Rio de Janeiro indígena

08/mai

O Museu de Arte do Rio apresenta “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena”, uma mostra sobre a história do estado do Rio como história indígena. Concebida a partir da colaboração de povos, aldeias e indígenas que residem no estado ou na capital carioca, a exposição é fruto de diálogos conduzidos entre 2016 e 2017 pela equipe de pesquisa, curadoria e educação do MAR. Esses encontros eram abertos ao público e foram realizados no museu e nas aldeias envolvidas.

 

“Dja Guata Porã” traz obras, vídeos, fotografias e outros dispositivos criados pelos indígenas para a exposição, entrecruzados com documentação e iconografia histórica sobre algumas das mais importantes questões dessa história. Uma grande linha do tempo contextualiza conceitos, períodos e acontecimentos, enquanto quatro núcleos lançam luz sobre povos e indígenas que hoje habitam o estado do Rio: os Guaranis, os Puris, os Pataxós e os indígenas que moram em contexto urbano, a exemplo da Aldeia Maracanã.

 

Ao mesmo tempo, cinco estações concebidas com a colaboração de Josué Kaingang, Eliane Potiguara, Anari Pataxó, Niara do Sol e Edson Kayapó abordam temas que atravessam épocas e povos, denotando sua relevância para a história cultural e de resistência dos povos indígenas: educação, comércio, arte, natureza e mulher. “Dja Guata Porã” convoca e busca potencializar a dimensão polifônica da diversidade cultural dos povos que fazem, histórica e atualmente, a história do Rio de Janeiro e do Brasil.

 

A curadoria é de Sandra Benites, José Ribamar Bessa, Pablo Lafuente e Clarissa Diniz. “Dja Guata Porã | Rio de Janeiro indígena” tem o apoio da Repsol.

 

 

 

De 16 de maio a 04 de março de 2018.

Arte Sacra 

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, instituição da Secretaria da Cultura do Estado, exibe a mostra Doutores e Doutoras da Igreja: A Beleza do Testemunho, da Vida e da Palavra, que celebra os 10 anos de arcebispado do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer. Sob a curadoria de Marcos Horácio Gomes Dias e Vanessa Beatriz Bortulucce, a exposição é composta de 45 obras – entre esculturas, pinturas, objetos religiosos e outras peças – que revelam a trajetória dos mestres cristãos, homens e mulheres que definiram questões importantes para a cristandade.

 

A divulgação da tradição cristã foi realizada pelos Doutores da Igreja, que contribuíram para a compreensão da fé e para o entendimento da própria instituição religiosa. Sofreram perseguição e, juntamente com os papas, elaboraram regras e fundamentaram profunda e filosoficamente as diretrizes instituídas, esclarecendo a razão de ser da espiritualidade dos indivíduos. Suas vidas e ideias foram cultuadas e estudadas pelos membros da Igreja e, posteriormente, seus nomes elevados aos altares para servirem de exemplos de conduta e reflexão. “Os Doutores originais da Igreja foram os santos teólogos da Igreja ocidental, como Santo Ambrósio, Santo Agostinho, São Jerônimo, São Tomás de Aquino e o Papa São Gregório I. As mulheres doutoras são Santa Catarina de Siena e Santa Teresa d’Ávila, ambas nomeadas apenas em 1970, (…) A alemã Santa Hildegarda de Bingen e a francesa Santa Teresinha do Menino Jesus chegariam aos altares brasileiros com a romanização da Igreja a partir do século XIX, (…)”, explica Marcos Horácio Gomes Dias.

 

 

As imagens expostas dos Doutores da Igreja trazem um discurso sobre a história da Igreja Católica Romana e da necessidade da inspiração divina e da espiritualidade para o comportamento humano. Além das figuras masculinas, há de se ressaltar o feito de mulheres que assumiram importante papel e imprimiram seus nomes na História. “É a sensibilidade do ‘feminino’ que nos mostra o ‘Rosto’ amoroso e misericordioso de Deus”, comenta o Padre José Arnaldo Juliano dos Santos.

 

De acordo com Vanessa Beatriz Bortulucce: “Estas quatro Doutoras foram reconhecidas pela Igreja não apenas pelas suas atuações em defesa da Fé e do Papa, mas também por demonstrarem inigualável dinamismo espiritual, pelas ações infatigáveis voltadas ao fortalecimento do cristianismo, pelas suas atitudes reformadoras, bem como pela maestria e habilidade expressas em seus escritos, poemas e doutrinas, mesmo sem que lhes fosse concedido o direito de estudar”.

 

 

De 06 de maio a 02 de julho.

 

Tendência: Wine Paint

O Riso Bistrô, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, oferece noite lúdica e harmoniza arte e vinho em parceria com a Vinho & Co. O Wine Paint, inspirado no Paint Nite, nova iorquino, com a participação de Rogério Fernandes, um dos expoentes da nova geração da arte contemporânea  brasileira. Além de incentivar, ele irá orientar os participantes a pintarem as suas próprias telas. A ideia é aguçar a criatividade de cada um vivenciando esta experiência acompanhada dos selecionados vinhos. Este encontro, com vagas limitadas, vai ocorrer no pátio externo do bistrô e em seu salão interno no próximo dia 09 de maio. Cada pessoa ganhará material especial para pintura, além de um exclusivo avental assinado pelo pintor e vai poder levar sua obra de arte para casa.

 

Para entusiasmar os novos pintores, vinhos, como o Inês Rosê – inspirado nas praias do Mediterrâneo – e o espumante Adolfo Lona Brut Branco Charmat serão degustados e acompanhados de comidinhas assinadas pelo chef João Frankenfeld. Entre elas, crocantes chips de batata doce, acompanhados de um saboroso e leve couscous de couve-flor e um dos clássicos do bistrô: o Canapé Z – receita de família do chef, com inspiração na gastronomia alemã.

 

O ambiente do Riso Bistrô – misto de galeria de arte e restaurante de cozinha contemporânea – idealizado pelos sócios Jorge de Sá e Daniella Santos – também vai servir de inspiração para os participantes do Wine Paint. Obras de arte estão expostas em vários locais, como na parte externa, que remete às varandas e jardins de inverno dos cafés de Paris.

 

Piauiense radicado em Minas Gerais, Rogerio Fernandes é reconhecido internacionalmente por causa de seus muralismos, telas, gravuras e produtos diversos. Como designer, trabalhou como diretor de arte em agências de publicidade. Após este período, a arte tornou-se sua grande paixão.Seu estilo tem grande influência da xilogravura de cordel com tons de realismo fantástico. Algumas vezes estabelece conexões e diálogos que interagem com a história da arte mundial e seus ícones, em uma junção da arte contemporânea com personagens do imaginário popular. Um dos artistas mais completos de sua geração, Rogério Fernandes alcançou visibilidade como muralista, cenógrafo escultor e pintor. O artista tem em seu currículo inúmeras exposições coletivas e individuais no Brasil e no exterior. Ao final, os convidados levam sua obra de arte e um avental assinado pelo artista.

Pinturas de Gais Ama

04/mai

A Artur Fidalgo galeria, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Desculpe o transtorno, estamos trabalhando para sua melhor comodidade” do artista Gais Ama com curadoria de Vanda Klabin. A mostra contará com fotomontagens e pinturas feitas através do recolhimento de ícones do passado como recortes de revistas que rementem aos anos 1950 e 1960. A exposição apresenta um conjunto de obras inéditas intituladas pelo próprio artista de fotomontagens e pinturas. Gais Ama criou um novo espaço para a sua arte transitar, ampliando o campo de sua poética: aqui o seu trabalho se constrói a partir do recolhimento dos restos de um passado, da apropriação de ícones jornalísticos, recortes de revistas como O Cruzeiro e Manchete, que remontam aos anos 1950 e 1960, que recebem também uma intervenção de tinta acrílica.

 

De 04 de maio a 05 de junho.

Rodrigo de Castro, primeira individual

A Um Galeria, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, inaugura, no dia 09 de maio, a primeira exposição individual no Rio de Janeiro do artista plástico Rodrigo de Castro. Com curadoria de Vanda Klabin, serão apresentadas cerca de 15 pinturas inéditas, em óleo sobre tela, produzidas este ano. Mineiro, o artista atualmente vive em São Paulo e é filho do consagrado escultor Amilcar de Castro.  

 

“Ao longo de dezessete anos de atividade artística, a sua gramática pictórica se transformou em um campo fértil de pesquisa e inovações. O artista investiga a relação fluida dos campos cromáticos, contrapõe ritmos e problematiza o espaço interno aliado a um rigoroso jogo de derivações geométricas”, afirma a curadora Vanda Klabin, que acompanha a trajetória de Rodrigo há muitos anos, pois era muito próxima de seu pai, de quem fez diversas curadorias.

 

Rodrigo de Castro participou de importantes exposições coletivas no MAM Rio, no Centro Cultural São Paulo e na Funarte, onde foi premiado no 11º Salão Nacional de Artes Plásticas, na década de 1990. Dentre seus projetos futuros, está a exposição “5 artisti brasiliani geometria”, que será realizada em novembro, no Palazzo Pamphilj, em Roma. A exposição, que também terá a participação de Maria-Carmen Perlingeiro, Suzana Queiroga, Luiz Dolino e Manfredo de Souzanetto, seguirá para a Casa-Museu Medeiros e Almeida, em Lisboa, em 2018.

 

 

 

Obras em exposição

 

Rodrigo de Castro apresentará sua mais recente produção, em que dá continuidade à pesquisa com as cores e o espaço, que vem desenvolvendo desde o início de sua trajetória. As linhas, as cores e as formas são elementos presentes em suas pinturas. “São diálogos com as áreas de cor, com a proporcionalidade delas”, explica o artista.

 

A maioria das pinturas possui cores fortes e vibrantes, mas haverá também algumas obras em preto e branco e outras com pequenos pontos de cor. “Como componente essencial, a cor é tratada pelas suas qualidades visuais, seja para organizar a superfície da tela, seja para dinamizar o ritmo da construção e da geometria, com infinitas possibilidades de ordenação do espaço. A construção de extensas áreas cromáticas, indicativas de suas luminosidades e contrastes, traz a predominância das cores primárias – vermelho, azul e amarelo – ou as não cores, preto, cinza e branco”, diz a curadora.

 

Além de formas geométricas e de grandes áreas de cor, linhas finas, com cores diversas, também estão presentes em várias pinturas. “As linhas não dividem as áreas, elas na verdade marcam ou delimitam mais a geometria, o estudo das áreas, as formas”, afirma o artista. A curadora Vanda Klabin completa: “A constante presença das linhas negras ou coloridas, dispostas de forma horizontal ou vertical, não representa linhas de força, mas serve para acentuar as relações métricas proporcionais e amplificar as zonas cromáticas. Todos os elementos que compõem o quadro tendem a se contrair ou a se dilatar até encontrar o seu equilíbrio, formando uma superfície homogênea, um verdadeiro plano geométrico”.

 

O artista destaca que suas pinturas possuem poucos elementos, mas que estes “conversam entre si”, sendo cada um deles fundamental para a construção do quadro. Seu processo de trabalho é longo. “Uso tinta a óleo, que demora para secar, então é um trabalho lento. Além disso, antes de pintar, há uma fase de estudo das cores, que não saem direto do tubo de tinta. O azul, por exemplo, misturo muito até chegar na tonalidade que quero, assim como o amarelo”, conta o artista.  

 

Rodrigo de Castro teve muitas influências em sua trajetória artística. “A formação do seu olhar tem referências culturais no ideário da tradição construtiva e na linguagem geométrica do neoplasticismo. Encontra ressonâncias nas obras de artistas que pontuaram a vanguarda da contemporaneidade, como Kazimir Malevich, Piet Mondrian, Josef Albers, Henri Matisse, Mark Rothko, entre outros. Rodrigo de Castro manifesta sua profunda admiração por Claude Monet e Vincent van Gogh – pela intensidade da cor de um lado e a poesia da luz, de outro. Segundo o artista, ambos realizam a mesma coisa: acordes perfeitos de luz e cor”, conta Vanda Klabin. Rodrigo ressalta que também recebeu influências do pai e de artistas amigos dele com os quais conviveu desde a infância. No entanto, ao longo de sua trajetória, foi criando uma linguagem própria. “Pintura é uma atividade solitária. Com o tempo, você vai deixando de lado as influências e descobrindo um caminho próprio”, diz o artista.

 

 

Sobre o artista

 

Rodrigo de Castro nasceu em Belo Horizonte, em 1953. Vive e trabalha em São Paulo. Iniciou sua carreira na década de 1980. Sua pintura é rigorosa, sugere precisão. Mas ele recusa a associação de seu trabalho com o matemático e o científico. Gosta do que chama de geometria sensível. Arte que vem da sensibilidade. Acredita que a vivência essencial do artista é com sua alma e consciência. Considera essencial nesse processo: a importância da prática, defende que o fazer ensina, que teoria só ensina teoria. Seu desafio é ser mais do que reprodução de uma teoria. O artista experimenta relações de cores, desequilíbrios, harmonia e estruturas não complementares. No geral, suas pinturas são produto de estudos. Pesquisa cujo ponto de partida é a busca de construção com áreas de cor que instalem relações de contraste, profundidade, vibração luminosa e espaciais. Artista premiado, no 11º Salão Nacional de Artes Plásticas, Funarte, no Rio de Janeiro e agraciado com o Prêmio Principal, no 13º Salão de Arte de Ribeirão Preto, Rodrigo de Castro participou de diversas mostras individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, entre elas, uma exposição no MAM Rio, na década de 1990, ao lado de artistas como Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa, Paulo Pasta, entre outros.

 

 

Sobre a curadora

 

A carioca Vanda Klabin é formada em Ciências Políticas e Sociais pela Puc/Rio e em História da Arte  e arquitetura  pela UERJ. Fez pós-graduação em Filosofia e História da Arte (PUC/Rio). Trabalhou como coordenadora adjunta da Mostra do Redescobrimento – Brasil 500 anos; diretora  geral do Centro de Arte Contemporânea Hélio Oiticica e coordenadora assistente do curso de pós graduação  em História da  Arte e Arquitetura  da PUC/Rio por muito  anos. Realizou diversas mostras coletivas  tais como A Vontade Construtiva na Arte Brasileira, 1950/1960, Art in Brazil 1950/2011, Festival Europalia – Palais des Beaux- Arts (Bozar) – Bélgica, Bruxelas, Outubro 2011, entre muitas outras. Responsável pela curadoria e montagem de diversas exposições de artistas nacionais e internacionais como: Iberê Camargo, Alberto da Veiga Guignard, Eduardo Sued, José Resende, Carlos Zilio, Frank Stella, Antonio Manuel, Mira Schendel, Richard Serra, Luciano Fabro, Mel Bochner, Guilhermo Kuitca, Amilcar de Castro, José Resende, Walter Goldfarb, Nuno Ramos, Jorge Guinle, Antonio  Bokel, Laura Belém, Niura Bellavinha, Alexandre Mury. Fernando de la Rocque, André Griffo, Joana Cesar, Leonardo Ramadinha,  Luiz Aquila, Alfredo Volpi,  Henrique Oliveira, Antonio  Dias, Lucia Vilaseca, Daniel Feingold, André Griffo, Maritza Caneca, Renata Tassinari, Célia Euvaldo,  entre outras.

 

 

Sobre a galeria

 

A Um Galeria foi inaugurada em dezembro de 2015, pela colecionadora Cassia Bomeny, com o objetivo de apresentar arte contemporânea, expondo artistas brasileiros e internacionais. A galeria trabalha em parceria com curadores convidados, procurando elaborar um programa de exposições diversificado. Tendo como característica principal oferecer obras únicas, associadas a obras múltiplas, sobretudo quando reforçarem seu sentido e sua compreensão. Explorando vários suportes – gravura, objetos tridimensionais, escultura, fotografia e videoarte. Com esse princípio, a Um Galeria estimula a expansão do colecionismo, com base em condições de aquisição, bastante favoráveis ao público. Viabilizando o acesso às obras de artistas consagrados, aproximando-se e alcançando um novo público de colecionadores em potencial. A galeria também abre suas portas para parcerias internacionais, com o desejo de expandir seu público, atingindo um novo apreciador de arte contemporânea, estimulando o intercâmbio artístico do Brasil com o mundo.

 

 

De 09 de maio a 24 de junho.

Fotógrafos internacionais

03/mai

A exposição “Face a face com grandes fotógrafos”, do artista chinês Zhong Weixing, que estreia dia 11 de maio no Museu Histórico Nacional, Praça Marechal Âncora, s/n, Centro, Rio de Janeiro, RJ, traz ao país obras realizadas em um ambicioso projeto desenvolvido pelo artista desde 2015. Fotógrafo e colecionador de arte, Zhong, especialista em capturar paisagens e detalhes de viagens, foca neste projeto um outro cenário: os maiores nomes da fotografia contemporânea mundial.

 

Com curadoria de Jean-Luc Monterosso e Milton Guran, a exposição traz retratos feitos em estúdio de nomes como os brasileiros Sebastião Salgado, Miguel Rio Branco e Vik Muniz, além de feras internacionais como Robert Frank, Bernard Plossu, Duane Michals, Cristina de Middel, Martin Parr e William Klein, entre outros. A ideia é buscar a personalidade do fotógrafo por trás das lentes. Depois de mergulhar intensamente na obra do autor ou autora que tem diante de si, Zhong nos oferece uma visão plural e uma interpretação bastante pessoal do retratado, como fragmentos da obra destes autores.

 

A inspiração de Zhong Weixing para a realização deste projeto vem do ano de 1851, de uma séria criada pelo caricaturista francês Félix Nadar, que planejou fazer um retrato das celebridades de seu tempo, em quatro pranchas litográficas. Somente uma ficou pronta, na qual retratava mais de 250 escritores e jornalistas, e que entrou para a história como o Panteão Nadar.

 

 

Fotógrafos retratados na exposição

 

Alain Fleischer, francês, vive e trabalha na França. Fresnoy, 2016; Alberto Garcia Alix, espanhol, vive e trabalha na Espanha. Paris, 2016; Andres Serrano, norte-americano, vive e trabalha nos Estados Unidos. Paris, 2016; Arno Rafael Minkkinen, finlandês, vive e trabalha nos Estados Unidos. Paris, 2017; Bernard Faucon, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Bernard Plossu, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Bruno Barbey, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Christine Spengler, francesa, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Cristina De Middel, espanhola, vive e trabalha no México e no Brasil. Paris, 2016; Daido Moriyama, japonês, vive e trabalha em Tóquio. Tóquio, 2016; Duane Michals, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Elliott Erwitt, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Gianni Berengo Gardin, italiano, vive e trabalha em Milão. Milão, 2016; Harry Gruyaert, belga, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Jean-Pierre Laffont, francês, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Joan Fontcuberta, espanhol, vive e trabalha em Barcelona. Paris, 2017; JR, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Klavdij Sluban, esloveno, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Martin D’Orgeval, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Martin Parr, inglês, vive e trabalha na Inglaterra. Paris, 2016; Martine Barrat, francesa, vive e trabalha em Nova York. Paris, 2016; Miguel Rio Branco, brasileiro, vive e trabalha no Brasil. Paris, 2016; Neal Slavin, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Nobuyoshi Araki, japonês, vive e trabalha em Tóquio. Tóquio, 2016; Orlan, francesa, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Patrick Zackmann, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2017; Pierre et Gille, franceses, vivem e trabalham em Paris. Paris, 2017; Ralph Gibson, norte-americano, vive e trabalha em Nova York. Paris, 2016; Robert Frank, suíço, vive e trabalha em Nova York. Nova York, 2016; Sabine Weiss, suíça, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Sebastião Salgado, brasileiro, vive e trabalha em Paris. Paris, 2015; Valérie Belin, francesa, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Vik Muniz, brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Paris, 2016; Vincent Perez, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; William Klein, norte-americano, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016; Yann Arthus-Bertrand, francês, vive e trabalha em Paris. Paris, 2016.

 

 

Sobre Zhong Weixing

 

Nascido na província de Chengdu, na China, em 1962, é colecionador de arte e fotógrafo, membro da China Photographers Association e presidente da Chengdu International Photography Exchange Association. Seu trabalho é regularmente publicado pelas revistas China Photography, PIXEL, Tibet Geographic, dentre outras. Entre as obras assinadas pelo artista estão: Peru Photographic Travelogue – Woodstock on the Summit, Sri Lanka Photographic Travelogue – A Momentary Reincarnation, Madagascar Photographic Travelogue, Carnet de Route Photographique, Obscure Sky with Yellow Land e Lost Paradise, com a qual ganhou o Grand Jury Prize no 12th Pingyao International Photography Festival em Pingyao, China.

 

 

Texto dos curadores

 

Um panteão de fotógrafos

 

Em 1851, o caricaturista francês Félix Nadar, antes de fazer fama como fotógrafo, se propôs a desenhar o retrato das celebridades do seu tempo e apresentar o conjunto em quatro pranchas litográficas em formato de panorâmica. Destas, apenas a primeira foi efetivamente publicada, em 1854, reunindo mais de 250 escritores e jornalistas. Assim nascia o chamado Panteão Nadar. É nessa linha de ação que se inscreve o trabalho de Zhong Weixing. Em 2015, ele começou a fotografar, de forma sistemática, os maiores fotógrafos da cena contemporânea. Renovar o gênero do retrato, eis o desafio que Zhong se propôs.

 

Trabalhando em estúdio, ele utiliza quase sempre um fundo negro e luz difusa. Instalado diante do seu modelo, realiza uma série fotos através das quais tenta, não exatamente revelar a pessoa por trás da personagem, mas sobretudo o fotógrafo por trás da pessoa. Seus retratos surgem como se fossem, eles mesmos, fragmentos da obra desses autores. A participação ativa dos retratados, que propicia um diálogo construtivo entre os dois fotógrafos, ao invés de uma confrontação, caracteriza o que poderíamos chamar de simbiose criativa de Zhong Weixing. O conjunto dessas imagens se constitui, portanto, em um painel excepcional da fotografia contemporânea. Um panteão sem dúvida mas, sobretudo, uma homenagem vibrante a todos aqueles que fazem da fotografia uma arte maior do nosso tempo.

 

Jean-Luc Monterosso e Milton Guran

 

 

De 11 de maio a 16 de julho.

Livro de Lucia Koch

Será em Porto Alegre o lançamento da publicação “Lucia Koch”, e o local escolhido é o Bar Ocidente, espaço cultural localizado no bairro Bom Fim. Primeiro livro de caráter monográfico sobre a artista gaúcha Lucia Koch, conta com a participação de renomados expoentes da curadoria e da crítica de arte internacional, que possuem íntima relação com a produção artística de Koch, como Dan Cameron e Jochen Volz.

 

Intervenções com filtros, vidros, vídeos e fotografias são algumas das mídias que a artista escolheu para investigar a luz e sua espacialidade, sempre em diálogo com a arquitetura na qual se instalam seus trabalhos e com aqueles que os vivenciam. O livro é resultado de projeto realizado via Lei de Incentivo à Cultura com o apoio do Ministério da Cultura e patrocínio da Verde Asset Menagement. Lançamento organizado por Koralle Pintura e Desenho e a Associação para o Patronato Contemporâneo – APC.

 

 

Sobre a Associação para o Patronato Contemporâneo – APC‎

 

A Associação para o Patronato Contemporâneo – APC é uma associação sem fins lucrativos, fundada em 2011 pela Galeria Nara Roesler para viabilizar a realização de projetos institucionais e estimular o patronato cultural. A fundação da APC reflete o desejo da Galeria Nara Roesler de criar e fomentar plataformas críticas de experimentação para seus artistas e a necessidade de proporcionar oportunidades pertinentes de patronato para seus colecionadores.

 

A APC elabora e executa projetos que promovem a valorização, desenvolvimento e difusão do patrimônio artístico e cultural contemporâneo no Brasil e no exterior, incentivando a pesquisa, a educação e a democratização do acesso à cultura. Tal propósito se efetiva por meio de linhas específicas de atuação, como publicações, exposições, consultorias e produções culturais, residências artísticas, entre outros.

 

A APC estabelece parcerias com demais pessoas e entidades, públicas e privadas, para realização de seus projetos, visando sempre a criação de espaços para o debate sobre arte e cultura. A gestão dos projetos é feita pela associação desde sua elaboração, captação de recursos e produção até a divulgação e/ou distribuição final. Para tanto, a APC é mantida por diversos recursos, dentre eles doações e verbas obtidas por meio de leis de incentivo fiscal.

Guerreiro: 50 anos de profissão

Para comemorar 50 anos de profissão, o fotógrafo Antonio Guerreiro vai expor no famoso Bar Lagoa, Rio de Janeiro, RJ, a partir desta terça-feira, dia 02 maio, retratos de 50 belas e incríveis mulheres cariocas – seja ela de nascimento, adoção ou vocação. “Meninas do Rio” terá imagens em preto e branco e sem retoques, diz o fotógrafo:

“ – Sou de um tempo em que não existiam silicone, botox nem photoshop”.

 

Mulheres famosas ou ícones da beleza nacional como Leila Diniz, Tônia Carrero, Zezé Motta, Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil), Luiza Brunet, Gal Costa, Maria Bethânia, Marília Pêra, Glória Pires e Suzana Vieira dentre outras, estarão em exibição.

 

Do retrato de Marília Pêra, sorrindo com a mão no queixo, ele só se recorda que foi feito “na casa onde ela morava com o Nelsinho Motta, quando eram casados”. Guerreiro fotografou várias capas de Gal Costa, inclusive a do LP “Índia”, censurada pela Ditadura. A imagem dela que estará na exposição, no entanto, é outra. Dela, ele lembra que a fotografia foi realizada em 1985 para a capa da “Vogue”, quando ele era o fotógrafo da revista. O título da reportagem era: “Sex Symbol”.

Coleções do MAM-Rio

02/mai

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro apresenta, a partir do próximo dia 6 de maio, com entrada aberta ao público, a exposição “A volta das coleções do MAM”, com curadoria de Fernando Cocchiarale e Fernanda Lopes, que reúne quase 100 obras em séries, conjuntos, múltiplos, sequências e associações de 24 artistas de diferentes nacionalidades e gerações. Para os curadores, a exposição permite ao visitante uma compreensão dos processos poéticos desses artistas.

 

Os artistas presentes na exposição são: os brasileiros Alair Gomes, Antonio Dias, Antonio Manuel, Athos Bulcão, Cabelo, Carlos Zilio, Geraldo de Barros, Gilvan Samico, Ivan Grilo, Jac Leirner, Mário Fontenelle, Milton Machado, Raymundo Collares, Rosangela Rennó, Vicente de Mello e  Waltercio Caldas; os alemães Bernd & Hilla Becher, Grete Stern, Josef Albers, Wolf Vostell; a norte-americana Diane Arbus; o taiuanês Hsieh Tehching  e o espanhol Juan Pratginestós.

 

Todos os trabalhos pertencem às três grandes coleções do Museu – a própria, a de Gilberto Chateaubriand e a de Joaquim Paiva, que somam mais de 16 mil obras. Com a abertura desta exposição, o terceiro andar do MAM passa a ser destinado,  exclusivamente, à exibição de seu acervo.

Patrocínio: Lei de Incentivo à Cultura e mantenedores do MAM: Petrobras, Bradesco Seguros, Rede D´Or São Luiz e Organização Techint. Realização: Ministério da Cultura, Governo Federal – Ordem e Progresso.

 

 

De 06 de maio a 06 de agosto.

 

A Sugestão em Cor

A Galeria Oscar Cruz exibe a mostra coletiva “A Sugestão na Cor: Entre a Abstração e a Figuração”. A exposição investiga a relação cromática no trabalho de dez artistas de diferentes países. Produzidas nos últimos quinze anos, as obras reunidas tem a cor como elemento central na relação entre a abstração e a figuração.

 

Em todas as obras, a justaposição de cores decorre de decisões estéticas  mas também teóricas. Algumas mais abstratas outras mais figurativas, nenhuma delas se encaixa confortavelmente em nenhuma das duas categorias. É como se uma única realidade não bastasse para despertar o espectador para uma interação mais profunda, para uma experiência absolutamente pessoal com a obra.

 

Alguns dos artistas exploram a abstração diretamente pela perspectiva da história da arte, como é o caso do inglês Michael Stubbs, que faz uso de repetidas camadas de tinta e estêncil, e também da brasileira Luisa Editore, com suas complexas construções geométricas. Cores vivas em pinturas abstratas formam a base da obra da argentina Graciela Hasper. Para Hasper, uma pintura não é uma representação do mundo, mas sim uma representação de ideias. As pinturas de sua conterrânea Mariana López também se utilizam de cores fortes e vibrantes, mas já contam com uma justaposição de abstração e figuração como forma de inspirar narrativas entre ficção e realidade.

 

A pintura da brasileira Mariana Palma, por sua vez, é um imersão sensorial na experiência visual do tato. Nesta obra, Palma nos apresenta uma surrealista composição de elementos que remetem a objetos que existem no mundo real, sem no entanto fazer qualquer sentido por si só ou mesmo em conjunto. A fisicalidade destes elementos é gritante: tecidos de seda ricamente estampados, entalhes góticos, pastilhas de vidro brilhantes, pelo de animais, decorações frias de alabastro e ferro, e outros elementos convivem juntos em cores intensas que saltam ao espectador. Tudo isto porém sem nos permitir qualquer identificação exata; nem abstrata nem figurativa, a obra mostra a sua força em seus estímulos visuais.

 

Interessada em temas sociais e culturais como teorias de gênero, a argentina Adriana Minoliti lança mão tanto do abstrato quanto do figurativo para construir uma cena de realidade virtual. Se utilizando de cores fortes e formas geométricas como linguagem, fica a cargo do espectador extrair significados da imagem—e, consequentemente, sem perceber dar a ela sentido de vida real.

 

Também figurativa, o interesse de Monica Millán passa pela tradição do desenho de representação da natureza e da cultura dos bordados. Com a mistura impossível de cores, mais do que belas imagens de flores, plantas e animais, a obra desperta uma incerteza sobre o que se vê e propõe mais um mundo imaginário, romântico e lúdico do que uma representação do mundo real.

 

Ao restringir a composição de sua obra, Hildebrando de Castro deixa a sua pintura intencionalmente ambígua, flertando com a herança concretista ao mesmo tempo em que nos revela apenas o suficiente para sugerir a representação de um edifício modernista. E seu uso de cores fortes nos tons de terra vão de encontro ás formas geométricas e artificiais da imagem. Ao remover qualquer indício de edifício habitado, nos resta apenas formas abstratas e espaços vazios.

 

Com suas pinturas pequenas e evocativas o pintor inglês Gareth Cadwallader, produz tanto obras abstratas quanto figurativas. Aqui, Cadwallader reduz ao máximo a representação da capa da revista National Geographic, deixando apenas um retângulo laranja dentro de uma moldura amarela. Duas cores e uma forma, o retângulo. Lançando mão de um ícone tão reconhecido, esta pintura aparentemente simples e abstrata é mais do que isso.

 

A obra de Luiz Alphonsus é uma pintura cósmica. A tela pintada de um intenso azul real texturizado é interrompida por formas geométricas contornadas pelo que parece ser poeira interestelar. Uma paisagem abstrata de um espaço que apenas podemos imaginar. É um véu sobre o desconhecido.

 

 

Paula Cruz

 

 

 

 

De 16 de maio a 14 de julho.