Exposição experimental

02/fev

 

Entre os dias 3 e 12 de fevereiro de 2015, o anexo da Galeria Millan, Vila Madalena, São Paulo, SP, – espaço ainda em construção – recebe “NO SOUND”, uma exposição experimental (que pode ser entendida como um happening) curada por Sofia Borges, que também participa como artista. Com obras antigas e inéditas, ela e os artistas Antonio Malta, Erika Verzutti, Paulo Monteiro, Rafael Carneiro e Theo Michael ocupam o espaço em transformação. As obras deste grupo são entendidas pela curadora como “objetos iniciais” ou ponto de partida. Em um segundo momento, eles e outros artistas, como Chico Togni e Suiá Ferlauto, serão convidados a intervir no espaço com a produção de novas obras, desenhos, esculturas, pinturas, peças de teatro, danças e poemas, tendo como suporte objetos e superfícies já presentes na exposição. A proposta da curadora é que a mostra esteja sempre em transformação.

 

 
De caráter experimental, “NO SOUND” gira em torno de conceitos como mimese, linguagem e a impossibilidade de algo ser, em si, plenamente compreensível. Por exemplo, uma obra dos artistas Sofia Borges e Theo Michael será o ato de constantemente renomear todas as obras expostas. A curadora também pretende constantemente alterar a posição dos trabalhos na exposição, para com isso criar novos diálogos entre as obras, o espaço e o público.

 

 
Sofia Borges entende que esta exposição acontecerá em quatro fases, sendo duas dentro do espaço expositivo e duas fora dele. A primeira fase pode ser considerada como o “núcleo duro” da mostra, composto pelas obras apresentadas desde o início da exposição. Nesta fase, Sofia Borges exibe fotografias em grande formato, a maioria em tons de cinza: são trabalhos já exibidos entre 2012 e 2014, além de fotografias inéditas. Antonio Malta participa com pinturas a óleo, produzidas em 2013 e 2014, também em grande formato. Erika Verzutti e Paulo Monteiro apresentam esculturas em bronze. Rafael Carneiro produziu uma pintura a óleo especialmente para a exposição, apresentando ainda desenhos do começo de sua carreira.

 

 
A segunda fase consiste nos dez dias de duração da exposição, período que pode ser entendido como um happening. Nesta fase ocorrerá a criação, in loco, de  novas obras ou de intervenções sobre os objetos iniciais. Nesta etapa, Theo Michael, Rafael Carneiro e Antonio Malta serão convidados a desenhar sobre fotografias em grande formato de Sofia Borges. É desta fase que participará o segundo grupo de artistas, com atuações específicas propostas pela curadora: Chico Togni, por exemplo, será convidado a produzir obras não-figurativas, em tons de cinza, branco ou preto, partindo do conceito de Belo de Platão, com papelão, papel e materiais da construção.

 

 
Nas fases que acontecerão fora do espaço expositivo, a curadora convidará pessoas de diversas áreas, onde quer que elas estejam, a produzir obras, textos e reflexões sobre os conceitos da exposição.

Afonso Tostes na Galeria Milan

A Galeria Millan, Vila Madalena, São Paulo, SP,  abre a temporada de exposições de 2015 com a mostra “Sala de trabalho”, individual de Afonso Tostes, que apresenta nova série de esculturas e primeira mostra do artista na galeria. A exposição ocupa o andar térreo da galeria. Inéditos, os trabalhos exibidos são desdobramentos da série apresentada na exposição “Tronco”, realizada no início de 2014, na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro. São cerca de 50 esculturas realizadas nos cabos de ferramentas empregadas em diversos tipos de serviços, todas de uso manual: foices, martelos, enxadas, pás, rastelos, forcados, facões e outros.

 
Cada peça é única, não apenas pela intervenção escultórica, também pelo desgaste de uso que cada ferramenta apresenta. A interferência escultórica do artista remete à ossatura humana, em escala real, como se o instrumento fosse a extensão dos corpos que o utilizaram, referindo-se à relação entre o homem e a técnica. A exposição reflete também sobre a convivência de operações rudimentares com as técnicas digitais, que ainda coexistem com processos arcaicos de produção, desigualdade nas relações de trabalho, escravagismo, fome e outros aspectos não superados pelo desenvolvimento tecnológico.

 
Para o artista, o conjunto das peças, entendida como instalação, pode despertar no espectador uma forte carga de memória, uma vez que um dos elementos presentes nas obras é a própria ação do tempo. O artista espera, desse modo, que o público potencialize e expanda o entendimento em relação aos trabalhos expostos.

 

 
Até 28 de fevereiro.

Dez ao CUBO em Petrópolis

30/jan

Os artistas reunidos, alguns com longo percurso dedicado à criação plástica, todos eles em algum momento de suas trajetórias utilizaram o Cubo como instrumento de suas pesquisas e representações e até mesmo foram diretamente influenciados por mestres neo-concretistas ou estudaram com eles. Mostram obras que exploram suportes diversos como pinturas, gravuras, vídeo, instalação, objetos permeados por poesia antes de tudo, devendo ser apreciadas pela sua singularidade.

 

Convidados ao desafio do “cubo branco”, território das poéticas por excelência, cada um apresenta sua leitura da forma, com ou sem esquadro, nível, fio de prumo, perspectivas ou números e no contexto deste espaço o objeto artístico torna-se essência. O CUBO é de todos e todos o recriam. Os artistas acreditam que assim se constrói o cosmos e sonham com um mundo melhor.

 

 

Componentes do coletivo

 

Denise Campinho, Fernando Borges, Ilcio Arvellos Lopes, Luiz Carlos de Carvalho, Maria Cherman, Osvaldo Carvalho, Paulo Campinho, Paulo Mendes Faria, Petrillo, Ricardo Pimenta e Roberto Tavares têm uma relação pessoal muito próxima dentro do cenário artístico, onde suas produções (passadas e recentes) se cruzam e interagem dentro do mesmo espaço físico.

 

 

Abertura: 07 de fevereiro – sábado às 18h

 

Até 28 de fevereiro.

 

Local : Centro de Cultura de Petrópolis- RJ

Praça Visconde Mauá, 305 – Centro.

Os gêmeos no Rio

 

A instalação, batizada de “O bunker”, obra dos irmãos Gustavo e Otávio Pandolfo, internacionalmente conhecidos com os gêmeos,  será apresentada ao público neste sábado, no Museu Casa do Pontal, Recreio do Bandeirantes, Rio de Janeiro, RJ.

 

Esta é a primeira obra permanente da dupla  no Rio de Janeiro. O evento de inauguração, marcado para as 15h, ainda contará com bate-papo entre os artistas e a plateia e show musical do compositor  Sibá Vasconcelos.

 

Vagas limitadas! Agendar com antecedência somente por telefone.

 

O Museu Casa do Pontal disponibilizará, no próximo dia 31 de janeiro, serviço de ônibus gratuito para os interessados em visitar a exposição.

 

 

Pontos de embarque:

 

– Largo do Machado (em frente à Igreja), às 14h;

– Praça Santos Dumont (Baixo Gávea), às 14h30.

O retorno está previsto para às 19h com desembarque nos pontos acima.

 

Reservas podem ser efetuadas pelos telefones: 2558-2023 e 995-884-996. Falar com Wal (entre 9h30 e 17h30).

Danúbio Gonçalves, 90 anos.

O artista plástico Danúbio Gonçalves completou 90 anos. Pintor, gravador, desenhista, mosaicista, ilustrador e professor, é o último representante do coletivo de artes visuais  conhecido como “Os Quatro de Bagé”: Carlos Scliar, Glauco Rodrigues e Glênio Bianchetti.  Reuniram-se – nos anos 40 e 50 – em Bagé, cidade fronteiriça do Rio Grande do Sul, com a intenção de criar obras que retratasse os hábitos culturais do estado. O grupo também participou ativamente do Clube de Gravura de Porto Alegre. No ano de 2014 morre Glênio Bianchetti, fixado em Brasília, os demais, Glauco Rodrigues e Carlos Scliar já haviam falecido. Danúbio Gonçalves – embora tenha sido aluno de Portinari no Rio de Janeiro nos anos 50 –  optou por desenvolver sua carreira no Rio Grande do Sul. Danúbio foi determinante na carreira de muitos artistas que o sucederam, pois foi por muitos anos diretor e professor do Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre. Assinalando a data, podem ser vistas no saguão do MARGS ADO MALAGOLI, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, presta homenagem ao artista exibindo algumas obras de seu acervo.

 

 

Até 29 de março.

Finissage

29/jan

Neste sábado, dia 31 de janeiro, o MAM Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, realiza uma série de atividades para marcar o último final de semana da exposição “Caneta, Lente e Pincel – Jogo”, que termina no domingo, dia 1º de fevereiro.

 

Às 16h, haverá uma visita guiada com a curadora Vivian Faingold e os artistas Renato Amado, Maria Matina, Fernanda Lefevre, Maria Emilia Algebaile, Magali Rios, David Cohen, Paula Sancier e Maíra Fernandes de Melo.

 

Às 16h30, o programa educativo “Eu, Você e o MAM” fará atividades artístico-educativas com as famílias.

 

À 17h30, serão realizadas leituras e performances com os artistas Renato Amado, Maria Emilia Algebaile, Guilherme Preguer e Maíra Fernandes de Melo.

 

 

A entrada é franca.

Individual de Dino Pazzanese

28/jan

A Galeria Vilanova, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP, exibe “Taste Wild Water”, exposição individual do artista plástico Dino Pazzanese, com curadoria de Bianca Boeckel. As 6 telas que compõem a exposição mostram figuras femininas com histórias nada óbvias e traços marcantes, ora em cenários claros, ora escuros, secundários à profundidade dos olhares e sofrimentos retratados.

 

A inspiração de Dino Pazzanese para esta série encontra-se em diversas fontes: desde a natureza e nossa relação com ela, até conflitos entre anseios e necessidades com os nossos instintos; a loucura que a sociedade impõe e subtrai das nossas verdadeiras inclinações e sonhos. Com estilo que acredita ser inerente à individualidade de sua própria alma, em “Taste Wild Water”, o artista pinta mulheres com contornos retilíneos e traços fortes, transmitindo mais que meros sentimentos em suas feições, envolvidas em atmosferas que denotam paz, aprisionamento, melancolia ou até mesmo sensualidade. Caracterizada por suas figuras e histórias de inclinação mitológica, a pintura de Dino Pazzanese pode também representar situações políticas, emocionais e românticas, enquanto persegue a história do mundo. Sobre seu trabalho, o artista comenta: “Em relação às cores, são representações também de elementos geralmente naturais, com bastante vontade de buscar as cores do sol ou da luz da lua, da terra ou das plantas, e as forças e exuberância do corpo e os lampejos da alma.”.

 

Por opção e propositadamente, Dino Pazzanese se desvincula da arte contemporânea, por acreditar e apostar sempre em sua verdade pessoal. Conceitos à parte, eis uma oportunidade única de conhecer este mundo peculiar do artista. Nas palavras de Bianca Boeckel: “Com esta mostra, oferecemos um mergulho em novas sensações visuais e percepções. Um passo ousado para a Galeria Vilanova, que visa sempre surpreender com novas temáticas.”.

 

 

De 07 de fevereiro a 05 de março.

Fábio Carvalho em Lisboa.

O artista brasileiro Fábio Carvalho embarca para Lisboa, Portugal, para cumprir residência artística. O projeto consiste ao mesmo tempo de uma Residência Artística e uma Ocupação, pois os trabalhos decorrentes da residência serão expostos, no próprio estúdio, à medida que forem criados. Durante os 35 dias da residência, o artista receberá convidados em seu estúdio para acompanhar a produção, trocar ideias, debater sobre suas questões em arte, ou qualquer outro assunto que possa surgir.

 

Num primeiro momento, o artista pretende dar desdobramento a sua série de trabalhos mais recente, chamada “Delicado Desejo”. Nesta série, onde vemos armas de fogo compostas por um patchwork de rendas diversas, o artista faz uma reflexão da mistura de fascínio e repulsa que muitos têm pelas armas de fogo, em especial no continente americano.

 

A série “Delicado Desejo” é ainda uma crítica aos estereótipos de masculinidade, uma vez que as armas de fogo são também uma demonstração ostensiva da virilidade humana. Só que aqui as armas são feitas de rendas delicadas, florais, que originalmente são produzidas para serem usadas como apliques e ornamentação de roupas femininas.

 

Além de desenvolver os desdobramentos da série, Fábio Carvalho pretende registrar como os portugueses reagem a estas imagens, e buscar paralelos e oposições entre estas reações com as do público brasileiro. Para registrar o processo da residência e ocupação artística, e permitir a quem está fora de Lisboa acompanhar o desenvolvimento do projeto, e até mesmo participar através de mensagens e bate-papos online, será criado um álbum no Facebook e um blog, onde fotos e anotações do dia a dia serão publicadas regularmente.

 

 

A ocupação  

 

O artista está preparando um novo projeto de intervenção urbana, chamado “Cowboys and Angels”, que será distribuído por postos estratégicos na área da antiga Freguesia dos Anjos, onde fica o estúdio que será ocupado pelo artista. Anjos é uma antiga freguesia portuguesa em Lisboa, instituída em 1564. A região de Anjos possui vários espaços culturais, muitos de caráter independente, com exposições, concertos, dança, poesia, etc. Cabe lembrar que em junho de 2014 Fábio Carvalho fez uma intervenção urbana na cidade, durante as tradicionais Festas dos Santos Populares de Lisboa, que correspondem às festas juninas brasileiras, acrescentando bandeirinhas de papel de seda com seus “Monarcas” – soldados em uniforme camuflado, com asas de borboleta saindo de suas costas – às decorações já existentes pelas ruas.

 

Além da Residência e Ocupação Artística, Fábio Carvalho ainda participa de fevereiro a abril da exposição coletiva “Prometheus Fecit”, em dois espaços na cidade de Óbidos: no Museu Municipal de Óbidos e na Galeria novaOgiva Arte Contemporânea. As duas obras que Fábio Carvalho apresentará (“Em Pele de Cordeiro” e “Gêmeos”) são resultado da residência artística realizada em junho de 2014 na Cerâmica PP&A São Bernardo, em Alcobaça. Portugal. A exposição, que já passou pelo Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, Portugal, um dos mais importantes daquele país, agora será ampliada para se criar um diálogo com a obra da importante pintora portuguesa do século XVII Josefa d’Óbidos, especialista na pintura de flores e naturezas mortas, bem como de cenas religiosas cercadas por densas molduras florais, que se dedicou ainda à estampa, gravura, modelagem do barro, desenho de figurinos, padrões para tecidos, acessórios vários e a arranjos florais.

 

O projeto, que tem curadoria de Maria de Fátima Lambert (Portugal), conta com um total de 15 artistas brasileiros e portugueses, entre estes Albuquerque Mendes, Carolina Paz, Estela Sokol, Fábio Carvalho, Gabriela Machado, Isaque Pinheiro e Sofia Castro.

Organométricos

26/jan

O artista plástico Manfredo de Souzanetto expõe, obras inéditas dos anos 1970 até trabalhos recentes, na Mul.ti.plo Espaço Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ. A arte sem limites – de técnica, formato, textura, cores – de Manfredo de Souzanetto ganha a exposição “Organométricos”, com 20 obras inéditas. Colorista? Geométrico? Pintor, escultor, gravador? Tudo isso – e o que mais o futuro reservar para sua arte. A mostra reúne cinco litografias feitas durante o período em que o artista morou em Paris,  14 telas (pigmentos sobre linho) de pequenos formatos, realizadas entre 2011/2014 e um múltiplo feito especialmente para a exposição, uma escultura reunindo duas pedras, uma em bronze e outra em porcelana.

 
Mineiro da cidade de Jacinto, Souzanetto sempre trabalhou com pigmentos. Especialmente os naturais, tirados da terra e dos minerais das Gerais, além de óxidos de ferro, resina, juta e madeira. Entretanto, nas telas desta exposição, os pigmentos artificiais se misturam aos naturais, criando, ao mesmo tempo, continuidade e surpresa. “Introduzi cores industriais para criar outra dinâmica na obra. As cores ficam mais francas, mais abertas, há uma paleta mais variada, com contrastes que não aconteciam em outros trabalhos”, explica o artista.

Isso faz parte da busca de um artista que não se aprisiona. Nem mesmo nos limites da tela: Souzanetto sempre ultrapassou os quadrados e retângulos das molduras, criando tridimensionalidades. Na mostra da Mul.ti.plo, as telas, embora com formato tradicional, dialogam entre si: “Cada tela é única, mas é como se na verdade fossem ‘fragmentos de telas’, que se articulam com outros. Muitas formam um conjunto de três ou até mesmo quatro destes fragmentos”, diz.
A assinatura da obra de Manfredo de Souzanetto é justamente essa mistura de tradição e reinvenção. Por isso não se define como “colorista ou geométrico”. “Eu me circunscrevo em um eterno vai-vém, não em fases demarcadas. Sempre estabeleço um diálogo com as obras anteriores, que permite uma coerência na leitura da obra, mas buscando algo novo. Não uma ruptura, mas uma continuidade”, explica o artista, que também se vale desta liberdade para não se considerar um “colorista” ou um “geométrico”. “Meu trabalho tem cor, então sou, claro, colorista; a geometria é a base do meu trabalho, portanto, sou geométrico. Mas há a organicidade, não apenas por conta do pigmento mas do desenho, que é orgânico e que sempre faz um contraponto com a geometria. Tanto que fiz, há três anos, uma exposição em Paris que define bem isso: chamava-se Organométricos.”

 
Sobre o trabalho de Manfredo de Souzanetto, diz o crítico de arte francês Philippe Cyroulnik: “O que faz o interesse de suas obras é esta mistura de tradição e invenção que elas trazem em si, a arte de deixar o terreno conhecido pelo da mistura de gêneros. Elas têm o dom de tornar o improvável concebível e de serem ao mesmo tempo simples e complexas, evidentes e enigmáticas.” Este tom instigante, bem longe da monotonia, estão nas obras inéditas na exposição atual.

 

 

Sobre o artista

 

Manfredo de Souzanetto
Nasceu em Jacinto – Minas Gerais, em 01 de junho de 1947. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Estudou na Escola Guignard e Escola de Arquitetura da UFMG em Belo Horizonte; Escola
Nacional Luis Lumière e Escola Nacional de Belas Artes em Paris e graduou-se pela
Escola de Belas Artes da UFRJ. Desde 1974 expõe individualmente no Brasil e na Europa perfazendo mais de 50 Individuais. Entre estas destacamos Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-projeto ABC/Funarte, 1982. Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian – Lisboa, 1994. Le 19, Centre Regional d’Art Contemporain – Montbéliard – France,1998. Musée National de Porcelaine Adrien-Dubouché – Limoges – France, 2000.

 

Instituto Moreira Salles – 2005/2006; uma panorâmica de sua obra no Centro Cultural Correios – Rio de Janeiro, na Caixa Cultural em Brasília e no Palácio das Artes em Belo Horizonte, em  2006. Os Amigos da Gravura no Museu da Chácara do Céu do Rio de Janeiro, 2004. Kulturtorget em Stavanger, Noruega em 2007. Em 2009 fez uma grande exposição de suas obras no Centro de Arte l’Espal em Le Mans na França, e na Galeria Pascal Gabert em Paris. Em 2010 realizou a exposição “Litoral” no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro com sua produção mais recente: pinturas e esculturas em madeira e em 2013 uma exposição na Stiftung  Brasileia em Basel, Suiça.   Participou de importantes exposições coletivas como a XII e XVII Bienais de São Paulo, 1973 e 1983. VIII Festival Internacional de Pintura – Cagnes-sur-Mer – France, 1976. Grands et Jeunes d’Aujourd’hui – Grand Palais – Paris, 1978. Modernidade, Arte Brasileira do Século XX no Museu de Arte Moderna da cidade de Paris, 1987. UNESCO – 40 Artistes – 40 Ans – 40 Pays – Palais de L’Unesco – Paris, e Modernidade-Arte Brasileira do Século XX – MAM – São Paulo, 1988. Triennale des Amériques – Espace Sculfort – Maubeuge – France, 1993. Arte Brasil Heute – Europäisches Patentamt – Müchen – Alemanha; Brasil Bienal, Arte do Século XX – Bienal de São Paulo, 1994. Coleção João Sattamini, Instituto Cultural Tomie Ohtake, São Paulo, 2002. Arte em Diálogo: artistas brasileiros e noruegueses – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2003. Arte Brasileira Hoje, Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM, Rio de Janeiro, 2005; Amalgames, l’Art Brésilien Contemporain – Musée de l’Hôtel Dieu – Mantes la Jolie –France, 2005. Ortodoxos/Heterodoxos – Le 19 Centre Regional d’Art Contemporain – Montbéliard – France, 2007. Foi publicado pela Editora Contracapa, em 2006, o livro Paisagem da Obra, sobre seu trabalho;  um livro com entrevista sua, pela editora C/Arte, na coleção Circuito Atelier e em 2009 o livro “Do que ainda” com o poeta Julio Castañon Guimarães pela Editora Contracapa. O artista possui obras em museus e coleções como o Museu de Arte de Belo Horizonte, Musée de l’Abbaye Sainte-Croix – Les Sables d’Olonne – França, Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna de São Paulo – Sala Paulo Figueiredo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Satamini, Fond National d’Art Contemporain – França, Europäisches Patentamt – Müchen – Alemanha, Instituto Itaú Cultural – São Paulo, Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro e Coleção Statoil – Stavanger – Noruega.

 

 

 
 De 27 de janeiro a 07 de março.

Paulo Santos no Vale das Videiras

24/jan

O Vale das Videiras – distrito de Petrópolis, RJ – é palco de exposição na Galeria A2, Estrada Almirante Paulo Meira 8400, recém criada pelo fotógrafo Alexandre Salgado e André Faoro. Dando continuidade ao desejo de aproximar natureza e arte, a galeria abre 2015 com as fotografias de Paulo Santos, na mostra “Pedaços”. As imagens pertencem ao trabalho no campo macro da fotografia, com cliques no próprio Vale e em outros locais e mostram detalhes mínimos de madeira, ferro, folha, flor, tecido e pessoas.

 

“Pedaços” exibe pela primeira vez o trabalho de Paulo Santos em fotografia abstrata, onde captou de forma inédita os sutis detalhes da natureza, que se revelaram em poesia e luz através de sua lente. A princípio as imagens podem insinuar formas conhecidas que se tornam subjetivas à interpretação do público, pois as cores, texturas e formas captadas criam outro objeto em nosso olhar.
O trabalho é reflexo de uma extensa pesquisa do artista, iniciada num momento de pouca mobilidade. Hoje ele fala que com a câmera vai penetrando até parar em um determinado ponto. Paulo Santos ainda afirma que a única coisa que importa é a luz, já que ela é a única capaz de dizer se o objeto almejado vai resultar em uma grande fotografia ou não. O artista ainda frisa que não faz manipulação nem cortes nas imagens, mantendo-as no formato original.

 

 

Ao longo de seus 40 anos de profissão dedicados à fotografia, Paulo Santos foi fotógrafo do programa global Casseta & Planeta por 18 anos, participou de inúmeros filmes e documentários, realizou ensaios fotográficos deslumbrantes sobre a natureza brasileira, com destaque para a Mata Atlântica e Serrado, além dos jardins de Burle Marx – que foram publicados em livros de arte -, realizou um ensaio sobre o Theatro Municipal do Rio de Janeiro após a restauração e dedicou 20 anos de sua carreira ao cargo de diretor de fotografia da TV Globo.

 

 

De 24 de janeiro a 1º de março.