Leilão

10/set

O jantar beneficente da abertura da ArtRio 2014 será realizado no dia 10 de setembro às 20h no Museu de Arte Moderna (MAM), seguido de um Leilão de Arte. Os recursos arrecadados com a venda dos convites e das obras de arte serão destinados ao Hospital Pro Criança – Jutta Batista. idealizado pela Dra. Rosa Celia e integralmente construído com a generosidade da sociedade e com apoio Governamental.

 

O Hospital está localizado na Rua Dona Mariana 220 em Botafogo, tem equipamentos de última geração, uma equipe altamente qualificada, 3 centros cirúrgicos e conta com 70 leitos para atender a todas as especialidades médicas pediátricas, dos quais 21 serão dedicados a crianças cardíacas carentes.

 

Obras de Adriana Varejão, Albano Afonso, Afonso Tostes, Alexandre Mazza, Ana Holck, Angelo Venoza, Antonio Dias, Beth Jobim, Bonadei, Bruno Miguel, Cabelo, Carlito Carvalhosa, Carlos Vergara, Daniel Senise, Ding Musa, Eduardo Coimbra, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto,  Fernando de La Rocque, Gabriela Machado, Galvão, Gonçalo Ivo, José Bechara, Luisa Baldan, Marcelo Solá, Marcos Chaves, Maria Carmen Perlingeiro, Maria Klabin, Maria Laet, Nazareno, Nina Pandolfo, Nunca, Otávio Schipper, Raul Mourão, Rubens Gerchman, Sandra Cinto, Tatiana Grinberg, Vicente de Mello, Walmor Corrêa, Vik Muniz e Volpi.

 

Você pode ajudar o Hospital Pro Criança adquirindo convites a R$ 500 (individual) e obras de artistas brasileiros consagrados durante o leilão. Caso seja de seu interesse adquirir convites, pedimos que encaminhe seu nome, endereço e CPF para o e-mail:
leilaoprocrianca@gmail.com

Data: 10/09/14 às 20h

 

Local: Museu de Arte Moderna – MAM – RJ – Av. Infante Dom Henrique 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ

Preço do convite individual: R$ 500,00

 

Dados para depósito:
Pro Criança Cardíaca
Banco Bradesco – 237
Agência 0227-5
cc 115.500-8
CNPJ 10.489.487/0001-71

 

Agradecemos antecipadamente o seu inestimável apoio.

 

Exposições:

 

De 03 a 05 de setembro – Das 11:00 às 19:00  na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro
Rua Prudente de Moraes, 326 – Ipanema – f: (21) 25221544

 

 

De 10 a 14  de Setembro – ArtRio
Leiloeiro: Walter Rezende

Adriana Varejão e as múltiplas influências de sua obra

18/ago

Adriana Varejão é uma das maiores expressões da arte contemporânea brasileira e entre as mais bem sucedidas no circuito mundial, nascida no Rio de Janeiro, cidade onde vive, a premiada artista já participou de mais de 70 exposições em diversos países. Tem presença marcante em inúmeras bienais e seu trabalho já foi mostrado em grandes instituições internacionais como MoMA, Nova York; Fundação Cartier, Paris; Centro Cultural de Belém, Lisboa; Hara Museum, Tóquio e The Institute of Contemporary Art, Boston. Um pavilhão dedicado à sua obra pode ser visto no Instituto Inhotim, em Minas Gerais. Faz parte de acervos, como os da Tate Modern, Fundação Cartier e Guggenheim, entre outros. Adriana Varejão apresenta, no Oi Futuro Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, a sua primeira vídeo instalação, “Transbarroco”. A artista mostra no Oi Futuro sua primeira video instalação, “Transbarroco”. Filmada no Rio de Janeiro, Ouro Preto, Mariana e Salvador, apresenta referências do Barroco que foram importantes em sua obra. A curadoria é de Alberto Saraiva.

 

OF. O que significa para você o processo de criação?

 

AV. Toda criança é um ser extremamente criativo. Com o tempo e a educação, ela vai se moldando, seu pensamento, sua percepção, seu olhar. O primeiro passo para criar é resgatar essa percepção não formatada, livre e sem preconceitos que é a percepção infantil. No meu caso, o processo de criação vem junto a um processo de estudo e disciplina. Eu costumo me interessar por assuntos diversos. Nesse sentido, a curiosidade é uma grande aliada. Quando estou entre uma série e outra costumo folhear livros, ver imagens, absorver o máximo possível de informação. Isso estimula a minha criatividade. Também acho que viajar é muito bom, pois te arranca da sua rotina, faz com que você perceba as coisas de outra maneira. Também costumo arriscar muito. Quando já conheço previamente o resultado que o trabalho pode oferecer, tendo a mudar minha pesquisa para outros campos mais desafiadores.

 

OF. Qual a função da arte para o ser humano?

 
AV. Arte não é algo ligado à função. Na verdade, a arte é completamente inútil, senão não seria arte. Quando Duchamp pega a roda da bicicleta e a coloca num banco como num pedestal, ou pega o mictório e o pendura de cabeça para baixo, ele cria um estranhamento fazendo com que esses objetos sejam percebidos em sua integridade em forma e corpo pela primeira vez. Eles não pertencem mais ao mundo da função, onde nós não os percebemos, onde eles são invisíveis. A arte cria essa narrativa paralela que areja a linguagem, como as minhocas arejam a terra.

 

OF. Você tem uma trajetória de muitos anos com obras que remetem ao Barroco. Como isso aconteceu?

 

AV. Eu costumava pintar com uma camada muito espessa de tinta. Quando eu entrei pela primeira vez em uma igreja barroca em Ouro Preto me identifiquei com o excesso e com a volúpia da materialidade barroca. Até hoje me lembro dessa igreja, era a Igreja de Santa Efigênia ou Nossa Senhora do Rosário do Alto da Cruz, uma irmandade negra. A partir dessa primeira epifânia pesquisei profundamente o barroco presente no Brasil e no México.

 

OF. Quais as principais referências que aparecem em suas obras?

 

AV. Meu trabalho tem um caráter polifônico. As referências são inúmeras. O barroco quando chega à America se molda às culturas locais e absorve muitas influências. Esse caráter miscigenado é o que mais me atrai no estilo barroco. No Brasil vemos, por exemplo, forte influência chinesa vinda através da Companhia das Índias nas sedas, nas lacas e porcelanas. Temos também gênios como Aleijadinho e Ataíde que têm traços extremamente pessoais.

 

OF. O que o público poderá esperar desta exposição no Oi Futuro?

 

AV. Os filmes foram feitos em três igrejas – de São Francisco, em Salvador, no Rio e em Ouro Preto. Além de detalhes chineses da Sé de Mariana. Essas igrejas foram escolhidas por serem fortes referências na minha obra. Procurei me aproximar dessas imagens com um olhar mais detalhado, que é como eu olho para elas. A Igreja de São Francisco no Rio (Igreja da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência) é carregada em ouro e tem uma talha rica em estilo português. A câmera seguiu um percurso do perímetro completo dessa igreja. A Igreja de São Francisco em Salvador, com seu rico painel de azulejaria do claustro, me serviu de inspiração para diversos trabalhos. A câmera procurou completar todo o perímetro do claustro seguindo um percurso que eu indiquei. Em Ouro Preto gravamos a Igreja de São Francisco feita por Aleijadinho com a nave pintada por Ataíde. Dessa vez percorremos o Perímetro vertical da igreja, indo do chão ao teto. O som tem um caráter polifônico misturando sons locais, ritmos afros do Olodum, além do órgão da Sé de Mariana, etc.

 

OF. Quais os planos para 2014?

 

AV. Minha primeira individual numa importante instituição americana, o ICA Boston, em novembro.

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Fonte: oifuturo.org.br/noticias – Foto: Murilo Meirelles

 

 

Até 26 de outubro.

Histórias Mestiças

15/ago

“Histórias Mestiças”, cartaz do Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, é resultado de mais de dois anos de pesquisa dos curadores Adriano Pedrosa e Lilia Schwarcz que contou com o entusiasmo do diretor do Instituto, Ricardo Ohtake, interessado em realizar uma exposição paralela à 31ª Bienal de São Paulo com profunda e renovada investigação sobre as matrizes formadoras do povo brasileiro: a questão da mestiçagem e seu rebatimento na produção artística.

 

Segundo os curadores, o objetivo dessa exposição é provocar e trazer à tona um tema que, de alguma maneira, tem existência ainda discreta entre nós brasileiros. Quem mestiçou quem? Como se mistura inclusão com exclusão social? Como se combinam prazer e dominação? Quais são as diferentes histórias escondidas nesses processos de mestiçagem? Essas são perguntas que, segundo eles, ainda, nem sempre recebem ou alcançam respostas.

 

A mostra, dividida em seis núcleos – Mapas e Trilhas; Máscaras e Retratos; Emblemas Nacionais e Cosmologias; Ritos e Religiões; Trabalho; Tramas e Grafismos – fricciona telas, esculturas, instalações, mapas, artefatos indígenas e africanos, fotos, documentos, textos, vídeos e histórias. A curadoria propõe reunir e resignificar linguagens sem hierarquizar culturas, mestiçando ainda gerações de artistas e autores com cruzamentos temáticos e conceituais, sem preocupação cronológica. “O nosso intuito foi convidar artistas nacionais, africanos e ameríndios para ‘conversar’ nessa exposição, de maneira a priorizar um aporte mais amplo e que rompa com as margens precisas e expressas pelos nossos cânones Ocidentais”, afirmam os curadores.

 

As cerca de 400 obras reunidas – originais em todos os suportes e parte das quais nunca exibidas –, são provenientes de 60 importantes acervos nacionais e internacionais, entre os quais Musée Quai Branly, National Museum of Denmark, Instituto de Estudos Brasileiros – IEB/USP, Museu de Arqueologia e Etnologia – MAE/USP, Museu Nacional de Belas Artes, coleções Mario de Andrade, Masp, Biblioteca Nacional, Museu Joaquim Nabuco.

 

Fez parte do trabalho da curadoria investigar autores, artistas, suportes e perspectivas pouco conhecidos, ou sob ângulos inusitados, e colocá-los em debate. Além dos trabalhos já existentes,  também foram encomendados a artistas obras que serão especialmente realizadas para essa mostra. Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Luiz Zerbini, Thiago Martins de Melo, Dalton Paulo, Sidney Amaral são alguns dos nomes que aceitaram o desafio de produzir trabalhos em diálogo com a temática da exposição. Na ocasião da mostra, uma antologia de textos estará à disposição, contando com documentos que partem do século XVI – como a análise de viajantes como Jean De Lery, e de filósofos como Montaigne –, passam por ensaios de naturalistas do XVIII, introduzem o olhar de teóricos do determinismo racial do XIX, ensaios mais culturalistas dos anos 1930, teses engajadas dos movimentos sociais até chegar em capítulos mais recentes de autores como Manuela Carneiro da Cunha e Eduardo Viveiros de Castro.

 

Também foi especialmente confeccionado um novo mapa que traça a rota dos escravos do interior da África para o Brasil, tendo como base um estudo inédito de nosso maior africanista, Alberto Costa e Silva, e produção cartográfica de Pedro Guidara Jr.

 

Dentre as peças africanas destacam-se máscaras provenientes do museu Quai Brainly, e peças da famosa coleção de Mariano Carneiro da Cunha, hoje depositadas no Mae. Desse continente virão também máscaras, objetos de uso ritual e de trabalho e até mesmo uma pequena procissão feita em metal. Por outro lado, tangas, máscaras de arte plumária, urnas marajoaras, estatuetas tapajônicas, cestas, pás de beiju,  representarão, entre outros objetos, a riqueza da arte ameríndia e indígena de nosso país. Tudo em diálogo, em um debate ao mesmo tempo afinado e tenso.

 

 

Sobre os curadores

 

Adriano Pedrosa

 

Curador, ensaísta e editor. Foi co-curador da 27ª Bienal de São Paulo e curador responsável do Museu de Arte da Pampulha. Entre seus projetos curatoriais, estão ”F(r)icciones” (Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofia, 2000-2001, com Ivo Mesquita) e “Farsites: Urban Crisis and Domestic Symptoms in Recent Contemporary Art” (InSite-05, San Diego Museum of Art, Centro Cultural Tijuana, 2005), curador da 12ª edição da Bienal de Istambul, 2011.

 

 

Lilia Moritz Schwarcz

 

Historiadora, antropóloga, escritora e curadora. É professora titular da Universidade de São Paulo e editora da Companhia das Letras. Foi professora visitante e pesquisadora nas universidades de Leiden, Oxford, Brown, Columbia, é hoje Global Scholar pela Universidade de Princeton. Entre seus projetos curatoriais, estão “A longa viagem da biblioteca dos reis” (Biblioteca Nacional, 2003-2004), “Nicolas Antoine Taunay no Brasil – uma leitura dos trópicos” (Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, Pinacoteca, 2008), “Um olhar sobre o Brasil. A fotografia na construção da imagem da nação” (Instituto Tomie Ohtake, 2012), entre outros.

 

Dia 16 de agosto, às 18h30:  Coro da OSESP Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo
Conduzido pela regente Naomi Munakata haverá um concerto com peças de Pe. José Maurício, Villa-Lobos, entre outros.

 

 

De 15 de agosto a 05 de outubro.

Prêmio Marcantônio Vilaça

13/jun

 

Edição especial do “Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas” celebra os dez anos do projeto com a inauguração de duas mostras comemorativas no dia 29 de maio no Museu Histórico Nacional, no Rio de Janeiro. Na noite de abertura das exposições, “Inventário da paixão e Cor, luz e movimento”, também será dada a largada da 5ª edição do prêmio com a divulgação do novo regulamento para os próximos anos.

 

Entre as inovações que serão apresentadas pelo atual curador e coordenador geral, Marcus de Lontra Costa, está o aumento do valor da bolsa de pesquisa conferida a cada um dos cinco artistas vencedores, que passa de R$ 30 mil para R$ 40 mil; e a ampliação do sistema de premiação, se torna mais plural com a inclusão de curadorias regionais no júri de seleção e uma exposição com trabalhos com os 30 artistas pré-selecionados.

 

Além dessas novidades, uma inédita premiação para curadores emergentes passa a integrar o Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça, que se constitui uma das maiores ações de apoio do setor privado à arte brasileira. O novo formato propõe ainda ênfase especial aos processos pedagógicos que possibilitem a qualificação de trabalhadores, professores e estudantes por meio de ações que unam criatividade artística e pesquisa tecnológica.

 

O diretor de Operações do Serviço Social da Indústria (SESI), Marcos Tadeu de Siqueira, destacou a importância do Prêmio. “O investimento em artes contribui para uma interação entre as atividades culturais e o desenvolvimento econômico. Nenhum país pode se considerar desenvolvido, se não tiver um olhar para questões que envolvam cultura, educação e qualidade de vida do trabalhador”, disse.

 

 

Inventário da Paixão

 

As duas mostras comemorativas dessa edição especial reavivam as intenções que motivaram a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o SESI e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), a criarem o prêmio, em 2004. A panorâmica Inventário da paixão é uma homenagem ao galerista Marcantonio Vilaça, patrono do prêmio, que reúne 66 obras de 36 artistas surgidos a partir dos anos 80 e que tiveram mais projeção em suas trajetórias profissionais depois do trabalho em parceria com Marcantonio. Beatriz Milhazes, Adriana Varejão, Angelo Venosa, Luiz Zerbini e Cildo Meireles são alguns desses expoentes aliados a um expressivo núcleo de artistas internacionais, cujos trabalhos passaram a ser mais conhecidos no Brasil devido à ação de intercâmbio artístico realizada pelo galerista (veja lista completa abaixo). “A impactante presença dessas obras juntas em um mesmo espaço físico, com sua variedade de linguagens e propostas estéticas constitui um vibrante painel da arte no Brasil e no mundo e refletem a personalidade exuberante e inquieta daquele que empresta o seu nome à nossa iniciativa”, comenta Lontra.

 

 

Arte Indústria

 

As relações entre processos de criação artística e produção industrial são acentuadas no recém criado projeto Arte Indústria que acompanhará todas as edições do prêmio.  A série se inicia com a coletiva Cor, luz e movimento em homenagem a Abraham Palatnik. A partir de trabalhos deste pioneiro da arte cinética, diversos artistas estabelecem pontos de contato com o conjunto de sua obra. A mostra apresenta uma sala especial com oito trabalhos de Palatnik e 38 obras de 14 artistas que se relacionam com sua poética. Entre eles Ana Linnemann, Eduardo Coimbra, Deneir e Emygdio de Barros. (Veja a lista completa abaixo). Para o idealizador da exposição, o projeto parte do pressuposto de que o aspecto definidor da arte do século 20 está na instigante relação entre o artista e a máquina.

 

 

Novo Regulamento

 

A partir de sua quinta edição, o “Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça” renova formato e regulamento de modo a se aproximar cada vez mais da investigação artística contemporânea, compreendida como ação fundamental para o desenvolvimento do conhecimento humano e da pesquisa tecnológica.  A iniciativa do Sistema Indústria criada em 2004, ao longo desse tempo, realizou quatro edições consecutivas. Recebeu 2532 propostas e premiou 20 artistas, que atuam em diferentes pontos do país, com bolsas de trabalho e acompanhamento dos projetos por curadores designados. Ao conceber as duas mostras da edição especial, os novos curadores revigoram a proposta do “Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça” no cenário artístico brasileiro e afirmam sua presença como uma referência entre as principais premiações nacionais no gênero.

 

 

Quem foi Marcantônio Vilaça

 

Marcantonio Vilaça, falecido precocemente em 2000 aos 37 anos de idade, tem sua trajetória cultural iniciada em Recife, PE. Influenciado pelos pais, conheceu a arte popular da região e fez visitas rotineiras a museus, igrejas e conventos de todo o Nordeste. Aos 15 anos, adquiriu sua primeira obra de arte, uma gravura de Samico. No início dos anos 80, Marcantônio e a irmã Taciana Cecília abriram sua primeira galeria de arte, a Pasárgada, na Praia de Boa Viagem, em Recife. Em 1991, instalou-se em São Paulo e inaugurou a Galeria Camargo Vilaça, junto com a sócia Karla Camargo. Aos 35 anos, possuía cerca de 500 obras dos mais representativos artistas contemporâneos brasileiros. Em sua trajetória como marchand, ajudou a projetar novos talentos no mercado brasileiro e internacional e doou diversas obras de sua coleção particular para diversos museus, tanto instituições nacionais quanto internacionais.

 

 

Artistas participantes da exposição:

 

Adriana Varejão | Angelo Venosa | Beatriz Milhazes | Barrão (Plano B) | Cildo Meireles | Daniel Senise | Efrain Almeida | Ernesto Neto | Francis Allys | Gilvan Samico | Helio Oiticica | Hildebrando de Castro | Iran do Espírito Santo | Jac Leirner   | José Damasceno | José Resende | Leda Catunda | José Leonilson | Lia Menna Barreto | Luiz Zerbini | Lygia Pape | Maurício Ruiz | Mauro Piva | Nuno Ramos | Rivane Neuschwander | Rosangela Rennó | Valeska Soares | Vik Muniz | Anselm Kiefer (Alemanha) | Cindy Sherman (Estados Unidos) | Guillermo Kuitca (Argentina) | Julião Sarmento (Portugal) | Mona Hatoum (Líbano) | Antonio Hernández-Diez (Venezuela) | Pedro Croft (Portugal) | Pedro Cabrita Reis (Portugal)

 

FICHA TÉCNICA:

 

Coordenação Geral: Claudia Ramalho;

Curador: Marcus de Lontra Costa;

Curadora Adjunta: Daniela Name;

Produção: Maria Clara Rodrigues – Imago Escritório De Arte;

Produção Executiva: Andreia Alves | Marcia Lontra;

Expografia: Marcio Gobbi;

Identidade Visual: New 360;

Projeto Técnico Interativo: 32bits Criações Digitais;

Iluminação: Antonio Mendel;

Projeto Educativo: Rômulo Sales Arte Educação

 

 

De 30 de maio a 13 de julho.

Maio: Arte brasileira em Nova Iorque

09/mai

Com exposições individuais inauguradas em galerias do Chelsea, três dos maiores artistas contemporâneos brasileiros – Adriana Varejão, Tunga  e Vik Muniz – são celebrados no maior centro de arte do mundo, a cidade de Nova Iorque. O início ocorreu com a retrospectiva de Lygia Clark no MoMA, seguido Frieze (feira de arte), com stands das badaladas galerias A Gentil Carioca, Casa Triângulo, Fortes Vilaça, Jaqueline Martins, Mendes Wood e Vermelho.

 

Além do MoMA, outras instituições, como o Godwin-Ternbach Museum of Queens College exibe 40 fotos – em grande escala – de Abdias Nascimento. O Bronx Museum inaugurou a exposição coletiva “Beyond the Supersquare”, nela participando, dentre outros, André Komatsu e Mauro Restiffe. O Institute of Fine Arts da New York University será o anfitrião de Regina Silveira para um diálogo entre as pessoas interessadas. Caio Reisewitz inaugura no dia 16 uma grande individual no International Center of Photography (ICP), que abrigará ainda a coletiva “Urbes Mutantes: Latin American Photography 1941-2013”.
Mas também encontram-se em cartaz, em centros culturais da cidade a seguinte programação: no The Jewish Museum, “Other primary structures” com obras de Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Sérgio Camargo e Willys de Castro. Já Rivane Neuenschwander apresenta-se com “Thanks for writing” no 601 ArtSpace. E no International Print Center NY, a “Contemporary Brazilian printmaking”, com 22 nomes, dentre os quais Sheila Goloborotko e Mônica Barki.

 

Mais brasileiros: Carlito Carvalhosa, em mostra individual na Sonnabend, na Broadway 1602, a coletiva “Ultrapassado part I” reunindo obras assinadas por Lygia Pape, Lenora de Barros, Lydia Okumura e Paloma Bosque. A Tierney Gardarin exibirá “Geraldo de Barros: The purity of form”,  e a Hauser & Wirth do Upper East Side com uma panorâmica de Anna Maria Maiolino e o coletivo assume vivid astro focus (avaf), criado por Eli Sudbrack, inaugura a mostra de pinturas “Adderall Valium Ativan Focalin (Cantilevering me)” na Suzanne Geiss. E a marchande Luciana Brito fez uma seleção de trabalhos de seus artistas para mostrar na Espasso.

Adriana Varejão em nova série

12/abr

Há cinco anos sem realizar uma exposição com apenas trabalho inéditos, Adriana Varejão apresenta a recém-criada série “Polvo” no Galpão Fortes Vilaça, Barra Funda, São Paulo, SP. O “Polvo” é fruto de uma pesquisa de forte caráter conceitual, desenvolvida ao longo de 15 anos, sobre a representação das cores de pele dos brasileiros e a ambivalência das definições de raça no país.

 

O ponto de partida foi o resultado da pesquisa do IBGE de 1976, que deixou em aberto a pergunta Qual é a sua cor?. O resultado foram 136 diferentes termos, alguns inusitados e muitos deles, figurativos, em contraponto aos cinco grupos estabelecidos: branco, preto, vermelho, amarelo e pardo. Adriana escolheu os 33 mais exóticos, poéticos e significativos e, a partir deles, criou as suas próprias tintas a óleo baseadas em tons de pele. Assim, surgiram as cores Fogoió?, Enxofrada, Café com leite, Branquinha, Burro quando foge, Cor firme, Morenão, Encerada e Queimada de sol, entre outras.

 

O resultado deste processo é um objeto de arte: uma caixa com 33 tubos de tinta (com tiragem de 200 exemplares), além da série de pinturas elaboradas a partir destas tintas, que criam um imenso painel. As telas são retratos de Adriana, executadas por outros pintores retratistas, com intervenções da artista. A cor da pele é neutra, acinzentada, com pinceladas geométricas e de inspiração indígena, realizadas com os tons das tintas Polvo. Acompanhando os retratos, pinturas circulares abstratas trazem a escala destas mesmas tintas. E todo o conjunto mantém a estreita relação com seus trabalhos anteriores, sempre lidando com questões como a miscigenação, o colonialismo e a cor da pele.

 

No dia 24 de abril, ela abre outra mostra “Polvo”, na Lehmann Maupin Gallery, em Nova York, com 12 retratos.

 

Panorâmica: Pela primeira vez, a artista ganhará uma panorâmica numa grande instituição pública americana. A mostra, ainda sem titulação, será aberta no dia 18 de novembro no Institute of Contemporary Art, em Boston.

 

 

Até 17 de maio.

Marcel Giró na Galeria Bergamin

05/nov

A Galeria Bergamin, Jardins, São Paulo, SP, exibe 40 fotografias vintage (ampliadas na época), feitas pelo artista catalão Marcel Giró, nos anos 1950. Giró foi um dos principais representantes do Modernismo da Escola Paulista e integrou o Foto Cine Clube Bandeirante.

 

A dupla de curadores, Iatã Cannabrava e Isabel Amado, elegeu imagens que evidenciam o crescimento da metrópole naqueles anos e deixam escapar a preocupação desta geração de fotógrafos em documentar as transformações das cidades, a industrialização e a modernidade, assim como o fizeram Paulo Pires, José Yalenti, Ademar Manarini, Eduardo Salvatore, Gaspar Gasparian e outros participantes do FCCB. São fragmentos como andaimes, antenas, muros riscados e construções, fotografias quase sem a presença da figura humana, que valorizam a arquitetura local, e incluem uma série menos literal, em que a geometria e as experimentações do Modernismo Paulista são ainda mais presentes.

 

“Com um olhar apurado de esteta, suas melhores fotografias têm origem de fato no banal e cotidiano”, diz Iatã Cannabrava. Para Isabel Amado, “nas sombras mais duras, na geometria mais fria, nos contrastes menos cadenciados: sempre há uma delicadeza que perpassa suas fotografias”.

 

Apesar da pouca atenção ao Modernismo da Escola Paulista, na última década importantes trabalhos como o livro de Helouise Costa, a circulação de coleções como a de fotografia modernista brasileira do Itaú e a inclusão no circuito de galerias de arte de alguns desses autores fizeram com que as obras guardadas pelas famílias viessem a aparecer. É o caso desta exposição, composta por obras mantidas sob a guarda de Toni Ricart, sobrinho do artista. Além de fotógrafo, Giró praticou montanhismo, tendo cruzado os Pirineus a pé. Antes do Brasil, esteve na Colômbia, e, ao passar por São Paulo, encontrou no FCCB o que havia de mais questionador na época, ou, pelo menos, o que havia de mais revolucionário na fotografia naquele momento de retomada da vida cotidiana após duas longas guerras.

 

 

Sobre Marcel Giró

 

Filho de industrial do setor têxtil, o catalão Marcel Giró foi um aficionado pela fotografia, praticou montanhismo e viajou o mundo como poucos. Alistou-se como voluntário no exército republicano durante a Guerra Civil Espanhola (1936-1939), o que já anunciava seu espírito político, questionador, observador. No final dos anos 40, mudou-se para São Paulo, onde renasceu sua vocação para fotografia, se tornando um dos principais membros da Escola Paulista de Fotografia, com origem no Foto Cine Clube Bandeirante.  Seu trabalho se caracteriza pela interpretação das formas abstratas de seu entorno e pela experimentação com a luz e sombra, acompanhando o movimento da fotografia moderna. Giró é citado mais de uma vez no livro seminal Fotografia Moderna no Brasil de Helouise Costa, e é dele o Estúdio Giró, o pioneiro da fotografia publicitária no Brasil. Viveu até os 98 anos de idade, morrendo em Mirassol, Barcelona, em 2011.

 

 

Sobre a Galeria Bergamin

 

Sem elenco fixo e com o objetivo de atender a arte e disseminar cultura no coração do Jardins, na Rua Oscar Freire, em São Paulo, a Galeria Bergamin, dos sócios Antonia Bergamin e Thiago Gomide, abriu sua primeira exposição no novo espaço em agosto de 2013, já com grandes nomes como Adriana Varejão, Hélio Oiticica, Nelson Leirner e Waltercio Caldas. A mostra coletiva apresentou obras onde os autores prestavam homenagens, correspondências e referências a outros artistas plásticos, como Lucio Fontana e Piet Mondrian, por exemplo. Com foco em arte do período pós-guerra, o espaço pretende se tornar referência também em prestação de consultoria para a criação de novas coleções ou aprimorar as já existentes.

 

De 05 de novembro a 15 de dezembro.

Andre Griffo, primeira individual

02/set

A primeira exposição individual de André Griffo que recebeu o nome de “Reúso e Retardo”, apresenta três objetos, três desenhos e duas pinturas, e acontece na Galeria Athena Contemporânea, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, com curadoria da expert Vanda Klabin. O artista utiliza troncos secos, crânios de boi e patas de porcos em seus trabalhos.  Isso se deve ao fato do crescimento na fazenda em Barra Mansa, onde convivia com animais e o vasto maquinário de seu pai, que colecionava ferramentas de todo o tipo, o que remetem a ele  e à Arquitetura. André vem se dedicando às artes plásticas em seu atelier em Barra Mansa e as recordações de sua infância são temas recorrentes em suas obras.  Arquiteto de formação, André Griffo cria uma mitologia individual ao se nutrir de sua própria experiência.  Utiliza um vocabulário muito expressivo no seu procedimento artístico através da adoção de objetos do cotidiano, construído em consonância  com materiais  industriais.  Seu trabalho  explora  temas que envolvem uma parceria complexa entre o homem e a natureza, objetos transfigurados  que se referem a experimentos pessoais impregnados de uma carga psicológica. Isso ocorre ao incorporar a subjetividade no seu plano visual  e utilizar uma fusão de diferentes elementos como animais,  grades, lanças e armas medievais,  colunas de ordem gregas, capacetes, entre outros.

 

O artista cria núcleos significativos que são incorporados ao seu trabalho, ao manipular imagens pré-existentes na busca  de  uma interlocução  incessante de  diferentes elementos, encontrados nas lojas de materiais  de construção  e de ferro velho. Suas  obras remetem aos vestígios do universo urbano e rural,  onde o artista acrescenta valores estéticos aos fragmentos e aos objetos, elementos essenciais para  a sua composição de trabalho.  André Griffo cria um repertório plástico que incorpora  uma subjetividade no plano visual ao reificar e  alterar  a forma da natureza dos objetos, A partir da moldagem de alguns objetos,  preservada no sal grosso  e devidamente  perfuradas, realiza a  edição de fragmentos de um corpo animal , que toma uma forma predominante  como uma matriz que o artista reproduz na forma  original, quase como um carimbo em série e  reativadas em outros territórios.

 

Na escala expansiva da superfície  da tela,  a sua pintura é concebida em várias camadas, sobreposições  quase monocromáticas e adquirem  uma opacidade onde o efeito da pincelada, pelo uso da tinta acrílica, vai sendo aos poucos apagada, esvanecida,  como algo prévio que precisa ser escondido. As imagens se acumulam na superfície da tela, sem hierarquia  ou unidade de tempo, mas com diferentes  significados entre si. Existe ainda  a presença de uma troca entre  diferentes linguagens e procedimentos  como o desenho,  a pintura e escultura.  A engenhosidade  dos desenhos prévios  é um elemento importante  para o resultado estético de sua obra.

 

A especialização em pequenos estudos minuciosos, evidenciam  trabalhos que saem uns dos outros e que adquirem caminhos diferentes. Nessa   ambiguidade existente nas superfícies planas  e no volume escultórico, predomina uma independência  dos elementos entre si, uma disjunção entre as partes, que se deslocam com acréscimos de novos elementos  na forma tridimensional, atrav;es de mecanismos duchampianos de apropriação de objetos existentes. Na  sua edição de fragmentos de um corpo,  seja de chifres  ou patas de porco suspensos sob tensão, calibradas e  chumbadas  por cabos de aço e bases de concreto – o artista tenta recuperar a intensidade da obra, o volume desse corpo dentro do espaço, e agora  exibe  o seu conflito de forças, interagindo na relação com o espaço da galeria  e seus componentes: desenha, disseca  e articula  a  relação  entre as peças,  traz uma linha de força que passa pela roldana  e pesos  como pontos de força que são devidamente distribuídos. O artista interage com o espaço da galeria e os campos de força ganham potência, tanto  no campo pictórico  como no espaço escultórico. Esses fragmentos  do corpo são o agente do  espaço, presença  enigmática,  que tecem um imprevisível diálogo visual, um sistema de signos que necessita ser ainda decifrados.

 

 

Sobre o artista

 

Admirador de Francis Bacon, Luiz Zerbibi e Adriana Varejão, André Griffo iniciou sua carreira profissional como arquiteto. Durante os cinco anos em que atuou na área, foi, cada vez mais, ouvindo seu feeling direcionando-o a trilhar o caminho das artes. O contato e conhecimento sobre o assunto durante a faculdade fez com ele repensasse o que gostaria de realmente de se doar.  Além disso, segundo Griffo, o trabalho como artista faz com que ele possa se permitir à uma abrangência de ideias muito superior e infinita, saindo do campo específico. André decidiu se especializar e foi atrás de cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage comandados por artistas consagrados como Anna Bella Gieger, além de ter sido aluno dos críticos e curadores Fernando Cocchiarale, Daniela Labra e Marcelo Campos. Durante seu crescimento como artista, Andre participou de uma série de salões de arte pelo Brasil.

 

 

 De 05 de setembro a 05 de outubro.

 

Correspondências. Mostra inaugural

23/ago

Com a exibição da mostra coletiva “Correspondências”, a Galeria Bergamin, realiza sua estreia no circuito de arte contemporânea. O espaço situa-se à rua Oscar Freire, 379, loja 01, Jardins, São Paulo, SP. A mostra é apresentada por Felipe Scovino. Para o evento inaugural foi selecionado expressivo elenco de nomes pontuais da arte brasileira. Entre os participantes da exposição constam obras em técnicas diversificadas como pinturas, objetos, esculturas e fotografias, assinadas por Adriana Varejão, Alair Gomes, Cildo Meireles, Emanuel Nassar, German Lorca, Hélio Oiticica e Neville D’Almeida, José Bento, José Resende, Lygia Pape, Mauro Restiffe, Miguel Rio Branco, Montez Magno, Nelson Leirner, Paulo Roberto Leal, Raymundo Colares, Sérgio Camargo, Thiago Rocha Pitta, Vik Muniz, Waltercio Caldas, Wanda Pimentel, Luciano Figueiredo e Marcelo Cidade.

 

 

 

Texto de Felipe Scovino

 

Nessa exposição, que inaugura o novo espaço e momento da Galeria Bergamin, o que se apresenta são estratégias de correspondência. Para além da heterogeneidade de discursos, propostas e suportes, estão diante de nós diálogos, associações e afinidades. Em alguns casos, regidos por uma ironia (como nas obras de Emmanuel Nassar e Nelson Leirner) ou associações livres e poéticas que nos fazem pensar na ampliação do suporte feito por quem homenageia (como são os casos das obras de German Lorca, Miguel Rio Branco e Thiago Rocha Pitta, nas quais a fotografia transita em direção a pintura, ganhando texturas, luz, elementos táteis, pulsantes que a faz estar em uma situação fronteiriça). As oposições também existem, seja através das formas, técnicas, linguagens e assuntos, sem, entretanto, formar um sentido geral definitivo ou hierarquizá-los prematuramente, isto porque a abrangente condição artística na sua atualidade não se fixa em parâmetros históricos e critérios artísticos precisos e definitivos. As homenagens a Lucio Fontana são um exemplo disso. O seu romântico corte abrupto, seco e libertador sobre a tela transforma-se na obra de Leirner em um abrir e fechar zíperes. Passamos a rasgar o tecido numa atitude explicitamente dadá. Por outro lado, na obra de Adriana Varejão a tela se transforma numa epiderme na qual os azulejos se revelam como um corpo violentado.

 

As correspondências não estão somente apresentadas nas homenagens feitas pelos artistas a seus colegas, mas conseguimos perceber nessa correspondência livre e direta, as predileções, argumentos e diálogos que acontecem entre homenageado e quem homenageia.  A diversidade e heterogeneidade não estão só nos temas, assuntos ou conteúdos, mas também – e aqui é outro ponto de qualidade da exposição, a sua capacidade de revelar a multiplicidade de pesquisas na contemporaneidade – nas linguagens e nas mídias nas quais as obras podem aparecer ora como pintura, escultura ou fotografia, ou ainda como algo de indefinida e incerta sistematização.

 

 

De 08 de agosto a 28 de setembro.

Prêmio Marcantonio Vilaça

08/jun

O “Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas” terá edição especial em comemoração a seus dez anos. O lançamento da iniciativa será realizado no próximo dia 12 de junho em cerimônia no Museu Histórico Nacional, Centro, Rio de Janeiro, RJ, o mesmo local que sediará a exposição de 2014. A noite também contará com apresentações dos músicos Leo Gandelman, João Donato e Celso Fonseca.

 

 

Será montada, entre os dias 27 de maio e 29 de julho de 2014, uma exposição com obras dos 90 artistas que venceram as quatro edições do prêmio e também de artistas que ganharam notoriedade internacional a partir do trabalho de Marcantonio Vilaça. Entre esses últimos estão Adriana Varejão, Vik Muniz, Nuno Ramos e Beatriz Milhazes.

 

 

Criado em 2003 pelo Sistema Indústria, o Prêmio Marcantonio Vilaça se destaca no circuito das artes plásticas pelo amplo raio de alcance. Ao longo de sua trajetória, contou com 2.532 inscrições de todos os estados da federação, a mobilização de mais de 25 curadores nacionais e internacionais, a realização de 27 mostras itinerantes em 17 estados e no Distrito Federal, visitadas por público de mais de 300.000 pessoas em todas as regiões do país e com a participação de mais de 85.300 alunos em oficinas de arte-educação. Além disso, mais de 24.974 professores foram capacitados no projeto educativo que é oferecido por ocasião de cada mostra itinerante. Foram ainda realizadas palestras, oficinas educativas para alunos e professores de todos os locais onde as exposições foram realizadas, aproximando a arte da educação. Ao final de cada edição, foram doadas para museus públicos obras de cada um dos artistas vencedores.

 

O artista plástico Abraham Palatinik (foto), considerado um dos pioneiros e referência em arte cinética do Brasil, ofereceu uma de suas obras para compor a identidade visual dessa edição especial. Ele explora as relações entre movimento, luz e tempo, associando processos e materiais de origem industrial às questões referentes à sensibilidade e a criatividade artística.

 

 

 

Marcantonio Vilaça

 

 

 

O prêmio presta uma homenagem ao marchand e colecionador brasileiro Marcantonio Vilaça (1962-2000), responsável pela projeção da arte contemporânea brasileira dos anos 1990 no exterior. Com seu espírito empreendedor, contribuiu de forma marcante e decisiva para a cultura nacional, não só por meio de incentivo aos novos talentos como também pela abertura de novos espaços para a projeção da arte brasileira no mercado internacional.