Prêmio CCBB Contemporâneo

23/set

A exposição “Ultramarino”, de Vicente de Mello, o terceiro dos dez projetos selecionados para a temporada de 2015-2016 do Prêmio CCBB Contemporâneo**, se despede da Sala A do CCBB Rio na segunda, 28 de setembro. Em “Ultramarino”, o artista recobre as quatro paredes do espaço com uma colagem de lambe-lambes da imagem ‘Átomo Jacaré’, de sua autoria, feita em silkscreen. A instalação de Vicente de Mello se propõe a ser o outro lado do mar.

 

O impacto monumental da sala se dá, à primeira vista, com a projeção de luz led branca, “varrendo” o ambiente como um farol, sobre as paredes e depois com a projeção de luz led vermelha, que irá alterar o azul para um magenta vibrante. As gamas de magenta transformam as imagens, de pequenos “plânctons”, em tramas sanguíneas. Como se o sangue azul, referente ao mito de ser nobre, se transfomasse em sangue vermelho.

 

 

Sobre o artista

 

Vicente de Mello, nasceu em São Paulo, SP, 1967. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formou-se em Comunicação Social pela Universidade Estácio de Sá e especializou-se em História da Arte e Arquitetura no Brasil, pela PUC Rio. Além de inúmeras exposições individuais e coletivas, o artista tem livros publicados. O mais recente é Parallaxis [Cosac Naify], de 2014.  Em 2007, ganhou o APCA de melhor exposição de fotografia em São Paulo, na Pinacoteca do Estado, com a mostra “moiré.galáctica.bestiário / Vicente de Mello – Photographies 1995-2006”.

 

 

 Prêmio CCBB Contemporâneo 2015-2016

 

A série de exposições inéditas, em dez individuais, contempladas pelo Prêmio começou com grupo Chelpa Ferro [Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler], seguido da mostra de Fernando Limberger [RS-SP]. Depois de Vicente de Mello [SP-RJ], sucedem-se as de Jaime Lauriano [SP], Carla Chaim [SP], Ricardo Villa [SP], Flávia Bertinato [MG-SP], Alan Borges [MG], Ana Hupe [RJ], e Floriano Romano [RJ], até julho de 2016.

 

 

Até 28 de setembro

Dois na Colômbia

Dando seguimento a sua agenda de feiras internacionais, a Galeria Lume, de São Paulo, SP, participa da edição 2015 da Odeón – Feria de Arte Contemporáneo, em Bogotá – Colômbia. Em seu stand, expõe obras de dois artistas brasileiros que se destacam no cenário cultural: Akira Cravo e Talita Hoffmann. A proposta curatorial é que cada um utilize sua própria linguagem para apresentar elementos e situações encontrados em grandes centros urbanos.

 

Sob o ponto de vista da comparação que faz sobre diferenças culturais entre países, Akira Cravo pode ser considerado um etnólogo. O artista encontra nas ruas e no povo da Bahia a motivação para seu trabalho. Sobre as obras do artista, o curador do Museu Afro Brasil, Emanoel Araujo, comenta: “Suas fotografias nascem em uma demanda por planos maiores, profundidade de campo, brilho, mas acima de tudo, para mostrar o teatro da natureza humana.”. Por sua vez, Talita Hoffmann leva à Odeón suas pinturas que remetem às periferias de cidades americanas arruinadas pela crise e pela falta de emprego, em sociedades capitalistas, inspirada pela obra do renomado fotógrafo americano Walter Evans.

 

Com estes dois artistas, a Galeria Lume marca sua segunda participação nesta feira que representa um importante mercado latino americano, firmando sua posição no cenário internacional e conquistando novas oportunidades para os artistas por ela representados.

 

 

 

De 02 a 05 de outubro.

Paralelos Urbanos: 10 fotógrafos

17/set

A exposição “30 / 34º S – Paralelos Urbanos” tem início no Centro Cultural CEEE Erico
Verissimo, Centro Histórico, Porto Alegre, RS. Trata-se de um projeto com dez fotógrafos de três cidades, Buenos Aires, Montevidéu e Porto Alegre que promoverá quatro exposições até maio de 2017, que buscam descobrir que cidades são essas que, entre os paralelos 30 e 34, pulsam no sul da América do Sul.

 

O olhar de Alfredo Srur, Andrés Cribari, Carlos Contrera, Fábio Rebelo, Fabrício Barreto,Francisco Landro, Gabriel García Martínez, Gilberto Perin, Lena Szankay e Lorena Marchetti traduz a cidade onde vivem ou como sentem a ação dela sobre o seu cotidiano. Suas fotografias exigem um olhar atento, pois provocam reflexões ou um convite à poesia urbana de Buenos Aires, Montevidéu e Porto Alegre.

 

 

Esta é a primeira etapa do projeto. Em 2016, os artistas realizarão mostras em Buenos Aires

(previsão de lançamento em maio) e Montevidéu (setembro de 2016). Durante as estadas em

cada município, o grupo produzirá novas imagens que serão apresentadas no encerramento,

em exposição prevista para maio de 2017 em Porto Alegre.

 

 

De 17 de setembro a 24 de outubro.

Duas individuais na LUME

11/set

A Galeria Lume, Jardim Europa, São Paulo, SP, inaugura, simultaneamente, as mostras “Verso Transitivo”, de Claudio Alvarez, e “Transe”, de Fábio Cardoso, ambas com curadoria de Paulo Kassab Jr. Exibindo 8 esculturas, Claudio Alvarez explora os efeitos visuais característicos de sua obra, seja através do movimento físico ou da ilusão de ótica. Por sua vez, Fábio Cardoso mostra 16 aquarelas que fazem referência a corpos humanos em situações de intimidade, inseridos num momento de existência do impensado e do impulsivo.

 

Sob influência do cinetismo, movimento artístico iniciado em Paris na década de 1950, Claudio Alvarez utiliza metal para construir suas esculturas, abordando sempre o movimento e a percepção, temas de sua constante pesquisa. Em “Verso Transitivo”, as obras são elaboradas com ilusões de ótica, jogos de espelho e iluminação, objetos móveis e formas dinâmicas, resultando em mecanismos nos quais aquilo que vemos entra em contradição com aquilo que sabemos. Desta maneira, o artista ativa no espectador reações de análise e fascínio, raciocínio e ilusão – modos essenciais na relação do homem com o universo.

 

Em sua primeira exposição na Galeria Lume, Fábio Cardoso apresenta “Transe”, série em que sujeito, objeto e suporte se entrelaçam. A partir das margens, o artista cria imagens que levam o espectador a uma espécie de frenesi ao tentar decifrar as formas, revelando, ao olhar mais atento, silhuetas que se assemelham a corpos humanos em cenas sexuais. “Arte e paixão como necessidades e impulsos do homem.”, comenta Paulo Kassab Jr.

 

Com uma programação cada vez mais intensa e diversificada, a Lume pretende contribuir para uma melhor formação cultural do brasileiro, ao disseminar conhecimento e cultura ao maior número de pessoas possível. Com esta ação, o espaço da galeria resta preenchido com duas importantes exposições, unindo estilos, técnicas e conceitos variados. Coordenação: Felipe Hegg e Victoria Zuffo.

 

 

De 15 de setembro a 10 de outubro.

Fotos de Claudia Andujar

08/set

O Instituto Moreira Salles do Rio de Janeiro, Gávea, exibe a exposição “Claudia Andujar: no

lugar do outro”. A curadoria é de Thyago Nogueira. A mostra lança nova luz sobre a trajetória

da fotógrafa de origem húngara ao apresentar trabalhos pouco conhecidos da primeira parte

de sua carreira, anterior ao seu envolvimento com os índios Yanomami. São reportagens

fotográficas e ensaios pessoais, que incluem desde os registros documentais em preto e

branco do começo da carreira até a experimentação gráfica colorida do final dos anos 1960 e

começo dos anos 1970.

 

A mostra é dividida em quatro núcleos. O núcleo “Famílias Brasileiras” apresenta um dos

primeiros trabalhos de fôlego feitos por Claudia no Brasil. Entre 1962 e 1964, a fotógrafa

registrou o cotidiano de quatro famílias de contextos muito distintos: uma família baiana dona

de uma próspera fazenda de cacau, uma família da classe média paulista, uma família de

pescadores caiçaras isolada em uma praia de Ubatuba (SP) e uma família mineira religiosa.

Feito com a intenção de entender como viviam os brasileiros, Claudia almejava publicar o

trabalho em uma revista, mas o perfil diverso do conjunto não interessou à publicação.

 

O segundo núcleo é formado por reportagens desenvolvidas pela fotógrafa para a revista

Realidade, onde trabalhou de 1966 a 1971. Criada em 1966, Realidade foi um marco na

imprensa brasileira pela qualidade das matérias e por reunir um time notável de fotógrafos,

que incluía nomes como Maureen Bisilliat, George Love e David Drew Zingg. A ousadia editorial

de Realidade foi o ambiente perfeito para que Claudia mergulhasse em temas controversos,

espinhosos e poucos discutidos na imprensa.

 

Para a revista Realidade, Claudia fotografou as polêmicas operações do médico-espírita Zé

Arigó, em Congonhas do Campo (MG); a intensa atividade de uma parteira na pacata cidade de

Bento Gonçalves (RS); a situação dos pacientes do Hospital Psiquiátrico do Juqueri, em São

Paulo; uma sessão de psicodrama, e o controverso “trem baiano”, que levava imigrantes

desempregados em São Paulo de volta a seus estados natais. Além de reportagens, Claudia

também desenvolveu ensaios fotográficos para ilustrar matérias da revista. Fazem parte da

exposição uma série sobre relacionamentos homossexuais, cujas fotos não foram publicadas

pela revista, e um ensaio sobre a natureza dos pesadelos.

 

O terceiro núcleo é formado por três ensaios experimentais que Claudia desenvolveu em São

Paulo a partir de seu interesse pela cidade e pelo corpo humano. Fazem parte desse núcleo a

série sobre a “Rua Direita”, os nus da série “A Sônia” e fotos aéreas tiradas com filme

infravermelho.

 

O quarto e último núcleo da mostra contém fotografias de natureza feitas durante as primeiras

viagens à região da Amazônia, no começo dos anos 1970, especialmente ao longo do rio Jari,

no Pará, e em Roraima. Claudia fotografou as cachoeiras de Santo Antônio e o lavrado

roraimense com a experimentação e a sensibilidade que marcaram sua produção do período.

Em 1971, enquanto trabalhava numa edição especial da revista Realidade dedicada à

Amazônia, Claudia entrou em contato com os índios Yanomami. A partir de então,

transformou a documentação e a proteção desse povo em missão de vida. Seu trabalho como

fotógrafa e sua atividade política à frente da Comissão Pró-Yanomami trouxeram contribuições

inestimáveis ao país. Durante os anos que se seguiram, a produção de Claudia ligada aos índios

se sobrepôs ao extenso trabalho feito nas décadas anteriores, que agora começa a ser

retomado.

 

É essa produção ainda pouco vista e estudada que a exposição Claudia Andujar: no lugar do

outro vem regastar. Desde que chegou ao Brasil, nos anos 1950, Claudia mergulhou em

realidades que desconhecia e se interessou por núcleos fechados (como na série das famílias

brasileiras) ou grupos marginalizados e isolados (como os adeptos do espiritismo ou os

pacientes do Juqueri). Claudia usava a fotografia para entender o país que adotara, para

compreender o outro e descobrir a si mesma. Durante toda a carreira, Claudia fez questão de

se aproximar do outro e de se pôr em seu lugar – daí o título da exposição. Um deslocamento

que também ocorreu no âmbito geográfico, quando Claudia foi obrigada a abandonar suas

raízes e reconstruir a vida em um novo país. Ao focar-se nas primeiras décadas de sua carreira,

Claudia Andujar: no lugar do outro nos ajuda a entender a relevância, a originalidade e a

complexidade da produção de uma das mais importantes fotógrafas brasileiras.

 

 

Sobre a artista

 

Claudia Andujar nasceu na Suíça, em 1931, e em seguida mudou-se para Oradea, na fronteira

entre a Romênia e a Hungria, onde vivia sua família paterna, de origem judia. Em 1944, com a

perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, fugiu com a mãe para a Suíça, e

depois emigrou para os Estados Unidos, onde foi morar com um tio. Em Nova York,

desenvolveu interesse pela pintura e trabalhou como intérprete na Organização das Nações

Unidas. Em 1955, veio ao Brasil para reencontrar a mãe, e decidiu estabelecer-se no país, onde

deu início à carreira de fotógrafa. Sem falar português, Claudia transformou a fotografia em

instrumento de trabalho e de contato com o país. Ao longo das décadas seguintes, percorreu o

Brasil e colaborou com revistas nacionais e internacionais, como Life, Aperture, Look, Cláudia,

Quatro Rodas e Setenta. A partir de 1966, começou a trabalhar como freelancer para a revista

Realidade. Recebeu bolsa da Fundação Guggenheim (1971) e participou de inúmeras

exposições no Brasil e no exterior, com destaque para a 27a Bienal de São Paulo e para a

exposição Yanomami, na Fundação Cartier de Arte Contemporânea (Paris, 2002).

 

 

Até 15 de novembro.

Em Ribeirão Preto

A Galeria Marcelo Guarnieri, Ribeirão Preto, São Paulo, SP, apresenta a exposição de Pierre Verger. Depois de realizar em fevereiro deste ano a mostra “O Mensageiro” na unidade de São Paulo, a galeria amplia o conjunto de imagens em uma nova montagem na unidade de Ribeirão Preto.

 

 

Antes de chegar ao Brasil, antes de se debruçar sobre a cultura afro-brasileira, antes de se tornar babalaô, Pierre Verger era, essencialmente, fotógrafo. Um fotógrafo já reconhecido desde antes da Segunda Guerra Mundial e com fotografias publicadas nas mais importantes revistas francesas e internacionais da época, como Life, Vu, Regards e Arts et Métier Graphiques.

Quando sua vida e sua obra caminharam em direção às questões afro-brasileiras, tornou-se um homem do candomblé, publicou intensamente sobre essa temática – notadamente sobre sua matriz religiosa -, fixou residência na Bahia e mergulhou tão profundamente nesse novo viver que foi aos poucos desaparecendo da memória de seus contemporâneos franceses e europeus, ao menos como fotógrafo.

Em 1993, a Revue Noire, das primeiras a destacar a arte africana no mercado ocidental, realizou a grande exposição Pierre Verger, Le Messager, com mostras na Suíça e na França, no Musée d’Art d’Afrique et d’Océanie. Amplamente divulgadas nos meios de comunicação franceses, esse grande evento cultural recolocou Verger no cenário da fotografia em seu país de origem.

No processo de construção dessa exposição e com o objetivo de selecionar imagens para a mostra e para o livro-catálogo, os diretores da Revue Noire vieram até a casa de Verger, na Bahia. Após um minucioso trabalho, desenvolvido em conjunto com o fotógrafo, levaram mais de 300 negativos para Paris, onde realizaram, pela primeira vez, cópias de excelente qualidade. A maioria dessas ampliações foram, então, utilizadas para fazer os fotolitos do livro Le Messager e/ou expostas.

Nessa época, os donos da Revue Noire, aproveitando a presença de Verger em Paris, conseguiram que ele assinasse uma certa quantidade dessas cópias, o que Verger aceitou fazer, embora normalmente não se submetesse a esse tipo de cerimonial. O que realmente importava para Verger – ao contrário de muitos fotógrafos – eram seus negativos, por representarem suas memórias. Na verdade, ele dava pouca importância às ampliações, que não costumava vender e que podia reproduzir quando se fizesse necessário.

 

 

Poucos anos depois, em fevereiro de 1996, Verger faleceu na Bahia, deixando esse conjunto único de imagens, que continuou em poder da Revue Noire, em Paris. Essas imagens foram comercializadas na França, até o final do ano de 2000, quando a Fundação adquiriu sua quase totalidade. (Fundação Pierre Verger)

 

 

 

Até 09 de outubro.

 

Dias & Riedweg na Casa Daros

04/set

A Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a videoinstalação “Nada Absolutamente Nada”, de Dias & Riedweg, feita a partir de uma série de 30 oficinas realizadas pelos artistas entre abril e agosto deste ano, com pacientes psiquiátricos do Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB), integrantes do grupo A Voz dos Usuários. Os 12 integrantes do projeto foram indicados por suas equipes clínicas e devidamente acompanhados por profissionais de saúde sob a direção do psiquiatra e professor Julio Verztman (IPUB/UFRJ).
No dia 29 de agosto, sábado, às 17h, o filósofo Peter Pelbart e os especialistas Tânia Rivera, Julio Vertzman e Octávio Serpa reúnem-se com os artistas para um bate-papo público no auditório da Casa Daros.
As oficinas dos artistas foram estruturadas a partir da leitura e da livre interpretação de uma seleção de contos do escritor suíço Robert Walser (1878-1956), que passou por diversas internações psiquiátricas entre 1929 e 1956, e cuja obra se tornou influência definitiva na literatura contemporânea de língua alemã. Os participantes escrevem suas próprias histórias e pensamentos, recriando a sua maneira o universo mágico e sedutor dos contos de Walser.
Nas oficinas realizadas em um dos espaços ainda não renovados da Casa Daros, portanto desconhecido do público, os artistas e o grupo A Voz dos Usuários recriaram roteiros e histórias a partir desses novos textos produzidos, e os materializam em vídeos “que nos revelam o cotidiano da cidade em locais e situações escolhidas e registradas pelos pacientes”, dizem Dias & Riedweg. “Assim, visitamos as casas dessas pessoas, seus caminhos diários e seus locais prediletos na cidade, bem como detalhes, ao mesmo tempo anônimos e pessoais, da enfermaria do hospício, cenário incontornável nos momentos de crise”, contam os artistas. Mais que um retrato sobre a condição psiquiátrica, o trabalho constrói um ensaio poético e filosófico que questiona a definição e o lugar da loucura na vida contemporânea. “A rua e o caminho; a casa e a clínica – o lar; a clausura e o espaço aberto; o dia e a noite; o espaço entre as orelhas e o espaço de fora, eu e o outro; o esperado e o acaso”. A Voz dos Usuários é um grupo independente e atuante de pacientes do IPUB, que surgiu e se desenvolveu sob a supervisão do Dr. Octávio Serpa, para estudar e discutir o fenômeno das “pessoas que ouvem vozes” e seus desdobramentos na vida cotidiana e no tratamento psiquiátrico.

 
Dias & Riedweg e a obra de Robert Walser
Durante todo o ano de 2015, Dias & Riedweg vêm trabalhando a partir da obra do escritor Robert Walser. Conceberam e realizaram uma performance inicialmente apresentada como intervenção na peça “Puzzle D”, de Felipe Hirsch no Teatro do Sesc Villa Mariana, em São Paulo, em março deste ano, e posteriormente no Festival de Performance “Der Längste Tag”, em Zurique, Suíça, em junho passado. Essa é a segunda incursão de Dias & Riedweg no universo psiquiátrico. A primeira ocorreu com um grupo de 50 pacientes internos do mesmo IPUB / UFRJ após uma série de cem oficinas realizadas ao longo de 2011 no próprio hospital, e que deram origem à obra “Corpo santo”. Essa videoinstalação de 2012 foi comissionada pela Coleção Prinzhorn, e apresentada naquela instituição, em Heildeberg, Alemanha. No Brasil, partes deste vídeo foram apresentadas na 30ª Bienal de São Paulo, no ano passado. A obra completa, entretanto, ainda não foi mostrada no país. Uma terceira experiência profissional dos artistas no campo da psiquiatria é o projeto “Cidades de Deus”, que aborda a “Síndrome de Jerusalém”, termo psiquiátrico designado para nomear os surtos de delírio religioso recorrentes entre turistas e peregrinos que visitam os locais sagrados dos territórios da Palestina e Israel, e que apontam, de formas diversas, para o real confronto político dessa região. Após uma primeira residência dos artistas no Jerusalem Center of Visual Arts, em 2013, o projeto se encontra em fase de produção.

 
Até 13 de dezembro.

Artistas cubanos na Casa Daros

Na próxima terça-feira, 08 de setembro, às 11h, será realizada uma coletiva de imprensa na Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, sobre a exposição “Cuba – Ficción y fantasia”, que será inaugurada em 12 de setembro. A curadoria é de Hans-Michael Herzog e Katrin Steffen. Serão apresentados 130 trabalhos de 15 destacados artistas cubanos: Ana Mendieta, Belkis Ayón, Ivan Capote, Javier Castro, José Bedia, Juan Carlos Alom, Lázaro Saavedra, Los Carpinteros, Manuel Piña, Marta María Pérez Bravo, René Francisco, Santiago Rodríguez Olazábal, Tania Bruguera, Tonel e Yoan Capote. Está será a última exposição da Casa Daros.  Estarão presentes na coletiva os curadores da mostra, o diretor-geral da Casa Daros, Dominik Casanova, e alguns artistas com trabalhos da exposição.

Releituras

31/ago


Chama-se “Releituras da Natureza-morta” a próxima exposição a ser

inaugurada na Carbono Galeria, Jardim Paulistano, São Paulo, SP. Com

curadoria de Ligia Canongia, a mostra reúne obras de treze artistas

nacionais e internacionais, que refletem suas percepções quanto às visões

contemporâneas da Natureza-morta.

 

A coletiva apresenta trabalhos dos artistas Alex Yudzon, Angelo Venosa,

Bruno Dunley, Carlito Carvalhosa, Gabriela Machado, Iran do Espírito

Santo, José Damasceno, Laura Lima, Livia Marin, Maria Nepomuceno, Vera

Chaves Barcellos, Vik Muniz e Waltercio Caldas.

 

A natureza-morta é estudada e representada ao longo da história da arte

e em “Releituras da natureza-morta”, o gênero será representado por um

“um conceito expandido, uma reinterpretação”.

 

 

De 29 de agosto a 31 de outubro.

Celina Portella na Galeria Inox

Celina Portella abre a exposição “Puxa”, apresentando trabalhos inéditos na Galeria Inox, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. A artista carioca, que também estará com suas obras expostas na Art Rio, no stand da Galeria Inox, mostra instalações fotográficas, onde aparece em situações de tensão com cordas que se prolongam para fora do quadro. Criando sistemas de peso e contra-peso entre seu corpo na foto e objetos reais no espaço, ela joga com as proporções e cria uma ilusão de que os tamanhos são diferentes do que realmente são. “Trata-se de um ensaio para futuras esculturas”, afirma.

 

 

Sobre a artista

 

Celina Portella investiga questões sobre a representação do corpo a partir do vídeo e fotografia. Recentemente foi contemplada com o I Programa de Fomento a Cultura Carioca, com a Bolsa de Apoio a Criação da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e indicada para o prêmio Pipa 2013. Ultimamente participou das residências Récollets em Paris na França, LABMIS, no Museu da imagem e do Som, em São Paulo, na Galeria Kiosko em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia e no Núcleo de Arte e Tecnologia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi contemplada no II Concurso de Videoarte  da  Fundaj  em  Recife.  Participou  da  III  Mostra  Do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, da Mostra SESC de Artes, em São Paulo, entre outras exposições. Estudou design na Puc-RJ e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII em 2001.

 

 

 

A partir de 12 de setembro.