Proteção e liberdade

23/out

A artista plástica e arquiteta Cláudia Castro Barbosa inaugurou a individual “Janelas”, no Centro Cultural Candido Mendes, Ipanema. São 15 trabalhos que retratam metáforas entre o dentro e o fora.

A palavra da artista

“A paisagem se replica sob diferentes lembranças e humores, tendo como tema a contraposição das montanhas com o espaço urbano, do dia com a noite, do abstrato e do geométrico frente ao caos da natureza, além de um fascínio pela visão do primitivismo do mar e do céu, separados pela linha do horizonte. A intenção é proporcionar ao observador uma ilusão de proteção e, ao mesmo tempo, de liberdade”.

A mostra permanecerá em cartaz até 17 de novembro.

Exposição e livro

Chama-se “O fardo, a farda, a fresta”, a nova exposição individual de Rivane Neuenschwander na Fortes D’Aloia & Gabriel, Galpão, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, abrirá no próximo sábado, dia 28 de outubro.

Na mostra, em cartaz até 16 de desembro, Rivane Neuenschwander aborda a persistência contemporânea de estruturas herdadas dos anos da ditadura militar no Brasil (1964 – 1985) por meio da tradução de relatos e lembranças ambientadas no período em configurações visuais. Lançamento do livro “Reviravolta de Gaia” de Rivane Neuenschwander e Mariana Lacerda, Editora Cabogó e M-1edições.

Prêmio FOCO: entrevista com Yhuri Cruz

19/out

Yhuri Cruz (1991, Rio de Janeiro) foi um dos seis selecionados na oitava edição do Prêmio FOCO ArtRio, junto com Gê Viana, Laryssa Machada, Mônica Ventura, Rose Afefé e Uyra. Artista visual, escritor e dramaturgo, ele desenvolve sua prática artística e literária a partir de criações textuais que envolvem ficções históricas e proposições performativas e instalativas em coletivo.

“Acho que um resumo da minha pesquisa pode ser como transformar a palavra em ação. Tenho trabalhos que lidam com escrita, mas muitos outros que lidam com a tradução de uma escrita em performance, em dramaturgia, em convites a amigos e amigas, atores e atrizes para habitar comigo em um espaço de ficção e ação. E vou habitando, compondo esses espaços ficcionais com objetos e esculturas, desenhos. Mas eu sou interessado em história e ação”, explica.

No estande do Prêmio FOCO da ArtRio, Yhuri Cruz apresentou duas obras. A primeira foi “Jongo & Adriano: Uma Fotonovela. Capítulos 1,2 e 3″, de 2022. A obra integrou a coletiva “Um defeito de cor”, no Museu de Arte do Rio e foi publicada na revista de fotografia “Zum”, editada pelo Instituto Moreira Salles (IMS).

“É uma fotonovela baseada em dois personagens secundários do livro “Um Defeito de Cor”, da Ana Maria Gonçalves. Como eu me apaixono muito por eles, eu resolvi escrever um spin-off, um tipo de história paralela para eles, antes dos dois chegarem no livro de fato. E Jongo e Adriano são um casal homossexual, de homens negros, que estão em fuga, em busca da sua liberdade. Tanto de existir quanto uma liberdade de amar também”.

O segundo trabalho é o vídeo “Revenguê: a sétima cena de Pretofagia”, 2023, nome de sua individual que encerrou no dia 1º de outubro, também no Museu de Arte do Rio. “Eu trouxe um vídeo editado da cena da performance, que acontece dentro dessa exposição. E é muito especial, porque sou eu e a Pretofagia, que é o meu grupo de encenação, minha pesquisa dramatúrgica, mostrando que o campo das artes visuais pode ser menos estático do que a gente imagina e as ficções podem dançar também”.

Como premiação do FOCO, o artista vai participar de uma residência artística no  Irê – Arte, praia e pesquisa, na Bahia. “Estou muito animado. A Rebecca Carapiá, gestora do Irê, é uma super amiga. E planejo fazer a minha segunda fotonovela em Salvador, ainda à procura de uma história para contar!”, completa.

Sobre o artista

Yhuri Cruz é artista visual, escritor e dramaturgo graduado em Ciência Política (UNIRIO) e pós-graduado em Jornalismo cultural (UERJ). Sua pesquisa aborda problemáticas dos sistemas de poder, habitando a crítica institucional e discutindo relações de opressão, resgates histórico-subjetivos e violências sociais reprimidas, mas também pela fabulação crítica e a fantasia. Foi indicado ao Prêmio PIPA em 2019 e, no mesmo ano, realizou “Pretofagia”, sua primeira individual no Centro Municipal de Artes Hélio Oiticica, Rio de Janeiro. Em 2019 foi ganhador do Prêmio Reynaldo Roels com a instalação Pública “O Cavalo é Levante: Monumento a Oxalá e aos trabalhadores”. Tem seus trabalhos em coleções públicas e privadas.

Palestra de Daniela Name

18/out

A crítica de arte e pesquisadora Daniela Name falará no dia 24 de outubro, às 18h, sobre as obras da artista Amelia Toledo (1926-2017) expostas em “O rio (e o voo) de Amelia no Rio”, na Nara Roesler Rio de Janeiro, que foi prorrogada até 04 de novembro.

Daniela Name foi curadora, juntamente com Marcus de Lontra Costa, da exposição “Forma fluida”, primeira grande mostra panorâmica dedicada à obra de Amelia Toledo no Rio de Janeiro, realizada no Paço Imperial, de 17 de dezembro de 2014 a 1º de março de 2015.

Com mais de 50 obras – entre pinturas, esculturas, objetos, aquarelas, serigrafias e desenhos – “O rio (e o voo) de Amelia no Rio”, na Nara Roesler, ilumina o período frutífero e experimental da produção da artista quando viveu no Rio, nos anos 1970 e 1980, que marcou sua trajetória, reverberando em trabalhos posteriores.

Além de obras icônicas, como o livro-objeto “Divino Maravilhoso – Para Caetano Veloso” (1971), dedicado ao cantor e compositor, ou trabalhos que estiveram em sua impactante individual “Emergências”, no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 1976, a exposição na Nara Roesler Rio de Janeiro traz pinturas e aquarelas inéditas, em que o público pode apreciar sua experiência com a luz, e a incorporação em seu trabalho de materiais como pedras, conchas marinhas e cristais.

A Casa é Nossa

06/out

Acaba de nascer um novo complexo cultural agregador no Rio de Janeiro: a Sala Partisan, na Lapa. Convidado para assumir a curadoria das exposições do espaço, que abre as portas ao público no sábado, dia 07 de outubro, o produtor de artes visuais Paulo Branquinho logo reuniu um grupo de 21 artistas para uma mostra arrojada, à altura da aguardada ocasião.

Artistas participantes

Adriana Nataloni, Albenzio Almeida, Ana Rutter, Ângelo Milani, Antônia Philipsen Boaventura, Bruca Manigua, Deisi Paiva, Domenico Salas,  Edna Kauss,  Ed Di Lallo, Edson Landim,  Enéas Valle, Ismael Davi, Jung Wladimyr, Lara Milani,  Lina Zaldo,  Lúcia Meneghini, Marcelo Gomes, Mário Campioli, Solange Palatnik e Umberto França integram o grupo convidado para a mostra intitulada “A Casa é Nossa”.

“Além de ser configurada como um grande salão para receber exposições, como esta que será apresentada, a sala dispõe também de um bar e drinqueria, um convite para um bom bate papo, música, artes visuais, performances, lançamentos de livros e o que mais vier com a proposta de incentivar a cena cultural carioca”, diz Paulo Branquinho.

A versatilidade dá o tom deste primeiro evento, antecipando o que está por vir. Conhecido por seus trabalhos com troncos de árvores mortas, o escultor (e velejador) Albenzio Almeida levará suas esculturas em ferro oxidadas pelo mar, criadas especialmente para o evento. Edna Kauss, apresentará uma obra in situ, um portal com iluminação de lâmpadas de neon criado para o local, onde o visitante “entra” em sua obra de linhas e luzes. Mário Campioli, mestre em efeitos especiais e hiper-realismo, promete uma performance no mínimo impactante: chegará acompanhado de um jovem modelado por ele em silicone.

Visitação: de 10 a 28 de outubro.

Individual no Ateliê 31

A artista Yuli Anastassakis apresenta até o dia 27 de outubro, a exposição individual “Plantas Imaginárias de Proteção”, no Ateliê 31, centro do Rio de Janeiro, com texto crítico de Shannon Botelho. Na mostra, composta integralmente por obras em bordados, Yuli apresenta um recorte recente de sua pesquisa, na qual investiga as dinâmicas do tempo, sua transcorrência, sua velocidade e os sentidos por ele abarcados. Em “Plantas Imaginárias de Proteção”, a artista que atualmente vive em Lisboa (Portugal), sugere um momento em que a projeção de imagens nos auxilia a pensar o presente e as possíveis formas de proteção que as plantas podem nos ofertar. Nos trabalhos apresentados são dispostas espécies inventadas para nos proteger, uma vez que o real não basta e a imaginação criadora atravessa os véus do mundo palpável, como amuletos bordados.

“Após tantos séculos, os humanos – apesar da negação sistêmica – não conseguiram abandonar, nem desentender as plantas como seres protetores. Por esta razão esta exposição acontece, como um misto de imaginação, desejo, crença e celebração das formas de proteção que subsistem ao embrutecimento do mundo contemporâneo”, explica Shannon Botelho no texto crítico da exposição. Indicada ao Prêmio Pipa 2023, Yuli Anastassakis cativa o observador pela poética do seu trabalho a partir da identificação que cada um, individualmente, se relacionará com o seu sentido de proteção.

Sobre a artista

Nascida em Nova Iguaçu, RJ (1977), e atualmente vivendo em Lisboa, Portugal, Yuli Anastassakis desenvolve trabalhos em bordado, fotografia e pintura. Nos últimos anos vem pesquisando a relação entre arquivos, plantas, palavras, tempo e memória. Seu trabalho parte de reflexões relacionadas às seguintes questões: o tempo do bordado, o tempo das plantas; o tempo expandido e as tentativas de desaceleração; as relações entre plantas, pessoas e suas crenças; a captura e arquivamento das coisas do mundo; a memória do tempo presente; a forma como tentamos guardar imagens e palavras e a maneira como elas tendem a desaparecer. É Bacharel em Ciências Sociais pelo IFCS/UFRJ e Mestre em Processos Artísticos Contemporâneos pelo PPGARTES/UERJ. Fez cursos de vídeo-arte, desenho e pintura na EAV do Parque Lage. Atualmente participa do grupo de acompanhamento artístico do NowHere_Lisboa, com orientação de Cristiana Tejo. Foi assistente dos artistas Barrão e Carlito Carvalhosa. Trabalha como produção de/para arte desde 1998.

Sobre o Ateliê 31

Com um total de 220 m² e localizado em um ponto estratégico do centro do Rio de Janeiro – Rua México 31 -, próximo aos principais museus, centros culturais, estações de metrô e teatros da cidade, o Ateliê 31 é um espaço de arte independente e com a proposta de proporcionar aos artistas cinco salas exclusivas de ateliês; uma sala para exposições que abrigará mostras coletivas e individuais; uma sala para residentes nacionais e/ou estrangeiros; áreas comuns para encontros, troca de ideias e criações; ambiente colaborativo para workshops, palestras e outros eventos; e suporte para artistas contemporâneos, através do acompanhamento artístico e de carreira com Shannon Botelho, curador e crítico de arte, responsável pela gestão artística do espaço. O Ateliê 31 é um ponto de encontro para a cena artística carioca e potencializador do projeto de revitalização do centro do Rio de Janeiro.

História do funk no MAR

Música e artes visuais se unem em duas mostras que aportaram no Museu de Arte do Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, que recebeu a exposição “Funk: Um Grito de Ousadia e Liberdade”, coletiva que conta a história do funk carioca, enquanto um casarão no bairro sedia “Ocupação Iboru”, desdobramento do álbum “Iboru”, de Marcelo D2.

Com mais de 900 obras, a principal mostra do MAR em 2023 recria a história do gênero musical que a batiza, indo dos bailes black da década de 1970 aos dias de hoje. São fotografias, pinturas, objetos, vídeos e instalações de mais de cem artistas, entre eles nomes como Hebert, Vincent Rosenblatt, Blecaute, Maxwell Alexandre, Panmela Castro, Gê Viana e Daniela Dacorso, dentre muitos outros.

A curadoria é de Marcelo Campos, curador-chefe do MAR, Amanda Bonan, gerente de curadoria do MAR, Dom Filó e Taísa Machado, com um time de consultores: Deize Tigrona, Sir Dema, Marcello B Groove, Tamiris Coutinho, Celly IDD, Glau Tavares, Sir Dema, GG Albuquerque, Leo Moraes e Zulu TR.

Na abertura, recebeu uma série de atrações, como apresentação de dança do Afrofunk Rio e show com MC Cacau cantando MC Marcinho.

Conversa no CCBB RJ

04/out

É amanhã, quinta-feira, dia 05 de outubro, às 18h, a conversa com Evandro Teixeira, um dos principais nomes do fotojornalismo brasileiro, o curador Sergio Burgi e o ensaísta Alejandro Chacoff, no Centro Cultural Banco do Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ. O evento é gratuito. A conversa integra a mostra “Evandro Teixeira, Chile, 1973″, que pode ser vista até o dia 13 de novembro.

A conversa será em torno da impactante série de imagens realizadas por Evandro Teixeira no Chile, em 1973, poucos dias após o golpe militar de 11 de setembro. Evandro viajou para Santiago, enviado pelo Jornal do Brasil, e revela, através de suas fotos, uma cidade sitiada, ocupada pelas forças militares. Neste período, também registrou o falecimento do grande poeta chileno Pablo Neruda, sendo o único fotógrafo do mundo a fotografá-lo logo após a sua morte, ainda na clínica onde faleceu, perpassando pelo velório em sua residência depredada e o enterro com grande participação popular, documentando a primeira grande manifestação contra o regime do general Augusto Pinochet.

A exposição no CCBB RJ apresenta cerca de 160 fotografias de Evandro Teixeira (1935), baiano radicado no Rio de Janeiro, que fez toda a sua carreira na imprensa carioca, onde atuou por quase seis décadas, sendo 47 anos no Jornal do Brasil. Com curadoria de Sergio Burgi, coordenador de fotografia do Instituto Moreira Salles, a mostra chega ao Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro depois de ter sido apresentada com enorme sucesso no Instituto Moreira Salles Paulista, e integra a parceria firmada entre as duas instituições em 2022. A sede do Instituto Moreira Salles no Rio de Janeiro está fechada para reformas. A realização na cidade tem patrocínio do Banco do Brasil. A mostra reúne importantes fotografias em preto e branco, com destaque para a cobertura internacional do golpe militar no Chile em 1973. No país andino, Evandro Teixeira produziu imagens impactantes do Palácio De La Moneda bombardeado pelos militares, dos prisioneiros políticos no Estádio Nacional em Santiago e do enterro do poeta Pablo Neruda.

Além dos registros feitos no Chile, a mostra traz imagens produzidas por Evandro Teixeira durante a ditadura civil-militar brasileira, em um diálogo entre os contextos históricos dos dois países. Em monitores dispostos pelo espaço expositivo, também são apresentados trechos de filmes que documentam o período, como “Setembro chileno”, de Bruno Moet, e “Brasil, relato de uma tortura”, de Haskell Wexler e Saul Landau. A mostra apresenta, ainda, livros, fac-símiles e outros objetos, como máquinas fotográficas e crachás de imprensa.

Exposições simultâneas

Segue em cartaz até o dia 21 de outubro, três individuais simultâneas na Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. No térreo, no grande cubo branco, está “Pedra Latente”, do celebrado artista Rodrigo Braga; no segundo andar expositivo estão as esculturas em aço pintado com tintas automotivas de Michelle Rosset – que apresenta um vídeo no contêiner no terraço – e as pinturas de Esther Bonder.

Após cinco anos sem expor no Rio, desde que se mudou para Paris no final de 2018, Rodrigo Braga mostra agora obras inéditas e recentes, em desenhos e fotografias que aprofundam e radicalizam sua pesquisa iniciada em 2017, no Cariri cearense e nas regiões de pedras calcárias na França. O artista discute uma saída para além das dicotomias – preto e branco, direita e esquerda, positivo e negativo. O texto crítico é de Bianca Bernardo.

Em “Pequeno Ato”, Michelle Rosset criou especialmente para a mostra quatro esculturas em aço – pintadas, cada uma, em cores primárias: amarelo, vermelho, azul e preto com tinta automotiva, resistente ao tempo -, e o ponto de partida foi a “Carta a Mondrian”, escrita por Lygia Clark (1920-1988), em 1959, quinze anos após a morte de Piet Mondrian (1872-1944). Michelle Rosset buscou em seu processo criativo fundir aspectos dos trabalhos dos dois grandes artistas. Assim, eladobrou incontáveis vezes folhas de papel quadradas em busca de “sair das formas retas para as curvas”.

Em “Sob a luz de outros sóis”, com pinturas recentes de Esther Bonder, a artista exalta a natureza em paisagens luxuriantes. Esta é a primeira individual da artista na Anita Schwartz Galeria, e a curadoria é de Sandra Hegedus, e o texto crítico de Shannon Botelho.

Obras emblemáticas de Amelia Toledo

03/out

Segue em cartaz até o dia 21 de outubro a exposição “O rio (e o voo) de Amelia no Rio”, na Nara Roesler, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A mostra é dedicada ao período em que Amelia Toledo viveu no Rio de Janeiro nos anos 1970 e 1980, período em que iniciou uma obra pioneira na história da arte brasileira, e ultrapassou a linguagem construtiva incorporando elementos da natureza, criando o que se pode chamar de abstração ecológica. A exposição traz mais de 50 obras emblemáticas da artista, como pinturas, esculturas, objetos, aquarelas, serigrafias e desenhos produzidas na cidade, ou que foram desenvolvidas posteriormente a partir de suas pesquisas naquele período.

Amelia Toledo (1926, São Paulo – 2017, Cotia, São Paulo) iniciou seus estudos em arte no final dos anos 1930, e ao longo de sua trajetória participou de diversas exposições no Brasil e no exterior, entre elas várias bienais, e possui obras em importantes coleções institucionais. Além de trabalhos icônicos como “Divino Maravilhoso – Para Caetano Veloso” (1971), um livro-objeto em papel, acetato e fotomontagem, dedicado ao cantor e compositor, e obras que integraram sua impactante individual “Emergências” em 1976, no MAM do Rio de Janeiro, a exposição reúne pinturas e aquarelas inéditas em que o público verá sua experiência com a luz, e a incorporação em seu trabalho de materiais como pedras, conchas marinhas e cristais.

Amelia Toledo criou o Projeto Cromático – premiado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil -, com 68 tons, que revestem as paredes da Estação Arcoverde do Metrô, em Copacabana, no Rio de Janeiro, inaugurada em 1998. Sua intenção foi fazer com que o público não se sentisse caminhando em direção ao fundo da terra, como disse em entrevistas na época. Na Praça Arcoverde, em frente à estação, está a fonte/escultura “Palácio de Cristal” (1998), um bloco de quartzo rosa sobre espelho d’água, de 140 cm x 140 cm x 140 cm, criada também pela artista. Em São Paulo, há obras públicas no Ibirapuera – uma delas inaugurada recentemente – no Metrô do Brás e no Parque Vila Maria.