com

seus Beach Triptychs que dialoga, à sua maneira (espiritual em carne), com os trípticos

religiosos da arte renascentista.

 

Existe também a questão da narrativa, ou movimento, como algo que se dá no tempo, e aquilo

que é estático, está hibernado de calor carioca e se dá no espaço. O que era um problema para

a pintura, a questão do movimento narrativo, para Alair é solução, está ali o que ele considera

o específico da fotografia, que a diferencia de outras artes visuais e podemos perceber isto de

forma clara nas Sonatines que contam uma história entre uma foto e outra. Mas isto não

invalida os closes estáticos e explícitos de pênis e ânus que encontramos em Symphony of

Erotic Icons, ali ele apreende aquilo que se dá no tempo (o sexo), como algo no espaço (o

desejo voyeur).

 

Os jogos em contradição que Alair cria em sua intensa experiência fotográfica também diz

muito de nós, da nossa vontade inerente de desejar, da solidão do olhar que deseja, da

distância (muitas vezes abissal, muitas vezes não) imaginada entre o que te erotiza e o prazer e

mais do que tudo: que aquilo que alimenta nosso desejo está muito mais em nós ( a tal

erotização) do que no que é desejado.

Fotografias para Imaginar

31/jul

As 16 fotografias de Gilberto Perin, mais os textos de 16 escritores e as obras de 16 artistas convidados pelo fotógrafo para interferirem no seu trabalho integram a exposição de seu projeto autoral “Fotografias para Imaginar” irá até 21 de agosto na Sala Aldo Locatelli na Prefeitura Municipal de Porto Alegre. O  projeto foi financiado pelo Fumproarte.

 
“Fotografias para Imaginar” apresenta fotografias que revelam espaços sem a presença humana, propondo que o limite documental da fotografia seja ultrapassado, rompendo a fronteira do visível, reconstruindo a realidade com outro olhar – além daquele esboçado e recortado pelo fotógrafo.

 
Participação de alguns escritores como: Aldyr Garcia Schlee, Ana Mariano, Carlos Gerbase, Carlos Urbim, Cíntia Moscovich, Ignácio de Loyola Brandão, Luís Artur Nunes, Luiz Ruffato, Martha Medeiros, Paulo Scott, Pedro Gonzaga, Pena Cabreira, Ricardo Silvestrin  e Tailor Diniz.

 
Os artistas participantes dentre outros são: André Venzon, Bebeto Alves, Britto Velho, Carlos Ferreira, Chico Baldini, Denis Siminovich, Eduardo Haesbaert, Felipe Barbosa, Mário Röhnelt, Régis Duarte, Sandro Ka e Zorávia Bettiol.

 

 

Até 21 de agosto.

 

Lançamento da ST.024

29/jul

 

Chega ao circuito cultural a edição número 1 da ST.024, portfólio de imagens em formato de

revista que será lançada dia 04 de agosto na Zipper Galeria, Jardins, São Paulo, SP, com ensaios

de João Castilho, Luiz Braga, Julio Bittencourt, Alexandre Battibugli e Drago, além de uma

agenda dos eventos de fotografia. A proposta do publisher Renê de Paula é oferecer uma

experiência tátil com a fotografia, um contato lento e sensível com a imagem impressa – tão

incomum nos dias de hoje, especialmente em razão da quantidade infinita de imagens

disponíveis no ambiente virtual.

 

Disponibilizada unicamente em versão impressa, a ST.024 não possui textos, apenas

fotografias, e reúne todos os recursos técnicos disponíveis em sua criação, para que a

reprodução das imagens fique o mais próximo possível do que se encontra no arquivo original,

produzido pelo fotógrafo. A publicação ainda possui um encarte, em formato de pôster, com

duas imagens selecionadas entre os principais editoriais de cada edição. “Os leitores vão

encontrar na St.024 um ambiente plural, pautado sempre pela qualidade e pela busca de

proporcionar experiências transformadoras para aqueles que, de alguma forma, se comunicam

através de imagens.”, comenta Renê de Paula. Em um primeiro momento, a ST.024 terá

periodicidade bimestral e poderá ser encontrada nas principais bancas e livrarias de São Paulo,

e muito em breve em todo o Brasil. A edição número “zero” foi lançada em novembro de

2014, e teve Andy Summers como fotógrafo convidado, autor da capa e do editorial principal.

Pedro Lobo na 1500 Babilônia

27/jul

A 1500 Babilônia, Leme, Rio de Janeiro, RJ, exibe “Espaços Aprisionados”, do fotógrafo brasileiro Pedro Lobo, com curadoria de Miguel Rio Branco. Utilizando a fotografia de arquitetura como meio de tecer comentários sobre as pessoas que vivem e ocupam as moradias retratadas, o artista leva este olhar para a Penitenciária do Carandiru, apresentando 13 imagens feitas durante os últimos dias de ocupação pelos presos e momentos antes da demolição do complexo prisional.

 

A temática na produção de Pedro Lobo gira em torno de moradias populares e os que ali habitam, provavelmente como resultado do interesse pela arquitetura, sua área de formação. Registrou favelas do Rio de Janeiro, comunidades e outros aglomerados semelhantes em cidades do sudoeste brasileiro, com o objetivo de mostrar o empenho dessas pessoas em manter a dignidade, apesar de todos os problemas, já que não possuem outra saída a não ser viver nestas comunidades excluídas. A convite de Maureen Bisiliat, fotógrafa, video maker e escritora brasileira, fotografou a carceragem do Carandiru, em São Paulo, como parte de um projeto de memória da penitenciária. Logo constatou que os encarcerados se referiam às celas como “barracos”, termo usado para identificar as casa nas favelas, e passou a captar imagens com o mesmo objetivo de seus trabalhos anteriores. Na série Espaços Aprisionados, Pedro Lobo desvenda estes ambientes de reclusão, mostrando as condições de limpeza e conservação das celas, bem como os trabalhos de arte nas paredes e portas – resíduos materiais das poucas formas de expressão pessoal permitidas. Com pesar, desperta a lembrança de que tudo aquilo se perdeu quando os prédios da penitenciária foram demolidos, e retrata, para a posteridade, os resquícios de memórias das rebeliões e do massacre de 111 presos, ocorrido em 1992.

 

Com forte sensibilidade, Pedro Lobo permeia o ambiente tenso da carceragem e agrega traços de humanidade a esta paisagem carregada de dor e violência. Nas palavras do fotógrafo: “Estas imagens não são a respeito de crimes, ou criminosos, mas sim sobre seres humanos que se encontram, ou se colocaram, em situações extremamente adversas e que, apesar de tudo, decidiram não abandonar a luta por uma existência digna.”.

 

No dia 1º de agosto, a partir das 14h, acontece um encontro com Pedro Lobo, no espaço da 1500 Babilônia, ocasião em que os presentes poderão conversar com o artista sobre sua produção, processo criativo e outros temas relacionados. A direção é de Alex Bueno de Moraes.

 

 

Até 17 de outubro.

SIM Galeria na SP-Arte/Foto 2015

17/jul

Todas as atenções se voltarão para a fotografia durante a 9ª edição da SP-Arte/Foto, Shopping JK Iguatemi, 3º piso, Vila Olímpia, São Paulo. A feira de fotografia é considerada a mais importante da América Latina e terá a participação de 30 galerias de arte do Brasil, que trabalham a partir do suporte fotográfico. Em sua quarta participação na SP-Arte/Foto, a SIM Galeria vai apresentar obras de cinco artistas: Isidro Blasco, Marcelo Moscheta, Julia Kater, Romy Pocztaruk e Rodrigo Torres.

 

A instalação fotográfica “New York I”, do artista espanhol Isidro Blasco será um dos destaques da SIM na feira. Feita em impressão colorida, madeira e passe par tout, a obra é uma ‘fotoforma’ (objetos tridimensionais) criada a partir do encadeamento de imagens planas. O trabalho retrata Nova York, cidade onde o artista reside desde 1996, e também a maneira particular de Isidro Blasco enxergar a realidade a sua volta.

 

Os recortes e colagem de fotografias sobre papel algodão assinados pela Julia Kater também foram selecionados para esta ocasião. De poética envolvente, as obras da artista fazem referência à relação entre projeção de luz e desenho, pois fica a dúvida se a paisagem que ela sutilmente sugere se encontra abaixo da superfície, se foi projetada sobre o papel ou, ainda, se é imaginária.

 

Romy Pocztaruk, importante nome da fotografia brasileira contemporânea,  também terá suas obras expostas na SP-Arte/Foto. A SIM selecionou os trabalhos da artista que retratam a exploração fotográfica da rodovia Transamazônica e da cidade abandonada de Fordlândia. Essas obras da Romy foram apresentadas na última Bienal de São Paulo.

 

3 D – O público da SP-Arte/ Foto vai poder conferir a série ‘Geographic Misionformation System’ (recortes em impressão colorida, papel algodão e lápis) do Rodrigo Torres. O objetivo do artista ao criar a série foi construir um grande mapa 3D, por meio de colagem de fotografias utilizando imagens provenientes de satélite, assim como fotografias do solo feitas pelo próprio artista a curta distância. Entretanto, as imagens foram combinadas  para formar um novo relevo, ou seja, não indicam uma localização, mas criam um novo lugar.

 

Um dos trabalhos mais recentes do artista plástico Marcelo Moscheta, a série A.A.A. (Arquivo Araucária Angustifolia), que aproxima a estética científica a uma abordagem sensível da flora paranaense, também será levada para a feira. A série resulta do tratamento minucioso da fotografia como forma de análise de um objeto que se torna quase irreconhecível, sobrepujado pelo volume das fotos dispostas como absurdas fichas de catalogação ou gavetas de ficheiro.

 

 

Sobre a SIM Galeria

 

Fundada em 2011 em Curitiba, a SIM Galeria nasceu para atuar como um espaço difusor de arte contemporânea, exibindo artistas brasileiros e internacionais com investigações nos mais variados suportes:  pintura, fotografia, escultura e vídeo. Ao longo dos últimos três anos, a SIM foi palco de uma série de mostras individuais e coletivas organizadas por curadores convidados, como Agnaldo Farias, Jacopo Crivelli, Denise Gadelha, Marcelo Campos, Fernando Cocchiarale e Felipe Scovino. A galeria também é responsável pela assinatura de catálogos e outras publicações. A SIM ainda trabalha em conjunto com instituições brasileiras e estrangeiras com o intuito de promover exposições e projetos de artistas nacionais e internacionais.

 

 

De 20 a 23 de agosto.

Vergara no Instituto Ling

11/jul

Com curadoria de Luisa Duarte, a exposição “Carlos Vergara – Sudários”, em cartaz na Galeria

Instituto Ling, Porto Alegre, RS, traz obras representativas do percurso de experimentação do

artista que, desde os anos 80, investiga o campo expandido da pintura, utilizando novas

técnicas, materiais e pensamentos que resultam em obras caracterizadas pela inovação. A

exposição é composta de quatro telas – monotipias sobre lonas, realizadas entre 1999 e 2005

–, nas quais Vergara emprega pigmentos naturais e minérios para transferir texturas para a

tela, explorando, assim, o contato direto com o meio natural.

 

 

Uma grande instalação inédita, intitulada “Sudários”, apresenta 250 monotipias realizadas em

lenços de bolso, resultados de viagens para diversas regiões do mundo, como São Miguel das

Missões, Capadócia, Pompéia e Cazaquistão. Completam a exposição dezenas de fotografias

em pequeno formato com os registros das ações que originam os “Sudários”, sublinhando

assim a importância do processo para a obra como um todo. A exposição tem patrocínio da

Fitesa e financiamento do Governo RS / Sistema Pró-Cultura / Lei de Incentivo à Cultura.

 

 

 

Sobre o artista

 

 

Carlos Vergara possui uma obra extensa e consistente, que vem produzindo desde os anos

sessenta e que lhe conferiu posição de destaque na arte contemporânea brasileira. Nascido na

cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, em 1941, Vergara iniciou sua trajetória nos anos

60, quando a resistência à ditadura militar foi incorporada ao trabalho de jovens artistas. Em

1965, participou da mostra Opinião 65, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, um

marco na história da arte brasileira, ao evidenciar essa postura crítica dos novos artistas diante

da realidade social e política da época. A partir dessa exposição formou-se a Nova Figuração

Brasileira, movimento que Vergara integrou junto com outros artistas, como Antônio Dias,

Rubens Gerchmann e Roberto Magalhães, que produziram obras de forte conteúdo político.

 

 

Nos anos 70, seu trabalho passou por grandes transformações e começou a conquistar espaço

próprio na história da arte brasileira, principalmente com fotografias e instalações. Desde os

anos 80, pinturas e monotipias tem sido o cerne de um percurso de experimentação. Novas

técnicas, materiais e pensamentos resultam em obras contemporâneas, caracterizadas pela

inovação, mas sem perder a identidade e a certeza de que o campo da pintura pode ser

expandido. Em sua trajetória, Vergara realizou mais de 200 exposições individuais e coletivas

de seu trabalho, dentre elas a Bienal de Medelin 1970, Bienal de Veneza de 1980, Bienal de

São Paulo edições de 1963, 1967, 1985, 1989 e 2010, Bienal do Mercosul edições 1997 e 2011.

 

 

 

Até 23 de agosto.

Horizontes artificiais – Na Marsiaj Tempo Galeria

09/jul

A Marsiaj Tempo Galeria, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou a exposição “Horizontes
artificiais”, individual de fotografias de Kilian Glasner. O tom pink é o fio condutor de todas as imagens deste fotógrafo internacional. Todas as paisagens clicadas por Kilian Glasner que recebem esse matiz exibem um efeito surpreendente aos olhos do visitante que visualiza panoramas com muitos dos quais mantém familiaridade. Cidades como Los Angeles e Rio de Janeiro passam po esse processo criativo do artista.