Visita guiada na Z42Arte

30/nov

 

Será realizada uma visita guiada às exposições “Nascer de terras”, de Amanda Coimbra, e “Esqueça de mim”, de Marcelo Albagli, na Z42Arte, Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ. No dia 03 de dezembro, sábado, às 16h, será realizada uma visita guiada com a curadora Fernanda Lopes e os artistas Amanda Coimbra e Marcelo Albagli nas exposições “Nascer de terras” e “Esqueça de mim”, em cartaz até o dia 17 de dezembro na Z42 Arte, no Cosme Velho. A visita é gratuita e aberta ao público. Com curadoria de Fernanda Lopes, as mostras ocupam todo o espaço expositivo do casarão no Cosme Velho com obras inéditas, que partem de fotografias de momentos históricos e de personalidades importantes da história para criar, através do desenho, poéticas distintas. “Independentes entre si, as exposições de Amanda e Marcelo revelam a pesquisa recente e inédita de dois jovens artistas que vivem e trabalham no Rio de Janeiro, e, vistas em conjunto, permitem a reflexão sobre questões atuais como o estatuto da imagem, a prática do desenho na arte contemporânea e a construção/invenção da memória”, diz a curadora Fernanda Lopes. As exposições têm o patrocínio do Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro através do Edital Retomada Cultural RJ2.

 

Serviço: curadora Fernanda Lopes, Marcelo Albagli e Amanda Coimbra, Z42 Arte

 

 

Publicação de Waltercio Caldas

29/nov

 

Material impresso faz parte da exposição “Livro Espelhos Consequências” em cartaz na galeria do Leblon até 02 de dezembro. Além de fotos dos trabalhos, a publicação inédita traz anotações do artista, surgidas no decorrer do processo de criação. Lançado pela Mul.ti.plo Espaço Arte, no Leblon, o material impresso faz parte da mostra “Livros Espelhos Consequências”. Além de fotos das 14 obras inéditas, a publicação traz anotações de Waltercio Caldas, retiradas de sua caderneta de trabalho. A publicação é gratuita e está disponível para todos que visitarem a exposição.

A exposição na Mul.ti.plo traz a assinatura poética do artista, de relacionar objetos que à sua visão pertencem à mesma família, entre eles os livros e os espelhos. As consequências ficam por conta da reverberação da mostra em outras atitudes, como na publicação, por exemplo. É a terceira vez que o artista expõe na galeria carioca – a primeira foi em 2012, com múltiplos; e a outra em 2017, com desenhos.

Waltercio Caldas trabalha a partir do conhecimento poético dos objetos e das coisas. Na mostra, ele chega a formas extremamente rigorosas e precisas, carregadas de sugestões impossíveis de serem traduzidas em outras linguagens. “A obra de arte entra em nossa vida de forma transversa, como algo que não conhecemos, inaugurando sua própria presença. Me interessa esse aparecimento, essa perplexidade inicial”, diz ele, que prioriza em sua prática artística a tridimensionalidade. “Por enfatizar novos aspectos da gravidade, do peso e das matérias, as obras surgem pondo entre parêntesis sua inserção no mundo”, afirma.

O reconhecimento da obra de Waltercio Caldas não encontra fronteiras. Sua arte é tanto poética quanto precisa. Segundo texto do crítico e professor Paulo Sérgio Duarte, “não existe arte contemporânea que não seja experimental. Sabemos disso desde Adorno e sua Teoria Estética. Mas existe algo em Waltercio Caldas além do experimentalismo: um ascetismo que não se confunde com aquele da Minimal Art. Trata-se de uma economia que não é avessa ao campo semântico, à polissemia dos significados. Isso estimula a experiência da obra”.

 

 

 

10º LEILÃO ANUAL PIVÔ

22/nov

Anote na agenda: o Leilão Comemorativo 10 anos do Pivô já tem data para acontecer!

O leilão anual acompanha a celebração dos 10 anos do Pivô e será realizado em formato híbrido entre os dias 18 e 23 de novembro de 2022. Serão leiloados mais de 100 trabalhos doados por artistas em vários estágios de carreira que apoiam o Pivô e contribuem para a manutenção do espaço. As obras poderão ser visitadas no espaço do Pivô durante o período do Leilão.

A edição conta com a parceria da Bolsa de Arte, casa de leilões e galeria que está no mercado de arte há mais de 40 anos, e da plataforma iArremate. O pregão online ocorrerá no dia 23 de novembro.

O evento viabiliza o nosso compromisso de manter o espaço do Pivô aberto a todos e com uma programação de qualidade, e apoiando cada vez mais o trabalho de artistas e agentes culturais de diferentes contextos.

#PivoArtePesquisa #LeiladoDoPivo

Para acessar o site clique aqui :
leilaoanualpivo.org.br

Para seus lances acesse:
Iarremate.com – PIVÔ

 

 

Leilão beneficente AMIGOH

17/nov

Somos a AMIGOH e para nós é uma honra apresentar nosso Primeiro Leilão Beneficente de Arte.

Há 10 anos realizamos ações sociais de prevenção, incentivamos a adoção de um estilo de vida saudável e investimos em pesquisas científicas de novos tratamentos de câncer e doenças do sangue.
Ajudamos a salvar vidas, a torná-la mais leve e melhor, vidas de pessoas como você, nossos amigos e toda a comunidade.

Como parte do Instituto de Respnsabilidade Social do Einstein, encontra-se em elaboração oCódigo de Prevenção de Câncer da América Latina e Caribe, com o objetivo de impactar ainda mais vidas – a partir de 2023 -, quando será lançado.
Realizado em parceria com a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) da Organização Mundial de Saúde – com as participações do Instituto Nacional do Câncer do Ministério da Saúde (INCA), Sociedade Médica Latino-Americana e Caribe de Oncologia (SLACOM) e Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) -, o Código é um conjunto de recomendações sobre os fatores de risco do câncer que orientará políticas públicas voltadas para prevenção e redução da doença na região.

Conheça cada uma de nossas obras de arte e os artistas participantes de nosso I Leilão Beneficente de Arte AMIGOH Einstein e ajude-nos a arrecadar recursos para disseminar o Código e promover o debate social sobre a sua prevenção. Participe conosco dessa nobre missão de evitar o câncer, detectá-lo precocemente e salvar vidas!

A exposição das obras será na Bolsa de Arte, à Rua Rio Preto, 63, Cerqueira Cesar, Jardins, São Paulo, entre os dias 16 e 22 de novembro, das 11h às 19h.

Para acessar o catálogo das obras clique aqui :
Catálogo do leilão – AMIGOH

Para seus lances acesse:
Iarremate.com – AMIGOH

Amamos viver e compartilhar a vida, cuidar das pessoas, está no nosso DNA.
Nosso agradecimento por sua compreensão e solidariedade.
Vamos juntos, TODOS, por mais vidas sem câncer!

Com carinho,
AMIGOH/Amigos Einstein da Oncologia e Hematologia

Uma intervenção artística

 

O Instituto Ling, Porto Alegre, RS, recebe a artista visual porto-alegrense Talita Hoffmann para uma intervenção artística em uma das paredes do centro cultural. Até o dia 25 de novembro o público poderá acompanhar gratuitamente a criação ao vivo da nova obra, observando as escolhas, os gestos e os movimentos da artista.

A atividade faz parte do projeto Ling Apresenta que este ano contou com a curadoria da jornalista, pesquisadora e curadora independente Luísa Kiefer. Após a finalização do trabalho, Talita Hoffmann comentará a experiência e o resultado em bate-papo com o público e a curadora no sábado, dia 26, às 11h. A conversa poderá ser acompanhada gratuitamente no Instituto Ling. Faça sua inscrição sem custo.

 

Ling Apresenta: Ver o mundo outra vez

Apresentar: mostrar; expor; tornar público; oferecer (alguma coisa) a (alguém); pôr diante ou na presença; dar a conhecer. Ling Apresenta: Ver o mundo outra vez é a primeira edição de um novo projeto, como pede o novo tempo – esse, que é essencialmente o mesmo, mas não pode ser, pois passamos por muito. A ideia central é trazer ao Instituto Ling novos – ou outros – nomes da arte contemporânea. Não são descobertas, porque eles já estão no mundo, trabalhando, cada um a seu modo, buscando a inserção em um sistema complexo de legitimação. Uma busca que, cabe dizer, é incessante. Uma exposição não legitima um artista, mas joga luz sobre a sua obra e permite aquilo que há de mais importante quando se produz: dialogar com o público.

Compartilhar um nome, um trabalho e o fazer artístico é o que forma o cerne desse projeto. O convite é para que os artistas façam uma intervenção diretamente em uma das paredes do Instituto. Uma parede que conduz o visitante até o fundo do espaço, que é contemplada por quem se senta no café, e é vista da rua pelos passantes. Durante uma semana, o público será convidado a acompanhar a produção dessa parede-obra. Enquanto o artista trabalha, o público observa: escolhas são feitas, gestos e movimentos acontecem, materiais se sobrepõem, uma obra vai tomando forma.

Ao longo de 2022, serão apresentados quatro artistas, em diferentes momentos de suas carreiras, com distintas produções e temáticas. O que os conecta é justamente uma não-conexão, ou melhor, a conexão mais geral que poderia haver: são artistas, trabalham com afinco, produzem em diferentes meios, levantam questões contemporâneas, provocam reflexões e nos fazem olhar sempre e de novo – mas não para o mesmo.

 

Luísa Kiefer

Início do outono, 2022

 

Sobre a artista

Talita Hoffmann nasceu em Porto Alegre/RS, 1988.  Formada em Design Gráfico e Artes Visuais. Desde 2008 trabalha como ilustradora e designer para diversos veículos, dentro dos universos da música, artes e literatura. Em seu trabalho, explora a relação entre paisagem, desenhos arquitetônicos e design gráfico através da pintura e do desenho. Por meio da cor, busca uma relação com o nostálgico, o familiar e o estranho. Em procedimentos próximos à colagem e à serigrafia, trabalha a sobreposição de espaços e embaralhamentos entre planos, estabelecendo contatos com a pintura naif, iconografias do cinema, teatro, música e a arte popular. Dentre suas principais exposições, destacam-se: Fumetto International Comix Festival (coletiva, Lucerna, Suíça, 2018), Areia Movediça (individual, Galeria Lume, SP, 2015), Cidade do Interior (individual, Galeria Logo, SP, 2013) e Transfer (coletiva, Pavilhão das Culturas Brasileiras, SP, 2010). Atualmente vive e trabalha em São Paulo.

 

Sobre a curadora

Luísa Kiefer nasceu em Porto Alegre/RS, 1986. Jornalista, pesquisadora e curadora independente. É doutora em História, Teoria e Crítica de Arte pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS. Em 2017, foi pesquisadora visitante no departamento de fotografia do Centre for Research and Education in Art and Media (CREAM) da University of Westminster, Londres, Inglaterra. É Mestre em História, Teoria e Crítica de Arte pelo mesmo programa e jornalista formada pela PUCRS. Nos últimos anos, realizou a curadoria de exposições, individuais e coletivas, em diferentes espaços como Fundação Ecarta, Goethe-Institut Porto Alegre, Instituto Ling, Espaço Cultural ESPM-Sul e Fundação Vera Chaves Barcellos. Desde 2018, coordena, junto com Eduardo Veras, o projeto de catalogação da obra da artista plástica Gisela Waetge. Em 2019, foi curadora geral do Linha, espaço independente de artes visuais, em Porto Alegre. Em 2021, recebeu o XIV Prêmio Açorianos de Artes Plásticas na categoria Jovem Curadora/Aliança Francesa.

 

 

Artistas populares

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A Galeria Jacques Ardies, Vila Mariana, São Paulo, SP,  fecha a agenda de 2022 com a “Coletiva de Arte Popular” que apresenta obras de 16 artistas brasileiros, e exibe um recorte da produção recente no campo da arte popular nacional, destacando temas da vida cotidiana, experiências pessoais, festas, paisagens campestres e urbanas, além da beleza da natureza.
Visto que a missão da galeria é incentivar a Arte Popular Brasileira, foram selecionados artistas contemporâneos para “um evento festivo para comemorar o fim do ano e apresentar os artistas vivos e pintando sem parar”, diz Jacques Ardies. “Esses artistas têm em comum a sutileza com que retratam os temas ligados à natureza e ao dia a dia. Usando as cores com habilidade, eles transmitem em cada um de seus quadros a alegria, o lirismo e o otimismo característicos do povo brasileiro”, explica o curador. São eles: Ana Denise, Ana Maria Dias, Barbara Rochlitz, Bebeth, Cristiano Sidoti, Edivaldo Barbosa, Edna de Araraquara, Enzo Ferrara, Francisco Sevetino, Helena Coelho, Isabel de Jesus, Lucia Buccini, Luiz Cassemiro, Mara Toledo, Sônia Furtado, Vanice Ayres.
A humanidade e a arte não podem funcionar um sem o outro. Temos o desejo ardente de criar com qualidade ações culturais. A arte popular é definida como a expressão representativa da cultura de um país. No Brasil encontramos vários artistas populares espalhados por todas as regiões do país. As obras do segmento são de altíssimo reconhecimento estético e artístico. Os artistas se inspiram em sua regionalidade, crenças, lendas e costumes típicos de sua cultura.
A cultura popular é a principal raiz dessa arte. Autodidata, o artista popular dedica seu tempo livre, sua folga do trabalho para criar sua arte. Se conseguir sucesso, ele acaba se profissionalizando e vivendo da sua arte. Seu papel é fundamental para o desenvolvimento intelectual, formação de opinião, inclusão social, educação e por fim, é a forma mais incrível de fazer com que as pessoas enxerguem o mundo mais civilizado. “Comemorando o fim do ano de 2022 com uma exposição coletiva dos melhores artistas ativos da nossa arte popular, temos trabalhos artísticos multifacetados que representam os variados costumes regionais do Brasil”, diz Jacques Ardies.
Até 22 de dezembro.

A relevância de Magliani

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A obra da pintora Magliani em debate no próximo dia 26 de novemrbo em Santa Teresa. Os quase 50 anos de plena dedicação às artes desde suas ilustrações para jornal até suas pinturas passando pelo desenho, figurinos, cenários, e teatro. É o tema do encontro entre Denise Mattar, curadora da exposição “Magliani” que esteve em cartaz na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS, entre março e abril desse ano, Osvaldo Carvalho, curador da exposição “Magliani é infinito agora” em curso no Estudio Dezenove, e Julio Castro, diretor do espaço e coordenador do Núcleo Magliani. Aspectos diversos da obra e vida da artista, falecida há 10 anos, serão discutidos em um bate-papo descontraído, porém focado em apontar sua relevância para a cena artística brasileira.

 

Lançamento do folder

Galeria aberta à partir das 17h

Bar em funcionamento

 

Dois novos espaços

 

Com o nome inspirado pela palavra que abre uma das obras fundamentais da literatura brasileira, “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, Nonada ocupa dois espaços: um em Copacabana e outro em um galpão industrial na Penha, subúrbio do Rio de Janeiro. A mostra inaugural reuniu obras de 32 artistas de diversas cidades brasileiras, com pesquisas que abrangem temas atuais, entre os quais racismo, questões políticas, sociais e de gênero. Em Copacabana as obras de “A Palavra: Prosa”, e na Penha “A Palavra: Verso”. Na Penha, a artista e DJ Marta Supernova realizou uma apresentação no dia da abertura. O texto crítico é do artista, poeta e compositor André Vargas. Nonada é uma galeria dedicada a dar visibilidade à excelência da produção artística, e local de pesquisa e debate plural.

 

Artistas expositores

Os artistas da exposição inaugural de Nonada são: 13unituh (André Moura), de Realengo, Rio; Agrippina, de São Gonçalo, Rio; Alan Oju, de Santo André, São Paulo; Allan Pinheiro, do Complexo do Alemão, Rio; André Barion, de São Paulo; Andy Villela, Rio; Bruno Alves, Cidade Júlia, São Paulo; Bruno Lyfe, de Ramos, Rio; Carlos Mello Carvalho, de Jundiaí, São Paulo; Carmen Garcia, São Paulo; Castiel Vitorino Brasileiro, de Fonte Grande, Vitória, Espírito Santo; Darks Miranda, de Fortaleza, e vive no Rio; Diambe, Rio; Emerson Freire, de São Paulo; Fabio Menino, de São Paulo; Fernanda Gomes, de Porangaba, São Paulo; Gabriel Branco, São Paulo; Guilherme Almeida, Salvador; Gustavo Magalhães, de Goioerê, Paraná, e vive em Curitiba; Guto Oca, de São Paulo, e mora em João Pessoa; Jorge Cupim, do Rio; Juan Casemiro, vive entre Conceição das Pedras, Minas, e São Paulo; Link (Diego Jesus Bezerra), de São Paulo; Lucas Almeida, de São Paulo; Maria Pia Garcez, do Rio; Marta Supernova, do Rio; Melissa Oliveira, do Morro do Dendê, Rio; Miguel Afa, do Complexo do Alemão, Rio; Pazza Pennello, de Odessa, Ucrânia, e vive em Kiev; Renan Aguena, do Rio; Siwaju, de São Paulo, e vive no Rio; e Vika Teixeira, do Morro do Inferninho, Niterói. Rua Ministro Armando de Alencar, 35/506 – 22471-080 – Rio de Janeiro RJ

 

Política e Lirismo

Em Copacabana, no espaço de 70 metros quadrados da Nonada ZS na Rua Aires Saldanha, próximo à Rua Bolívar, área boêmia e perto do futuro Museu da Imagem do Som, em exibição obras com um teor maior de crítica política e social. Na Penha, na Nonada ZN, na área de mais de 200 metros quadrados e 4,5 metros de altura, os trabalhos serão mais líricos. São variadas as linguagens dos artistas, em diversos materiais e suportes – pinturas, esculturas, fotografias, poesia, vídeos, entre outros – que percorrem várias pesquisas, discutindo temas de nosso tempo.

 

“A palavra: Prosa” / “A palavra: Verso”

André Vargas, em seu texto crítico, escreve sobre “A Palavra: Prosa” – “Também celebramos em convulsão a realidade, como quem não se fia em depressões e nostalgias. E, talvez, sejamos os que mais festejam as cisões da cidade no terror mais concreto de todo santo dia. É o paliativo, um antitérmico, a alegria. Apaga-se com ela uma barricada em chamas num futuro de rebeldias, mas rebela-se com ela no presente de extremo frio das agonias. Uma fuga, uma aventura, uma brisa. A grande alegoria.” E sobre “A Palavra: Verso” – “Respondemos mal à medicação, porque não criamos a doença. Quem a criou segue imune e impune de seu caráter maligno.

Acrônica das classes é a sua consciência, e o sintoma mais comum éo vigor da poesia. (…) Num mundo que gira padrões, que sejamos a altera presença. Pois quando nos encantamos em um mundo desencantado, dando razão à loucura, nesse mundo desconcertado, arruinamos as bases de uma hegemonia, que ainda não sabe, mas agoniza engasgada com o próprio rabo.”

A iniciativa da criação de Nonada é de Paulo Azeco e João Paulo Balsini, a que se juntaram os dois irmãos Ludwig e Luiz Danielian, donos da Danielian Galeria, na Gávea. “Há uma qualidade impressionante de trabalhos feitos por artistas que não têm tanto acesso ao circuito de galerias, que trazem temas atuais, entre eles questões políticas, sociais, de racismo e gênero. Queremos apresentar de forma plural novos talentos, visões e força criativa”, comenta Paulo Azeco, graduado em Artes Visuais na Universidade Federal de Goiás com pós-graduação em “Métiers d’art: lesArtsAppliqué”, na École Boulle”, em Paris, e uma longa trajetória em galerias importantes em São Paulo. Ludwig Danielian conta que sempre desejou ter um espaço de arte no subúrbio, diferente do perfil da galeria na Gávea. Com o projeto de Paulo Azeco e João Paulo Balsini – colecionador de arte e advogado com atuação em políticas públicas – revitalizou, junto com seu irmão Luiz Danielian, a fábrica de moda praia e lingerie aberta por seu pai em 1968, e desativada há sete anos.

Por um ano, os quatro sócios pesquisaram artistas e seus trabalhos, em um processo “extremamente orgânico, que abrange desde nossa experiência como também indicações de artistas, curadores, e de buscas que fizemos em mídias sociais”, diz Paulo Azeco. “Não queremos levantar bandeiras, rótulos, e sim valorizar a arte boa, que independe de estereótipos. Queremos ter esta proposta de galeria em Copacabana, bairro popular, e no subúrbio,na periferia do circuito de arte, para que se leve excelentes trabalhos a todos. Pretendemos promover discussões livres, contemporâneas, abertas, sem julgamentos prévios”, complementa Ludwig Danielian.

 

Guimarães Rosa

Nonada é a palavra que abre uma das obras fundamentais da literatura brasileira, “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa (27 de junho de 1908 – 19 de novembro de 1967), “um neologismo criado para representar o não-lugar ou a negação de existência”, escrevem os sócios no texto de apresentação do novo espaço de arte. “Nonada é um lugar híbrido: pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte, e que a arte por si só já é lugar.Parte da ideia do não-lugar para ilustrar uma visão que, ao se afastar de rótulos, amplia diálogos, se norteando pela pesquisa,o debate e a importância da curadoria. A galeria de arte enquanto agente promotor de encontros e descobertas com anseio pela experimentação”.

 

Sobre Nonada

Um neologismo criado para representar o não lugar ou a negação de existência. Nonada é a palavra que abre uma das obras fundamentais da literatura brasileira, “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e que representa o pensamento que alicerça este projeto. Parte da ideia do não-lugar para ilustrar uma visão que ao se afastar de rótulos, amplia diálogos, se norteando pela pesquisa e debate sociológico e na importância da curadoria. A galeria de arte enquanto agente promotor de encontros e descobertas com anseio pela experimentação. Sua forma concreta se dá quando rompe padrões dos circuitos sociais e culturais. Entende a pluralidade como necessidade para sua pertinência enquanto personagem contemporâneo, e que é motivo e condição de se ser .Nonada é híbrido, pesquisa, acolhe, expõe e dialoga. Deixa de ser nada e passa a ser essência por acreditar que o mundo precisa de arte…e arte por si só já é lugar.

 

Até 04 de março de 2023.

 

 

Bardi e Calder na Casa de Vidro

 

A partir do dia 19 de novembro, o Instituto Lina Bo e P. M. Bardi inaugura a exposição “Bardi e Calder – Forma- Cor – Luz” que acontece na Casa de Vidro, das 9h às 12h, com acesso gratuito para convidados.

“Forma, cor, luz” compõem a atmosfera da expografia de Lina Bo Bardi para a primeira exposição do artista americano Alexander Calder no Brasil, dirigida por Pietro Maria Bardi no MASP, em 1948, na época diretor do Museu recém-criado em São Paulo à rua 7 de Abril.

Reconhecido por criações de grandes proporções em móbiles, o artista integra, em novembro, três iniciativas conjuntas que marcam o retorno da obra “Viúva Negra” ao país, depois de um longo processo de restauro, realizado na Fundação Calder, em Nova York.

Com o título “Calder, diálogos”, as iniciativas envolvem, além da exposição organizada pelo Instituto Bardi em cartaz na Casa de Vidro até 17 de dezembro, com visitas de quinta a sábado, às 10h, 11h30, 14h e 15h30, outras duas mostras: “Calder Diálogos – Black Widow  1948″, que acontece no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, de novembro de 2022 a fevereiro de 2023 e “Viúva Negra em movimento” e “Plano de Gestão e Conservação”, exposição organizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil, Departamento de São Paulo, de novembro a dezembro de 2022.

 

Bardi e Calder: forma – cor – luz. Casa de Vidro

Visitação de público: quintas, sextas e sábados, com agendamento: até 17 de dezembro de 2022, por e-mail: infobardi@institutitobardi.org

Casa de Vidro: Rua General Almério de Moura, 200 – Morumbi, São Paulo

Calder Diálogos – Black Widow 1948 – Exposição MAC USP  – Até 05 de fevereiro de 2023.

Viúva Negra em movimento e Plano de Gestão e Conservação – Exposição e lançamento de livro no IAB SP, de 19 de novembro a 17 de dezembro.

 

 

Formas diferentes de retratar a paisagem

16/nov

 

A galeria samba arte contemporânea, Shopping Fashion Mall, apresenta até 11 de dezembro, as exposições “Primavera em Júpiter”, do artista carioca Fernando Mello Brum, e “Mario Baptista Street”, do premiado fotógrafo paulistano Mario Baptista, em seus dois espaços em São Conrado. Em comum, as exposições trazem formas diferentes de retratar a paisagem, em obras com cores fortes e vibrantes. As duas exposições que tem a paisagem como tema, Fernando Mello Brum apresenta desenhos e pinturas inéditos que marcam uma nova fase em sua obra e o fotógrafo Mario Baptista fará sua primeira exposição individual no Rio de Janeiro.

“Apesar de um ser pintura e o outro fotografia, a paisagem é um tema comum na pesquisa dos dois artistas. São olhares diferentes, formas diferentes de se retratar a paisagem. Fernando tem o olhar para o micro, Mario para o macro”, afirma Cali Cohen, sócia da galeria samba arte contemporânea.

Fernando Mello Brum apresentará 40 trabalhos inéditos, sendo 20 pinturas em óleo sobre tela e 20 desenhos, alguns em pastel oleoso e outros em nanquim. As obras são fruto da observação do artista sobre o cotidiano e marcam uma nova fase de maturidade pictórica em seu trabalho, com cores fortes, marcantes e vibrantes, que trazem o embate entre a paisagem real e fragmentada.

“Pego ideias, coisas que interessam ao meu olhar, sempre voltado para a paisagem e para os pequenos detalhes, que muitas vezes passam despercebidos ao olhar dos outros”, conta Fernando Mello Brum, que em suas obras amplia detalhes do que vê a sua volta, dando a elas, através de um olhar particular um novo sentido.

As obras se aproximam mais do universo lúdico e infantil, o que se deve à convivência com o sobrinho de três anos, exaltando além das cores, as características físicas da tinta, como peso e maleabilidade, que o artista explora sobrepondo, raspando, misturando, criando volumes e deixando marcas de pinceladas aparentes, nos dando a sensação de movimento.

Já Mario Baptista apresentará 13 fotografias inéditas, produzidas entre 2018 e 2022, que retratam detalhes captados pelo olhar atento do fotógrafo em grandes metrópoles pelo mundo, em imagens que quase parecem pinturas, com cores fortes e vibrantes. Para conseguir o efeito desejado, o artista usa a técnica de longa exposição e trabalha com contrastes. A exposição integra a 15ª edição do FotoRio. As fotografias da exposição apresentam momentos efêmeros e detalhes que não escaparam ao clique do fotógrafo. “Para fotografar, procuro ir a lugares de grande concentração de cores, geometria, grafite, luzes, néon, coisas que chamam atenção. Eu costumo dizer que eu não tiro fotos, são elas que me tiram”, afirma Mário Baptista, que apesar de fotografar desde os 13 anos, somente há três resolveu se dedicar exclusivamente à fotografia. Autodidata, já coleciona diversos prêmios em seu currículo, como o PX3 – Prix de la Photographie Paris. Feitas em São Paulo, Oxford, Paris e Los Angeles, as imagens são um retrato das grandes metrópoles. “O lugar geográfico é mero acaso do destino. Todos esses lugares estão dentro de mim. O meu olhar naturalmente busca referências que conversam”, conta Mário Baptista.

 

Sobre Fernando Mello Brum

Fernando Mello Brum é formado em Design pela PUC-Rio. Trabalha através da observação do cotidiano no campo pictórico. Busca explorar o conceito de paisagem de modo nostálgico, onde é possível compreender a dinâmica dela: incluindo a manipulação de seus efeitos e os limites do espetáculo. Suas pinturas criam uma relação com a realidade da paisagem e aquela que pode vir a ser imaginada pelo espectador. Em 2015 e 2016, participou da feira Art Lima, Peru, com a Galeria TAC. Em 2017, realizou exposição individual na Galeria TAC em Lima, Peru. Em 2019, realizou uma residência artística em Berlim, Alemanha, finalizada com uma individual na Galeria coGalleries na mesma cidade. Neste mesmo ano fez mais uma exposição individual na Z42 Arte no Rio de Janeiro, com curadoria de Fernando Cocchiarale. Em 2020, participou de uma exposição coletiva na Galeria Simone Cadinelli no Rio de Janeiro, em 2021, do Salão de Artes Visuais na Galeria Ibeu Online, no Rio de Janeiro e da Coletiva Da Pintura, com curadoria de Isabel Portella e Patrícia D’Angelo na Z42 Arte em 2022.

 

Sobre Mario Baptista

Mario Baptista recebeu os seguintes prêmios: Grande Prêmio Fotografe 2022 – Finalista – série “O que vemos, o que nos olha”. Setembro, 2022 International Photography Awards IPA – Finalista – “His own paths”. Setembro,22. Monovisions Photography Awards – Menção Honrosa – “His own paths”. Passaram-se três décadas para que Mario Baptista realizasse uma exposição individual desde que ganhou sua primeira máquina fotográfica. Apesar do longo período de convivência com câmeras, ele passou a se dedicar exclusivamente à fotografia somente em 2019. O fruto dessa imersão plena na captura de imagens foi conhecido em 2021, quando abriu, em São Paulo, a mostra “Cidade Errante”. Fruto de seu olhar sensível e apurado diante da paisagem urbana e humana da metrópole, a exposição reuniu 17 imagens selecionadas sob a curadoria do jornalista, fotógrafo e crítico Eder Chiodetto. Desde então, Mario Baptista segue produzindo novos trabalhos e ressignificando seu acervo pessoal de fotos anteriores junto a curadores que trazem outros olhares sobre a produção do artista. Esse desenvolvimento pode ser apreciado em sua participação em março de 2022, na nova feira paulista ArtSampa 22 no museu OCA do Ibirapuera, como também pelos ensaios curatoriais: Diálogos… e o que vem depois; O que vemos, o que nos vê; Paisagens Mediadas; Alquimia fotossensível; Imaginários Urbanos; e outros. Baptista também tem uma intensa atividade com o projeto social Feito Formiguinhas.

 

Sobre a galeria

A samba arte contemporânea, fundada em 2015 por Arnaldo Bortolon e Cali Cohen, é um espaço que privilegia o diálogo contínuo entre artistas renomados e emergentes de diferentes gerações e regiões brasileiras. Com seu variado acervo em exposição permanente, apresenta de forma singular as obras desses artistas, que colocados lado a lado, nos oferecem inúmeras possibilidades de apresentação e percepção, independentemente de escala, suporte e técnica. A galeria possui dois espaços expositivos, sua ocupação se alterna entre as exposições de acervo, as individuais dos artistas representados e as de projetos curatoriais particulares. Com o intuito de divulgar, promover e difundir a produção contemporânea, a galeria se propõe também a ser um espaço de pesquisa, experimentação e educação através de ações relacionadas. Atua em cooperação com projetos de integração da arte com o entorno, extrapolando o espaço expositivo da galeria e aproximando as obras dos artistas do público circulante. A galeria trabalha com Antonio Bandeira, Antonio Dias, Adriana Lerner, Anna Maria Maiolino, Ascânio MMM, Bruna Amaro, Erinaldo Cirino, Diogo Santos, Elisa Arruda, Fernando Mello Brum, Franz Weissmann, Ione Saldanha, José Rezende, Jota Testi, Manfredo de Souzanetto, Roberval Borges, Thiago Haidar, Washington da Selva, entre outros.