Os gêmeos na Espanha

06/set

 

O Centro de Arte Contemporânea de Málaga apresenta a primeira exposição individual em museu na Espanha de OSGEMEOS, a dupla de artistas formada pelos gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo. A exibição de “OSGEMEOS: Quando as folhas ficam amarelas”, com curadoria de Fernando Francés, está composta por uma seleção de mais de vinte obras realizadas entre 2006-2022, que será inaugurada no dia 07 de setembro. A exposição com pinturas e uma instalação inédita com a música como protagonista, convidam o espectador a entrar em um mundo imaginário criado por essa dupla de artistas, onde se dá o desenvolvimento de suas histórias e a criação de seus personagens.

 

Sobre os artistas

 

OSGEMEOS, os gêmeos Otávio e Gustavo Pandolfo (São Paulo, Brasil, 1974) quando crianças, desenvolveram uma forma diferente de brincar e se comunicar através da linguagem artística até que, por influência do hip-hop e da cultura brasileira durante a década de 1980, começaram a usar a arte como forma de compartilhar seu universo dinâmico e mágico com o público.

 

Suas exposições individuais incluem In the Corner of the Mind, Lehmann Maupin, Londres, Reino Unido (2022); OSGEMEOS: Segredos, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil (2021); OSGEMEOS: Segredos, Pinacoteca de São Paulo, São Paulo, Brasil, (2020); In Between, Frist Center for Visual Arts, Nashville, Tennessee (2019); Déjà Vu, Lehmann Maupin, Hong Kong, China (2018); Silêncio da Música, Lehmann Maupin, Nova York, EUA (2016); A ópera da lua, Galeria Fortes Villaça, São Paulo, Brasil (2014); osgemeos, Instituto de Arte Contemporânea, Boston, Massachusetts (2012); Fermata, Museu Vale, Espírito Santo, Brasil (2011); Pra quem mora lá, o céu é lá, Museu Colecção Berardo – Arte Moderna e Contemporânea, Lisboa, Portugal (2010); Vertigem, Museu Oscar Niemeyer, Curitiba, Brasil (2008); As Flores deste Jardim meus Avós Plantaram, Museu Het Domein Sittard, Sittard, Holanda (2007); O peixe que ate cadente stars, Galeria Fortes Vilaça, São Paulo, Brasil (2006) ou Pavil, Luggage Store Gallery, San Francisco, Califórnia (2003), entre outros. Seus projetos incluem HangarBicocca, Milão (2016); Conexões Paralelas, Times Square Arts: Midnight Moment, Nova York (2015); Wynwood Walls, Miami (2009); Tate Modern, Londres (2008) e Creative Time, Nova York (2005). Suas obras podem ser encontradas em várias coleções públicas, como The Franks-Suss Collection, Londres, Reino Unido; Museu de Arte Moderna, São Paulo, Brasil; Museu de Arte Brasileira, São Paulo, Brasil; Museu Casa do Pontal, Rio de Janeiro, Brasil; Museu de Arte Contemporânea, Museu de Arte de Tóquio, Tóquio, Japão; Museu de Arte de Porto Rico, Santurce, Porto Rico, entre outros.

 

 

 

Os vazios na arte em vidro

31/ago

 

 

Emanuelle Spack informa que a primeira edição da Bienal Internacional Ibero-Americana de Arte em Vidro conta com a participação de Désirée Sessegolo, artista curitibana. O evento acontece entre os meses de agosto e outubro na Costa Rica e apresenta obras de mais de 240 artistas de 27 países.

 

Texto de Emanuelle Spak

 

A primeira edição da Bienal Internacional Ibero-Americana de Arte em Vidro, que será realizada na Costa Rica entre os dias 28 de agosto e 23 de outubro, é um evento que exibe várias exposições em Cartago, San José, Alajuela e Puntarenas, além de contar com uma movimentada agenda de workshops, palestras e desfiles.

 

Désirée Sessegolo é uma das artistas convidadas e exibirá a obra “Vazios”, uma escultura em vidro translúcido azul em suporte de metal e um “Vestido de Vidro” feito com centenas de vidros translúcidos criando um aspecto que pode ser associado à água, um dos bens mais preciosos da natureza, que será apresentado no Glass Fashion Show. São duas obras em composições diferentes trabalhadas com a mesma técnica. Com suas características particulares revelam contornos ligados à natureza, à vida e à espiritualidade.  O convite para expor na primeira edição da Bienal Internacional Ibero-Americana de Arte em Vidro é muito significativo, pois consolida o reconhecimento do trabalho desta curitibana na arte do vidro e agrega valor à produção artística brasileira. Junto com Désirée participam deste evento, também como convidadas, outras duas artistas brasileiras: Jaqueline Noleto e Cristine Baena. “É uma honra representar o Brasil em uma Bienal desta magnitude e poder expor meu trabalho com o vidro, pois, desejo com a minha obra evidenciar a existência do vazio. Hoje as pessoas estão muito ligadas à matéria e esquecem do vazio, da alma, da espiritualidade.”, destaca Désirée.

 

O fascínio de Désirée pelo trabalho com vidro completa 15 anos dedicados a criar obras de arte com dimensões vazadas. Na composição de suas peças a artista utiliza fragmentos de vidro que, sob ação de altas temperaturas, fluidificam e se movimentam buscando um equilíbrio físico originando assim composições em formas orgânicas compostas por espaços vazios que caracterizam o seu trabalho. “Minha obra evidencia a existência do vazio, com leveza e suavidade”, ressalta a artista que concorda com o pensador e escritor Rubem Alves em sua citação: “o vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Os homens querem voar, mas temem o vazio. Não podem viver sem certezas. Por isso trocam o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram”.

 

O caráter inovador desse novo modo de trabalhar o vidro colocou a obra de Désirée Sessegolo entre os artistas vidreiros da contemporaneidade, comentou o crítico italiano Jean Blanchaert em sua palestra no Salão Arte em Vidro Brasil 2022, realizado em Curitiba no mês de julho deste ano. Para Désirée, explorar os vazios passou a ser um exercício de liberdade que a tem conduzido a voos nunca imaginados pelo mundo das artes visuais. Quem está à frente da curadoria do trabalho artístico de Désirée é a produtora de eventos culturais Edilene Guzzoni. A participação de Désirée Sessegolo na Bienal conta com o apoio da Embaixada Brasileira na Costa Rica que patrocinou a viagem da artista vidreira.

 

Sobre a artista

 

Désirée Sessegolo é designer e artista vidreira. Seu trabalho é reconhecido pelo Museu Alfredo Andersen, Casa João Turin, Museo del Vidrio de Bogotá, International Biennale of Glass na Bulgária e The Venice Glass Week na Itália dentre mais de 50 mostras, salões e prêmios que participou em 15 anos dedicados à arte do vidro. A denominação “Vidro Celular”, técnica exclusiva da designer e artista visual, se define pelo seu processo de fusão, onde as partículas de vidro se movimentam buscando um equilíbrio físico, originando texturas orgânicas compostas por espaços vazados que remetem a texturas celulares.

 

 

Chico da Silva

11/ago

 

 

Brazilian Mythologies (MitologiasBrasileiras)

 

A Galatea, Jardins, São Paulo, SP, anuncia sua participação na Independent 20th Century, no Battery Maritime Building, NY, dos dias 08 a 11 de setembro. O projeto “Chico da Silva: mitologias brasileiras” é uma exposição monográfica das obras de Chico da Silva (1910, Alto Tejo, Acre – 1985, Fortaleza, Ceará). Francisco Domingos da Silva é um artista brasileiro autodidata e de ascendência indígena, que lida com elementos, imagens e referências das culturas, cosmologias e mitologias indígenas e populares brasileiras.

 

Chico da Silva nasceu cercado pela floresta amazônica na região do Alto Tejo, mas ainda criança mudou-se para o Ceará, no Nordeste do Brasil, passando por algumas cidades do interior até se instalar em Fortaleza em 1935, onde viveu até sua morte. Foi pintando os muros caiados das casas de pescadores da Praia Formosa que começou sua produção artística. Da Silva dava forma e cor a seus desenhos com pedaços de carvão, tijolos, folhas e outros elementos encontrados ao seu redor.

 

Jean-Pierre Chabloz (1910, Lausanne, Suíça – 1984, Fortaleza, Ceará, Brasil), crítico e artista suíço que se mudou para o Brasil em 1940 devido à Segunda Guerra Mundial, viajou para Fortaleza a trabalho em 1943, onde conheceu os desenhos de Chico da Silva em uma visita à praia. Admirado, Chabloz incentivou-o e forneceu-lhe materiais para que se aprofundasse em sua pesquisa artística. Tal encontro teve grande relevância na consolidação e difusão do trabalho de Chico da Silva, abrindo portas para que circulasse nos principais centros urbanos do Brasil, como Rio de Janeiro e São Paulo, e pela Europa, em cidades como Genebra, Neuchâtel, Lausanne e Paris.

 

Em seus guaches e pinturas, Chico da Silva representou sobretudo os seres da floresta, como os pássaros e peixes amazônicos, além de figuras fantasiosas, como dragões. Suas obras dão forma a histórias e mitologias da tradição oral da cultura do Norte do Brasil, em composições marcadas por uma rica policromia e pelo grafismo detalhado do desenho, composto por tramas e linhas coloridas. Acerca do seu universo e de seus procedimentos, Jean-Pierre Chabloz faz as seguintes considerações no texto “Un indien brésilien ré-invente la peinture” (Um indígena* brasileiro reinventa a pintura), originalmente publicado na revista francesa Cahier d’Art, em 1952:

 

“Por toda parte em que os guaches visionários do Pintor da Praia foram expostos, em Fortaleza mesmo, no Rio, em Genebra, em Lausanne, em Lisboa, encontraram-se destes bem-aventurados que souberam ver no maravilhoso universo de Francisco Silva, o índio, o que eu próprio tinha visto. Pois cada um de seus guaches contém e propõe um universo que ultrapassa muito o tema tratado. Lendas amazônicas, lembranças da infância, ritos e práticas mágicas, espetáculos naturais transpostos pela assunção poética, complexos psíquicos individuais e raciais exteriorizados através do símbolo, voluptuosidade (…) de linhas, de movimentos, de cores, formam o fundo extraordinariamente rico e sutil desse universo. Como se podia prever, ele atraiu as atenções mais diversas. Artistas e poetas, críticos de arte e jornalistas, etnógrafos e psicanalistas se entusiasmaram e se entusiasmarão ainda diante destas surpreendentes condensações coloridas em diversos planos, que revelam, em cada um, horizontes novos (…).”

 

Dada a originalidade do seu estilo e de suas composições, destacou-se no contexto da chamada arte popular brasileira e, além de experimentar bastante sucesso comercial em vida, atraiu grande interesse da crítica. Entre as principais exposições que participou, estão: Francisco da Silva, Galerie Pour L’Art, Lausanne, Suíça, em 1950; Exposition d‘Art Primitif et Moderne, Musée d‘Ethnographie, Neuchâtel, Suíça, em 1956; 8 Peintres Naïfs Brésiliens, Galerie Jacques Massol, Paris, France, em 1965; 9ª Bienal Internacional de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, em 1967; Tradição e Ruptura: Síntese de Arte e Cultura Brasileiras, Fundação Bienal de São Paulo, Brasil, em 1984. Além disso, recebeu, em 1966, o prêmio de Menção Honrosa por sua participação na 33ª Bienal de Veneza.

 

Convencido quanto à relevância da obra de Chico da Silva e o quanto ela agrega à arte brasileira, Chabloz projeta, ainda, a recepção que estaria à sua altura: “Agrada-me, às vezes, imaginar Francisco Silva decorando ministérios e palácios do governo, correios e telégrafos, bancos, escolas e ricas casas particulares. Uma vida inteira não seria suficiente. Mas, consagrando a sua vida a esta tarefa, o humilde pintor paradisíaco da praia cearense, através da radiosa proclamação de uma arte (…) autenticamente brasileira, redimiria sozinho seu País da desagradável e involuntária sabotagem que, outrora, privara-o de sua primavera pictórica.”

 

Embora tenha caído em certo esquecimento, por conta dos rumos que tomou ao fim de sua carreira, hoje o trabalho de Chico da Silva vem sendo retomado e atualizado com novas leituras e abordagens. Esse dado acompanha um crescente interesse contemporâneo pela arte produzida por artistas autodidatas, atuantes fora do sistema tradicional das artes, que criaram visões próprias e originais sobre suas culturas e sobre a sociedade em que viveram. Atualmente, seus trabalhos fazem parte de inúmeras coleções públicas, entre elas: Museo del Barrio, Nova York; Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM Rio; Museu de Arte do Rio de Janeiro – MAR; Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo – MAC USP; e Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP.

 

Apresentar, discutir e difundir a obra de Chico da Silva sob uma perspectiva contemporânea coloca em debate as diversas matrizes de conhecimento que constituem a cultura e a arte brasileira, escapando das perspectivas tradicionais e eurocêntricas que, por muito tempo, dominaram as narrativas da nossa produção artística e cultural.

 

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* Alguns termos usados no período em que Jean Pierre Chabloz escreveu seu texto caíram em desuso, de modo que os atualizamos para o contexto atual.

Chico da Silva: Brazilian Mythologies [Mitologias brasileiras]

Convidados [Preview]

Quinta-feira, 8 de Setembro | 10h às 20h – horário local

[Thursday, September 8 | 10AM-8PM – local time]

 

Surrealismo na Tate Modern

01/ago

 

 

O surrealismo não é apenas um movimento, mas um estilo de vida que subverte a realidade e é justamente isso que a exposição “Surrealism Beyond Borders” (Surrealismo Além das Fronteiras) na Tate Modern, Londres, enfatiza.

 

A exposição reúne os grandes mestres do movimento surgido em Paris na década de 1920. Desta vez, a Tate Modern, não só apresenta os grandes expoentes do surrealismo, mas também lança luz sobre o movimento em geral e mostra como, pouco a pouco, ele se espalhou pelo mundo.

 

Para isso, a equipe curatorial do famoso espaço cultural pesquisou por um período de seis anos o máximo possível sobre o surrealismo em todas as partes do mundo. O resultado obtido pelos especialistas foi espetacular porque descobriram um tipo inesperado de ecossistema surreal que não havia sido detectado.

 

A exposição mostra, de forma super bem executada e em infinitas obras que foram feitas por um grande número de artistas que viveram em Buenos Aires, Cairo, Tóquio, Rio de Janeiro (como prova a participação de Tarsila do Amaral) e Cidade do México, que o surrealismo é radical e anti-sistema.

 

Os trabalhos de Picasso, Max Ernst, Dali e Yayoi Kusama certamente são os grandes destaques mas há espaço para algumas grandes (e desconhecidas) pérolas nesse movimento artístico. A centelha do surrealismo foi acesa em Paris no início da década de 20, mas ao longo de 60 anos espalhou-se literalmente por todo o mundo. Para o Brasil é vital o destaque da obra de Tarsila do Amaral nesta exibição.

 

“Surrealismo além das fronteiras” estará aberta ao público até 29 de agosto.

 

 

Vivian Caccuri expõe na Dinamarca

27/jun

 

 

 

A Gentil Carioca anuncia a mostra “Mosquito Revenge”, individual de Vivian Caccuri, com curadoria de Julia Rodrigues, na Kunsthal 44Møen, Dinamarca.

 

“Mosquito Revenge” é uma exposição multimeios que reconta a história da colonização europeia do “novo mundo” com os mosquitos como personagens principais. O inseto aparece como uma força paramilitar, referindo-se ao poder da natureza tropical que é perturbada por novas estruturas artificiais. Como resultado desta catástrofe global, os mosquitos tornam-se onipresentes e mortais. A mostra nasce do longo interesse da artista por histórias médicas e do seu estudo dos registros de doenças do século XVIII no ocidente.

 

Maura Grimaldi expondo em Portugal

 

“Campo de trabalho” é o nome que engloba diferentes ações que Maura Grimaldi elaborou ao longo dos últimos meses a fim de problematizar a esfera do trabalho, sobretudo no campo da cultura, sua precarização e a financeirização da vida. Para o contexto do projeto Kubikulo, Grimaldi cria um diálogo com as ordinárias mostras de lojas de roupas, apresentando uma de suas mais recentes obras: uma t-shirt branca com a inscrição da frase “- Ninguém trabalha amanhã! – Ninguém!”, realizada em parceria com sua mãe Ana Cristina Porto Castanheira (1956). O projeto originalmente prevê a utilização dessa peça gráfica e têxtil por Ana Cristina, funcionária do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS no Brasil, durante os períodos em que a t-shirt é exibida. A frase que consta na peça de roupa e que dá título á obra foi retirada do livro “Parque Industrial”, escrito em 1933 por Pagu (1910-1962). O livro, publicado sob o pseudônimo Mara Lobo, foi considerado o primeiro romance proletário brasileiro. Juntamente a apresentação do vestuário, é possível ter acesso a outras ações, obras desenvolvidas e conteúdos investigados no âmbito do projeto “Campo de trabalho” através de um QR Code disponível na vitrine da galeria Kubik. Abertura no dia 30 de Junho, no Kubikulo, Rua da Restauração 10, Porto, Portugal, inaugura a exposição “CAMPO DE TRABALHO (- Ninguém trabalha amanhã! – Ninguém ) de Maura Grimaldi.

 

Sobre a artista

 

Maura Grimaldi nasceu em 1988, São Paulo, Brasil. Dedica-se á pesquisa e prática artística. Completou seus estudos de Licenciatura e Mestrado em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. Atualmente desenvolve seu doutoramento em Lisboa. Seus projetos abordam majoritariamente assuntos relacionados á fantasmagoria, ás tecnologias obsoletas, á arqueologia e á geologia das mídias. Mais recentemente, vem utilizando a literatura e o desenho gráfico para refeletir sobre a enconomia da atenção e as formas de subjetivação na contemporaneidade.

 

Coletiva na Baró Mallorca

22/jun

 

 

A galeria BARÓ Mallorca, Carrer Can Sanç 13, Palma, Mallorca, Islas Baleares, España, anuncia sua nova mostra coletiva, “WE KILLED THE BUNNY!” – uma mostra delirante com curadoria do venezuelano Rolando J. Carmona. A exposição reúne um grupo de importantes artistas de diferentes nacionalidades e contextos que, entre ficção científica, desenhos e instalações, deixam vestígios de um mundo híbrido. Os artistas presentes são Assume Vivid Astro Focus (AVAF), Arturo Herrera, Adrián Villar Rojas, Claes Oldenburg, Daniel Arsham, Erwin Olaf, Amparo Sard, Fernando Renes, Anita Molinero, AES+F, Lyz Parayzo, Soju Tao e Albert Pinya.

 

Cildo Meireles na Revue Cahiers D’Art/Edição Standard

20/jun

 

A Cahiers d’Art apresenta o último número de sua histórica Revue em homenagem a Cildo Meireles. Uma avaliação resplandecente da obra do artista brasileiro Cildo Mireles, a edição apresenta textos publicados anteriormente e placas requintadamente impressas de suas instalações, esculturas e uma seleção de desenhos. A edição é assinada por Guilherme Wisnik e Diego Matos.

 

A palavra do artista

 

Ao longo de vinte anos, meu trabalho tem sido uma sucessão de viagens para o meio. Nas artes visuais, o meio é um conceito amplo e vago: o espaço. E é a repetição obstinada dessa obsessão que me interessa como artista. Tematizando-o. Reconstruindo-o. Juntando tudo. A obra tem sempre vários caminhos possíveis: contém todos eles. Esse caos fascinante é o que mais me atrai nas artes visuais: fazê-lo é totalmente libertador (fato que não impede de ser usado, às vezes, como mero substituto para os ofícios mentais).

 

Cildo Meireles

 

A edição está disponível em inglês e em francês. Apresenta-se embrulhada em papel glassine, dentro de uma caixa de apresentação em cartão.

 

Informação adicional

Edição Padrão

Página 175

Ilustrações 165

Capa mole

Edição bilingue, inglês e francês

Dimensões 24,5 × 3 × 31,5 cm

Peso 1,5kg

 

Primeira individual européia

06/jun

 

 

O artista brasileiro Mundano exibe novas criações na Galeria Kogan Amaro, Zurich, de 11 de junho até  22 de outubro. Mundano é um artista e ativista cultural brasileiro cujas obras têm sido vistas tanto nas ruas como em museus e galerias. As obras em “Made in Brazil”, sua primeira exposição individual na Europa, parecem a princípio ser sedutoras e mordedoras. Uma série de pinturas retrata cenas de floresta nebulosa, enquanto várias esculturas aparecem, em inspeção próxima, para representar bifes de carne. Mas o verdadeiro tema destas obras altamente carregadas é tudo menos divertido: o corte claro e a queima de vastas faixas da floresta tropical amazônica, para criar terras de pastagem para gado cujas carcaças abatidas serão enviadas ao redor do mundo.

 

“Esta exposição é a prova de um crime”, diz o artista. “A população bovina do Brasil é mais do que sua população humana, e nós exportamos 80% da carne”.

 

Com energia incansável, Mundano dedicou-se a uma missão de vida de criar um legado ambiental e social com sua arte – uma missão que o levou, nos últimos quinze anos, a dar palestras, montar exposições e encenar intervenções em mais de quarenta cidades ao redor do mundo, incluindo o Brasil. Considerado pela Much-awarded na área de arte pública, direitos humanos, criatividade e inovação digital, Mundano é um TED Fellow e fundador da ONG Pimp My Carroça, que leva seu nome de um corpo de trabalho de Mundano iniciado em 2007, quando o artista começou a usar suas habilidades de pintura para embelezar os carrinhos de madeira e metal, cenouras, usados por catadores de lixo no Brasil para transportar lixo e recicláveis como os carrinhos usados por pessoas de rua em todo o mundo, mas raramente notados de forma comemorativa.

 

A arte e o ativismo de Mundano são construídos sobre uma grande tradição avançada por uma geração de artistas conceituais dos anos 80 e 90, cuja fúria sobre os males sociais os inspirou e os capacitou a fazer obras de arte revolucionárias. Hoje, o século XXI enfrenta uma crise ainda mais maciça – como abordar a própria saúde do Planeta Terra? – e uma nova geração de artistas está enfurecida e engajada. Essencial para o DNA da arte de Mundano é o engajamento comunitário, que promove a transmissão de conhecimento, insights, práticas e sabedoria para nossos semelhantes mortais. Qual deve ser nosso legado, pergunta Mundano através de seu trabalho, e como todos nós podemos praticar uma melhor administração de nosso amado mundo?

 

Simon Watson

 

Sobre o artista

 

Utilizando a arte para marcar seu posicionamento social, ambiental e político, o paulistano MUNDANO há mais de 15 anos exerce efetivamente o artivismo como ferramenta de transformação social. Defensor de causas ambientais e dos direitos humanos universais, fundou em 2012 a ONG Pimp My Carroça, e o aplicativo Cataki, ambos voltados para a conexão entre geradores de resíduos e os catadores de material reciclável. O resultado do seu trabalho abriu portas para replicar essas ações artivistas mundo afora – mais de 20 países visitados realizando murais, exposições, graffiti, palestras, parcerias e integrando programas globais como o TED Fellows. Nos últimos anos, vem desenvolvendo uma intensa pesquisa de materiais, coletando resíduos dos maiores crimes ambientais da história do país, criando assim seus próprios insumos a partir desses dejetos:   lama tóxica, cinzas das queimadas das florestas e óleo derramado nas praias do nordeste. Esses resíduos se transformam em obras de denúncia, seja por meio do graffiti, em esculturas, telas ou nas empenas de prédios. Sua última obra, com mais de 1000m2, homenageia os brigadistas das florestas que apagam os incêndios criminosos – em uma releitura da obra “O Lavrador de Café” de Cândido Portinari, Mundano usa cinzas das queimadas de 4 biomas brasileiros: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado e Pantanal para criar essa gigantesca pintura como um símbolo contra o desmatamento ilegal.

 

Sobre o curador

 

Nascido no Canadá e criado entre a Inglaterra e os Estados Unidos, Simon Watson é um curador independente e educador artístico baseado em Nova York e São Paulo. Veterano de trinta e cinco anos no cenário cultural em três continentes, Watson concebeu a curadoria de mais de 300 exposições para galerias e museus e consultou programas de coleção de arte para inúmeros clientes institucionais e privados. Durante as últimas três décadas, Watson trabalhou com artistas emergentes e pouco conhecidos, trazendo-os à atenção de novos públicos. Sua área de especialização curatorial está identificando artistas visuais com potencial excepcional, muitos dos quais são agora reconhecidos internacionalmente na categoria blue-chip e são representados por algumas das galerias mais famosas e respeitadas do mundo.

 

 

Vinicius Gerheim em NY

04/mai

 

 

 

Para a Independent Art Fair NY 2022, Nova Iorque, a galeria A Gentil Carioca tem o prazer de apresentar a primeira exposição solo internacional de Vinicius Gerheim. Em suas novas obras, tendo a repetição como principal recurso de linguagem, o artista rememora e reencanta elementos que fazem parte da identidade nacional de seu país e que fizeram parte de sua infância: as toalhas de mesa, os cobertores, seu quintal, seu jardim – lugares seguros para criação de seu repertório gestual. Foi nas cortinas saturadas de padrões que ele encontrou sua motivação para criar uma tensão entre figuras, fundos e tramas. Para Vinicius Gerheim, pode haver, por trás dessas cortinas, um jardim secreto onde ele possa existir, viver e amar com seu próprio corpo.

 

A GENTIL CARIOCA | RIO DE JANEIRO

Rua Gonçalves Lédo, 11 e 17 sobrado – Centro

+55 21 2222 1651

Whatsapp: +55 21 98560 8524

correio@agentilcarioca.com.br

 

 

A GENTIL CARIOCA | SÃO PAULO

Travessa Dona Paula, 108, Higienópolis

+55 11 32310054

sampa@agentilcarioca.com.br