DA VINCI E O HOMEM VITRUVIANO

28/out

Convidamos a todos para a próxima palestra online do Centro de História da Ciência, “Da Vinci e o Homem Vitruviano” tendo como palestrante
Walter Miranda (artista plástico, crítico de arte e professor de história da arte) e Gildo Magalhães dos Santos (FFLCH e IEA/USP) como o moderador. Dia 29 de Outubro, das 11 às 12h30min.
RESUMO
O mais famoso desenho da história das artes foi criado por Leonardo da Vinci. Conhecido como Homem Vitruviano, o desenho já faz parte do inconsciente coletivo mundial, porém poucos conhecem sua fascinante história. Ela passa por diversas etapas, relacionadas com as proporções da figura humana, porém sempre atreladas a interpretações cosmológicas e sagradas.
Baseados no Tratado de Arquitetura escrito pelo arquiteto romano do século I a.C. Marco Vitrúvio Polião, muitos estudiosos anteriores e contemporâneos a Leonardo tentaram infrutiferamente comprovar as teses anatômicas de Vitrúvio. Muitos tentaram essa façanha, alguns inclusive em conjunto com Leonardo, mas somente a genialidade dele conseguiu concretizar esse sonho em um desenho de extrema qualidade técnica e artística. Prova maior é a inegável aceitação e admiração que o desenho provoca em todos nós.
O desenho do Homem Vitruviano é a culminação de um conceito filosófico que se originou entre os primeiros filósofos gregos e foi incorporado por Vitrúvio. Com o tempo, ele foi ganhando forma e corpo devido à teologia e filosofia Medieval que repercutiu no pensamento Renascentista.
Em suma, o Leit Motif da palestra será a incorporação de um conceito que ganhou vida própria e foi transformando a filosofia e teologia ocidental sobre o entendimento que o ser humano tem de si mesmo. A necessidade de representar o homem como criação de Deus à sua imagem e semelhança, influenciou filósofos, teólogos, artistas, arquitetos etc. a associarem o microcosmo com a criação e o macrocosmo com o criador. Assim, as proporções harmônicas do corpo humano seriam a materialização da harmonia universal.
Para assistir basta acessar o link abaixo e pedir para participar.

Carlos Fajardo “De Soslaio”

27/out

 

A Galeria Marcelo Guarnieri, Jardins, apresenta em sua programação, entre os dias 11 de novembro de 2020 e 15 de janeiro de 2021, “De soslaio”, a primeira exposição individual do artista Carlos Fajardo na sede da galeria em São Paulo. A mostra reúne obras produzidas entre 2017 e 2020, sendo a maior parte delas feitas em diálogo com o espaço da galeria, concebidas especialmente para a exposição. Em “De soslaio”, Fajardo dá continuidade à investigação que desenvolve há mais de cinco décadas sobre as relações espaciais entre o corpo, o objeto e a arquitetura, realizada nesta ocasião através do trabalho com materiais reflexivos, transparentes e luminosos.

A partir das diferentes escalas das três salas da galeria, fotografias e esculturas em vidro, espelho e tecido se articulam no espaço, ativando percepções sensoriais do espectador que pode ser a um só tempo o observador – através das frestas – e o observado – através do espelho. O sentido da visão é convocado na exposição não apenas pelas obras, que examinam aspectos relacionados à formação e multiplicação da imagem, seja ela fotográfica ou virtual, mas também como enunciação em seu título formado por uma palavra que alude ao desvio do olhar. Potenciais desvios acompanham o espectador em seu percurso pela mostra, rodeado por um material como o vidro, tão frágil e ao mesmo tempo tão forte em sua constituição, sobretudo intimidador por sua capacidade de revelar a nossa própria imagem.

 

 

A primeira sala, a menor das três, recebe um conjunto de cinco trabalhos que são também os menores da exposição. Encostados na parede e dispostos na altura do olhar, são compostos por fotografias e vidros laminados coloridos e transparentes de 0,60cm. A sobreposição dessas superfícies em um determinado ângulo de inclinação produz o efeito de multiplicação de cores e planos, permitindo ao espectador acessar uma terceira dimensão. A obliquidade que orienta a montagem destes e de outros trabalhos formados por placas de vidro, surge na segunda sala sem o apoio das paredes, ao menos fisicamente. É o caso da peça em que quatro placas retangulares se sustentam por uma estrutura quadrangular em suas extremidades superiores, formando um espécie de paralelepípedo semi-aberto, independente no espaço. A parede, no entanto, ainda é parte do assunto. Um corte retangular atravessa aquela que serve de divisória entre a segunda e a terceira sala, permitindo ao espectador uma visão discreta e particular das obras apresentadas ali, principalmente daquela que ocupa a outra extremidade do ambiente.

O jogo entre transparências e opacidades se repete aqui, já que após percorrer os quatorze metros que separam as duas extremidades da sala, o olhar encontra a fotografia de um quarto – o mais íntimo dos ambientes domésticos – iluminado pela luz natural de uma janela aberta, onde é possível apenas vislumbrar, por detrás de uma cortina translúcida, uma cama desfeita. Ao filtro da cortina, que perde a qualidade tátil de sua textura porque transforma-se em imagem, Fajardo adiciona duas placas de vidro colorido, o que acaba fazendo com que a imagem mais nítida ali seja a do próprio reflexo daquele que observa a obra. Se, através daquela fresta na parede, a mirada era discreta e distante, o encontro com as peças nessa última sala requer um espectador mais desinibido. Devido a suas grandes dimensões, as três peças móveis que dividem o espaço com outras três fixas que se encostam na parede, produzem uma relação mais direta com o corpo e convidam ao embate frontal. Distribuídas pela sala, amplificam o espaço, multiplicando reflexos nas inúmeras combinações que podem ser geradas a partir de suas possíveis movimentações.

 

Sobre o artista

 

Carlos Fajardo nasceu em 1941 em São Paulo, SP, onde vive e trabalha. Sua obra tem uma presença relevante no panorama da arte brasileira assim como sua atuação de mais de 40 anos como professor. Ao longo de sua carreira, participou de diversas exposições importantes no Brasil e no exterior, dentre as quais Jovem Arte Contemporânea, no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), em 1967, organizada por Walter Zanini. Participou das 9ª, 16ª, 19ª, 25ª e 29ª edições da Bienal Internacional de São Paulo, respectivamente em 1967, 1981, 1987, 2001 e 2010. Representou o Brasil na Bienal de Veneza em 1978 e em 1993. Com Nelson Leirner, José Resende, Geraldo de Barros, Wesley Duke Lee e Frederico Nasser integrou, de 1966 a 1967, o Grupo Rex. O grupo questionava as instituições e o modus operandi do sistema de arte por meio de intervenções, publicações, palestras, projeções ou encontros. Em 1970 fundou junto a José Resende, Luiz Paulo Baravelli e Frederico Nasser a Escola Brasil, um “centro de experimentação artística dedicado a desenvolver a capacidade criativa do indivíduo” que foi importante não só na formação de muitos artistas brasileiros, mas também no amadurecimento das discussões sobre o ensino e o aprendizado de arte no país.

A exposição poderá ser visitada mediante agendamento, de segunda á sexta-feira das 10h às 19h e aos sábados das 10h às 17h. Para agendar, é solicitado contato por email (info@galeriamarceloguarnieri.com.br), telefone (11 3063 5410) ou Whatsapp (11 96858-9005), informando nome completo e indicando o dia e horário de sua visita. Para a segurança do espectador/visitante é obrigatório o uso de máscara durante todo o tempo que estiver na galeria.

Osgemeos na Pinacoteca

26/out

 

 

Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo exibe, até 22 de fevereiro de 2021, “OSGEMEOS: Segredos”, primeira exposição panorâmica da dupla de artistas formada pelos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo. A mostra conta com mais de 1000 itens, cerca de 50 inéditos ou nunca exibidos no país e mais de 1000 itens desse rico imaginário. 

 

A dupla construiu uma trajetória no mundo das artes sem nunca ter perdido de vista o desejo de manter-se acessível ao grande público. Esse percurso inclui a participação em mostras nas principais instituições internacionais, como o Hamburger Bahnhof, em Berlim, em 2019, com um projeto concebido em parceria com o grupo berlinense de breakdance Flying Steps – um dos mais premiados mundialmente; a Vancouver Biennale, Canada (2014); o MOCA – Museum of Contemporary Art, em Los Angeles (2011); o MOT – Museum of Contemporary Art Tokyo, em Tóquio, Japão e a Tate Modern, em Londres, Reino Unido (ambas em 2008) e a Trienale de Milão (2006), entre outros. Ao longo de sua carreira, os irmãos também receberam convites para criar para os principais espaços públicos de mais de 60 países, incluindo Suécia, Alemanha, Portugal, Austrália, Cuba, Estados Unidos – com destaque para os telões eletrônicos da Times Square, em Nova York (2015) -, entre outros.

 

Otávio e Gustavo sempre tomaram o espaço urbano como lugar de vivência e de pesquisa desde o início de sua produção, em meados da década de 1980. Os artistas partiram de uma forte imersão na cultura hip hop, que havia chegado ao Brasil no momento em que os irmãos começaram a produzir, e da influência da dança, da música, do muralismo e da cultura popular para desenvolver um estilo singular, com atmosfera alegre, que acabou se tornando um emblema dos espaços urbanos pelo Brasil e pelo mundo.

 

Seus trabalhos contam histórias – às vezes autobiográficas – cujas tramas envolvem fantasia, relações afetivas, questionamentos, sonhos e experiências de vida. OSGEMEOS mantém seu ateliê, até hoje, no Cambuci, antigo bairro de operários e imigrantes na região central de São Paulo, no qual passaram sua infância e juventude. A partir da década de 1990, suas experimentações – não só em grafitti, mas também pintura em telas e esculturas estáticas e cinéticas – ultrapassaram os limites bidimensionais, culminando na construção de um universo próprio que opera entre o sonho e a realidade.

 

Para a mostra na Pinacoteca, o duo apresenta pinturas, instalações imersivas e sonoras, esculturas, intervenções site specific, desenhos e cadernos de anotações. Esses últimos, da fase ainda adolescente e apresentados ao público pela primeira vez, antecedem os famosos personagens amarelos, abrindo caminho para a compreensão da raiz de seu surgimento. O corpo de obras invade o museu, ocupando as sete salas de exposições temporárias do primeiro andar, um dos pátios, diversos espaços internos e externos, além de uma instalação, concebida especialmente para o Octógono.

 

A Pinacoteca, enquanto instituição tradicional criada para valorizar a produção da arte brasileira, reafirma seu compromisso ao apresentar, de maneira abrangente, a produção de OSGEMEOS. “Se, na época moderna, o fenômeno artístico tem a cidade como seu lugar de existência, pensar a arte é pensar sua inscrição na urbanidade. O urbano, a cidade, as relações que se dão nesse espaço específico, são tanto temas da arte quanto o próprio modo de sua aparição. Viver em cidades significa partilhar de uma sociabilidade singular, marcada pelo deslocamento, pelo anonimato, pela produção coletiva, geradores de conflitos e desigualdades, mas também dotada de um potencial de liberdade e transformação, caros às práticas da arte moderna e contemporânea”, finaliza Jochen Volz, diretor-geral da Pinacoteca e curador da mostra.

 

Durante os meses em que a exposição estiver em cartaz, o museu será tomado pelo estilo e pela grafia inconfundível da dupla de artistas. A loja da Pina receberá um conjunto de novos produtos desenhados por eles, como canecas, camisetas e bonés. Temporariamente, o tradicional letreiro na fachada que traz o nome da instituição, criado pelo premiado designer gráfico Carlos Perrone nos anos 1990, será substituído por um luminoso desenhado especialmente pel´OSGEMEOS. Da mesma forma, as assinaturas eletrônicas dos emails dos funcionários do museu, que hoje trazem a logo da instituição, serão trocadas provisoriamente pela nova identidade.

 

A exposição tem patrocínio de Bradesco (cota apresenta), Samsung e Grupo Boticário (cota master), IRB Brasil RE (cota platinum), Iguatemi São Paulo e GOL Linhas Aéreas (cota ouro), escritório MattosFilho, Allergan, Cielo Comgás (cota prata) e Havaianas (cota bronze).

 

Catálogo

 

A exposição “OSGEMEOS: Segredos” é acompanhada de dois catálogos, em português e em inglês. O primeiro inclui apresentação do diretor-geral da Pinacoteca Jochen Volz, textos inéditos de Julia Flamingo e de Paulo Portella, além de imagens de obras da exposição e de outros projetos. O segundo apresentará vistas da exposição na Pinacoteca de São Paulo.

 

Ação Educativa

 

O Núcleo de Ação Educativa da Pinacoteca (NAE) oferece material de apoio à prática pedagógica para instituições de ensino e curso virtual de formação para professores em data a definir. As visitas guiadas para grupos estarão temporariamente suspensas.

 

Protocolo de acesso

 

Antes de entrar na Pinacoteca, o público terá a sua temperatura aferida, e quem estiver com temperatura acima de 37,5° e/ou mostrar sintomas e gripe/resfriado deverá buscar ajuda médica e não poderá acessar o museu. O uso de máscara será obrigatório em todos os espaços e durante toda a visita. Não será permitido tirar a máscara em nenhum momento, como por exemplo para fotografias/selfies. Os espaços terão álcool gel para a higienização das mãos, além de uma nova sinalização que indicará o sentido de circulação e o distanciamento mínimo de 1,5m entre pessoas.

 

O museu funcionará em horário reduzido, das 14h às 20h, e o fluxo de público será orientado pelos atendentes e por sinalização elaborada para facilitar a circulação. O tempo de permanência no prédio também será de no máximo 1 hora.

 

Os ingressos serão vendidos por datas e horários marcados no site da Pinacoteca (www.pinacoteca.org.br), inclusive os gratuitos, presente da IRB Brasil. Aos sábados, a entrada também permanece gratuita, no entanto é preciso reservar também pela internet.

 

Consulte o protocolo completo no site da Pina (www.pinacoteca.org.br).

 

Sobre os artistas

 

Projetos recentes da dupla incluem exposições individuais em: Frost Art Museum (Nashville, 2019), Hamburger Bahnhof (em colaboração com Flying Steps) (Berlim, 2019), Mattress Factory (Pittsburgh, 2018), Pirelli HangarBicocca (Milão, 2016), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro, 2015), ICA – The Institute of Contemporary Art (Boston, 2012). Suas obras integram coleções importantes ao redor do mundo, como: MOT (Tóquio), Franks-Suss Collection (Londres), MAM-SP (São Paulo), Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo), Museu Casa do Pontal (Rio de Janeiro).

Museu Afro Brasil retoma atividades 

20/out

 

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O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, gerida pela Associação Museu Afro Brasil, retomará suas atividades presenciais a partir da próxima terça-feira, 20 de outubro, às 11h. Após mais de seis meses de paralisação em decorrência da pandemia da Covid-19, a retomada das ações com público presencial seguirá rígidos protocolos sanitários que buscam a manutenção da segurança e saúde de usuários e equipes do museu, conforme orientações de autoridades estaduais e municipais.

 

Entre as ações planejadas, estarão disponíveis as mais de 8 mil obras que compõem a exposição de longa duração do museu. Dividida em seis núcleos temáticos, a mostra aborda temas relacionados à arte, cultura, história e memória africana e afro-brasileira; visando promover o reconhecimento, a valorização e a preservação do patrimônio nacional.

 

 

A exposição temporária “Heranças de um Brasil Profundo” é outra mostra que estará aberta para visitação. Inaugurada em janeiro de 2020, com curadoria de Emanoel Araujo, nela o público poderá entrar em contato com fotografias, esculturas, pinturas e instalações que remontam aos universos culturais indígenas. Patrocinada pela EDP Brasil, com o apoio do Instituto EDP, Heranças de um Brasil Profundo possui mais de 500 peças produzidas em diferentes tempos, por diversos olhares indígenas e não-indígenas.

 

 

Por fim, uma instalação concebida por Emanoel Araujo presta uma homenagem aos 150 anos do poema “Navio Negreiro”, do poeta oitocentista Castro Alves. Realizada em diferentes planos, a montagem apresenta, em dimensões tridimensionais, a conhecida litogravura “Escravos negros no porão do navio”, de Johann M. Rugendas, ladeada por plotagens de Hansen Bahia, xilogravador alemão que radicou-se no Brasil. Outro destaque da instalação está em sua especial trilha sonora, cuja leitura do poema é feita pelas vozes de Caetano Veloso e Maria Bethânia, sob harmonia e ritmo de Carlinhos Brown.

 

O Museu Afro Brasil segue os protocolos e orientações legais para a reabertura e contato presencial. Seus funcionários estão sendo capacitados e a infraestrutura do prédio está adequada com as novas normas técnicas para o funcionamento de equipamentos culturais.

 

Abertura intervenção “Beyond the Trees”, de Tulio Dek, no Jardim do Torel, em Lisboa

 

Instalação de Tulio Dek

 

No próximo dia 25 de outubro será inaugurada no Jardim do Torel, em Lisboa, a grande intervenção “Beyond the Trees”, do artista brasileiro Tulio Dek, com 500 tocos de árvores calcinadas, com altura entre 50 e 85cm, oriundos de incêndios florestais que assolaram aquele país, cedidos pelo governo português. O curador do Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, Rui Afonso Santos, afirma que a intervenção de Tulio Dek além de ser “única no seu gênero, por sua qualidade, é extremamente rara no panorama artístico português”. Ele destaca que “com preocupações ecologistas e humanistas deste cariz, nunca foram feitas em Portugal, intervenções nesta escala, e com esta natureza”. Tulio desenvolveu há um ano este projeto, como um alerta para a importância da preservação do planeta, e um protesto contra as queimadas.

 

 

Em Portugal desde o início de 2019, onde produz diversas obras para exposições, Tulio Dek utilizou o percurso do concorrido Jardim do Torel, para sensibilizar os visitantes, principalmente os jovens, para a proteção ao meio ambiente. O público caminhará pelos troncos queimados, e um patamar abaixo na encosta, verá uma fonte com água tingida de preto, em alusão a vazamentos de petróleo. Atrás da fonte, um grande luminoso azul traz a frase “I can’t stop these tears from falling” (“Não consigo impedir essas lágrimas de caírem”). Perto da fonte será instalada uma cabana de madeira, grafitada pelo artista, como um abrigo, um local de acolhimento, onde estarão sacos com sementes de nove árvores nativas de Portugal. O público poderá levar punhados dessas sementes para plantarem em outros locais. “É como uma volta, em que se pode devolver árvores ao país”, observa Dek.

 

 

Patrocinado pela Junta de Freguesia de Santo Antônio, em Lisboa, o projeto tem o apoio da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que irá levar seus oito mil alunos à instalação para que desenvolvam projetos ecológicos a partir dela.

 

Prorrogação na Z42 Arte

A partir do dia 23 de outubro, a exposição “Como olhar para trás”, na Z42 Arte, no Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ, poderá ser visitada também virtualmente, através da plataforma: www.comoolharparatras.art. Na ocasião, também será lançado o catálogo virtual da mostra, que estará disponível gratuitamente na plataforma. A exposição segue todos os protocolos sanitários e a visitação presencial à exposição foi prorrogada até o dia 31 de outubro de 2020.

Com curadoria de Fernanda Lopes, a mostra traz o tema da memória, em diferentes aspectos, através de obras produzidas em diversos suportes, como fotografia, instalação, desenho, pintura e objeto, pelas artistas Ilana Zisman, Maria Amélia Raeder, Mariana Sussekind e Priscila Rocha.

Na plataforma, será possível ter uma visão geral da exposição, de forma fácil, rápida e segura. Nela, também será possível acessar o link para baixar o catálogo gratuitamente. Com 61 páginas e fotos coloridas da exposição, o catálogo terá textos da curadora Fernanda Lopes, da doutoranda em relações internacionais Mariana Caldas, da psicanalista Luciana Saad, além de um texto de cada uma das artistas.

 

ArtRio, evento adaptado às normas de segurança.

15/out

 

Neste ano de 2020, ano diferente de todos os outros, a ArtRio completa a sua 10ª edição. Confiante na importância das feiras de arte para o mercado e reforçando seu propósito em desenvolver um trabalho focado na valorização da arte brasileira e latino-americana, a ArtRio apresenta, até 18 de outubro, dois modelos de evento. A feira presencial acontecerá na Marina da Glória, em formato reduzido e diferenciado, e a feira virtual na plataforma ArtRio.com.

 

Instalada na Marina da Glória, Rio de Janeiro, RJ, a ArtRio ocupará – até  dia 18 de outubro – o pavilhão principal, com a presença de cerca de 40 galerias. Seguindo todos os protocolos de segurança indicados pelos órgãos competentes, incluindo a exigência do uso de máscara, a disponibilização de álcool gel e o distanciamento social. O número de visitantes será limitado e com indicação de horário de entrada e tempo de permanência. Na área externa da Marina teremos o MIRA, programa de videoarte com curadoria de Victor Gorgulho.

 

Novidade anunciada para setembro é a inauguração da Casa ArtRio, no bairro do Jardim Botânico. Nesse espaço serão realizadas palestras, debates, conversas com artistas e curadores, além de exposições especiais. Esse espaço será permanente, com agenda prevista para todo o ano.

 

Dando continuidade ao trabalho de acessibilidade a arte desenvolvido ao longo dos últimos 10 anos, a ArtRio vai levar para a plataforma digital toda programação realizada na Casa ArtRio.

 

Acreditamos que não podemos parar com todo o trabalho que desenvolvemos para a ArtRio – o importante é buscar alternativas e novos formatos. Temos um forte compromisso com toda a cadeia do mercado de arte. Ao mesmo tempo, entendemos que, neste momento, a segurança de todos está em primeiro lugar. Teremos, em 2020, uma edição da ArtRio adequada ao cenário atual, seguindo com seu padrão de excelência e trazendo novas experiências para todos. A edição digital vai possibilitar que esse ano a feira quebre barreiras e chegue a um público mais amplo, que pode estar em qualquer lugar do mundo.”, indica Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

 

ArtRio Digital

 

A ArtRio foi a primeira feira de arte do mundo a lançar, ainda em 2018, um marketplace para venda online. Neste ano, está sendo desenvolvida uma plataforma que irá permitir a sensação de visitação da feira e das galerias presentes, incluindo diversos detalhes sobre as obras, artistas e histórico. Um chat vai permitir a conversa direta com os galeristas, além de canais para comunicação por vídeo, facilitando a visualização das obras e negociações. A edição virtual contará ainda com intensa programação de eventos como palestras, mesas redondas, performances e visitas guiadas programadas para todos os dia da feira.

 

De acordo com o relatório “The Art Market 2020 – Art Basel and UBS”, o mercado de arte e de antiguidades online alcançou em 2019 o total de US 5,9 bilhões. Esse montante representa 9% do valor das vendas no mercado de arte global por valor. Entre as vendas on-line em 2019, 57% foram realizadas para novos compradores. Enquanto a maior parte das transações online das galerias (77%) conectam compradores e vendedores com mais de 1.000 km de distância, cerca de 18% estavam dentro de um raio de 500 km, incluindo 11% dos compradores a menos de 50 quilômetros de distância.

 

Os colecionadores Millenials (em geral nascidos entre 1979 e 1995) foram os usuários mais regulares dos canais online, com 92% comprando neste modelo. 36% desses millenials que compraram online pagaram mais de US$ 50,000 por uma obra de arte, incluindo 9% que gastaram mais de US$ 1 milhão.

 

Sobre a ArtRio

 

Mais do que uma feira de arte de reconhecimento internacional, a ArtRio é uma plataforma com um calendário ativo durante todo o ano, realizando diferentes programas sempre com o intuito de aproximar artistas e galerias de seu público, estimular o conhecimento e valorizar a produção de novos artistas, incentivar a criação de novo público para a arte e disseminar o conhecimento da arte em projetos de acessibilidade e educação. Desde o início do distanciamento social, a ArtRio vem realizando de forma digital, em suas redes sociais e na ArtRio.com, conversas com artistas e curadores, mostras de vídeo arte, convocatórias de fotografia, além da atualização da agenda de mostras exposições das principais galerias e instituições culturais do Brasil e do mundo.

 

A Artrio 2020 tem patrocínio da XP Investimentos, com apoio da Aliansce Sonae e Rio Galeão. O Belmond Copacabana Palace é o hotel oficial do evento.

 

Até 18 de outubro.

MATRIOSHKA , ATO 3

07/out

 

Brasileiros & Portugueses

02/out

Natureza, paisagens urbanas, cenas do cotidiano, igualdades e desigualdades culturais e sociais são temas recorrentes nos trabalhos dos 12 fotógrafos reunidos na exposição 12/4, sob curadoria de Angela de Oliveira, que ocupará o espaço-conceito BeWe, em Cascais, a partir do dia 8 de outubro. 12/4 (Doze por quatro) reúne os registros de 12 fotógrafos brasileiros e portugueses: Adriano Bassegio, Alcina Morais, Ana Abrão, Ana Bianca Marin, Beto Machado, Carmen Paulino, Graziela Gilioli, Mario Chrispim, Marcelo Soares, Marcelo Horta – idealizador da mostra -, Paulo Carotini e Walter Macedo Filho. Cada um mostrará quatro fotografias, justificando a escolha do nome do projeto, que é assinado pela produtora InPort, dirigida por Marcelo Horta em parceria com Angela de Oliveira.
“12/4 surgiu no momento mais conturbado que o mundo já viveu neste século. Nossa ideia foi levar até o público a linguagem, o olhar e as visões particulares de fotógrafos brasileiros e portugueses, já que estará acessível tanto presencial quanto virtualmente. Em novembro lançaremos uma galeria utilizando a tecnologia de realidade aumentada”, afirma Marcelo Horta, fotógrafo e sócio da produtora InPort.

 

 Cada fotografia nos remete às diferentes possibilidades do fazer fotográfico contemporâneo, de forma técnica e aliado a um fluxo contínuo de sentimentos vivenciados com a intensidade inerente à sensibilidade artística de cada um. O universo individual enriquece o conjunto da Mostra pois as fotografias se fundem para atiçar a sintaxe que, de tempos em tempos, precisam ser renovadas”, avalia a curadora, Angela de Oliveira.

 Sobre os artistas

 

Adriano Bassegio

Adriano José Bassegio nasceu na cidade de Barão, no estado do Rio Grande do Sul, mas sua família se estabeleceu na cidade de São Sebastião do Cai, onde cresceu e atualmente reside em São Leopoldo. Iniciou na fotografia em 2008 desenvolvendo esta atividade como hobby e agora procura conciliar a fotografia com a sua profissão de Engenheiro de Produção, Mecânica e de Segurança. O Autodidata busca continuamente aprimorar sua técnica e refinar seu olho fotográfico. Atualmente expõe seu trabalho em galerias de arte no Brasil e em mostras ao redor do mundo.

Alcina Morais 

Natural de Minas Gerais.  Vive no Rio de Janeiro há mais de 40 anos. Publicou livro de poesia Olho d’água, em 2011, selecionado pela Academia de Letras de Goiás (ALG) como um dos cinco melhores na categoria poesia, neste mesmo ano. Publicado na França (edição bilíngue) em 2012 e Argentina, em 2014 (em espanhol). Publicou poemas em Antologias Brasileiras e Revistas Mexicanas. Atualmente se dedica à fotografia enfatizando temas abstrato-urbanos, sempre registrados nas grandes cidades. São apresentados em grandes formatos, impressos em papel-algodão. Participou da IV Bienal Internacional de Arte Contemporânea na Argentina – outubro/2018. Foi premiada em 2º lugar e Menção Honrosa – Categoria Fotografia. Participou de exposições individuais no RJ e coletivas no Brasil e no exterior.

Ana Abrão 

Ela mesma se define como ”A mulher atrás da câmera”. Mora na Costa Sul de Portugal. Embora viva neste mesmo local há quase duas décadas, Ana é de origem brasileira – país onde nasceu, estudou e seguiu carreira acadêmica. Especializou-se profissionalmente em fotografia publicitária e casamentos. Almeja viajar pelo mundo com a sua câmera, em busca de vivenciar pessoas de culturas diferentes através das lentes.

Ana Bianca Marin

Fotojornalista germânica-brasileira, viajou o mundo focando suas lentes em temas que vão além das notícias do dia. Seu trabalho foi destacado em meios de comunicação como: Times Magazine, The New York Times, Getty Imagens, Reuters, AP, AFP, CNN, Deutsche Welle, Estado de S.Paulo, Globo entre outros. Atualmente reside em Paraty, no Rio de Janeira, captando momentos que levam o expectador para dentro da imagem.

Beto Machado

O carioca Beto Machado é formado em jornalismo e exerce a fotografia de forma autodidata. Nascido no Rio de Janeiro, já morou em Nova Iorque, Campo Grande (MS) e atualmente reside em Brasília. Com um trabalho autoral, explora as possibilidades com uma câmera na mão e a sensibilidade nos olhos com interferências digitais. Capturando livremente imagens de paisagens e pessoas, gosta de trabalhar com a fotografia como uma arte maior. Nos seus trabalhos digitais, a foto pode ser alterada e manipulada para provocar os sentidos.

Carmen Paulino 

Portuguesa, natural de Ponta Delgada da ilha de São Miguel Açores, 44 anos. Atualmente reside em Cascais. Tem como hobby a fotografia e tudo começou há uns anos atrás, como assistente de um fotógrafo profissional. Estagiou no Museu do Palácio da Cidadela de Cascais e teve a oportunidade e o privilégio de contatar com diferentes artistas, de diversas áreas culturais nas várias exposições que ocorreram no museu. Nas viagens que faz, tenta captar através do seu olhar, sensibilidade e instinto, a essência de cada sítio, pessoas, culturas e paisagens e reter o momento através da fotografia. Esta é a primeira vez que participa de uma exposição.

Graziela Gilioli 

Fotógrafa brasileira de origem italiana, foi premiada na Bienal de Roma e vencedora do concurso Internacional Biancoscuro Art Magazine. Fotografou em 40 países nos quatro continentes, trazendo sempre um olhar humanista sobre a diversidade. Seus trabalhos já foram expostos na Suíça (MAG – Montreaux Art Gallery) e também na Itália (Roma, Padova e Parma). No Brasil, tem no currículo três exposições individuais, todas em São Paulo: “O olhar que transcende”, “Veneza Mágica” e “Mulheres”.

Mario Chrispim 

Sua história com a fotografia se iniciou na adolescência, quando foi trabalhar em uma loja do ramo. Certo dia, entre um atendimento e outro, caiu em suas mãos uma revista com fotos de Henri Cartier Bresson. Neste momento, aconteceu um caso de amor à primeira vista com a arte de registrar a luz. A vida o levou ao jornalismo voltado para a assessoria de comunicação, atividade que ainda exerce. No entanto, o flerte com a imagética nunca cessou. Foram anos apurando o olhar por meio da contemplação dos mestres das artes plásticas, vendo horas de filmes, escrevendo roteiros, dirigindo vídeos, e clicando.

Marcelo Soares 

 

Marcelo Soares é brasileiro, acadêmico e fotógrafo amador. Viajou pelo mundo registrando os seus deleites visuais em quase meia centena de países. Mora atualmente na China, onde dá aulas numa escola de design da província de Hunan. Considera-se um cidadão do mundo, tendo morado na Inglaterra e nos Estados Unidos. Suas fotos buscam a captura da serenidade e o olhar apaixonado de quem adora descobrir novas culturas, novos mundos e outras formas de viver.

 

Marcelo Horta 

 

A carreira de Marcelo Horta foi construída a partir de referências e vivências múltiplas relacionadas ao mundo das linguagens artísticas, transitando pelo campo da linguagem musical como DJ; no gerenciamento de eventos culturais; pelo campo da modalidade cênica de iluminação de grandes e renomados nomes da arte e cultura brasileira e internacional; em grandes projetos de Design. Como fotojornalista, trabalha com estilistas, artistas, cantores, bandas (…). Esta vivência tão plural trouxe a Marcelo Horta, como artista que é uma qualidade ímpar, que vem a ser a capacidade de filtrar, nos liames do cotidiano, através de suas lentes, recortes carregados de beleza e poesia.
Estabelece conexões estéticas com a busca de significação que traga ao olhar daquele que se entrega à apreciação de suas imagens, a profundidade que a abarca. Desnuda, a partir de sua escolha dos objetos a serem eternizados por sua lente, a realidade que lhe toca e nos convida a participar das possíveis descobertas de seus sentidos implícitos e explícitos.

Paulo Carotini

 

Ítalo-brasileiro, 50 anos, começou a fotografar aos 12 anos de idade, com a câmera fotográfica do pai. Autodidata, faz uso da fotografia como forma de expressão. Em suas fotografias procura o contraste e a beleza do corpo feminino. Intensidade e força são características marcantes, presentes em seu portfólio nas tonalidades preto e branco.

 

Walter Macedo Filho 

 

Walter Macedo Filho é fotógrafo, dramaturgo, diretor de teatro, roteirista escritor e gestor cultural. Integrou o Círculo de Dramaturgia do Centro de Pesquisa Teatral, coordenado por Antunes Filho, e participou da primeira turma do Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council. Em 2018, suas fotos integraram a Exposição de Arte Brasileira, na Arte Borgo Gallery, em Roma, e em 2019 participou das mostras AngelaOliveirArt Galeria, em Alphaville; Salão de Arte de Itapetininga, no Centro Cultural e Histórico de Itapetininga; Salon de Arte en Barcelona, na Arteria BCN, em Barcelona; Art Barcelona, na Nui Art Gallery, em Barcelona; Arte Brasileira em Roma, na AreaContesa Arte, em Roma; Vienna Das Meer undFarben, na Mi Barrio Gallery, em Viena.

Até 08 de Novembro.