Novo curador MAM-Rio

08/jan

O presidente do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Carlos Alberto Chateaubriand, anuncia que o novo curador de artes visuais será Fernando Cocchiarale. Carioca, nascido em 1951, Fernando Cocchiarale é doutor em Tecnologias da Comunicação e Estética pela Escola de Comunicação da UFRJ (2012), e desde 1978 é professor de Estética do Departamento de Filosofia da PUC-RJ, e professor há 25 anos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Sua ligação com o MAM remonta a 1972, quando iniciou sua formação em artes visuais, justamente em um curso no Museu, de que foi curador de artes visuais entre 2001 e 2007.

 
“Fernando Cocchiarale tem o perfil que buscávamos para assumir a curadoria de artes visuais, ocupada por seis anos por Luiz Camillo Osorio, que deixou o cargo para ser diretor do Departamento de Filosofia da PUC-RJ”, afirma o presidente do MAM. “Fernando conhece muito bem o acervo, fez 128 curadorias no período em que esteve no Museu, é querido por artistas e colegas, e foi responsável por aquisições importantes para o MAM, por meio de dois projetos selecionados pelo programa Petrobras Cultural, em 2001 e 2002, em um valor total de um milhão de reais”, acrescenta.

 
Fernando Cocchiarale diz estar muito contente com o convite, e que “o MAM é, há 60 anos, um dos mais importantes museus do país”. Ele conta que chega à instituição com “um novo olhar”. “O Museu não é o mesmo, eu não sou o mesmo, e o Rio não é o mesmo”, afirma.

 
Fernando Cocchiarale é autor de vários livros, como “Abstracionismo Geométrico e Informal: A Vanguarda Brasileira dos Anos 50” (com Anna Bella Geiger), Rio de Janeiro, MEC/ Funarte, 1987; e “Quem Tem medo da Arte Contemporânea”, Recife, Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2006; e publicou cerca de 200 artigos, textos e resenhas em coletâneas, catálogos jornais e revistas de arte do Brasil e do exterior. Foi coordenador de artes visuais da Funarte entre 1990 e 1998; membro da Comissão Curadora do Projeto Rumos Visuais em 1999 e 2000, projeto de que foi curador-coordenador entre 2001 e 2002; curador da Casa de Cultura Laura Alvim, no Rio de Janeiro, em 2011 e 2012, e curador de mostras de arte contemporânea do Santander Cultural, em Recife.

 

Dentre as várias curadorias recentes que assinou, estão as exposições “Filmes de Artista – Brasil 1965/1980” (Oi Futuro, Rio de Janeiro, 2007); “Brasília e o Construtivismo: um encontro adiado” (Centro Cultural Banco do Brasil, Brasília, 2010); “Hélio Oiticica – Museu é o Mundo” (curadoria com César Oiticica Filho; Itaú cultural, São Paulo; Paço Imperial e Casa França Brasil, Rio de Janeiro; Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, 2010), “Waldemar Cordeiro: Fantasia Exata” (curadoria com Arlindo Machado, Itaú Cultural, São Paulo, 2013, e Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2014).

Goldfarb e Vanda Klabin

06/jan


Surge um novo espaço no CasaShopping, Barra, Rio de Janeiro, RJ, especialmente dedicado às artes, uma galeria dentro do maior polo de decoração da América Latina, e o primeiro convidado a estrear o ambiente é o artista plástico carioca Walter Goldfarb. O local, com 600 metros de área sob a Onda Carioca, receberá uma seleção de obras do artista. A mostra intitulada “Teatros do Corpo na Onda Carioca”, tem curadoria de Vanda Klabin e reúne telas produzidas ao longo dos vinte anos de carreira de Walter Goldfarb.

 

 

As duas décadas de carreira de Walter Goldfarb serão celebradas neste início de ano com duas mostras paralelas. Na primeira, “Walter Goldfarb Retrospectiva 1995 – 2015, Ela não gostava de Monet” que acontece até o final de fevereiro, no Centro Cultural Correios. A segunda, “Teatros do corpo na Onda Carioca”, que inaugura no novo espaço de artes no CasaShopping. É uma seleção de obras em grandes dimensões do artista, que estarão em exposição na nova área de expansão. Em ambas as mostras, a curadoria é de Vanda Klabin e a produção é de Jorge Saldanha.
A mostra do CasaShopping, intitulada “Teatros do Corpo na Onda Carioca”, ocupará 600 metros de área sob a Onda Carioca. Vanda Klabin tira partido da brutalidade do cimento e do concreto do espaço ainda cru, mesclando a estética das paredes levantadas em madeira natural para conceber a “expografia” da individual, buscando o enfrentamento entre a magnitude do espaço arquitetônico e a voltagem “matérica” e simbólica das 18 obras de diferentes fases produzidas por Walter Goldfarb ao longo de seus 20 anos de trabalho.

 

 

Walter Goldfarb é reconhecido por sua linguagem peculiar que mescla dois processos geralmente antagônicos na produção contemporânea: o fazer artesanal, no exercício diário de ateliê, nos moldes dos mestres da Renascença e dos tecelões da Idade Média, e por outro lado o das vanguardas contemporâneas, que enchem as obras de histórias e conceitos. Para além do vasto repertório cultural e imagético do artista, a produção de Goldfarb é marcada pelas telas de grandes dimensões e pelas técnicas incomuns, a maioria delas longe dos pincéis. Suas pinturas são construídas com lavagens e raspagens químicas de centenas de bastões de carvão, tingimentos em tie-dye, diversas técnicas de bordado realizadas pelo próprio artista sobre a lona espessa da pintura com o fio retirado da própria lona, e o uso de esculturas-objetos em pedras e metais preciosos, peles de animais, espelhos, madeiras e sementes dentre outros.

 

 

“É um artista contemporâneo mergulhado no curso da História da Arte no Ocidente e Oriente”, diz Vanda. Para ela, a proposta conceitual da mostra é apresentar a produção de Goldfarb nos últimos 20 anos. “Focamos principalmente em uma seleção de um conjunto significativo de suas telas em diferentes formatos, realizadas nos primeiros cinco anos de trabalho, que registram o desenvolvimento peculiar da fatura de seu exercício de ateliê, explica a curadora, completando com peças chaves dos anos seguintes”.

 

 

Nessa esteira, a obra de Walter Goldfarb é certamente uma composição de pinceladas sem pincéis. Walter se utiliza da ação do fogo, do piche injetado com seringas, alvejamentos em tanques e baldes de tinta produzidos no próprio ateliê. Nos últimos anos, o trabalho do artista se transformou em um campo fértil de pesquisa e inovações de técnicas que resultam numa linguagem visual ímpar. A formação do seu olhar tem referências culturais na pintura, na literatura, na música e na sua forma de estar no mundo. Seu vocabulário expressivo através da matéria da pintura e do que transborda sobre as lonas cruas, ultrapassa as fronteiras da Arte Latino Americana.

 

 

Na individual “Teatros do Corpo na Onda Carioca” no CasaShopping poderão ser contempladas obras pontuais da produção do artista como a pintura da série “Teatros Bíblicos – MILAGRE” de três metros de altura por seis de comprimento, com bordados em cânhamos, piche e objetos presos a lona crua apresentada na primeira mostra de Goldfarb no Centro Cultural Correios em 1995.

 

 

Walter Goldfarb tem obras nos acervos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Coleção Gilberto Chateaubriand), Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, Museu de Arte Contemporânea de Niterói (Coleção João Sattamini), MAR – Museu de Arte do Rio. Lá fora, Goldfarb se destaca nas paredes do Museu de Arte Moderna e Contemporânea de Lisboa (Coleção Berardo), Museu de Arte Moderna de Miami (PAMM, Perez Art Miami Museum) e Culturgest (Coleção da Caixa Geral de Depósitos de Portugal) dentre inúmeras instituições e coleções particulares. Em 2010, Goldfarb foi escolhido, pela Academia Latina de Gravação de Hollywood, o Artista Visual do 11º Grammy. Sua obra ilustrou o catálogo dos nomináveis, milhares de ingressos e o pôster oficial do evento no Mandalay Bay em Las Vegas.

 

 

Na curadoria da exposição, Vanda Klabin incluiu ainda pinturas do artista que integraram exposições internacionais como “El Hombre al Desnudo”, uma parceira do Musée D’Orsay de Paris e o Museu Nacional de Arte do México, os sensuais tigres em laca sobre fundo preto expostos na individual de Walter no Museum of Latin American Art, na Califórnia, e exemplares da série “Lisérgica”, que participaram recentemente da abertura do Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco, Portugal, vindas da Coleção Berardo, de Lisboa.

 

 

 

De 07 de janeiro a 28 de fevereiro.

Abre Alas

28/dez

Tradicional promoção da galeria A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a exposição “Abre alas” ganha a edição número 12 e divulga os artistas contemplados. Novos nomes da novíssima geração de arte contemporânea como Alice Ricci, Aline Motta, André Burian, Dani Spadotto, Diogo Miranda, Dudu Quintanilha, Florencia Calazza, Gokula Stopel, Grupo Indigestão, Guilherme Ginane, Janaína Miranda, Jardineiro André Feliciano, Leandro Machado, Luisa Brandelli, Malvina Sammarone, Renato Custodio, Simone Cupello, Tchelo, Victor Matina e Yornel Martinez.

 

Querido Público Gentil,

 

Nós, da comissão de seleção do ABRE ALAS 12 | 2016, agradecemos a todos aqueles que se inscreveram. Foram quinhentas e cinquenta inscrições, número recorde para a exposição. Não nos era permitido selecionar todos, pois o edital contempla apenas vinte propostas e há o limite físico da galeria, tornando a escolha uma tarefa muito difícil.

 

Somos três pessoas com experiências profissionais distintas, que trabalharam juntas para chegar a uma decisão conjunta. Olhamos tudo com atenção e carinho, analisamos a proposta feita para a exposição e as obras do portfólio, e o eventual desequilíbrio entre ambos acarretou que artistas com produção consistente não fossem escolhidos para a mostra.

 

Esta seleção é resultado de um dos recortes possíveis, onde, infelizmente, não conseguimos incluir todos os trabalhos que gostaríamos. Portanto, agradecemos mais uma vez por sua inscrição e desejamos que ninguém sinta que desconsideramos o material enviado.

 

Foi um prazer entrar em contato com a atual produção de diversos artistas do Brasil e de outros países, e esperamos revê-los em breve.

 

 

Adriana Varejão
André Sheik
Paula Borghi

 

 

 

Abertura : 29 de janeiro de 2016.

Pedras de Paquetá

18/dez

O artista José Monleón, está radicado no Brasil desde o ano de 1956. Natural de Valência, Espanha, autodidata, dedicou incialmente muito tempo de sua vida profissional ao vitrinismo, uma atividade pioneira desempenhada com grande empenho.  A partir dos anos 1960 descobre os pincéis e passa a expor no Rio de Janeiro com alguma regularidade. Atualmente sua mais recente produção dos últimos dois anos pode ser apreciada através da exposição “As pedras de Paquetá – Paisagens”, no Quintal da Regina, na original ilha de Paquetá, Rio de Janeiro, RJ.

 

 
A palavra do artista

 

“Ao chegar a Ilha de Paquetá, observamos pedras arredondadas de diversos tamanhos que circundam, praticamente, todo seu litoral. Qual o significado desta aglomeração de pedras? Pode, simplesmente, nada significar, mas a imaginação não deixa de atribuir significados a esta bela manifestação da natureza. Serão guardiões contra a violência que tanto assombra os habitantes do Rio? Seja como for, elas guardam um tipo de vida tranquila e bucólica, como não existe mais…”

 

 

Até 10 de janeiro de 2016.

A matéria de arte de Moriconi

17/dez

Encontra-se em exibição no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a exposição “Roberto Moriconi : tudo matéria de arte”. Precursor da produção de múltiplas artes no Brasil, como a criação da “Máquina I”, dispositivo de projeção visual de cores em movimento aleatório, foi um artista plástico e escultor de grande engajamento no cenário brasileiro das artes plásticas. A curadora da mostra, Giovana Moriconi, prefere não chamar as obras de esculturas devido à técnica usada pelo artista. “Escultor é aquele que tira a forma da madeira ou do mármore”, observa. “No caso do Roberto, os volumes são visuais, criados a partir da incidência da luz sobre a superfície trabalhada”, enfatiza Giovanna.

 

A proposta da exposição, segundo o consultor e amigo pessoal da família, Xico Chaves, é uma contextualização que revela momentos da trajetória do artista em módulos criativos de forma orgânica: desenhos, obras de aço, madeira, objetos, poéticas contemporâneas e experimentações, além da apresentação de um vídeo. “Para Moriconi tudo é matéria de arte, como ele próprio dizia e praticava, prenunciando o que acontece hoje na arte contemporânea, em seu permanente processo de expansão e incorporação de tudo”, comenta Chaves.
Xico Chaves destaca a mostra como um recorte histórico e a criação de um conjunto de espaços que contextualiza o pensamento de Moriconi em diversos momentos de sua produção artística. “Roberto Moriconi é um artista referencial para a arte contemporânea brasileira e nesta exposição poderemos perceber como era sua conexão com as rupturas no campo da linguagem, suas relações com artistas de convívio, sua circulação e posicionamentos políticos-ideológicos em diversos espaços e ambientes polêmicos, a partir do final da década de 1950”.

 

Mais conhecido por suas obras em aço inox e madeira, Moriconi participou ativamente como um dos pioneiros em linguagens performáticas, instalações, proposições interativas, intervenções em ambientes urbanos e criações com os mais diversos materiais. Em 1986, Roberto Moriconi criou a primeira coleção assinada de joias para a joalheria H. Stern. O artista integrou movimentos, exposições, ocupações artísticas e debates político-ideológicos, altamente polêmicos junto a artistas de sua geração.

 

 

Sobre o artista

 

Roberto Moriconi nasceu em 30 de agosto de 1932 na pequena comunidade italiana de Fossato di Vico, na região da Úmbria, província da Perúgia, na Itália. Pela terra Natal nutriu o afeto do filho, mas pelo Brasil tinha amor. Começou a aprender pintura na Itália, tomando contato com formas e cores e intuindo que a arte é necessária, pois afirmaria mais tarde, “ela reconcilia o individuo com a natureza”. Chegou ao Brasil em 1953, mas somente a partir de 1958 dedica-se integralmente à sua arte produzindo ilustrações, capas de livros, discos, cartazes e painéis. Trabalha como cenógrafo e decorador, sem abandonar o desenho, a pintura e a escultura.

 

 

Até 21 de fevereiro de 2016.

Damien Hirst em Ipanema

16/dez

A Mais Um Galeria de Arte, Ipanema, Rio de Janeiro, inaugurou com com a exposição “Damien Hirst”, reunindo dezenove trabalhos do artista inglês Damien Hirst, um dos nomes icônicos da atualidade. Encontram-se nesta mostra trabalhos em papel, em tiragem limitada, das séries dedicadas a medicamentos, que trazem seus famosos pontos coloridos e o armário com pílulas, e ainda as que têm como tema borboletas, tanto em fundo preto, branco, ou formando imagens caleidoscópicas.

 

Também consta nessa exibição o cobiçado trabalho do trabalho do artista denominado “For the Love of God”, em impressão lenticular sobre plástico, que propicia um efeito holográfico. Há serigrafias e gravuras em metal, algumas em água forte (baixo relevo),
com aplicações manuais de verniz e poeira de diamantes. As obras foram editadas pela prestigiosa Other Criteria, de Londres, parceira no Brasil da Mais Um Galeria de Arte. A exposição tem consultoria curatorial de Fernando Cocchiarale.

 

A Mais Um Galeria de Arte terá como característica principal oferecer obras múltiplas em vários suportes – gravuras, fotografias, vídeos e esculturas – em associação com importantes editoras brasileiras e estrangeiras.

 

A colecionadora Maria Cassia Bomeny decidiu expandir sua paixão pela arte para um espaço aberto ao público. “Após um ano de desenvolvimento do projeto da galeria, decidi por uma casa preservada e megassimpática na Rua Garcia D’Ávila, Ipanema. Vamos apresentar artistas brasileiros e estrangeiros através de trabalhos múltiplos com uma curadoria criteriosa, visando à qualidade da formação da coleção para nossos clientes”, explica.

 

 

Importância da obra múltipla

 

Fernando Cocchiarale ressalta que “múltiplo não é réplica”. “Não pode ser reduzido a mera reprodução, já que ao diferir da obra única – graças a possibilidades poéticas fundadas na reprodutibilidade – amplia o campo de invenção e criação do artista para além da produção de “originais”. O múltiplo não é simplesmente a edição baseada em uma obra única. Tem suas questões próprias. Faz parte de seu conceito ser multiplicado. É uma modalidade de produção”, explica. “Há que ressalvar escultores que querem trabalhar com diferentes escalas, produzindo múltiplos especiais”. “Se olharmos para a história da arte há várias obras múltiplas que se tornam ícones, como por exemplo “Seja marginal seja herói” (1968) e “Mangue Bangue” (1971), de Hélio Oiticica, vários trabalhos de Lygia Pape, Nelson Leirner, Anna Bella Geiger, Andy Warhol,  e do próprio Damien Hirst”. Ele acrescenta que “o múltiplo permite acesso à compra de determinadas obras de arte que de outra forma as pessoas não teriam, criando possibilidades de se organizar coleções com critério, e o colecionismo transforma o conjunto como algo maior do que simplesmente a soma das partes”.

 

 

Vídeoarte na vitrine

 

A vitrine da Mais Um Galeria de Arte terá uma permanente exibição de vídeoarte, que começará com Antonio Dias, em janeiro, e seguirá com uma programação dedicada a artistas mulheres, com seleção de Fernando Cocchiarale.  Maria Cassia Bomeny destaca que  “esta é uma forma de interagir com quem passa pela rua, e também uma bela maneira de aproximar o público”.

 

 

Programação para 2016

 

Dentre as exposições agendadas para o próximo ano, estão a de Antonio Dias, Roberto Magalhães, Richard Serra e Alberto Burri – que é tema de uma grande exposição no Guggenheim de Nova York, aberta em outubro e que segue até 6 de
janeiro.

 

 

 

Sobre Damien Hirst

 

Damien Hirst nasceu em Bristol, Inglaterra, em 1965. Ele chamou a atenção do público em 1988 quando concebeu e fez a curadoria de “Freeze”, uma exibição de seu trabalho e de seus contemporâneos no Goldsmiths College, em um armazém desativado em Londres. Desde então se tornou internacionalmente um dos mais reconhecidos e influentes artistas de sua geração.

 

 

Até 16 de janeiro de 2016.

Novas na Casa França-Brasil

A Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, um espaço da Secretaria de Estado de Cultura administrado pela organização social Oca Lage, apresenta exposição com curadoria de Pablo León de la Barra, que convidou o coletivo chileno Mil M2 (mil metros quadrados) e reuniu as obras “Cruzeiro do Sul”, de Cildo Meireles, e “Tempos Difíceis”, de Ivan Grilo.

 

Na abertura da exposição, haverá uma conversa aberta ao público com os artistas integrantes do coletivo Mil M2, que vieram ao Rio a partir do financiamento do Fondo Nacional de Desarrollo Artístico y Cultural do Chile (convocatória 2015). Por duas semanas, eles espalham pela cidade perguntas como “Você já disse eu te amo hoje? O samba nasceu na Bahia ou no Rio? O que você perguntaria aos cariocas? O que você perguntaria a sua cidade? De quem é a cidade?”. “O Projeto Pergunta é, acima de tudo, uma ferramenta para reconhecer e compartilhar nossos questionamentos sociais, políticos, urbanos e afetivos. Uma série de ativações do Projeto Pergunta no Rio de Janeiro buscam provocar os cariocas a refletir, discutir e compartilhar suas inquietações com respeito a sua vida, a cidade, suas políticas e seus afetos”, conta Pedro Sepúlveda, diretor criativo do coletivo. Desde a sua primeira edição na cidade de Valparaíso em fevereiro de 2014, o projeto percorreu diversos espaços públicos e instituições culturais do Chile, recolhendo mais de duas mil perguntas a partir da interação direta com as diferentes comunidades participantes. No espaço central da Casa França-Brasil estará um painel com perguntas que serão desenvolvidas junto com o público.

 

Na sala lateral, estará a obra “Cruzeiro do Sul” (1969-1970), de Cildo Meireles, dentro da pequena retrospectiva do artista que Pablo León de la Barra vem fazendo desde setembro. “Cruzeiro do Sul”, uma das mais conhecidas obras de Cildo, consiste em um cubo de 9mm de lado, composto de duas madeiras: pinho e carvalho, árvores que representavam entidades míticas na cosmologia dos tupis, que proporcionava o aparecimento do fogo pela fricção das duas madeiras. O trabalho foi criado pelo artista para estar sozinho em um espaço de exibição.

 

No Cofre ficará “Tempos Difíceis” (2015), de Ivan Grilo, uma placa de 35cm x 15cm em bronze, com a frase inscrita. “A expressão ‘Tempos Difíceis’, fundida em uma placa em bronze, ao mesmo tempo em que estanca e aponta o momento em que vivemos política e socialmente, como se sinalizasse um monumento a esses tempos estranhos, faz alusão a essas expressões que chegam prontas a nosso vocabulário, provavelmente herdadas do pessimismo português, e que, mesmo com pouca análise, concordamos e repetimos”, explica o artista.

 

 

 

Sobre os artistas

 

Cildo Meireles nasceu no Rio de Janeiro em 1948, onde reside. Estudou com o artista peruano Félix Barrenechea em Brasília (1963), na Escola Nacional de Belas-Artes (1968), Rio de Janeiro. Realiza sua primeira individual (1967) no Museu de Arte Moderna da Bahia. De 71 a 73 vive em Nova York, onde havia participado da exposição Information, no MOMA, em 1970. Em 1975 foi um dos fundadores da Revista Malasartes. Entre outras, realiza exposições no Museu de Arte Modernado Rio de Janeiro (Brasil),1975; Pinacoteca de São Paulo (Brasil)1978/2006; Magiciens de la Terre, Pompidou/La Villette (França),1989); InstitutValenciá d´ArtModern – IVAM (Espanha),1995; New Museum, NY (EUA), 1999; InstituteofContemporaryArt, Boston (EUA); Museu de Arte Moderna de São Paulo e Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil), 2000; Tate Modern em Londres (Inglaterra), 2008, posteriormente apresentada no MACBA, Barcelona (Espanha) e MUAC, Cidade do México (México), 2009. Participa de várias bienais, entre outras: Veneza (Itália) em1976/2003/2005 e 2009; Sydney (Austrália),1984; São Paulo (Brasil), 1981/1998 e 2010 e Documenta de Kassel (Alemanha), 1992 e 2002. Além de obras em coleções públicas e privadas no Brasil, MAM, Rio; MAM, São Paulo; MAC, São Paulo; Instituto Carlos Scliar, Cabo Frio e Gilberto Chateaubriand, Rio de Janeiro (Brasil) e tem obras nas coleções do MuseumofModernArt – MOMA, Nova York; Los Angeles County Museu ofArt – Lacma, Los Angeles; ContemporaryArtMuseum-Houston; BlantonMuseumofArt – Austin, Texas (USA); Muséenational d´artmoderne, Centre Georges Pompidou, Paris ; FNAC – Fondsnational d´artcontemporain, Paris (França); KIASMA, MuseumofContemporaryArt, Helsinki (Finlândia); Reina Sofia – Museu Nacional de Arte, Madri (Espanha) ; La Caixa, Barcelona; MACBA, Barcelona (Espanha); Serralves, Porto (Portugal), Cisneros, Venezuela; Daros, Zurique (Suíça) e Tate Modern, London (Inglaterra). Seu trabalho tem sido objeto de estudos, teses de Mestrado e doutorado e de vários documentários, entre outros, Cildo Meireles (1979); dirigido por Wilson Coutinho; CILDO (2008) de Gerald Fox; CILDO (2009) dirigido por Gustavo Moura; A Obra de Arte (2010), dirigido por Marcos Ribeiro, e o último, Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles (2011), da diretora Marcela Lordy.

 

Ivan Grilo vive e trabalha em Itatiba, São Paulo, Brasil. Graduado em Artes Visuais pela PUC-Campinas (2007). Em 2015, exibiu a individual Eu quero ver, na Casa Triângulo (SP), em 2014, exibiu a individual Quando Cai o Céu, no Centro Cultural São Paulo (SP), além de participar das coletivas: Novas Aquisições da Coleção Gilberto Chateaubriand, no MAM (RJ) e Pororoca, a Amazônia no MAR, no Museu de Arte do Rio (RJ).Em 2013 exibiu Estudo para medir forças na Casa França- Brasil (RJ), integrando o Projeto Cofre; além de ser premiado no edital PROAC Artes Visuais, do Governo do Estado de São Paulo. E em 2012 recebeu o Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia. Dentre suas principais exposições individuais estão: Sentimo-nos Cegos, na Luciana Caravello Arte Contemporânea (RJ), Quase/Acervo, no Museu da República (RJ), Ninguém, no Paço das Artes (SP), e Isso é tudo de que preciso me lembrar, no SESC Campinas (SP). Dentre as principais coletivas estão: Bienal MASP Pirelli de Fotografia, em São Paulo, I Bienal do Barro em Caruaru (PE), 2nd Ural BiennialofContemporaryArt, na Rússia, 16a Bienal de Cerveira, em Portugal, 11a Bienal do Recôncavo em São Félix (BA), e Arte Pará, no Museu Histórico do Estado do Pará. Tem obras nos acervos Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), Museu de Arte do Rio (MAR), Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro/Coleção Gilberto Chateaubriand (MAM/RJ), Fundação Bienal de Cerveira, entre outros.

 

Mil M2 (Mil Metros Quadrados)é uma plataforma de gestão, produção e criação cultural baseada na ocupação temporal de infraestrutura disponível e a geração coletiva de conhecimento. Através de diversos projetos tem desenvolvimento uma série de protótipos de dispositivos e instituições culturais, associados a comunidades e territórios específicos. É integrado por MaríaConstanza Carvajal (produção geral/infraestrutura), Diego Cortés (chefe de oficinas), María José Jaña (produção geral/programa), Fernando Portal (diretor de conteúdo), Pedro Sepúlveda (diretor creativo). Os sócios fundadores, em 2013, são Denise Elphick, Cristóbal Muhr, Simón Pérez, Pedro Sepúlveda, Bernardo Valdés.

 

 

 

De 17 de dezembro a 28 de fevereiro de 2016.

Sete individuais no Paço Imperial

10/dez

O Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugura seu maior bloco de exposições da gestão da diretora Claudia Saldanha, com individuais de sete artistas contemporâneos: José Bechara, Célia Euvaldo, Renata Tassinari, David Cury, Cristina Salgado, Bruno Miguel e Amalia Giacomini. Junto com seu conselho curatorial, composto por Carlos Vergara, Luiz Aquila e Marcelo Campos, a diretora do Paço formou essa programação contemplando expressões diversas, como pintura, escultura, desenho e instalação.

 

 

 

 

Sobre cada uma das mostras:

 

 

 

José Bechara  | Jaguares

 

O carioca José Bechara ocupa a sala do térreo do Paço com sete pinturas em três dimensões. Intitulada “Jaguares”, a exposição de trabalhos inéditos e recentes, em grandes formatos, resulta da pesquisa de dois anos do artista sobre limites da pintura. Ele usa materiais como vidro, papel glassine, mármore, lâmpada e cabos de aço. O artista chama de “pintura” trabalhos em três dimensões, em que vidros funcionam como planos. Ele acha que o visitante pode se perguntar se está mesmo diante de uma pintura, mas adverte que “diferentemente da escultura, o espectador não circunda o trabalho. Ao final das contas é uma investigação sobre este limite, imposto pela parede que está no fundo, da qual eu também tiro proveito, trazendo-a para o trabalho, por conta da transparência do vidro. Você imagina que uma pintura seja uma operação bidimensional. A minha pintura vem de uma produção tridimensional”, explica Bechara. Nesta individual, ele, que produz no ateliê  simultaneamente pinturas e esculturas, pretende confrontar e colidir essas duas experiências. Junto com as pinturas tridimensionais estará “Miss Lu Silver Super-Super” (2013), da série “Esculturas gráficas”, de 2009,  incluída aqui por trazer questões também relativas à gravidade semelhantes às das obras com planos de vidro.

 

“Jaguares” tem texto crítico de Luiz Camillo Osorio.

 

 

Sobre o artista

 

José Bechara nasceu no Rio de Janeiro em 1957, onde vive e trabalha. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ. Integrou exposições, como a Bienal Internacional de São Paulo de 2002; Panorama da Arte Brasileira de 2005, no MAM-SP; 5ª Bienal Internacional do Mercosul (2005); Trienal de Arquitetura de Lisboa (2011);  “Caminhos do Contemporâneo” (2002) e “Os anos 90” (1999), ambas no Paço Imperial. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições como Fundação Iberê Camargo (Porto Alegre, 2014); Instituto Tomie Ohtake SP, Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto); ASU Art Museum (Phoenix, EUA); Culturgest (Lisboa), MAM Rio, Museu de Arte Contemporaneo Espanhol-Patio Herreriano (Valladolid, Espanha) e Ludwig Museum de Koblenz (Alemanha). José Bechara tem obras em coleções públicas e privadas, como a Coleção Gilberto Chateaubriand/MAM Rio; Pinacoteca do Estado de São Paulo; Centre Pompidou, Paris; Es Baluard Museu d’Art Modern i Contemporani de Palma (Palma de Mallorca, Espanha); Instituto Figueiredo Ferraz (Ribeirão Preto, SP); Coleção João Sattamini/ MAC Niterói; Instituto Itaú Cultural (SP); MAM Bahia; MAC Paraná; Culturgest (Lisboa); ASU Art Museum (Phoenix, EUA); MoLLA (Califórnia, EUA); Ella Fontanal Cisneros (Miami, EUA); MARCO de Vigo (Espanha) e Basilea Stiftung (Basel, Suíça).

 

 

 

 

Célia Euvaldo | Curadora Vanda Klabin

 

 

A paulistana Célia Euvaldo apresenta conjuntos de cinco colagens e de cinco pinturas, datados de 2013 a 2015. A partir de sua experiência recente sobre a massa e o peso da tinta, a artista usa nas Colagens (170 x 100cm) material de consistências diferentes: um papel branco chinês, leve,  recebe uma folha de papel preto mais pesado, deformando o papel branco pelo efeito do peso e da cola e, ao longo do tempo, pela ação do clima. As Pinturas em óleo sobre tela (100 x 260cm e 123 x 200cm), a artista descreve que “elas lembram que saíram do desenho: pinceladas–linhas horizontais (quando a tinta é aplicada) e espatuladas–linhas verticais (quando a tinta é arrastada) preenchem o campo inteiro, deixando seu rasto de linhas.” Diferentemente de obras anteriores, em que parte da tela não era pintada, a superfície dos trabalhos recentes é toda recoberta com tinta preta. As pinturas, diz Celia, se estendem para dentro como buracos negros, e também se modificam como as colagens, não fisicamente, mas com a incidência de luz e o ângulo do olhar do espectador.

 

 

 

Sobre a artista

 

Célia Euvaldo mora e trabalha em São Paulo. Começou a expor na década de 1980. Suas primeiras individuais foram na Galeria Macunaíma (Funarte, RJ, 1988), no Museu de Arte Contemporânea da USP (1989) e no Centro Cultural São Paulo (1989). Ainda em 1989,  ganhou o I Prêmio no Salão Nacional de Artes Plásticas da Funarte. Participou da 7ª Bienal Internacional de Pintura de Cuenca, Equador (2001) e da 5ª Bienal do Mercosul (2005). Realizou individuais, entre outros, no Paço Imperial (RJ, 1995 e 1999), na Pinacoteca do Estado de São Paulo (2006), no Centro Cultural Maria Antonia (SP, 2010), no Museu de Gravura da Cidade de Curitiba (2011) e no Instituto Tomie Ohtake (SP, 2013).

 

 

 

 

Renata Tassinari Curadora Vanda Klabin

 

 

A paulistana Renata Tassinari mostra 16 trabalhos, entre pinturas de grandes dimensões sobre acrílico e desenhos em óleo sobre papel japonês, inéditos no Rio de Janeiro, celebrando 30 anos de carreira. A curadoria de Vanda Klabin fez um recorte da última década de produção da artista para a exposição do Paço Imperial. Tassinari pinta sobre superfícies de acrílico e, ao mesmo tempo, deixa a moldura de certas seções da obra cobrir apenas uma parte da superfície planar. Seus trabalhos se desdobram em séries, usando quadrados e retângulos  como elementos compositivos, altermando as cores e o acrílico do suporte, transparência e opacidade, rugosidade e lisura. A cor é sua matéria-prima. Sobre a artista, Vanda Klabin diz: “Renata Tassinari desafia e transforma os limites do plano pictórico, pela apropriação e pelos deslocamentos de materiais industriais na superfície da tela, que passa a não atender mais os conceitos tradicionais do fazer artístico”.

 

 

Sobre a artista

 

Renata Tassinari é formada em Artes Plásticas pela Faap São Paulo (1980). Estudou desenho e pintura nos ateliês dos artistas Carlos Alberto Fajardo e Dudi Maia Rosa. Já expôs em importantes instituições brasileiras, como o MAM Rio e o MAM-SP. No início de 2015, a artista ganhou retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake, SP.

 

 

 

 

David Cury | A vida é a soma errada das verdades

 

David Cury, artista piauiense, radicado no Rio de Janeiro, descreve conceitualmente sua instalação inédita, que ocupa três espaços do Paço Imperial, como uma “paisagem cívica negativa”. O eixo do trabalho são 15 textos irônicos sobre três formas de violência incorporadas ao nosso cotidiano: a social (“Aos que matam por hábito jamais os pardos foram tão alvos”), a política (“A ianque Dorothy Stang não voltou para casa”) e a moral (“Aqui o mal ao menos de impostura prescinde”). Seja de senso metafórico, filosófico ou lírico, cada uma delas quer ser um aforismo. Aqui a palavra quer valer por uma imagem, em confronto com uma imagem vale por mil palavras. As sentenças estão sulcadas em lajes de concreto e ferro, em meio a escombros residuais, distribuídas nas três salas, começando pela violência moral, seguida da violência social e da violência política. A ordenação da sequência da instalação segue o critério dos diferentes graus de violência: a moral é a primeira porque o artista a considera um estímulo à social e à política.

 

 

 

Sobre o artista

 

David Cury (Teresina, 1964) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Ele atua em suportes diversos. Desde “Para a inclusão social do Crime (Funarte, RJ, 2003), “Há vagas de coveiro para trabalhadores sem-terra” (Carreau du Temple, Paris, 2005), “Paradeiro” (Estação da Leopoldina, RJ, 2006) e “Hydrahera” (Morro da Conceição, RJ, 2008), suas intervenções articulam caráter de situação, iminência e ambição formal. Em 2009, ocupou o Espaço Monumental do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro com “Eis o tapete vermelho que estendeu o Eldorado aos carajás” – entre outras abstrações (de escala pública) acerca dos conflitos fundiários mais emblemáticos da história brasileira. Em 2010, participou da 29ª Bienal Internacional de São Paulo com a instalação “Antônio Conselheiro não seguiu o conselho”. Realizou “Corumbiara não é Columbine” (Musée Bozar, Bruxelas, 2011), “É com o sexo que os homens se deitam, pedindo como anões o seu ascenso” (Somerset House, Londres, 2012) e “Rasa é a cova dos vivos” (Museu de Arte Contemporânea, Fortaleza, 2013).

 

 

 

Cristina Salgado No Interior do Tempo | Curador Marcelo Campos

 

 

A carioca Cristina Salgado apresenta uma instalação composta pela série “Poemas visuais interiores” (2015) – cerca de vinte desenhos em guache e impressão sobre papel de algodão, partindo de ilustrações apropriadas de um livro de anatomia seccional humana. Esses poemas visuais estão instalados sobre duas longas paredes laterais da sala. Ao fundo, há uma grande projeção de imagem em movimento, a mesma que está em um pequeno monitor, pousado no interior de um armário vertical de ferro e vidro situado no centro do espaço; cinco esculturas em ferro fundido da série”Humanoinumano” (1995) e elementos diversos de mobiliário industrial obsoleto se relacionam nessa região do espaço expositivo. Sua aposta é que “a instalação “No interior do tempo”, na forma como traz a presença do corpo, às vezes por sua ausência ou em situações que explicitam interioridade/exterioridade, possa tornar visível uma atmosfera diversa daquela onde impera a temporalidade lógica produtiva oficial.”

 

 

Sobre a artista

 

Cristina Salgado (RJ, 1957) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Estudou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage/RJ, entre 1977 e 1978. Doutora em Artes Visuais (EBA/UFRJ) e professora adjunta no Instituto de Artes da UERJ, desde 1997. Suas exposições individuais mais recentes são “A mãe contempla o mar”, Galeria Marsiaj Tempo, 2014; “Ver para olhar”, Paço Imperial, 2012,  e “Vista”, Casa França-Brasil, 2010. Entre as coletivas estão “Situações Brasília 2014 – Prêmio de Arte Contemporânea”, Prêmio de aquisição, Museu Nacional do Conjunto Cultural da República-Brasília; “O corpo na arte contemporânea brasileira”, Itaú Cultural, SP, 2005; “Como Vai Você, Geração 80?”, Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ, 1984.

 

 

 

Bruno Miguel | Essas pessoas na sala de jantaCurador Bernardo Mosqueira

 

 

O carioca Bruno Miguel apresenta duas instalações inéditas: “Essas pessoas na sala de jantar” e “Cristaleira”. “Essas pessoas…” é formada por 400 composições distintas com peças de porcelana de vários países, espuma de poliuretano, papel maché, pequenas árvores esculpidas pelo artista e tinta de cores vibrantes. O poliuretano vaza ora do bico do bule, ora do interior de uma xícara, criando formas abstratas que servem de amálgama para os elementos da composição. Os ítens são agrupados no chão, com intervalos que permitem o trânsito do visitante entre eles. Durante a temporada da exposição, os objetos serão rearranjados no espaço, criando diferentes percursos pela sala. Em uma sala vizinha, estará “Cristaleira” composta por 150 esculturas, também únicas, sobre uma prateleira de vidro que percorre as paredes do espaço expositivo. Essas são objetos utilitários de vidro e cristal, preenchidos com resina de poliéster colorida com spray, que formam esculturas por encaixe, empilhamento ou justaposição. Em algumas esculturas, o artista retira o vidro que serviu de molde e usa a forma de resina na obra. “A pesquisa de Bruno Miguel, que além de artista tem atuação como professor de pintura, aponta bastante para os elementos característicos dessa técnica e de sua história. Se há anos Bruno vem investigando o gênero pictórico da paisagem, agora ele o relaciona também com a natureza morta”, identifica o curador Bernardo Mosqueira.

 

 

 

Sobre o artista

 

Bruno Miguel (RJ, 1981) vive e trabalha no Rio de Janeiro. É formado em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Fez diversos cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 2007, realizou sua primeira individual, no RJ, recebeu Menção Honrosa Especial na V Bienal Internacional de Arte SIART, em La Paz, Bolívia, e ganhou bolsa da Incubadora Furnas Sociocultural para Talentos Artísticos. Participou das coletivas “Nova Arte Nova”, apresentada no CCBB RJ e SP, em 2008 e 2009; “Latidos Urbanos”, no MAC de Santiago do Chile (2010), “Novas Aquisições – Gilberto Chateaubriand”,  no MAM Rio, em 2012, e “GramáticaUrbana”, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica RJ. Realizou diversas individuais na Luciana Caravello Arte Contemporânea, RJ, e na Emma Thomas, SP. Em Nova York, apresentou a individual “Make Yourself at Home”, na S&J Projects, e esteve nas coletivas “Sign of the Nation” e “Etiquette for a Lucid Dream,” em Newark, Nova Jersey, em 2013.  Em 2014, participou das coletivas “Encontro dos mundos” e “Tatu: Futebol, Adversidade e Cultura da Caatinga”, no MAR – Museu de Arte do Rio de Janeiro. Em 2015, realizou a individual “Sientase em casa”, na Sketch Gallery, Bogotá. É professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage desde 2011.

 

 

 

Amalia Giacomini | Viés Curador Felipe Scovino

 

A paulistana Amalia Giacomini, radicada no Rio de Janeiro,  investiga questões da percepção do espaço, da arquitetura e de suas representações, através de instalações e objetos. Seus trabalhos remetem a elementos abstratos – como linhas, pontos, grades, perspectivas, em que o ar atravessa e faz parte deles. A artista se propõe tornar visível o vazio ao espectador. Nessa individual, ela apresenta sete obras, entre as quais duas instalações inéditas. A primeira, à entrada da sala, é composta por correntes finas na cor grafite, suspensas pelo teto, formando um grande volume – serão utilizados 500 metros de corrente. A obra poderá ser atravessada pelo visitante: ora ele estará dentro, ora por baixo dela. Pela característica do material, leve e flexível, a instalação está sujeita ao toque e à movimentação de ar do ambiente. A outra instalação terá relação direta com a janela da sala. Ela é composta por telas translúcidas, espécies de filtros de luz, criando um diálogo visual entre interior e exterior. Entre os demais trabalhos de parede, está “Dobra”, feito por linhas elásticas, que moldam uma forma curva de vazio entre duas paredes.

 

 

Sobre a artista

 

Formada em Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP), com Mestrado em Linguagens Visuais pela EBA-UFRJ, Amalia Giacomini (SP, 1974) vive e trabalha no Rio de Janeiro. Instituto Tomie Othake (SP), Itaú Cultural (SP), Museu da Casa Brasileira (SP), Paço Imperial (RJ), Centro Cultural São Paulo, Centro Universitário Maria Antonia da USP, Galerias da FUNARTE (RJ e DF), Centro Cultural Sérgio Porto (RJ), Museu de Arte Contemporânea do Paraná (Curitiba), MAC Niterói (RJ) são algumas instituições brasileiras em que já expôs. No exterior, realizou em 2012 a individual “The invisible apparent”, na Galeria Nacional de Praga, e, em 2009, “Liberér l’horizon reinventér l’espace”, na galeria da Cité des Arts em Paris. Na mesma cidade, participou, em 2005, da Exposição Comemorativa do Ano do Brasil da França, realizada
pela FUNARTE/MinC. Entre 2011 e 2014 foi professora História da Arte no curso de Arquitetura da PUC Rio.

 

 

 

De 17 de dezembro a 28 de fevereiro de 2016.

Ateliê da Tia Lúcia

07/dez

O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), Gamboa, Rio de Janeiro, RJ,  e Quimera Empreendimentos Culturais, convidam para a abertura da exposição “Ateliê da Tia Lúcia”. A curadoria é de Marco Antônio Teobaldo.

 

 

A palavra do curador

 

O local de trabalho de um artista é composto pelos elementos físicos que darão forma ao seu pensamento, apresentando-se como um conjunto de suas opções que possibilitam a sua criação. No caso de Tia Lúcia, seu ateliê na Vila Olímpica é uma verdadeira instalação, com suas tintas e pincéis, e toda sorte de materiais que ela adquire ou encontra pelo caminho.Colecionados sem qualquer ordem formal, pedaços de bonecas e brinquedos quebrados misturam-se aos ícones religiosos, retalhos, papéis, botões, contas, pedras, objetos de decoração e outros elementos que lhe ofereçam a oportunidade de compor algum trabalho.

 

Neste cenário, a artista exibe algumas de suas obras prontas e outras, em processo de acabamento. Mas é com suas fábulas que este universo onírico se revela em toda sua potência. O desejo de criar é atribuído por ela aos seus sonhos e visões, que são transcritos em desenhos, pinturas e assemblages.

 

Como um story board de roteiro de filme, a artista desenvolveu um estilo de pintura em bobinas de papel para máquinas de calcular, no qual personagens e paisagens surgem enquadrados, catalogados em ordem numérica por meio de inscrições de legendas individuais.

 

O Instituto Pretos Novos anuncia para a noite de abertura um samba com os Velhos Malandros.

 

 

De 12 de dezembro a 28 de fevereiro.

Exposição na Caixa Cultural Rio

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugurou a exposição “Aparição” com obras de Adriano Amaral, Ana Paula Oliveira, André Griffo, André Terayama, Bruno Baptistelli, Daniel de Paula, Débora Bolsoni, Felipe Cohen, Flora Leite, Floriano Romano, Frederico Filippi, Gabriela Mureb, João Loureiro, Jorge Soledar, Matheus Rocha Pitta, Raquel Versieux e Wagner Malta Tavares. Sob a curadoria de Fernanda Lopes a mostra apresenta algumas possibilidades para se (re)pensar a definição e a prática da escultura, oferecendo um panorama recente da arte brasileira com trabalhos nos suportes performance, objeto, vídeo, fotografia, arte sonora, instalação e intervenção.

 

 

 

Artistas de diferentes gerações dialogam de maneiras variadas com a questão tridimensional.  Alguns utilizam materiais e fazem uso de processos convencionais como entalhar, fundir e modelar. Outros abrem mão da estrutura estática e apresentam o pensamento escultórico contemporâneo por meio de fotografia, vídeo e performance. Há ainda trabalhos que partem de referências diretas à história da escultura, como Brancusi, Man Ray e Michelangelo.

 

 

 

O título “Aparição” remonta a uma fala do escultor renascentista Michelangelo sobre seu processo de trabalho: “Em cada bloco de mármore vejo uma estátua; vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas que desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a veem”.

 

 

Para a curadora Fernanda Lopes, ” Ao longo dos últimos cinco séculos, a ideia de escultura se apresenta cada vez mais distante de uma questão meramente técnica ou formal. Sua definição convencional como “a arte e a técnica de plasmar a matéria entalhando a madeira, modelando o barro, cinzelando a pedra ou o mármore, fundindo o metal etc., a fim de representar em relevo, ou em três dimensões, estátuas, figuras, formas abstratas etc. parece dizer muito mais sobre o que hoje não é mais escultura do que sobre o que é. Nos mais de 30 trabalhos, realizados entre 2010 e 2015 fica claro que já não é possível pensar esse meio como antes. Elementos básicos como a relação com a arquitetura, o corpo, o material e a história; a representação do mundo; a noção de forma e tempo estáticos; o ato de esculpir; e até mesmo a tridimensionalidade aparecem aqui repensados, desconstruídos, ressignificados, colocados à prova”.

 

Sobre os Artistas

 

 

 

Adriano Amaral

 

Adriano Amaral nasceu em Ribeirão Preto (Brasil) em 1982. Ao longo dos últimos anos o artista tem vivido e exposto seus trabalhos na Europa onde participou do programa de mestrado em Escultura no Royal College of Art, em Londres, e está atualmente em residência no DeAteliers em Amsterdã. Sua mostras recentes incluem as individuais TraysForFlotation, MendesWoodDm, São Paulo (2015), Never From Concentrate, Múrias Centeno, Porto (2015) e Soft Matter, Space in Between, Londres (2014).

 

 

 

Andre Griffo

 

André Griffo vive e trabalha em Barra Mansa, Rio de Janeiro. É formado em Arquitetura e Urbanismo e dedica-se às artes plásticas desde 2009. O principal interesse da sua prática artística é relacionar espaços e objetos oriundos de diferentes lugares – encontrados na natureza, estruturas mecânicas, elementos decorativos, funcionais e históricos (grades, portões, janelas, brasões, obras de arte) – e explorar o potencial dos mesmos como imagem. Esses estudos resultam em estruturas mistas, eletro-mecânicas, adaptações, arranjos de objetos, espaços silenciosos, gambiarras empíricas. Como meios de estudo e registro são utilizadas as linguagens pintura, desenho e instalação.

 

 

 

André Terayama

 

André Terayama (1989) vive e trabalha em São Paulo. É mestrando em Artes Visuais no Instituto de Artes da UNESP. Realizou exposições individuais no Paço das Artes (São Paulo) e Museu de Arte de Ribeirão Preto (Ribeirão Preto) e Galeria Portas Vilaseca (Rio de Janeiro); além de 26 coletivas, das quais se destacam: Centro Cultural dos Correios (Rio de Janeiro), Museu Nacional dos Correios (Brasília), Museu Nacional (Brasília), Paço das Artes (São Paulo), Galeria de Arte IBEU (Rio de Janeiro) e Instituto Tomie Ohtake (São Paulo). Foi premiado no 43º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto, 12º Salão Nacional de Arte de Jataí, Situações Brasília, 3º Prêmio EDP nas Artes, 37º Salão de Arte de Ribeirão Preto e o 44º Salão de Arte Contemporânea de Piracicaba. Possui obras em acervos públicos tais como: Museu Nacional de Brasília, Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu de Arte Contemporânea de Jataí, Pinacoteca Municipal de Jundiaí e Paço Municipal Casa do Olhar Luiz Sacilotto.

 

 

 

 

João Loureiro

 

João Loureiro,1972, é Mestre em Poéticas Visuais pela ECA-USP (2007) e Licenciado em Artes Plásticas pela FAAP (1995). Fez individuais como “Pedra que Repete”, na Casa da Imagem (2013), “Blue Jeans”, no Projeto Octógono de Arte Contemporânea da Pinacoteca do Estado (São Paulo, 2009) e  “Reaparição”, no Paço Imperial (Rio de Janeiro, 2008). Participou das exposições “Open Borders/Crossroads Vancouver Biennale” (Vancouver, 2014), “Panoramas do Sul – 18 Festival Internacional de Arte Contemporânea SESC/Videobrasil”, no SESC Pompéia (São Paulo, 2013) e “Panorama da Arte Brasileira”, no Museu de Arte Moderna de São Paulo (2005).

 

 

 

Wagner Malta Tavares

 

O trabalho de WMT estabelece relações entre o imaginário POP, literatura clássica e construtivismo. Por meio de escultura, fotografia, objeto, vídeo, performance, intervenção urbana e desenho, estimula a percepção além da pura sensorialidade. Ao provocar o pensamento através da luz, do ar em movimento, do calor, frio e de outros elementos impalpáveis, procura uma possível metafísica dos corpos. Acredita que “há algo que atravessa as eras e as pessoas”, razão pela qual a ficção científica, história, literatura, cosmologia e teatro são seu universo de referência.

 

 

 

Bruno Baptistelli

 

Bruno Baptistelli é graduado em artes visuais pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Entre 2007 e 2010, formou com Gustavo Prafrente a dupla Bebaprafrente. Dentre  suas  ultimas  exposições  destacam-se: When Thoughts Are Replaced By Moving Images, Basel, Suíça, 2015; Narrativas Cotidianas, FUNARTE, Brasília, 2015 (individual); Estruturas Possíveis, Oficina Oswald de Andrade, São Paulo, 2014, Taipa-tapume, Galeria Leme, São Paulo, 2014; 2, Galeria Pilar, São Paulo, 2013 (individual);  Volar, Galeria Del Infinito, Buenos Aires, Argentina, 2012; Programa de Exposições 2011; Centro Cultural São Paulo (CCSP), São Paulo, 2011 (individual); Portas Abertas, Workshop Mona Hatoum, Santander, Espanha, 2010; Red Bull House of Art, São Paulo, 2010.

 

 

 

Felipe Cohen

 

Felipe Cohen é artista plástico formado pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Realizou exposições individuais e coletivas em importantes centros culturais pelo Brasil como Centro Cultural São Paulo, Pinacoteca do Estado de São Paulo e instituto Cultural Itaú. Entre suas principais exposições estão a 8ª e a 11ª Bienal do Mercosul, Economy of means no Scottsdale Museum of Contemporary Art, Arizona, EUA e Imagine Brazil – Artists Books, que passou por diversas cidades da Europa. Possue trabalhos em importantes coleções como por exemplo Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Museu de Arte do Rio e Scottsdale Museum of Contemporary no Arizona, EUA.

 

 

 

Jorge Soledar

 

Jorge Solledar, 1979, Porto Alegre/RS. Vive e trabalha no Rio de Janeiro/RJ. Seus trabalhos misturam linguagens desde ações, instalações e fotografias que abordam o tema das perversões de modo risível. Assim, o uso de diversos materiais (madeira, gesso, massas) são experimentados para assujeitar o outro a uma condição de objeto, com o desejo de expor diversas agressões e constrangimentos do homem em sociedade. Atualmente, é professor de teorias da arte contemporânea e performance do curso de artes visuais com ênfase em escultura, pela Escola de Belas Artes da UFRJ, onde faz doutorado em linguagens visuais. Jorge Soledar é representado por Portas Vilaseca Galeria.

 

 

 

Matheus Rocha Pitta

 

Em período curto de tempo e por meio de projetos diversos, Matheus Rocha Pitta (Tiradentes –MG, 1980) sedimentou interesses e estratégias que permitem identificar, em uma obra que se adensa a cada novo trabalho, enunciado crítico sobre os mecanismos de troca que regem a vida comum. Move o artista, em particular, a vontade de explorar e expor a mercadoria – coisa qualquer que o trabalho humano produz e pela qual existe inequívoco desejo de posse – como índice de paradoxos que tais intercâmbios encerram ou engendram. Sem apelar para enunciados discursivos de disciplinas que tomam a mercadoria como objeto de investigação frequente (economia, filosofia, política), articula objetos e imagens que inventa para gerar conhecimento que não cabe naqueles campos de estudo.  Participou da 29ª Bienal de São Paulo, 2010 e da Bienal de Taipei, 2014. Em 2012 realizou “Dois Reais no Paço Imperial, Rio de Janeiro  e em 2013 L’Accordo na Fondazione Morra Greco , Napoli. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.

 

 

 

Floriano Romano

 

Romano é pioneiro em obras que mesclam instalações, performance e rádio em espaços urbanos.Criou o programa de rádio “O Inusitado” no Rio de Janeiro, condensando um excelente imaginário sobre o som, tanto nas artes plásticas como na música e na poesia de 2002 a 2004. Trabalha com intervenções urbanas e sonoras, abertas a participação do público. Em 2015 ganhou o Prêmio CCBB Arte Contemporânea e participou da exposição do Prêmio Marcantonio VIlaça do SESI no MAC/USP. Em 2013 realizou a exposição SONAR, na Casa de Cultura Laura Alvim. Em 2012 ganhou o premio Marcantonio Vilaça da Funarte com a obra Chuveiros Sonoros e o Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea com a exposição A Cidade Sonora. Em 2011 produziu o projeto INTRASOM no MAM-RJ e participou da exposição PANORAMA DA ARTE BRASILEIRA no MAM-SP. Em 2009 participou da 7a Bienal do Mercosul “ Grito e Escuta” e ganhou em Dezembro o Prêmio Interações Estéticas da Funarte com o trabalho Sapatos Sonoros. Em 2008, Ganhou a Bolsa de Estímulo as Artes Visuais da Funarte com o projeto “Lugares e Instantes” de intervenção urbana, e o Prêmio Projéteis de Arte Contemporânea com a performance “S.W.O.L, Sample Way of Life”. Em 2007 produziu a performance com a mochila sonora “Falante” premiada no Salão de Abril, Fortaleza, e que participou da mostra “Futuro do Presente” no Itaú Cultural em São Paulo.

 

 

 

Daniel de Paula

 

Daniel de Paula 1987, E.U.A. Vive e trabalha entre São Paulo e Itapevi, Brasil. As proposições do artista intencionam ativar uma multiplicidade de relações em um dado contexto espacial. Através de uma postura que não se encera nos domínios da arte, deixando se intersectar por noções de geografia, astronomia e arquitetura, seu trabalho potencializa lógicas deduzidas do próprio comportamento e história de objetos e lugares. As operações utilizadas pelo artista sugerem uma indivisibilidade entre os objetos apresentados e as ações que lhes dão presença e conteúdo. Por meio de estratégias como negociações com e através de estruturas urbanas, deslocamentos de objetos cotidianos, apropriações de equipamento público e interações com os agentes constitutivos do espaço expositivo e seu entorno, seus objetos, instalações e intervenções instauram desarticulações e ressignificações de sistemas espaciais rígidos e condicionados. Exposições/Projetos individuais incluem: testemunho, Galeria Leme, São Paulo, Brasil (2015); objetos de mobilidade, ações de permanência, White Cube Gallery, São Paulo, Brasil (2014); Para estender um corredor, Galeria Cité Internationale des Arts, Paris, França (2013); Programa de exposições, Centro Cultural São Paulo, São Paulo, Brasil (2011), entre outras. Exposições coletivas incluem: Voragem da História, Observatório, curadoria Germano Dushá, São Paulo, Brasil (2105); Permanências e Destruições, curadoria de João Paulo Quintella, Oi Futuro, Rio de Janeiro, Brasil (2015); la parte que no te pertenece, curadoria de Paulo Miyada, Galeria Maisterravalbuena, Madrid, Espanha (2014); Onsite, TAP, curadoria de Mike Nelson, Southend-on-Sea, Inglaterra (2014); Open Cube, curadoria de Adriano Pedrosa, White Cube Gallery Mason’s Yard, Londres, Inglaterra (2013); Processos públicos, Paço das Artes, São Paulo, Brasil (2012), entre outras.

 

 

 

Debora Bolsoni

 

Debora Bolsoni, Rio de Janeiro, Brasil, 1975.  Vive e trabalha em São Paulo. Mestre em Poéticas Visuais pela USP (2014). Dentre as últimas exposições, destacam-se “Panoramas do Sul – 19o Festival de Arte Contemporânea SESC_Videobrasil” (2015); “Tudo que é sólido desmancha no ar”, Galeria Jaqueline Martins / São Paulo (2015); “Imagine Brazil, Astrup Fearnley Museet, Oslo (2014). Ainda em 2015 publicou o livro de artista “Queima” com apoio do ProAc da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e realizou a exposição individual “Urbanismo geral” na galeria Athena Contemporânea, Rio de Janeiro.

 

 

 

Flora Leite

 

Flora Leite (São Paulo, 1988) vive e trabalha em São Paulo. Se formou no Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo (ECA – USP), como bacharel em escultura. Já participou de exposições em São Paulo, Rio de Janeiro e Lisboa, dentre coletivas e individuais. Tem trabalhos nas coleções públicas do Centro Cultural São Paulo e do MARP – Museu de Arte de Ribeirão Preto.

 

 

 

 Frederico Filippi

 

Frederico Filippi nasceu em São Carlos em 1983 e vive e trabalha em São Paulo. Entre suas principais exposições estão: “Até aqui tudo bem” (2015), Galeria White Cube, São Paulo; “Si no todas las armas, los cañones” (2014), Matadero Madrid, Madri, Espanha; “Deuses impostores” (2014), Galeria IBEU, Rio de Janeiro; “Mostra da 5º Edição da Bolsa Pampulha” (2014), Museu da Pampulha, Belo Horizonte; “A parte que não te pertence” (2014), Maisterra Valbuena, Madri, Espanha; “Accidente” (2013), La Sin Futuro, Buenos Aires, Argentina; “Abre alas 9” (2013), Galeria Gentil Carioca, Rio de Janeiro; “Programa de Exposições” (2011), Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto. Prêmios e residências artísticas: Kiosko (2015), Santa Cruz de la Sierra, Bolívia; El Ranchito Matadero Madrid (2015), Madri, Espanha; Bolsa Pampulha (2013) Museu da Pampulha, Belo Horizonte; Prêmio Novíssimos (2013), Galeria IBEU, Rio de Janeiro; La Ene (2013), Buenos Aires, Argentina; 5º RedBull House of Art (2011), São Paulo.

 

 

 

 

Raquel Versieux

 

Belo Horizonte, Brasil, 1984 . Vive e trabalha em Rio de Janeiro. Principais individuais: 2013 – A Feira da Incoerência – Galeria Athena Contemporânea – Rio de Janeiro, Brasil, Where The Houses Live – Siz Galerija – Rijeka, Croácia. Recentes Coletivas: 2015 – Abre Alas 11 – Galeria A Gentil Carioca – Rio de Janeiro, Brazil, V Mostra | Programa Aprofundamento 2014 – EAV PArque Lage – Rio de Janeiro, Brasil, Permanências e Destruições: Ocupação Rua do Verde – Rio de Janeiro, Brasil | 2014: 4º Festival de Fotografia de Tiradentes: Fotografia Mineira Contemporânea – Tiradentes, Brasil, Encontros Carbônicos – Largos das Artes – Rio de Janeiro, Brasil, Primeiro Estudo: Sobre Amor – Luciana Caravello Arte Contemporânea – Rio de Janeiro, Brasil, Aparição – Galeria Athena Contemporânea – Rio de Janeiro, Brasil | 2013 – Imaginário – Museu de Arte do Rio – Rio de Janeiro, Brasil, Fronteiras – Espaço Cultural Sérgio Porto – Rio de Janeiro, Brasil, Entrecruzamentos – Galeria Athena Contemporânea – Rio de Janeiro, Brasil, Convite à Viagem: Rumos Artes Visuais 2011-2013 – Paço Imperial – Rio de Janeiro, Brasil

 

 

 

 

Gabriela Mureb

 

Gabriela Mureb nasceu em Niterói em 1985. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. É mestre em Linguagens Visuais pela UFRJ, onde graduou-se em Pintura. Foi uma das artistas selecionadas pelo programa Rumos Artes Visuais 2011-2013. Em 2014 participou do 65º Salão de Abril (no Centro Cultural Banco do Nordeste, CE) e do Novíssimos (na Galeria Ibeu, RJ). Entre suas principais exposições estão a individual Corpos Dóceis, na galeria A Gentil Carioca (2009, RJ) e as coletivas Convite à Viagem, com curadoria de Agnaldo Farias, (no Itaú Cultural, SP, em 2012 e no Paço Imperial, RJ, em 2013), Espelho Refletido – O Surrealismo e a Arte Contemporânea Brasileira, com curadoria de Marcus Lontra Costa, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (2012, RJ) e Jogos de Guerra, com curadoria de Daniela Name, no Caixa Cultural (2011, RJ). Participou dos festivais de performance Queer Zagreb, em 2012, e Queer NY, em 2013.

 

 

 

 Ana Paula Oliveira

 

Ana Paula Oliveira (Uberaba MG 1969). Escultora. Cursa artes plásticas na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Em 1999, integra a cooperativa de artistas Olho Seco, do ateliê Daora Brandão, e participa de suas primeiras exposições coletivas: uma no próprio ateliê; outra no Museu Brasileiro de Escultura – MuBE, sob a orientação de Nazareth Pacheco (1961); e a última, Corpó, no Ateliê Alexandre Menossi, todas em São Paulo. Em 2001, faz a primeira individual, na Capela do Morumbi. No mesmo ano, junto com os artistas do Olho Seco, cria a galeria independente 10,20×3,60, em São Paulo. No ano seguinte, participa nessa galeria de uma mostra coletiva orientada por Laura Vinci (1962) e recebe o prêmio aquisição do Centro Cultural São Paulo – CCSP, onde faz uma individual e uma coletiva. É em 2003, na 10,20×3,60, por ocasião da instalação Alvorada minha terra, que a artista utiliza pela primeira vez animais vivos.

 

 

 

 

Até 10 de janeiro de 2016.