Uma série de seis cartões postais ilustrados pelo artista Leandro Selister são distribuídos gratuitamente na loja Koralle no Santander Cultural, Centro Histórico, Porto Alegre, RS. A proposta do artista envolve a retirada dos postais para que pintem as ilustrações em preto & branco, escrevam mensagens e enviem para qualquer lugar do Brasil. Encontra-se destinada no local uma caixa de coleta para receber os cartões já endereçados, com postagem e custo feitos pelo próprio Santander Cultural. A iniciativa, que traz imagens do prédio histórico de 1932, um projeto do artista catalão Fernando Corona, visa estimular a volta da escrita e buscar outra forma de comunicação em nosso mundo atual totalmente regido pela digitação.
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Lucio Salvatore exposição e instalações
03/set
O artista plástico ítalo brasileiro Lucio Salvatore apresenta ao público carioca a exposição “Fragmento #2015_1″, com curadoria de Fernando Cocchiarale. A mostra reúne instalações, fotos e vídeos que serão apresentadas em dois módulos, o primeiro no Centro Cultural dos Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, de 04 de setembro a 03 de outubro de 2015, e o segundo conjunto de obras instaladas em algumas ruas e estabelecimentos comerciais do centro do Rio de Janeiro, de 3 a 11 de setembro.
“A exposição é feita de rupturas e pedaços deslocados de uma unidade que nunca existiu, recompostos segundo novas constituições que as obras impõem”, explica Salvatore. A mostra inicia um ciclo de projetos que já foram pensados em forma de fragmento, são discursos incompletos, abertos, a serem manipulados pelo público, pelo tempo.
Italiano radicado no Rio de Janeiro, Lucio Salvatore já apresentou dois projetos por aqui. O primeiro, “One Blood/Fenomenologia da memoria”, em 2010/2011 (no Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro, com mais de 15.000 visitantes, e no museu MuBE, em São Paulo),que impressionou a todos, onde o artista utilizou o sangue dos próprios retratados. E a segunda, “Projeto de Redução Espacial” com o tema da relaçao entre ‘capital e natureza’, em 2014 (Centro Cultural Correios, no Rio de Janeiro), onde o artista apresentou uma série de monotipias realizada com um método de frotagens representando a memória topográfica de mina de escavação e lavoração de pedras.
A exposição Fragmento #2015_1 é dividida em dois módulos : o primeiro, apresentado no Centro Cultural Correios, é um conjunto de obras cuja questão dominante são Os jogos de Significados que acontecem ao longo da vida da obra de arte, desde a sua criação e relação com o público até a posse pelo colecionador. As obras levantam uma questão de poder entre as pessoas que participam delas. A dialética entre unidade e multiplicidade é muito presente nas obras de Salvatore.
1º Piso/Instalações
O JOGO DA FORMA #7, 2015 – Instalação – Estojo com 6 pedras, espelho, placa com as regras do jogo, 48 fotos das esculturas realizadas pelo público.
1400 MANIPULAÇÕES E UMA REGRA, 2015 – Instalação – 1400 quadrados pretos, papel de algodão, regra de colagem, ação de colagem realizada pelo público. A obra trata da relação de poder entre o artista que cria um campo de significados e os utilizadores da obra que a manipulam
MARGEM INDIFERENTE, 2015 – A palavra marginal escrita pelo artista na entrada dos Giardini foi cancelada pela passagem do público convidado para estreia da 56a Bienal de Arte de Veneza, em maio de 2015, durante 12 horas, o tempo da ação coletiva. Registro da obra: #2 fotos, um livro com uma seleção de 512 imagens da passagem do público.
QUADRADO PRETO | 100 MANIPULAÇÕES, 2015 – 100 quadrados pretos, papel de algodão, regra de colagem, ação de colagem realizada por um artista reconhecido usado como mão de obra.
POST-AR, 2015 – #4 caixas, cada uma contendo 9.936 cm3 de ar enviadas pelo correio da Itália até o Rio de Janeiro. O sistema logístico utilizado para o deslocamento de ar é a matéria prima da obra: embalagem, selos, sistema de pagamento, trabalho de funcionários de empresas envolvidas, acionistas das empresa, alfândega, impostos etc.
2º Piso/Sala vídeo
O FIM DO QUADRADO PRETO #1, 2015 – Vídeo – Parte de um projeto realizado na Itália nos meses de junho e julho de 2015 e representa também uma conexão com a próxima exposição que Salvatore está preparando para 2016 Fragmento #2016_1. O artista desenhou nas paredes de uma pedreira um quadrado preto em homenagem aos 100 anos da criação da pintura de Malevich e logo em seguida quebrou esta parede com máquinas para escavação reduzindo-a em mil fragmentos de rochas que carregam as marcas pretas do quadrado.
LAVRA (RASTRO), PATERNIDADE, INDÍCIO, 2015 – Vídeo – Também é parte de um projeto realizado na Itália nos meses de junho e julho de 2015 e representa igualmente uma conexão com a próxima exposição que Salvatore está preparando para 2016. O artista tem tem se apropriado do processo de escavação dentro de uma pedreira a procura de uma forma de escultura expandida, simbólica da forma primordial do homem deixar sinal (rastro, marca) da sua passagem, da criação do mundo a partir da terra herdada. Salvatore que até agora nunca tinha assinado as obras criadas, resolve pela primeira vez usar sua assinatura para questionar o valor dela junto ao significado da obra.
O segundo conjunto de obras cria um circuito externo ao Centro Cultural Correios composto por obras instaladas em algumas ruas e estabelecimentos comerciais do centro do Rio de Janeiro. Estas obras tratam da questão legal e política do espaço, de situações de ocupações, de posse e propriedade legal ou real da terra e do ambiente urbano.
Circuito externo/Urbano da exposição/Instalações
UN METRO QUADRATO DI TERRA #1, 2014 – Instalação com dimensões variáveis. Processo de Venda Imobiliária. Contrato de compra e venda de um lote de terra, fotos da propriedade de terra expostas numa agência imobiliária do Rio de Janeiro. Essa obra é um contrato de compra e venda de uma porção (1/100) de metro quadrado de terra de propriedade do artista na Itália, identificado por uma escultura de mármore. Questão da obra de arte como investimento, até objeto de especulação.
AQUI TAMBÉM TEM ESPAÇO PARA ARTE – Instalação com dimensões variáveis. Esta obra é parte de um projeto iniciado por Salvatore em 2014, um projeto que questiona a natureza da utilização do espaço público para fins públicos ou privados. O projeto consiste em ocupações realizadas com diferentes objetos e sistemas usados cotidianamente por pessoas e empresas para delimitar e utilizar espaços públicos. Para fragmento #2015_1 o artista ocupará um espaço do centro da cidade, um lugar que não será revelado explicitamente para que a obra possa levantar o questionamento e a dúvida do público frente a cada espaço, cuja ocupação seja questionável. O artista desta maneira quer utilizar o questionamento e a dúvida do público como matéria prima da obra.
BANCA NEUTRAL – O Poder da Escrita Menos o Poder da Imagem – Instalação com dimensões variáveis. Esta obra é parte de um projeto do artista iniciado em 2014. Ele adquiriu em bancas de jornais do Rio de Janeiro revistas que tratam explicitamente de politica, substituiu as capas e contracapas destas revistas reproduzidas com os textos originais sem formatação e sem imagens e recolocou as revistas novamente em circulação nas bancas. Para exposição Fragmento #2015_1 Salvatore instala nas vitrines de uma banca do centro do Rio de Janeiro uma série de revistas manipuladas.
Lucio também estará participando do circuito de exposições para convidados da ArtRio 2015, onde vai receber o público que fizer reservas antecipadas para uma visita guiada a sua exposição.
Em ocasião da exposição Fragmento #2015_1 Salvatore apresentará pela primeira vez ao público da cidade o projeto do museu que esta desenvolvendo MAC Rio de Janeiro – Museu de Arte Contemporânea do Rio de Janeiro
Sobre o artista
Artista plástico ítalo brasileiro, vive e trabalha no Rio de Janeiro. Formado em economia na Universidade Bocconi de Milão, estudou filosofia e arte na EAV Parque Lage. Suas obras tratam das ‘relações de poder e manipulação’ dentro de uma comunidade a partir de questões linguísticas, políticas, econômicas e tecnológicas. Exposições individuais selecionadas: Superstudio, Milão (2008), Grant Gallery, New York (2007, 2009), Potsdamer Platz, Berlin (2007). No Brasil: Museu Brasileiro de Escultura MuBE em São Paulo (2011) e no Centro Cultural Correios no Rio de Janeiro (2010 e 2014).
Sobre o curador Fernando Cocchiarale
Crítico de arte, curador e professor de filosofia da arte do Departamento de Filosofia da PUC-RJ, é também professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Autor de artigos, textos e resenhas publicados em livros, catálogos, jornais e revistas de arte do Brasil e do exterior. Foi curador e coordenador do programa Rumos Itaú Cultural Artes Visuais, Coordenador de Artes Visuais da Funarte, e curador do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAMRJ), além de membro de inúmeros júris e comissões de seleção de mostras e salões no Brasil. É curador independente, sendoresponsável por exposições no MAM-RJ, Itaú Cultural (SP), Santander Cultural (RS), Oi Futuro, (RJ), Paço Imperial (RJ), Casa França-Brasil (RJ), Museu Nacional do Centro Cultural da República (DF). É doutor em Tecnologias da Comunicação e Estética pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
De 03 de setembro a 03 de outubro.
Circuito Externo: De 03 a 11 de setembro.
Interpretações e traduções
02/set
Com curadoria de Lilia Moritz Schwarcz, a exposição “Nelson Leirner leitor do outros e de si mesmo” na Galeria Vermelho, Jardim Paulista, São Paulo, SP, apresenta cerca de 75 obras de Nelson Leirner nas quais o artista interpreta, traduz e dialoga com trabalhos de 12 artistas de diversas épocas, como Leonardo da Vinci, Lucio Fontana, Damien Hirst, Yayoi Kusama, Lucio Fontana e Mondrian. Cada espaço da Galeria Vermelho fica reservado às interpretações de cada um desses artistas com obras produzidas por Nelson Leirner entre os anos de 1968 e 2015.
Até 03 de outubro.
Multiverso de Raimundo Rodriguez
31/ago
A Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugura, no dia 05 de setembro,
sábado, às 14h, a exposição “Multiverso: nada que você já não tenha visto antes”, do artista
plástico Raimundo Rodriguez. A mostra vai apresentar as incontáveis dimensões categóricas
em que a obra de Rodriguez transita, abusando de cores vívidas, do jogo geométrico das
formas e de palavras. Por meio de um apanhado de obras, que formam pequenos universos
díspares, pequenos multiversos povoados, sobretudo, por “quadro-objetos”, serão resgatados
e ressignificados. O trevo da sorte, os latifúndios de papel, a fórmica e o tecido, os lactofúndios
de caixas de leite, a série “diapositivos”, entre outros.
A metáfora que tangencia a mecânica quântica, quando transferida poeticamente para o
campo das artes visuais, mais precisamente, para a produção multifacetada do artista plástico
Raimundo Rodriguez, traduz com excelência a capacidade criativa – traço pós-moderno, com
que o artista produz suas obras, desenvolvendo inúmeras linguagens, muitas vezes, em
suportes alternativos como pinturas, desenhos, objetos, “não-objetos”, assemblages/colagens,
esculturas, entre outros. O trabalho do artista conecta-se com a arte popular brasileira, o
neodadaísmo, o dadaísmo, o neorrealismo e a pop art.
Em diversos veículos, tais como teatro, carnaval, centros culturais, vídeos e televisão, as
criações de Raimundo Rodriguez ultrapassam limites e preenchem lacunas de expressão. O
artista, acompanhado por sua equipe, foi o responsável pela estética final das construções da
novela “Meu Pedacinho de Chão”, dirigida por Luiz Fernando Carvalho. A partir de
“Latifúndios”, Raimundo Rodriguez fez pedacinhos de chão remendados onde se desenvolveu
todo o enredo na novela. A obra foi incorporada à arquitetura de toda a fictícia “Vila de Santa
Fé”, onde casas, portas, paredes, janelas, altares, molduras, cimalhas e inúmeros detalhes
foram criados a partir de latas de tinta descartadas e, em suas mãos, ganharam um novo
significado. Raimundo Rodriguez é representado pela Sergio Gonçalves Galeria de Arte pela
qual participou das quatro últimas edições da SP-Arte e também da Feira Pinta, de Nova York e
Miami.
Até 10 de outubro.
Pinturas de Wanda Pimentel
Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a exposição
“Geometria/ Flor”, com cerca de 35 obras inéditas da artista carioca Wanda Pimentel.
Com uma importante e reconhecida trajetória artística de quase 50 anos, Wanda
Pimentel expõe no grande salão térreo da galeria pinturas da série “Geometria/Flor”,
iniciadas há dois anos. Cada uma das pinturas tem uma moldura diferente, que integra
o trabalho. Apesar de ser uma série totalmente nova, ela carrega elementos que
sempre estiveram presentes em seu trabalho, como as formas geométricas e as
famosas escadas. “É como se fosse uma celebração de todas as séries que fiz desde
a década de 1960”, conta a artista, ressaltando que sempre trabalha com séries.
“Quando termino uma, quero criar algo novo, totalmente diferente, mas uma série
sempre carrega elementos das outras”.
Anita Schwartz destaca que este é “um momento de homenagem ao trabalho e à
trajetória da Wanda Pimentel”, que em outubro participará da Frieze Masters, no
Regent’s Park, em Londres, feira que reúne mestres da história da arte
contemporânea, onde mostrará nove pinturas produzidas nos anos 1960.
As obras que estarão na exposição na Anita Schwartz Galeria têm a ver com um
processo iniciado pelo artista em 2011, de rever o passado. “Esses trabalhos tem um
tom dramático, têm a ver com as minhas memórias, mas, ao mesmo tempo, é uma
saudação à vida, rompendo com tudo que já fiz. Vou dissecando lembranças e
construindo novas memórias”, afirma a artista. Neste processo, ela partiu em busca de
lembranças do pai, açoriano, de natureza muito reservada, que faleceu quando ela
tinha 12 anos. Ela atribuiu a esta procura por sua origem o fato de ter incluído o
dourado em seus trabalhos. “O manuseio com o dourado é muito difícil. A condução
da cor deve seguir uma trajetória do não efeito fácil. O dourado da série relaciono com
Portugal, pois é uma cor presente no Barroco, lembrando a celebração da vida”, diz.
“Introduzi nos trabalhos atuais um novo elemento: flores, em tons de branco, vermelho
e dourado. Ao olhar o trabalho, você percebe que há um embate entre geometria e
natureza, por mais paradoxal que seja”, afirma.
No terceiro andar da galeria estarão os trabalhos iniciais desta fase, que fazem parte
da série que ela chamou de “Memória”. Serão três caixas de acrílico, medindo 97cm x
33cm cada, onde a artista coloca desenhos e objetos. Em uma delas há um coração
vermelho, cheio de alfinetes, em alusão ao coração de espuma que a sua mãe usava
para colocar os alfinetes enquanto costurava. Em outra, há casulos do bicho-da-seda
e, na terceira, uma linha e uma tesoura desenhadas, como se esta cortasse o
desenho. Junto a esses trabalhos, estarão quatro obras de 1965, que nunca foram
expostas. “São desenhos da época que eu era aluna do Ivan Serpa, feitos com caneta
esferográfica em folha de papel ofício. Nunca mostrei esses desenhos, mas eles falam
muito sobre o meu trabalho”, afirma a artista.
Ao invés de texto crítico, o público poderá ler o poema “O último sortilégio”, de
Fernando Pessoa, que Wanda Pimentel encontrou durante o processo de produção
das obras, e considerou muito apropriado com o que estava fazendo. “O poema tem
muito a ver com esses trabalhos. Queria algo sensível, por isso escolhi esta poesia. O
português de Portugal é muito denso, muito bonito quando escrito. E meu pai gostava
muito de Fernando Pessoa”, ressalta. A poesia também estará no catálogo, que será
lançado ao longo da exposição.
Sobre a artista
Wanda Pimentel nasceu no Rio de Janeiro, em 1943. Estudou pintura com Ivan Serpa,
no MAM Rio, em 1965. Dentre suas principais exposições individuais estão a
exposição no MAM Rio, em 2004; no Paço Imperial, em 1999 e em 1997; no Centro
Cultural Banco do Brasil, em 1994; entre outras. Dentre suas principais exposições
coletivas estão: “Artevida Política”, no MAM Rio, em 2014; “Nova Figuração anos
1960-1970”, no MAM Rio, em 2009; “Panorama dos Panoramas”, no MAM São Paulo,
em 2008; “Arte contemporânea e patrimônio”, no Paço Imperial, em 2008; “Arte Como
Questão/Anos70”, no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, em 2007; “Manobras
Radicais”, no CCBB São Paulo, em 2006; “Um Século de Arte Brasileira – Coleção
Gilberto Chateaubriand”, no MAM Rio, na Pinacoteca do Estado de S.Paulo e no
Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, ambas em 2006; “Abrigo Poético – Diálogos com
Lígia Clark”, no MAC de Niterói, em 2006; “Arte En América Latina (Coleccion Eduardo
Constantini)”, no MALBA, em Buenos Aires, em 2001; entre outras. Participou, ainda,
do Salão da Bússola (1969), no MAM Rio; Salão de Verão (1969), no MAM Rio; V
Salão de Arte Contemporânea de Campinas (1969), no Museu de Arte
Contemporânea de Campinas; XVIII Salão Nacional de Arte Moderna, no Ministério da
Educação e Cultura- Rio de Janeiro/RJ (1969); II Salão Esso de Artistas Jovens
(1968), no MAM Rio e Representação Brasileira à Bienal de Paris (1969), no MAM Rio.
De 09 de setembro a 17 de outubro.
ArtRio no Pier Mauá
Reconhecida como um dos principais eventos de arte no cenário
internacional, pelo quinto ano a ArtRio vai reunir, entre os dias 10 e 13
de setembro, no Píer Mauá, as mais importantes galerias do país e do
mundo, além de trazer para a cidade colecionadores, curadores,
críticos e artistas. Nesta edição, além de galerias brasileiras, estarão
representantes de 11 países – Argentina, Espanha, Estados Unidos,
França, Itália, Japão, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido, Suíça e
Uruguai.
A feira está dividida em três programas: PANORAMA (Galerias
nacionais e estrangeiras com atuação estabelecida no mercado de
arte moderna e contemporânea), VISTA (programa dedicado às
galerias jovens, com projeto de curadoria experimental desenvolvido
especialmente para e evento), e o PRISMA (programa curatorial
inédito, assinado por Carolyn H. Drake e Bernardo José de Souza,
com obras de artistas brasileiros e estrangeiros).
A ArtRio faz parte do calendário oficial de eventos da cidade do Rio de
Janeiro. Realizada pelos sócios Brenda Valansi, Elisangela Valadares,
Luiz Calainho e Alexandre Accioly, a ArtRio pode ser considerada uma
grande plataforma de arte contemplando, além da feira internacional,
ações diferenciadas e diversificadas com foco em difundir o conceito
de arte no país, solidificar o mercado, estimular e possibilitar o
crescimento de um novo público oferecendo acesso à cultura.
“Entre nossos objetivos para este ano está ser a melhor feira para a
realização de negócios, unindo no mesmo ambiente os mais
relevantes players do mercado – galeristas, colecionadores e
curadores, e artistas. Nosso foco está em fomentar o mercado, dando
grande visibilidade para a arte brasileira e também trazendo para o
país os grandes destaques do cenário mundial.”, conta Brenda
Valansi.
Pelo quarto ano consecutivo, o Bradesco é o patrocinador máster da
ArtRio, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura.
A feira de arte tem também patrocínio da Secretaria de Cultura,
através da Lei de Incentivo à Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, e
do Rock in Rio, apoio da Heineken, Sky, Minalba, Nescafé Dolce
Gusto e Pirelli, apoio institucional da Klabin, Body Tech e Estácio e
apoio cultural da H. Stern.
Releituras
- Livia Marin
- Waltércio
Chama-se “Releituras da Natureza-morta” a próxima exposição a ser
inaugurada na Carbono Galeria, Jardim Paulistano, São Paulo, SP. Com
curadoria de Ligia Canongia, a mostra reúne obras de treze artistas
nacionais e internacionais, que refletem suas percepções quanto às visões
contemporâneas da Natureza-morta.
A coletiva apresenta trabalhos dos artistas Alex Yudzon, Angelo Venosa,
Bruno Dunley, Carlito Carvalhosa, Gabriela Machado, Iran do Espírito
Santo, José Damasceno, Laura Lima, Livia Marin, Maria Nepomuceno, Vera
Chaves Barcellos, Vik Muniz e Waltercio Caldas.
A natureza-morta é estudada e representada ao longo da história da arte
e em “Releituras da natureza-morta”, o gênero será representado por um
“um conceito expandido, uma reinterpretação”.
De 29 de agosto a 31 de outubro.
Celina Portella na Galeria Inox
Celina Portella abre a exposição “Puxa”, apresentando trabalhos inéditos na Galeria Inox, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. A artista carioca, que também estará com suas obras expostas na Art Rio, no stand da Galeria Inox, mostra instalações fotográficas, onde aparece em situações de tensão com cordas que se prolongam para fora do quadro. Criando sistemas de peso e contra-peso entre seu corpo na foto e objetos reais no espaço, ela joga com as proporções e cria uma ilusão de que os tamanhos são diferentes do que realmente são. “Trata-se de um ensaio para futuras esculturas”, afirma.
Sobre a artista
Celina Portella investiga questões sobre a representação do corpo a partir do vídeo e fotografia. Recentemente foi contemplada com o I Programa de Fomento a Cultura Carioca, com a Bolsa de Apoio a Criação da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e indicada para o prêmio Pipa 2013. Ultimamente participou das residências Récollets em Paris na França, LABMIS, no Museu da imagem e do Som, em São Paulo, na Galeria Kiosko em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia e no Núcleo de Arte e Tecnologia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi contemplada no II Concurso de Videoarte da Fundaj em Recife. Participou da III Mostra Do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, da Mostra SESC de Artes, em São Paulo, entre outras exposições. Estudou design na Puc-RJ e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII em 2001.
A partir de 12 de setembro.
Galeria Ipanema : 50 anos
27/ago
- Tomie Ohtake
- Hélio Oiticica
- Hélio Oiticica
- Hélio Oiticica
- Tomie Ohtake
- Tomie Ohtake
A Galeria de Arte Ipanema, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, comemora 50 anos de atividades, e irá
celebrar a data com as exposições “50 anos de arte: Parte I” e “50 anos de arte: Parte II”. Para
a exposição “50 anos de arte: Parte I”, a galeria irá homenagear os artistas Tomie Ohtake e
Hélio Oiticica, com uma seleção de dez obras de cada um, feitas nas décadas de 1950 e 1960,
pertencentes a acervos particulares e ao Projeto Hélio Oiticica. Os dois artistas, de grande
importância na história da arte brasileira, integraram exposições ao longo da trajetória da
Galeria.
O estande da Galeria Ipanemana ArtRio também comemorará os 50 anos de atividade,e terá
trabalhos do venezuelano Carlos Cruz-Diez, um dos grandes nomes da arte cinética, artista
representado pela Galeria, além de obras de Jesús Rafael Soto, Victor Vasarely, Sérgio
Camargo, Lygia Pape, Maria Leontina, Milton Dacosta, Portinari, José Panceti e Tomie Ohtake.
A fundação da galeria Ipanema
Fundada por Luiz Sève, a mais longeva galeria brasileira iniciou sua bem-sucedida trajetória em
novembro de 1965, em um espaço do Hotel Copacabana Palace, com uma exposição com
obras de Tomie Ohtake e Manabu Mabe, entre outros. Até chegar à casa da Rua Aníbal de
Mendonça, em Ipanema, passou ainda por outros endereços, como o Hotel Leme Palace, no
Leme, e a Rua Farme de Amoedo, já em Ipanema. Paralelamente a sua ação no Rio, manteve
entre 1972 e 1987 um espaço na Rua Oscar Freire, em São Paulo, projetado por Ruy Ohtake. A
Galeria Ipanema foi uma das precursoras a dar visibilidade ao modernismo, e representou por
muitos anos, com uma estreita relação, os artistas Volpi e Di Cavalcanti, e realizou as primeiras
exposições de Paulo Roberto Leal e Raymundo Colares.
Arte Moderna e Contemporânea
Sua história se mistura à da arte moderna e sua passagem para a arte contemporânea, e um
dos mais importantes artistas cinéticos, o venezuelano Cruz-Diez, é representado pela galeria,
que mantém um precioso acervo, fruto de seu conhecimento privilegiado de grandes nomes
como Hélio Oiticica, Ivan Serpa, Lygia Clark, Sérgio Camargo, Jesús Soto, Mira Schendel,
Guignard, Pancetti, Portinari, Di Cavalcanti, Cícero Dias, Iberê Camargo, Tomie Ohtake, Lygia
Pape, Amelia Toledo, Milton Dacosta, Maria Leontina, Dionísio del Santo, Antônio Bandeira,
Heitor dos Prazeres, Vasarely, Rubens Gerchmann, Nelson Leirner, Waltercio Caldas, Franz
Weissmann, Ângelo de Aquino, Geraldo de Barros, Heitor dos Prazeres, Joaquim Tenreiro e
Frans Krajcberg. Dos artistas trabalhados pela galeria, apenas Portinari e Guignard já haviam
falecido antes de sua inauguração.
A palavra do fundador: Fonte de prazer
Nascido em uma família amante da arte, Luiz Sève aos 24 anos, cursando o último ano de
engenharia na PUC, decidiu em 1965 se associar à tia Maria Luiza (Marilu) de Paula Ribeiro na
criação de uma galeria de arte. Outro tio, o pneumologista Aloysio de Paula (1907-1990),
médico de Guignard, havia sido diretor do MAM, no final da década de 1950. Com a ajuda de
Luiz Eduardo Guinle e de sua mãe, dona Mariazinha, a Galeria de Arte Ipanema instalou-se em
1965 em um dos salões do Hotel Copacabana Palace, passando depois para o térreo, na
Avenida Atlântica, onde permaneceu até 1973. Ainda jovem, passou a trabalhar no mercado
financeiro, mas é na galeria que encontra sua “fonte de prazer”. Uma característica de sua
atuação no espaço de arte é “jamais ter discriminado ou julgado ninguém pela aparência”. São
várias as histórias de pessoas que pedem para entrar e apreciar o acervo, e estão vestidos de
maneira simples ou até desleixadas, e acabam “comprando muita coisa”. “Há o componente
sorte também”, ele ressalta, dizendo que já teve acesso a obras preciosas por puro acaso.
Dentre seus clientes, passaram pela galeria também figuras poderosas como o banqueiro e
mecenas da arte David Rockefeller, e Robert McNamara, secretário de defesa do governo
Kennedy.
Atualmente Luiz Sève dirige a galeria ao lado de sua filha Luciana, no número 173 da Rua
Aníbal de Mendonça, até finalizar a construção do espaço que tem projeto arquitetônico
assinado por Miguel Pinto Guimarães, previsto para 2016, no endereço original que ocupou
desde 1972, na quadra da praia da mesma rua.
Abertura: 02 de setembro, às 19h
Exposição: 03 de setembro a 17 de outubro.
Na ArtRio
De 09 a 13 de setembro.
Artistas da TRIO Bienal
A TRIO Bienal, exposição que integra as comemorações do aniversário de 450 anos da cidade do Rio de Janeiro, é uma mostra internacional de arte contemporânea em torno de obras tridimensionais, com 170 artistas de 47 países. A curadoria, a cargo de Marcus de Lontra Costa, sob o tema “Quem foi que disse que não existe amanhã?” – frase de uma letra do rapper Marcelo D2 – pretende discutir o momento de incerteza e de crise, tanto no Brasil quanto no mundo, e resume a persistência na procura de uma determinada arquitetura no caráter utópico da arte, recarregando fortemente a fé modernista em um mundo mais perfeito, a partir da falta de distinção entre arte e vida.
No módulo Utopias, que acontece no Memorial Getúlio Vargas, Glória, Rio de Janeiro, RJ, participam neste módulo os artistas Afonso Tostes – BR, Ai WeiWei – CN, Alex Flemming – BR, Ana Miguel – BR, Anna Bella Geiger – BR, Cildo Meirelles – BR, Fábio Carvalho, BR, Felipe Barbosa – BR, José Rufino – BR, Laerte Ramos – BR, Los Carpinteros – CU, Lourival Cuquinha – BR, Mauricio Ruiz – BR, Nelson Félix – BR, Tom Dale – US, entre muitos outros.
Destaque para Fábio Carvalho (fotos) que será representado por um total de cinco obras. Da série “Delicado Desejo” serão apresentadas quatro peças armas de fogo compostas por um patchwork de rendas diversas, com as quais o artista faz uma reflexão da mistura de fascínio e repulsa que muitos têm por armas de fogo, em especial no continente americano. Além das quatro peças da série “Delicado Desejo”, também será apresentado o trabalho “Eros & Psiquê” um fuzil de brinquedo de plástico, dentro de uma vitrine de madeira escura, similar às vitrines onde se exibem armas de fogo reais em coleções, sendo que o fuzil está cercado de borboletas monarcas de plástico, como se estas usassem o fuzil como pouso e abrigo.
De 05 de setembro a 26 de novembro.





























