Na Fundação Francisco Brennand.

12/dez

“Pancetti retratou amorosamente a nossa gente, a nossa luz e o nosso mar.”

Denise Mattar.

O Instituto Ricardo Brennand, Recife, PE, encerra sua agenda de exposições de 2024 com “Pancetti: o mar quando quebra na praia…”. A mostra ocupará um dos espaços nobres do centro de arte da Várzea, a Sala da Rainha, que integra à pinacoteca, com mais de 40 obras que revelam a importante trajetória artística do pintor brasileiro José Pancetti com sua obra representativa do Modernismo Brasileiro.

O artista nascido em Campinas, São Paulo (1902-1958) sempre demonstrou em sua obra grande interesse pelo nordeste brasileiro, a exibição conta Marinhas, Retratos, Naturezas – Mortas, Paisagens, que remetem diretamente ao mar, tanto por sua obra, quanto pela profissão de marinheiro que José Pancetti exerceu. A exposição já ocupou, com sucesso de público e crítica, a Casa Fiat, em Belo Horizonte e o Farol Sandander, em São Paulo

Pancetti é visto pelos estudiosos como um pintor singular em seu estilo, de formação quase autodidata, embora tenha circulado em meio de grandes influências artísticas.

“Pancetti: O mar quando quebra na praia….” tem a curadoria de Denise Mattar. “Essa seleção permite ao espectador apreciar as diversas facetas de Pancetti através de um conjunto de obras que nunca estiveram reunidas, até essa exposição. O Instituto Ricardo Brennand oferece, portanto, oportunidade aos pernambucanos de conhecerem melhor o artista e sua obra, sua arte”, afirma Denise Mattar que reuniu obras pertencentes à instituições parceiras, como o Acervo Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP, Coleção Nilma Pancetti, Coleção Museu Nacional de Belas Artes, Instituto Casa Roberto Marinho, Acervo Banco Itaú, entre outros.

Sobre a curadoria

Denise Mattar. Como curadora independente realizou mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Prêmio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Frans Krajcberg, entre outras. As mostras temáticas: Traço, Humor e Cia, O Olhar Modernista de JK, O Preço da Sedução, O’ Brasil, Homo Ludens, Nippon, Brasília – Síntese das Artes, Tékhne e Memórias Reveladas, (Prêmio ABCA), Pierre Cardin, Mário de Andrade, Projeto Sombras, No Balanço da Rede, Duplo Olhar.

Até 16 de março de 2025.

Imagens quilombolas de Amanda Tropicana.

A Fundação Pierre Verger, Salvador, Bahia, lança o catálogo da exposição fotográfica “Raízes”, de Amanda Tropicana, que apresenta imagens das comunidades quilombolas de Caetité, no sudoeste da Bahia. O catálogo, com 54 páginas, foi editado pela Fundação Pierre Verger e faz parte do projeto 16 Ensaios Baianos. Com a exposição “Raízes”, a artista buscou dar visibilidade ao cotidiano e à luta das comunidades de Lagoa do Mato, Vereda dos Cais e Sapé, localizados a cerca de 600 km de Salvador.

A exposição “Raízes”, que é a terceira edição da série, foi realizada em parceria com a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 3 e também destaca a presença de lideranças femininas quilombolas. Nas edições anteriores, o projeto 16 Ensaios Baianos já trouxe os ensaios “Vaqueirama”, de Ricardo Prado, e “Herança do Pai”, de João Machado.

As fotografias de “Raízes” foram capturadas como parte de uma iniciativa para dar visibilidade às necessidades e à resistência destas comunidades. A venda das fotografias durante a exposição será revertida para as próprias comunidades fotografadas, deduzidos os valores de custo de impressão e as comunidades receberão exemplares do catálogo da exposição.

Além da exposição Amanda Tropicana expande seu portfólio com projetos que investigam as relações culturais entre a Bahia e os países africanos. Recentemente, ela desenvolveu o projeto “Foto-Diáspora: Moçambique”, pesquisa fotográfica que, por meio de várias imersões, examina as conexões culturais entre a Bahia e os países africanos envolvidos na diáspora forçada do século XIX. O projeto teve sua primeira circulação em Maputo e Ponta D’Ouro, em Moçambique, e passagens rápidas por Johanesburgo, na África do Sul. Em 2025, o projeto se expandirá para outros dois países africanos.

Exposição fotográfica Raízes, de Amanda Tropicana na Galeria da Fundação Pierre Verger, no Centro Histórico de Salvador.

A Natureza como um fluxo integrado.

10/dez

Willy Chung apresenta a individual “Mato-à-Mata”, no Centro Cultural Correios Rio de Janeiro. A exposição Mato-à-Mata, é a primeira individual de Willy Chung, na qual explora as conexões entre o humano e o mundo natural por meio de pinturas, esculturas e instalações. Inspirado pelos princípios das filosofias orientais e das práticas meditativas, o artista apresenta a Natureza como um fluxo integrado, onde vegetal, mineral, animal e humano coexistem. A mostra, que tem curadoria de Fabricio Faccio, propõe uma experiência sensível e contemplativa, destacando obras que questionam as fronteiras entre Natureza e cultura, enquanto convidam o público a refletir sobre seu lugar no mundo.

Willy Chung, com ascendência oriental, em sua prática artística, mergulha na visão conceitual da não dualidade, abordando o todo como unidade, evocando uma harmonia que se revela através de uma aproximação dos princípios das filosofias orientais e das práticas meditativas. Em suas obras, a natureza não é apenas cenário ou objeto de contemplação, mas um fluxo contínuo, um campo onde o humano e o vegetal, o mineral e o animal coexistem sem hierarquias, dissolvendo fronteiras. Esse diálogo entre arte e Natureza ganha forma em cores, texturas e gestos que evocam a fluidez universal, tal como unidade, o caminho que conecta todos os seres, onde o estado de fluxo encontra equilíbrio no desabrochar espontâneo da vida. Em cada tronco sinuoso, folha em mutação ou paisagem recriada, percebe-se um chamado para reconhecermos o que já somos: parte indivisível da mesma trama que tece o mundo

Sobre o artista

Willy Chung, nasceu em 1987 no Rio de Janeiro cidade onde vive e trabalha. É artista visual formado em Pintura na Escola de Belas Artes da UFRJ e com experiências na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, PUC-Rio e Ateliê do Mestre Lydio Bandeira de Mello. Chung foi assistente de artistas proeminentes, como Daniel Senise e Roberto Cabot. Atuou como professor de Desenho e Pintura na Casa de Cultura Rio das Ostras, no Museu Casa de Casimiro de Abreu em Barra de São João e na Casa de Cultura de Casimiro de Abreu, já ganhou o Prêmio Funarte Medalhas do Centenário da Semana de Arte Moderna de 2022.

O curador

Fabricio Faccio é curador independente. Atuou como produtor na Anita Schwartz Galeria de Arte e na Cassia Bomeny Galeria, acumulando experiência em produção de exposições institucionais e em feiras de arte. Historiador da Arte e Arte Educador, Fabrício é formado pela Escola de Belas Artes da UFRJ e pela EAV Parque Lage, tendo realizado um período de intercâmbio acadêmico na Universitat de València, Espanha. É mestre em Artes Visuais pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV), destacando-se por sua abordagem que explora as interseções entre arte, cultura e contemporaneidade.

Até 15 de janeiro de 2025.

Esculturas de Flávio Cerqueira.

09/dez

“Eu penso a escultura como o instante pausado de um filme”, explica Flávio Cerqueira ao comentar sua carreira, que chega à marca de 15 anos com uma retrospectiva individual inédita no CCBB São Paulo, com curadoria de Lilia Schwarcz, historiadora, antropóloga e imortal da Academia Brasileira de Letras.

A declaração do artista joga luz sobre o forte teor de narrativa que imprime em suas obras, com esculturas figurativas em bronze que convidam o público a completar as histórias contidas em cada detalhe de personagens tipicamente brasileiros.

“Muito vinculada a uma certa história ocidental, a escultura em bronze celebrava o privilégio de homens brancos. Insurgindo-se contra essa narrativa, Flávio Cerqueira seleciona pessoas que observa no dia a dia, imersas em seu próprio cotidiano, e as eleva no bronze. São personagens representados de maneira altiva, com respeito, quase de maneira filosófica”, comenta a curadora.

Reconhecidas pela originalidade e riqueza de detalhes, as esculturas de Cerqueira ocupam todos os andares e o subsolo do prédio histórico do CCBB no centro da capital paulista – no térreo, os visitantes vão encontrar “O jardim das utopias”, uma seleção de trabalhos pensados para áreas abertas, que exploram a temática das fontes ornamentais e esculturas instaladas em praças públicas. “A busca por uma mudança do eu e o desejo de criar um lugar imaginário norteiam essa ilha de possibilidades, muitas vezes utópicas, mas que trazem leveza ao cotidiano caótico da existência”, afirma o artista sobre as obras que vão dar as boas-vindas aos visitante.

“Meu fazer artístico é o processo de transformação pelo qual passa cada material até se tornar uma escultura: a cera de abelha misturada com óleos e um pó de barro peneirado que transformo em platina e que, modelada por minhas mãos, se torna uma figura. As misturas das ligas metálicas como cobre, estanho, chumbo, zinco, ferro e fósforo derretidos a mais de mil graus centígrados que, despejadas em um bloco de areia com dióxido de carbono, eternizam essas formas modeladas em um dos mais nobres materiais da escultura, o bronze”.

Sobre o artista

Flávio Cerqueira nasceu em São Paulo, em 1983, onde vive e trabalha. Sua graduação em artes plásticas o introduziu na linguagem escultórica, pesquisa que aprofundou no mestrado e doutorado na Universidade Estadual Paulista. Em sua prática, especializou-se nos processos tradicionais de fundição em bronze. Por meio dessas técnicas milenares, o artista captura momentos singulares de situações cotidianas e os transforma em questões centrais de sua poética.

Até 17 de fevereiro de 2025.

Moda brasileira no Itaú Cultural.

03/dez

Artistas do vestir: uma costura dos afetos é a mostra que encerra o calendário de grandes exposições do Itaú Cultural, São Paulo, SP. Com curadoria de Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, “Artistas do vestir” perpassa grupos diversos do pensar e fazer moda brasileira – com foco em artistas que trabalham com temáticas e grupos ancestrais, em um amplo leque como as Bordadeiras do Curtume do Vale do Jequitinhonha, Ekedy Sinha, Fernanda Yamamoto e Lino Villaventura. Além de obras que abordam temáticas contemporâneas ligadas a questões políticas, de gênero, raciais e performáticas, em uma mescla de nomes da moda brasileira – entre eles, Alexandre Herchcovitch, Dudu Bertholini, Fause Haten, Jal Vieira, João Pimenta, Lab Fantasma, Maxwell Alexandre, Sioduhi e Vicenta Perrota. E por fim, a mostra também apresenta desenhos e costuras contínuas de um ateliê de moda; um espaço que também irá acolher performances, esculturas têxteis e oficinas.

Em cartaz até 23 de fevereiro de 2025.

Exibição com sala interativa.

02/dez

A Casa Roberto Marinho, Cosme Velho, Rio de Janeiro, exibe a exposição inédita “Geometria inquieta”, na qual reuniu mais de cem obras do artista Ascânio MMM, de 83 anos, e conta com a curadoria de Lauro Cavalcanti. A mostra abrange trabalhos que se estendem por seis décadas da carreira do artista.

Entre as atrações, haverá uma reprodução do ateliê de Ascânio MMM, localizado no bairro do Estácio, e uma sala interativa onde o público poderá manipular algumas obras. Além disso, esculturas do artista estarão expostas nos jardins do casarão, que foram originalmente projetados por Roberto Burle Marx.

A exposição promete uma experiência única, permitindo que os visitantes não apenas apreciem as obras, mas também interajam com elas. A iniciativa visa destacar a trajetória e a versatilidade de Ascânio MMM, um dos nomes importantes da arte contemporânea brasileira.

A Casa Roberto Marinho, conhecida por promover a cultura e as artes, se torna mais uma vez um espaço de relevância para a difusão da arte, ao abrir suas portas para esta significativa mostra.

A complexidade da Arte Brasileira.

O MAM Rio reabriu ao público dia primeiro de dezembro com a mostra “Uma história da arte brasileira”, que foi vista pelos Chefes de Estado e líderes presentes no G20. Como legado do evento ao museu e à cidade, o Bloco Escola será entregue reformado, e é lá que a exposição está sendo remontada.

O icônico prédio do Bloco Escola, com seus característicos cobogós, foi o primeiro espaço do museu quando inaugurado, em 27 de janeiro de 1958. O bloco que passaria a alojar as futuras exibições só foi inaugurado em outubro de 1967, ou seja, nove anos depois de inaugurado o primeiro edifício.

Em 1959, lá aconteceram os primeiros cursos do Atelier de Gravura. Dentre as exposições ali realizadas, destacam-se algumas que marcaram não apenas a história do museu, mas também da própria História da Arte Moderna no Brasil, como a “Exposição Neoconcreta” (1959); as mostras “Opinião 65″ e “Opinião 66″ (realizadas respectivamente em 1965 e 1966); e a “Nova Objetividade Brasileira” (1967).

As obras realizadas pela prefeitura incluem, além da limpeza dos cobogós, a regularização das muretas da laje, que ganhou novas pedras em granito, a impermeabilização de pisos e jardineiras, a execução de infraestrutura elétrica; reformas em pisos, paredes e teto de salas internas e o restauro da sala onde era o antigo depósito de filmes no Bloco Escola, além do restauro do chafariz, ali em frente.

Com curadoria de Pablo Lafuente e Raquel Barreto, a exposição reúne aproximadamente 65 obras, incluindo pinturas, esculturas e fotografias, de nomes consagrados como Tarsila do Amaral, Cildo Meireles, Lygia Clark, Adriana Varejão, Di Cavalcanti e Tomie Ohtake. O objetivo é explorar a diversidade e a complexidade da Arte Brasileira ao longo de mais de um século.

Vale conferir a nova mostra (desenvolvida a partir do acervo do MAM Rio) e as novas instalações do prédio.

Doações em exposição no Paço Municipal.

29/nov

O Museu de Arte do Paço Municipal, Praça Montevidéu, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, abriu a exposição “Doações de Rolf Zelmanowicz”. Esta mostra – com curadoria de Ana Laggazio, Victor Dalagnol e Magnólia Leão – apresenta um recorte da doação recebida em junho de 2023 pela Prefeitura de Porto Alegre, reunindo artistas, técnicas e épocas distintas. Nesta seleção – adquiridas durante a vida de Rolf Zelmanowicz -, foram selecionadas algumas obras de artistas destacados, relevantes e atuantes no Rio Grande do Sul ao longo do século XX.

Sobre o colecionador

Rolf Udo Zelmanowicz (Alemanha, 1931 – Porto Alegre, 2023) foi um médico, professor e empresário que, junto com a esposa Elisabete de Medeiros Zelmanowicz (Porto Alegre, 1940, de formação pelo Instituto de Belas Artes) exerceu o papel de mecenas, estimulando diferentes vertentes culturais e proporcionando visibilidade a artistas que, segundo ele próprio, “…mereciam o devido reconhecimento de suas expressões, fossem desenhos, pinturas ou esculturas”.

Artistas participantes:

Alice Soares, Antônio Caringi, Angelo Guido, Antonio Carlos Maciel, Augusto Luiz de Freitas, Carlos Tenius, Danúbio Gonçalves, Elisabete Zelmanowicz, Ernesto Frederico Scheffel, Francis Pelichek, Glenio Bianchetti, Guma, João Fahrion, João Luiz Roth, José Lutzenberger, Léo Dexheimer, Leopoldo Gotuzzo, Libindo Ferrás, Nelson Boeira Faedrich, Oscar Boeira, Pedro Weingärtner, Rose Lutzenberger, Sotero Cosme, Vasco Prado, Xico Stockinger.

Visita da arte argentina contemporânea.

A Coleção Oxenford, considerada a mais expressiva de arte contemporânea da Argentina, será apresentada na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, RS. “Un lento venir viniendo – Capítulo III” fica em cartaz de 07 de dezembro a 23 de fevereiro de 2025. A abertura contará com a performance de bailarinos.

Essa exibição trata-se de um recorte da coleção do empresário Alec Oxenford, que, atualmente, reúne 600 peças de 200 artistas e promove um panorama da arte contemporânea argentina entre o final do século 20 e início do 21. No dia da abertura, ás 15h, será realizada a performance “Soy un disfraz de tigre”, da artista plástica Cecilia Szalkowicz, e às 16h, uma visita guiada pelo poeta e curador independente Mariano Mayer.

A seleção de trabalhos e de artistas para “Un lento venir viniendo” foi dividida em “capítulos” para as três mostras no Brasil, que já passou pelo Museu de Arte Contemporânea (MAC) de Niterói (Capítulo I) e Instituto Tomie Ohtake (Capítulo II), em São Paulo. Na Fundação Iberê Camargo (Capítulo III), o episódio estético de destaque é a literatura do porto-alegrense João Gilberto Noll (1946-2017), e, em particular, “A céu aberto”, obra que transborda de imagens e procedimentos para dar forma a uma sensibilidade que desafia a nossa própria experiência de mundo.

“Pensamos nas relações com cada cidade e com a arquitetura de cada museu. É realmente como uma história contada em diferentes capítulos. O título (“Um lento vir vindo”, em tradução livre) aponta este movimento, de criar um vínculo aos poucos, e que ele se estabeleça nas duas direções. O “Capítulo III” descobre no conjunto de afetos precários uma zona para o encontro e a retroalimentação entre duas forças experimentais: a literatura de João Gilberto Noll e a arte. A potência precária age como uma plataforma interpretativa com a que as peças selecionadas nos per mitem voltar a experimentar a arte e o mundo, as suas possibilidades e as suas impossibilidades”, destaca Mariano Mayer.

“Capítulo III”, que ocupará o segundo andar da Fundação Iberê Camargo, é composta por 50 obras de 45 artistas e apresenta uma diversidade de linguagens, entre pinturas, fotografias, vídeos, instalações visuais e sonoras, performances, esculturas, colagens e publicações, propondo uma reflexão sobre a “potência do precário” como uma condição de constante transformação e instabilidade, tanto nos objetos quanto nas pessoas.

Participam da mostra na Capital gaúcha trabalhos de Alejandra Mizrahi, Amalia Pica, Cecilia Szalkowicz, Clara Esborraz, Jane Brodie, Inés Raiteri, Julieta García Vázquez e Sofía Bohtlingk, Karina Peisajovich, Luciana Lamothe, Lucrecia Plat, Malena Pizani, María Guerrieri, Mariana López, Paula Castro, Sol Pipkin, Valentina Liernur, Valeria Maggi, Agustín Inchausti, Alberto Goldenstein, Alfredo Londaibere, Diego Bianchi, Dudu Quintanilha, Ernesto Ballesteros, Faivovich & Goldberg, Feliciano Centurión, Gastón Persico, Jorge Macchi, Leopoldo Estol, Luis Garay, Miguel Mitlag, Nicolás Martella, Oscar Bony, Ruy Krygier, Santiago De Paoli, Tirco Matute e Ulises Mazzucca.

Sobre Alec Oxenford

Cofundador da OLX e da letgo, Alec Oxenford é um empresário argentino residente no Brasil. É grande colecionador e membro ativo de comunidades internacionais em prol das artes latino-americanas. Entre 2013 e 2019, dirigiu a Fundación ArteBA. Atualmente, é membro do Acquisition Committee do MALBA e da Latin American and Caribbean Fund (LACF) do MoMA.

Sobre Mariano Mayer

Nascido em Buenos Aires, Mariano Mayer é poeta e curador independente. Entre seus últimos projetos como curador, figuram Prudencio Irazabal (MUSAC, León, 2024) e Táctica Sintáctica (Marres, Mastricht, 2023 e CA2M, Móstoles, 2022). Publicou também Ir al motivo (Galeria Elba Benítez, Madrid, 2023), Fluxus Escrito (Caja Negra, Buenos Aires, 2019) e Justus (Câmara Municipal de Léon, 2007) e dirigiu o programa em torno da arte argentina: Una novela que comienza (CA2M, Móstoles, 2017).

As paisagens insólitas de Petrillo.

27/nov

Exposição individual inédita do artista Petrillo apresenta sua produção recente, entre pinturas, desenhos e instalação com 1.200 obras que levou seis anos para ser concluída.

A investigação do artista visual Petrillo sobre as possibilidades de paisagens/lugares foi o que deu origem à sua nova mostra individual, “Territórios Possíveis – paisagens insólitas”, que ocupará o Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, até 11 de janeiro de 2025. Esta pesquisa integra seu repertório visual e imagético, que parte da referência de imagens e fotografias reais. Fazendo uma proposição da recriação da espacialidade, Petrillo observa a sua topografia e recria imagens e paisagens inexistentes, lugares por ele idealizados. Complementa a expsoição a grande instalação “Territórios Reconstituídos”, composta por cerca de 1.200 desenhos de pequenos formatos em caixas acrílicas de CD, onde demorou seis anos para ser finalizada.

A palavra do artista

“Esses trabalhos são fruto de uma pesquisa que venho realizando há algum tempo e são bastante pautados na questão da espacialidade e nos estudos de espaço e lugares  propriamente ditos. Comecei a observar a questão das curvas de nível nfluenciado pela faculdade de Arquitetura, onde dou aulas de desenho. Todo esse processo foi desembocar agora: ressignificando as “voçorocas” (afundamento de solo), acenando também para uma preocupação ecológica e como uma pequena denúncia sobre o que o homem está fazendo na degradação do meio ambiente. Ressignifico não apenas as paisagens que pura e simplesmente vemos, mas também expresso algo mais visceral e impulsivo, a paisagem que está dentro do imaginário de cada um. As manchas nas pinturas são intencionais, vou colocando camadas sobre camadas, nada é aleatório”.

Marcus de Lontra Costa assina o texto crítico “Várias Paisagens”, discorrendo sobre o processo de realização das obras.