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AGENDA CULTURAL

Made in Brasil

11/mar

Chama-se “Made in Brasil” a exposição inédita que reunirá na Casa Daros Rio, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, mais de 60 obras de alguns dos mais importantes artistas brasileiros da contemporaneidade. São instalações, fotografias, objetos, vídeos e desenhos de Antônio Dias, Cildo Meireles, Ernesto Neto, José Damasceno, Miguel Rio Branco, Milton Machado, Vik Muniz e Waltercio Caldas, todos pertencentes à Coleção Daros Latinamerica.

 

 

De 21 de março a 09 de agosto.

Gonçalo Ivo na Espanha

O pintor Gonçalo Ivo, radicado há 15 anos em Paris, realiza exposição individual na Galeria Materna y Herencia, Calle Ruiz de Alarcon 27, em Madrid, Espanha. Para esta ocasião, o artista selecionou 20 obras distribuídas entre pinturas em diversas dimensões e um conjunto de objetos pintados. Durante o evento, será lançado um livro de autoria de Martin Lopez-Vega sobre o trabalho recente de Gonçalo Ivo, com o selo da editora Papeles Mínimos, de Madrid.

 

 
A palavra de Martin Lopez-Vega

 
“…há uma geografia em sua pintura, fragmentos de musica, sons da selva e das ruas de Paris, marcas da pintura de Zurbaran e Ribera como também todas as cores do mar grego. A obra de Gonçalo Ivo, apesar de abstrata, contém um ritmo interno sutil e dela emana uma partitura pictórica que sugere lugares, lembranças, fatos ligados ao inconsciente.”

 

 
Sobre o artista

 
Foi aluno do pintor  Aluísio Carvão no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro nos anos 70. Recentemente expos na prestigiosa Galerie Boulakia em Paris onde obteve grande repercussão na mídia, inclusive uma extensa matéria no jornal Libération. Baseado em Paris, Gonçalo Ivo desenvolve uma carreira com sólidos resultados na Europa.

 

 
Até 31 de março.

Mamute com Fernanda Valadares

A Galeria de Arte Mamute, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, apresenta a exposição “DEPOIS:”, individual de Fernanda Valadares. A mostra, com curadoria de Gabriela Motta, propõe um encontro de espaços a partir de um percurso horizontal feito pela artista no trecho de mais de 1.000 km e apreendido em uma série de pinturas de encáustica sobre compensado naval e cubos/objetos em chapas de aço com áreas de horizontes oxidados.

 

 

 
Texto da curadora

 
Antes, durante e DEPOIS:

 
A cena que me assalta é a seguinte: a caminho do trabalho, ao cruzar uma ponte sob a chuva, um professor impede uma jovem de se jogar. Depois disso – e do livro que ele acha com a menina – nada será como antes(1). Tenho a sensação de ter encontrado a Fernanda – seguramente não à beira de um abismo – mas em uma dobra importante do seu caminho. Conheci primeiro seu trabalho em encáustica: largos horizontes, delicados, precisos, sutis. Dois dias depois, ela mesma: gesticulando, cabelos amarrados com uma larga faixa, inquieta. Se a urgência e a agitação da artista não estavam na contemplação e no tempo expandido da obra que eu havia visto, estavam no que ela iria me falar.

 
Nesse encontro, as Migrações, com suas respectivas coordenadas geográficas – assim ela nomeia esses trabalhos, indicando o ponto de vista preciso de cada horizonte – ao contrário do que eu pensava, não eram a pauta. Fernanda queria falar de um projeto urgente, ainda próximo à paisagem, ainda tóxico ou árduo em função dos seus suportes, porém um projeto que lhe pedia para mudar violentamente de posição em relação a sua própria produção. Ela estava diante de um risco e não recuou.

 
Na exposição Depois: o que se vê são alguns desses trabalhos em encáustica, alinhados em um único e contínuo horizonte, como se pudessem expandir-se indefinidamente, e cinco cubos em aço corten, em diferentes tamanhos e situações. Em todos esses cubos – um aberto em cruz sobre o chão da galeria, outro absolutamente soldado, dois em vias de se fecharem e outro retorcido após ter sido arremessado de um helicóptero! – Fernanda oxida aqueles mesmos horizontes que encontramos nos trabalhos em encáustica. Encapsular a paisagem em um sólido geométrico – o seu horizonte – e depois arremessar este objeto de um helicóptero é uma atitude radical, um gesto que permite uma vasta gama de interpretações e abordagens. A minha primeira leitura do trabalho – porque tudo é muito recente, a ação, a artista, o vôo – é de que tudo isso está impresso na obra. Ou seja, o aço corten, tão importante na arte contemporânea, a paisagem oxidada cuja referência não é mais o horizonte da natureza mas aquele da sua própria obra anterior, as negociações para carregar o objeto num vôo e depois arremessar esse peso do céu, tudo isso está impregnado no trabalho lhe conferindo densidade.  A expansão indefinida de horizontes na obra de Fernanda está acontecendo no momento presente. E isso envolve a contração literal da paisagem em segredos cúbicos, objetos que encontram o mundo cheios de verdade.   (Gabriela Motta)

 
(1)Trem Noturno para Lisboa. Direção: Bille August, 2013.

 

 
Sobre a artista

 
Fernanda Valadares é Mestre em Poéticas Visuais pelo Programa de Pós-Graduação de Artes Visuais/UFRGS; Bacharel e licenciada pela Faculdade Santa Marcelina/São Paulo. Entre suas exposições individuais estão – À Beira do Vazio. Museu de Arte de Santa Catarina. Curadoria Paula Ramos (2014). O Sétimo Continente. Galeria Zipper São Paulo(Projeto Zip’Up). Curadoria Bruna Fetter (2014). Na Adega Evaporada. Museu de Arte Contemporânea do RS. Curadoria Paula Ramos (2014). Museu de Arte Extemporânea. Goethe Institut/Porto Alegre (2012). Exposições coletivas: De Longe e de Perto. Galeria de Arte Mamute. Porto Alegre. Curadoria Angelica de Moraes (2014). Gatomiacachorrolateegomata. Galeria Tina Zappoli. Porto Alegre/RS (2014). The War of Art: visions from behind the mind. The Safari, NYC. Curadoria Wyatt Neumann (2014). Poéticas em Devir. Galeria Mamute Porto Alegre/RS.  Curadoria Sandra Rey (2013). Um Novo Horizonte. Galeria Tina Zappoli. Porto Alegre/RS (2013). Contemporâneos Novos/ Diante da Matéria. 20 anos MAC/RS. curadoria Paula Ramos (2012). A artista participou de salões e premiações como o 65º Salão Paranaense, MAC/Curitiba. 42º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto/ Santo André. 64º Salão de Abril/CE. Fortaleza.Trabalho selecionado para o Acervo Museu de Arte Contemporânea do RS. XIII Concurso de Artes Plásticas Goethe Institut/Porto Alegre. I Concurso Itamaraty de Arte Contemporânea. Ministério das Relações Exteriores. Fernanda Valadares é representada pela Galeria de Arte Mamute/Porto Alegre.

 

 

 
Sobre a curadora

 
É curadora, crítica e pesquisadora em artes visuais. Atualmente desenvolve pesquisa de doutorado sobre o artista Nelson Felix no Programa de Pós Graduação da Escola de Comunicação e Artes da USP. Faz parte do comitê de indicação do Prêmio IP Capital Partners de Arte – PIPA 2015. Em 2014, fez parte da comissão curatorial do prêmio Marcantonio Vilaça CNI-SESI/2014. Integrou, como curadora, a equipe do programa Rumos Itaú Artes Visuais, edição 2011/2013 e edição 2008/2010. Em 2012 desenvolveu projetos com as instituições MAC – USP, MAC Niterói e Fundação Iberê Camargo. Em 2010 foi contemplada com a Bolsa Funarte de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais. De 2008 à 2010, fez parte do grupo de críticos do Centro Cultural São Paulo. Como curadora realizou as exposições CANTOSREV, do artista Nelson Felix (Porto Alegre, 2014), Canto Escuro, do artista Luiz Roque (Porto Alegre, 2014), Um vasto Mundo, da artista Romy Pocztaruk (Curitiba, 2014), A invenção da Roda, da artista Letícia Ramos (Porto Alegre, 2013), as exposições coletivas Fio do Abismo (Belém, 2012); 41a Coletiva de Joinville (Joinville, 2011); Era Uma Vez um Desenho (Porto Alegre, 2010); Convivência Espacial ( Recife e Porto Alegre, 2010); O Corpo das Coisas (Jaraguá do Sul, SC, 2010); Terra de Areia (Florianópolis, 2009); Campo Coletivo (São Paulo, 2008); Linha Poa – Cxs (Caxias do Sul, 2007); entre outras. Integrou o projeto Arte e Identidade Cultural na Indústria, promovido pelo SESI-RS (2007-2008). É autora do livro “Entre olhares e leituras: uma abordagem da Bienal do Mercosul”, publicado pela editora ZOUK. Tem artigos publicados em diversas revistas especializadas e em catálogos sobre arte contemporânea.

 

 

 
A partir de  13 de março com visitação entre 16 de março e 30 de abril.

Coimbra

09/mar

Homem de temperamento forte e decidido que acompanhou o mercado de arte brasileiro desde  o ano de criação da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro em 1971, faleceu aos 84 anos nesta cidade o senhor José de Almeida Coimbra, o COIMBRA. Como diretor da casa, tornou-se uma figura ímpar no setor, foi amigo dos pintores Di Cavalcanti e Sigaud e do arquiteto Oscar Niemayer.

 

Natural de Recreio, MG, acompanhou os leilões de arte moderna e contemporânea, a valorização de nomes consagrados e o surgimento de novos artistas desde os primeiros leilões realizados pela Bolsa de Arte do Rio de Janeiro no Copacabana Palace Hotel. Podemos afirmar, sem dúvida, que Coimbra ajudou a sedimentar e foi um marco no mercado de arte brasileiro.

Marina Abramović no Brasil

Sob a curadoria de Jochen Volz, o Sesc Pompéia, São Paulo, SP, apresenta a maior retrospectiva da artista na América do Sul. O evento “Marina Abramović  – Terra Comunal”, abriga três instalações de imersão, exemplares que representam as mais importantes performances de Marina Abramović  nos últimos doze anos, uma seleção especial de vídeos de todas as fases de sua carreira e um espaço destinado aos “Objetos Transitórios” – criados com minerais e outros materiais orgânicos do Brasil -, que apontam a contínua e produtiva relação da artista com o país desde 1989. Na programação consta ainda a apresentação (única) da performance do artista Ayrson Heráclito no dia da abertura, e uma intensa programação paralela durante a permanência da mostra em cartaz.

 

Oito artistas brasileiros, selecionados por Marina e outros curadores, também realizam performances autorais de longa duração durante a mostra. Para participar, é necessário inscrever-se previamente no site do Sesc.

 

A programação recebe também “Space In Between” (Espaço Entre), um espaço dedicado ao aprofundamento de pesquisa sobre performances e arte imaterial. Nele acontecem palestras e atividades com artistas e convidados de diferentes áreas.

 

 

De 10 de março a 10 de maio.

Bienal de Veneza

Marcada para maio, a Bienal de Veneza acaba de anunciar a lista de artistas de sua mostra principal. Sônia Gomes, artista conhecida por sua obra delicada e a técnica do bordado, é a única brasileira no elenco da mostra organizada pelo nigeriano Okwui Enwezor.
Na lista de 136 artistas da mostra estão nomes polêmicos, como a performer cubana Tania Bruguera, mantida em prisão domiciliar em Havana desde a virada do ano pela tentativa de fazer uma performance na praça da Revolução, e o coletivo Gulf Labor, que denuncia abusos aos operários em obras como a filial do Guggenheim em Abu Dhabi.
Além de Sônia Gomes, outros quatro brasileiros estarão em Veneza: André Komatsu, Antonio Manuel e Berna Reale, no pavilhão brasileiro, e Tamar Guimarães, brasileira radicada em Copenhague, que terá uma obra no pavilhão belga.

 

Fonte: Silas Martí

Mostra de Christian Cravo

06/mar

Uma África plástica. Uma África inventiva. Uma África anti-clichê. O fotógrafo Christian Cravo revela sua visão do continente africano na exposição “Luz & Sombra” no Museu Afro Brasil, Portão 10, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, uma instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. A curadoria é de Emanoel Araújo, diretor curatorial do Museu Afro Brasil. A mostra é composta por 40 fotografias em preto-e-branco, resultado de várias incursões de Christian Cravo por seis países africanos: Namíbia, Botsuana, Zâmbia, Quênia, Uganda e Tanzânia.

 
A exposição já passou por Nova York, no ano de 2012, e por Salvador, onde ficou em cartaz entre setembro e novembro do ano passado, no Palacete das Artes.

 

 
A palavra do curador

 
“Há muito tempo apreciada em São Paulo, a fotografia de Christian Cravo é marcada pelo tratamento cuidadoso da luz e pela afro-brasilidade de uma Bahia, que ele soube celebrar, até mesmo pela influência de seu pai, Mário Cravo Neto.”

 
“Da Bahia vem este espírito solar em contraponto à sua cerebral ascendência nórdica.”

 
“As fotos nos revelam, em ângulos inesperados, animais e paisagem, de maneira insólita, importante e luminosa. Uma África que ele retrata com estes dois espíritos amalgamados, o baiano e o nórdico. Luz e sombra em contrastes, pretos, brancos e cinzas.”

 

 
A palavra do artista

 
“A minha proposta é mostrar uma África diversa daquela que estamos acostumados a ver. A África não é apenas o continente negro, berço da cultura baiana, mas também é o solo que deu origem à vida.”

 

 
Sobre o artista

 
Nascido em 1974, Christian Cravo foi criado num ambiente artístico, em Salvador, BA. Ele é filho do artista Mario Cravo Neto (1947-2009) e da dinamarquesa Eva Christensen; e neto do renomado artista Mario Cravo Jr. Christian Cravo começou suas experiências com a técnica fotográfica aos onze anos, na Dinamarca, onde passou grande parte da sua adolescência. Com vinte e dois anos, voltou ao Brasil e se dedicou ao aprendizado da arte fotográfica. Nos últimos 18 anos, Christian recebeu diversos prêmios, dentre eles a bolsa Mother Jones International Fund for Documentary Photography, a bolsa de pesquisa da Fundação Vitae e a mais importante premiação de arte do mundo, o John Simon Guggenheim Fellowship para sua pesquisa sobre a fé. É autor dos livros: “Irredentos” (Aires editora, 2000); “Roma Noire, Ville Métisse” (Editora Autrement, 2005); “Nos Jardins do Éden” (TFA, 2010); e “Christian Cravo” (Cosac Naify, 2014).

 

 
De 07 de março a 10 de maio.

Nara Roesler exibe Fabio Miguez

05/mar

A Galeria Nara Roesler, Jardim Europa, São Paulo, SP, abriu seu calendário de exposições de 2015 em SP trazendo a mostra “Horizonte, Deserto, Tecido, Cimento”, que engloba a nova produção de Fabio Miguez, nome consagrado da geração dos anos 1980. Um dos integrantes do antológico ateliê Casa 7 ao lado de Nuno Ramos, Rodrigo Andrade, Carlito Carvalhosa e Paulo Monteiro, Miguez traz à galeria o resultado produzido nos últimos dois anos de uma pesquisa que remonta a 2009.

 
A partir dessa época, o artista desenvolveu uma imagética concisa, unindo uma iconografia geométrica própria a palavras extraídas, num primeiro momento, de poesias de João Cabral de Melo Neto, entre outras fontes. “Busquei João Cabral porque suas poesias são secas, limpas, de característica substantiva. Quando as palavras são muito bonitas, podem dar um ar de mau gosto”, afirma Miguez.

 

Na definição de Tiago Mesquita, que escreveu o texto de apresentação da mostra, “Não é por acaso que Miguez, para compor essas imagens, se valha de figuras e temas retirados das pinturas de Piero della Francesca e Henri Matisse. Da mesma forma que toma emprestadas palavras dos textos de João Cabral de Melo e Samuel Beckett. O artista elenca um repertório de fragmentos apropriados ou inventados que são sintéticos, diretos. Eles nos sugerem essa beleza que tem algo de vaga, algo de uma memória que se esvai rapidamente. É um telhado, que será um trapézio, uma diagonal, um cinza, um horizonte de partida”.

 

De fato, o que se constata em suas telas atuais é uma destreza límpida na composição com elementos geométricos e de escrita. As formas criadas não ferem a superficialidade da pintura, que, mesmo ao oferecer perspectiva, não se insinua para além da bidimensionalidade. A aparente crueza do traço disfarça a exímia qualidade pictórica, que nesse conjunto é constituída pela sobreposição de camadas finas, parecendo esgarçar-se e permitindo o vislumbre da camada anterior.

 

É que nesses trabalhos, mais do que na maestria do que está visível, o sentido surge além, fora do plano. No encontro entre figuras rudimentares e a escrita substantiva e despida de floreios, o artista situa a tensão entre o que se pode visualizar e os sentidos inerentes aos signos impressos. Os elementos gráficos são reincidentes, como se o artista criasse seu próprio universo, seu léxico particular.

Mesquita define: “É como alguém que, ao te contar de um dia feliz, enumera algumas lembranças dispersas: o clima estava quente, o céu era azul, estava deitado diante de uma parede inclinada. Alguma experiência desse sujeito é contada, mas o que chega a nós são os resíduos: fragmentos soltos com pouca relação entre eles. Não temos uma dimensão íntegra do espaço recriado. Ele parece sem amarração. Como se estivesse a se dissipar e dar lugar ao deserto”.

 

Assim, o espectador é surpreendido pelo hiato que subverte a visão viciada e cotidiana. Nas palavras do crítico Lorenzo Mammi, Fabio Miguez não vai “aderir a um sistema geral de comunicação, em que todo traço é signo de alguma coisa, e sim, ao contrário, fazer com que cada signo se torne traço, ou seja, participa de uma configuração da qual não faria sentido separá-lo, e que modifica ao mesmo tempo em que é modificado por ela.”

 

 

Coleção Figueiredo Ferraz

 

 

Paralelamente à exposição composta de pinturas inéditas, será apresentada no espaço anexo uma mostra com seis obras compostas de óleo e cera sobre diferentes suportes – madeira, vidro, tela, papel – além de uma fotografia. Todos os trabalhos fazem parte da coleção Figueiredo Ferraz, um dos principais acervos do país, pertencente aos colecionadores Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz e localizado na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.

 

Aberto para visitas individuais ou em grupos, o acervo conta com cerca de mil obras e fica parcialmente aberto para visitação do público no IFF (Instituto Figueiredo Ferraz), espaço localizado no bairro Alto da Boa Vista, aberto em 2011 e concebido para difusão de arte e cultura na cidade.

 

O colecionador tinha um contato muito próximo com os artistas da Casa 7 desde o início do ateliê, fundado em 1982. Foi de artistas como Miguez os primeiros exemplares de sua coleção, iniciada na década de 1980, período em que Ferraz já visitava ateliês e residências de artistas. Entre as obras apresentadas na mostra paralela estão trabalhos representativos de diversas décadas da produção do artista.

 

 

Até 28 de março.

Matías Duville na Luisa Strina/SP

Galeria Luisa Strina, Cerqueira Cesar, São Paulo, SP, apresenta “Escenario, proyectil”, a segunda exposição individual do artista argentino Matías Duville, cinco anos após sua primeira exposição na galeria. Seu trabalho se encontra exposto atualmente no CCSP- Centro Cultural São Paulo na exposição coletiva “Beleza?”. Durante o mês de março, o artista inaugura exposição individual no MAM-Rio.

 

O trabalho de Matías Duville gira em torno de temas como espaço e volume, elementos orgânicos e inorgânicos, os quais muitas vezes tomam a forma de grandes instalações no espaço expositivo. Para a exposição na Galeria Luisa Strina, Matías Duville desenvolveu desenhos em grande escala, um video, uma instalação central e peças montadas no chão da galeria, explorando a relação entre civilização e natureza.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em Buenos Aires, em 1974, participou de uma série de residências na Colômbia (FLORA, Honda, 2014); França (SAM Art Projects, Paris, 2013); EUA (John Simon Guggenheim Memorial Foundation Fellowship, New York, 2011 e Skowhegan Residency Scholarship, 2011); Itália, Brasil e Peru. Participou também de exposições coletivas no Petit Palais, Paris (2013); MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (2010); MALBA-– Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (2009); CIFO – Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami (2008). Também realizou um projeto conjunto no Drawing Center de Nova Iorque , em 2009, que resultou em livro publicado em 2013. Seu trabalho faz parte das coleções do MOMA – Museum of Modern Art, New York; MALI – Museo de Arte de Lima, Peru; MACRO – Museo de Arte Contemporaneo de Rosario, Argentina; MAMBA – Museo de Arte Moderno de Buenos Aires; Patricia Cisneros Collection, New York, EUA; ARCO Foundation, Madrid, Espanha.

 

 

Até 28 de março.

Lume exibe Alberto Ferreira

A Galeria Lume, Jardim Europa, São Paulo, SP,  exibe “O Olhar é o que Fica”, exposição do fotógrafo Alberto Ferreira, com curadoria de Diógenes Moura. Composta por 23 fotografias em preto e branco – das quais 20 nunca foram expostas -, a mostra retrata o Brasil dos anos 1950 a 1970: o Carnaval, o Rio de Janeiro e cenas do cotidiano da cidade, além de autorretratos do artista.

 

“O rei se curva ante a dor que o Brasil todo sentiu”. Com esta imagem do exato momento em que Pelé sofreu a contusão na Copa do Mundo do Chile (1962), publicada no Jornal do Brasil, Alberto Ferreira dava os primeiros sinais de uma carreira que lhe traria grande sucesso. Reconhecido mundialmente pela cobertura de eventos esportivos, Alberto Ferreira encontrava-se mergulhado no universo da fotografia documental, registrando detalhes dos locais por onde passou entre as décadas de 1950 e 1970. Para esta exposição, foram selecionadas fotografias de séries diferentes, entre as quais destacam-se Rio de Janeiro – com cenas corriqueiras da cidade, como um grupo de jovens trocando o pneu do carro, um homem arremessando um balde d’água em frente ao Morro do Castelo, garotas em traje de banho, entre outras -, Autorretratos – série na qual Alberto Ferreira, sempre muito elegante, posa para sua própria câmera. Em uma das fotografias, o fundo é o Estádio do Maracanã, local que considerava seu templo, por ser onde fez a famosa imagem da bicicleta de Pelé, em 1965 -, e Carnaval – em que o fotógrafo acompanha de perto os movimentos das mulatas sambando. Ícone na história do fotojornalismo brasileiro, Alberto Ferreira criou fotografias que carregam em si muito mais que a estética documental. “Nesse jogo de espelhos nunca abstrato, no tempo compacto, o fotógrafo lê a cidade como a página de um livro aberto (…)”, comenta o curador Diógenes Moura.  A coordenação é de Paulo Kassab Jr. e Felipe Hegg.

 

 

Sobre o artista

 

Nasceu na Paraíba em 1932. Trabalhou por 25 anos no Jornal do Brasil, onde ocupou o cargo de editor de fotografia entre 1966 e 1988. Recebeu o Prêmio Esso de Fotografia, em 1963, com a foto “O rei se curva ante a dor que todo o Brasil sentiu”, registro da contusão sofrida por Pelé durante o jogo contra a Tchecoslováquia na Copa do Mundo de 1962, no Chile. Em 1965 faria outro importante registro do rei, dessa vez uma majestosa bicicleta em jogo contra a Bélgica no Estádio do Maracanã, imagem que seria utilizada em selos dos Correios e que faz parte da coleção da Maison Européene de La Photographie, instituição que o considera como um dos maiores fotógrafos do século XX, ao lado de nomes como Robert Doisneau, Edouard Boubat, Pierre Verger e Cartier Bresson, entre outros. Alberto Ferreira faleceu em 2007, no dia em que completava 75 anos de idade.

 

 

Até 27 de março.

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