Marcio Gobbi exibe artistas autodidatas

31/mar

O marchand Marcio Gobbi inaugura seu Escritório de Arte com a exposição coletiva “Pintura e Festividade Popular”, sob curadoria de Ademar Britto, na qual apresenta 15 pinturas de artistas autodidatas brasileiros que registram comemorações e festas, religiosas e populares, no país. O novo espaço está localizado em um imóvel restaurado do século XVIII, no bairro da Bela Vista, região da cidade com estúdios, ateliês, galerias e cooperativas de artistas e criativos. A abertura da exposição acontece no dia 01 de abril e permancerá em cartaz até 13 de maio.

“Pintura e Festividade Popular” destaca a Arte Popular, uma representação artística formada por manifestações do que cria e consome o povo. Sem educação formal em artes plásticas, os artistas desenvolvem técnicas e habilidades a partir de tradições locais, por vezes transmitidas através das gerações, com características marcantes de ingenuidade e espontaneidade.

Entre os trabalhos selecionados, destacam-se “Macumba”, de Heitor dos Prazeres, que retrata a intensidade e a energia de uma cerimônia religiosa, e “Casamento na Roça”, de Maria Auxiliadora, que celebra as tradições populares brasileiras. A totalidade das obras selecionadas apresenta um amplo panorama de arte, percorrendo um período de oito décadas, de 1901 a 1988. Todos os autores possuem suas próprias características, respeitabilidade e valor na história da arte popular do Brasil. “Pintura e Festividade Popular” é uma oportunidade rara para apreciar a habilidade e a criatividade de seletos artistas, bem como se conectar com as tradições e a cultura popular brasileira e sua diversidade cultural.

 

Artistas participantes

Heitor Dos Prazeres, Agostinho Batista de Freitas, Maria Auxiliadora, Elisa Martins da Silveira, Iaponi Araujo, Sergio Vidal, Rafael Borges de Oliveira (Pintôr Rafael), Licidio Lopes, José Antônio da Silva, Raquel Trindade, Luiz Soares, Emídio de Souza, Bajado e outros.

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A pintura do interior paulista

18/jan

 

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, apresenta a exposição coletiva “A Pintura do Interior Paulista “, sob curadoria de Ruth Sprung Tarasantchi com, aproximadamente, 51 pinturas de 28 artistas – Agostinho Batista de Freitas, Alberto Emilio Naddeo, Aldo Caldarelli, Alexandre Reider, Antonio Ferrigno, Benedito Calixto, Carlos de São Thiago Lopes, Campos Ayres, Clodomiro Amazonas, Enrico Vio, Gentil Garcez, Glycério Geraldo Carnelosso, Guerino Grosso, João Batista da Costa, Joaquim Dutra, Jorge de Mendonça, José Ferraz de Almeida Jr., José Wasth Rodrigues, José Maria da Silva Neves, José Perissinoto, José Rossini, Luiz Gualberto, Lucilio de Albuquerque, Oscar Pereira da Silva, Pacheco Ferraz, Paulo do Valle Jr., Paulo Vergueiro Lopes de Leão, Tulio Mugnaini – exibe obras que são inspiradas em cenas do interior do Estado de São Paulo. Uma parceria, já em sua terceira ação, entre o Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS/SP e a Associação dos Amigos de Arte de São Paulo – SOCIARTE, traz ao público um recorte dessa produção característica e formadora da iconografia memorial do verdadeiro símbolo da origem da imagem do paulista de raiz.

“Nesta exposição temos artistas que estudaram no exterior, viveram muitos anos na França, na Itália, e receberam grande influência de seus mestres estrangeiros. Outros estudaram com pintores renomados na época, como Oscar Pereira da Silva, Pedro Alexandrino, Antônio Rocco e Tulio Mugnaini. Os que viveram no interior deixaram uma obra que eles consideravam a “verdadeira”. Nas obras dos pintores que não viajaram para o exterior, fica certa ingenuidade que hoje temos que aceitar, por serem um documento de época, apesar de certa dureza, um mundo que não existe mais”, explica a curadora.

Inúmeros foram os artistas que viveram, se inspiraram e registraram cenas do interior paulista e as diferenças sutis, em suas representações, podem ser observadas no conjunto selecionado para a exposição. “Na obra de Ferrigno, temos o trabalhador do campo, enquanto Carnelosso representa o caipira exausto, sentado num canto depois de um dia de trabalho. Lopes de Leão pinta bananeiras que preenchem toda a superfície da tela e Wasth Rodrigues pinta moradias rústicas interioranas”, comenta Ruth Tarasantchi.

“A SOCIARTE, buscando divulgar as características do interior do Estado de São Paulo através da pintura, apresenta esta exposição com obras de pintores que imortalizaram as paisagens, os costumes, a riqueza da terra e a diversidade desta importante região brasileira.” Francisco de Paula Simões Vicente de Azevedo

 

Sobre o museu

O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 29 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, última chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo IPHAN, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos XVI e XX, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 10 mil itens no acervo. Possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus, entre tantos, anônimos ou não. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.

TARSILA NO MASP 

05/abr

Tarsila do Amaral (Capivari, SP, 1886 – São Paulo, 1973) é uma das maiores artistas brasileiras do século XX e figura central do Modernismo. Esta exposição que o MASP, Avenida Paulista, São Paulo, SP, exibe é a mais ampla exposição já dedicada à artista, reunindo 92 obras a partir de novas perspectivas, leituras e contextualizações.

 

De família abastada, de fazendeiros do interior de São Paulo, Tarsila desenvolveu seu trabalho com base em em vivências e estudos em Paris a partir de 1923. Por meio das aulas com André Lhote  e Fernand Léger, aprendeu a devorar os estilos modernos da pintura europeia, como o Cubismo, de maneira antropofágica e produzir algo singular. É importante chamar atenção para a noção de antropofagia, criada por Oswald de Andrade: um programa poético através do qual intelectuais brasileiros canibalizariam referências culturais europeias com o objetivo de digeri-las e criar algo único e híbrido, além de incluir elementos locais, indígenas e afro-atlânticos. De volta ao Brasil, declarou: “Sou profundamente brasileira e vou estudar o gosto e a arte dos nossos caipiras. Espero, no interior, aprender com os que ainda não foram corrompidos pelas academias”.

 
O enfoque da exposição é o “popular”, noção tão complexa quanto contestada, e que Tarsila explorou de diferentes modos em seus trabalhos ao longo de toda a sua carreira. O popular está associado aos debates sobre uma arte ou identidade nacional e a invenção ou construção de uma brasilidade. Em Tarsila, o popular se manifesta através das paisagens do interior ou do subúrbio, da fazenda ou da favela, povoadas por indígenas ou negros, personagens de lendas e mitos, repletas de animais e plantas, reais ou fantásticos. Mas a paleta de Tarsila (que serve de inspiração para as cores da expografia) também é popular: “azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante”.

 
Boa parte da crítica em torno de Tarsila feita até hoje no Brasil enfatizou suas filiações e genealogias francesas, possivelmente em busca da legitimação internacional da artista, mas assim marginalizando os temas, as personagens e as narrativas populares que ela construiu. Hoje, após bem-sucedidas mostras nos Estados Unidos e na Europa, podemos olhar para Tarsila de outras maneiras. Nesse sentido, os ensaios e comentários sobre suas obras incluídos na exposição e no catálogo são elementos fundamentais deste projeto. Não por acaso a polêmica pintura “A negra” recebe atenção especial dos autores e é um trabalho central na mostra. Outra peça que fará uma boa repercussão na exibição é a presença do famoso “Abaporu”, obra cedida especialmente pelo MALBA, Buenos Aires, Argentina.

 
“Tarsila popular” não busca esgotar essas discussões, que levam em conta também questões de raça, classe e colonialismo, mas apontar para a necessidade de estudar essa artista tão fundamental em nossa história da arte a partir de novas abordagens.

 

Esta exposição faz parte de uma série que o MASP organiza reconsiderando a noção de “popular”: desde “A mão do povo brasileiro 1969/2016″ e “Portinari popular”, em 2016, até “Agostinho Batista de Freitas”, em 2017, e “Maria Auxiliadora”, em 2018. “Tarsila Popular” é organizada no contexto de um ano inteiro dedicado a artistas mulheres no MASP em 2019 sob o título de “Histórias das mulheres, histórias feministas”. A exposição dialoga com duas outras dedicadas a artistas que exploraram a noção do popular de diferentes maneiras: “Djanira: a memória de seu povo”, em cartaz até 19 de maio, e “Lina Bo Bardi: Habitat”, até 28 de julho.

Tarsila popular tem curadoria de Fernando Oliva, curador do MASP.

 

 

Até 28 de julho.

Modernos & Arte Sacra no MAS/SP

18/jan

O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, Luz, São Paulo, SP, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, exibe “O Sagrado na Arte Moderna Brasileira”, com obras de Agostinho Batista de Freitas, Alberto Guignard, Aldo Bonadei, Alex Flemming, Alfredo Volpi, Anita Malfatti, Antonio Poteiro, Arcângelo Ianelli, Cândido Portinari, Carlos Araújo, Clóvis Graciano, Cristina Barroso, Emeric Marcier, Fé Córdula, Fúlvio Pennacchi, Galileu Emendabili, Glauco Rodrigues, Ismael Nery, José Antonio da Silva, Karin Lambrecht, Marcos Giannotti, Mestre Expedito (Expedito Antonio dos Santos), Mick Carniceli, Miriam Inês da Silva, Nelson Leirner, Nilda Neves, Oskar Metsavaht, Paulo Pasta, Raimundo de Oliveira, Raphael Galvez, Rosângela Dorazio, Samson Flexor, Sérgio Ferro, Siron Franco, Tarsila do Amaral, Vicente do Rego Monteiro, Victor Brecheret e Willys de Castro, sob curadoria de Fábio Magalhães e Maria Inês Lopes Coutinho. A mostra expõe cerca de 100 obras – entre esculturas, desenhos, gravuras e pinturas – que formam um conjunto expressivo de artistas cujas produções abordam poéticas que aludem à fé e à religião, algumas de modo claro e explícito, outras, por meio de metáforas.

 

Até 1808, a temática religiosa dominou por completo a produção artística no país, entre o período que engloba o século 16 até a primeira década do século 19 – com exceção das obras de Franz Post e Albert Eckhout, que retrataram a paisagem, a flora, a fauna, a dança dos índios Tapuias, os tipos humanos e os empreendimentos açucareiros em Pernambuco. A partir de 1808, com a chegada da família real ao Brasil, os temas profanos passaram a ser adotados pelos artistas brasileiros, e algumas décadas depois já prevaleciam nas artes plásticas em nosso país.  “No século XIX, com a presença da missão francesa de arquitetos e artistas no Brasil, também ocorreu a representação do país e de sua sociedade por artistas como Debret e Taunay, entre outros. No correr do segundo império, os temas das pinturas brasileiras serão sobretudo patrióticos. Com o advento da semana de Arte moderna em 1922, inverteu-se a situação com o predomínio do profano e nossos modernistas e depois nossos contemporâneos se fizeram conhecidos do grande público por obras que não expressavam o sentimento religioso”, comenta o diretor executivo do MAS-SP, José Carlos Marçal de Barros.

 

Este conjunto de obras que compõem a nova mostra temporária do MAS-SP pode ser dividido entre os artistas modernos – Anita Malfatti, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret, Vicente do Rego Monteiro, Ismael Nery, Cândido Portinari, entre outros -, os populares – entre eles José Antonio da Silva, Agostinho Batista de Freitas, Antonio Poteiro – e os artistas contemporâneos, como Alex Flemming, Marcos Giannotti, Nelson Leirner, Oskar Metsavaht, entre outros. Nos dizeres de Fábio Magalhães e Maria Inês Lopes Coutinho: “Os modernistas foram, antes de tudo, transgressores e não apenas na expressão artística, também adotaram novos modos de vida, muitos deles, incompatíveis com os hábitos da sociedade brasileira, ainda fortemente rural. Influenciados pela grande metrópole francesa que vivia sua “folle époque”, esses jovens transgressores trouxeram novas ideias que tumultuaram os costumes até então estabelecidos na conservadora sociedade brasileira”.

 

A expressão do artista popular parte na maioria das vezes de experiências vividas, das crenças, dos rituais e das festas da sua comunidade. Procissões, as festas juninas, tão populares no Nordeste, e o folclore regional nutrem, muitas vezes, os temas religiosos. Em relação à arte contemporânea, os curadores destacam a presença não rara do tema religioso, “se o entendemos como manifestação de poéticas do sagrado, do sobrenatural, como forças da natureza que inquietam a cultura, ou mesmo os aspectos intangíveis que pressentimos nas coisas e nas pessoas, ou como apropriação de símbolos consagrados”. “Lograram o magnifico resultado que o Museu de Arte sacra apresenta nesta mostra, pois todos e cada um de nossos grandes artistas continuaram mantendo dentro de si a antiga religiosidade com que conviveram desde a sua infância”, conclui José Carlos Marçal de Barros.

 

 

Sobre o museu

 

O Museu de Arte Sacra de São Paulo, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, é uma das mais importantes do gênero no país. É fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969, e sua instalação data de 28 de junho de 1970. Desde então, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar ala do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz, na avenida Tiradentes, centro da capital paulista. A edificação é um dos mais importantes monumentos da arquitetura colonial paulista, construído em taipa de pilão, raro exemplar remanescente na cidade, última chácara conventual da cidade. Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em 1943, e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico do Estado de São Paulo, em 1979. Tem grande parte de seu acervo também tombado pelo IPHAN, desde 1969, cujo inestimável patrimônio compreende relíquias das histórias do Brasil e mundial. O Museu de Arte Sacra de São Paulo detém uma vasta coleção de obras criadas entre os séculos 16 e 20, contando com exemplares raros e significativos. São mais de 18 mil itens no acervo. O museu possui obras de nomes reconhecidos, como Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Antônio Francisco de Lisboa, o “Aleijadinho” e Benedito Calixto de Jesus. Destacam-se também as coleções de presépios, prataria e ourivesaria, lampadários, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas, livros litúrgicos e numismática.

 

 

 

De 26 de janeiro a 31 de março.

No FACE Gabinete de Arte

24/ago

FACE Gabinete de Arte, Pinheiros, São Paulo, SP, inaugurado no primeiro semestre de 2017, traz agora a exposição de Agostinho Batista de Freitasreafirmando sua intenção de resgatar o olhar de Pietro M. Bardi sobre a produção artística brasileira. O espaço, ao revisitar artistas revelados ou incentivado pelo fundador do MASP, pretende compartilhar a experiência de Eugênia Gorini Esmeraldo durante décadas ao lado dele no museu, reativando, com mostras e debates, a presença desses nomes na cena contemporânea.

 

Conforme destaca Eugênia, torna-se difícil comentar a obra do pintor após a grande exposição realizada recentemente pelo MASP, quando também foi editado um bonito e merecido catálogo sobre o artista. Por isso, a presente mostra tem mais o significado de prestar uma homenagem ao descobridor de Agostinho, neste ano em que o MASP, instituição que ele fundou em outubro de 1947, comemora 70 anos.

 

Agostinho Batista de Freitas (Paulínia, SP, 1927 – São Paulo, SP, 1997) foi encontrado pelo Professor Bardi nas ruas da cidade, na praça do Correio, onde vendia as suas pinturas, no início dos anos 1950. Já em 1952 foi realizada uma individual do artista no emergente museu, na rua Sete de Abril, 230. Eram os primeiros anos da formação do espaço de arte que Bardi iria dirigir por mais de quatro décadas.

 

Algumas das obras reunidas nesta exposição estiveram na recente mostra do artista no MASP e, não por acaso, algumas delas passaram pelo crivo ou pertenceram a Bardi. Por volta de 1966, o fundador do museu criou a galeria Mirante das Artes, na rua Estados Unidos 1494, e ali começou a revender muitas obras de sua coleção, inclusive as de Agostinho. Era de sua propriedade e merece destaque a obra Enchente na Vila Maria, que pode ser vista nesta exposição graças ao empréstimo do acervo do Instituto Lina Bo e P.M. Bardi.

 

Como lembra Eugênia, em 1966 Bardi, ao aceitar ser um dos comissários que indicavam artistas brasileiros para a Bienal de Veneza daquele ano, selecionou Agostinho, ao lado de Jose Antônio da Silva, Francisco Domingo Silva (Xico da Silva) e dos eruditos Arthur Luiz Piza e Wesley Duke Lee. A obra de Agostinho selecionada para a exposição em Veneza, que não esteve na retrospectiva no MASP, estará presente na mostra.

 

FACE Gabinete de Arte é uma iniciativa de Eugênia Gorini Esmeraldo, museóloga e historiadora de arte e do engenheiro Francisco de Assis Esmeraldo, ambos colecionares e próximos aos Bardi, seja no trabalho direto, como é o caso de Eugênia, seja nas sistemáticas conversas sobre arte que Assis mantinha com o Professor.

 

 

De 26 de agosto a 07 de outubro.

Avenida Paulista

25/abr

Com esta exposição, o MASP volta a atenção para seu entorno, compreendendo a avenida Paulista não apenas como local onde o Museu está inserido, mas também como objeto de consideração e reflexão. Trata-se de uma atenção significativa no contexto dos 70 anos do Museu (inaugurado em 1947 num edifício da rua 7 de Abril no centro de São Paulo e transferido para este edifício em 1968): a mostra representa um olhar para este local icônico da cidade, que é ao mesmo tempo cartão-postal e palco de embates e disputas de muitas ordens.
Quais são os temas que atravessam a avenida Paulista, com seus mais de 120 anos e 2.800 metros de extensão? Os contrastes econômicos e sociais, o capital financeiro e o comércio informal, o capital simbólico e as instituições culturais, as manifestações políticas e as questões de sexualidade (com uma das maiores paradas LGBT do mundo). Símbolo de São Paulo, a avenida Paulista carrega também as contradições, fricções e tensões de uma cidade rica, complexa e desigual.
A exposição é dividida em dois grandes segmentos. O primeiro segmento, na parede da esquerda e do fundo da galeria do 1º andar, inclui representações da avenida Paulista, com fotografias, documentos, pinturas, registros de ações performáticas, objetos e cartazes históricos de 38 autores, de 1891 a 2016, organizados cronologicamente. O segundo segmento é composto por 14 novos projetos comissionados para a exposição, que ocupam a entrada, o meio e o lado direito da galeria do 1º andar (André Komatsu, Cinthia Marcelle, Graziela Kunsch, Ibã Huni Kuin com Bane e Mana Huni Kuin, Lais Myrrha, Marcelo Cidade, Mauro Restiffe e Rochelle Costi com Renato Firmino), a galeria do 1º subsolo (Daniel de Paula), a sala de vídeo no 2º subsolo (Luiz Roque), o Vão Livre (Marcius Galan), e por uma intervenção na pinacoteca do 2º andar (Dora Longo Bahia), além de projetos não realizados de Ana Dias Batista e Renata Lucas reproduzidos no catálogo da exposição.
Como parte de Avenida Paulista, ocorre uma programação semanal de 13 oficinas e 8 sessões de filmes. As oficinas—propostas por companhias de teatro, coletivos, arquitetos e artistas—utilizam a avenida como palco e espaço criativo, ativando suas histórias e seus espaços de memória. As sessões de filmes—organizadas por Dora Longo Bahia com o grupo de estudos Depois do Fim da Arte—acontecem no pequeno auditório do Museu no 1º subsolo e refletem sobre o lugar do artista na cidade.
É importante pensar esta exposição como um desdobramento da vocação arquitetônica e urbanística do próprio edifício de Lina Bo Bardi (1914-1992), tendo em vista suas características fundamentais—a transparência, a permeabilidade, a abundância no uso do vidro, as plantas livres e a suspensão do volume de concreto—que permitem que o olhar e a cidade atravessem o Museu. Nesse sentido, pensar o MASP é debruçar-se sobre as questões da cidade e, sobretudo, sobre o local onde está instalado desde 1968.

 
Lista de artistas

 

3NÓS3, Agostinho Batista de Freitas, Ana Dias Batista, André Komatsu, Antônio Moraes, autores desconhecidos, Carlos Fadon, CIA de Foto, Cildo Meireles, Cinthia Marcelle, Cláudia Andujar, Cristiano Mascaro, Daniel de Paula, Dora Longo Bahia, Dulcinéia Aparecida Rocha, Edu Garcia, Eduardo Castanho, Enzo Ferrara, Ferreira Gullar, Graziela Kunsch, Guilherme Gaensly, Hans Gunter Flieg, Ibã Huni Kuin com Bane e Mana Huni Kuin, Ivan Grilo,Ivo Justino, Juan Pérez Agirregoikoa, Juca Martins, Jules Martin, Kleide Teixeira, Lais Myrrha, Lina Bo Bardi, Luis Carlos Santos, Luiz Hossaka, Luiz Paulo Baravelli, Luiz Roque, Marcelo Cidade, Márcia Alves, Marcius Galan, Maria Luiza Martinelli, Maurício Simonetti, Mauro Restiffe, Maximiliano Scola, Mick Carnicelli, Milton Cruz, Nair Benedicto, Nicolau Leite, Renata Lucas Roberto Winter, Rochelle Costi com Renato Firmino, Sérgio Bertoni, Sonia Guggisberg, Thomaz Farkas, Werner Haberkor e William Zadig

 

CURADORIA Adriano Pedrosa, diretor artístico, e Tomás Toledo, curador; com Camila Bechelany, Luiza Proença, Fernando Oliva, curadores, MASP, e Amilton Mattos, Universidade Federal do Acre

 

 

Até 28 de maio

 

Agostinho no MASP

19/jan

O pintor primitivo Agostinho Batista de Freitas recebeu especial atenção do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, MASP, Avenida Paulista, São Paulo, SP, através de amplo trabalho de campo e a realização de um esmerado catálogo do qual participam críticos especialmente convidados para uma nova reflexão sobre a obra do artista.

 
Esta exposição reúne 74 pinturas realizadas entre as décadas de 1950 e 1990, incluindo cinco telas recentemente doadas ao acervo do MASP, fazendo com que, pela primeira vez, a obra de Agostinho Batista de Freitas (1927-1997) esteja presente na coleção do Museu, corrigindo uma lacuna histórica.

 
Instalada na arquitetura franca e direta de Lina Bo Bardi (1914-1992), com suas transparências e aberturas para a paisagem urbana, a obra de Batista de Freitas convida a uma visão ativa sobre São Paulo, com suas complexas dinâmicas urbanas, histórias e diferenças sociais.
Agostinho Batista de Freitas, São Paulo faz parte de um importante eixo da direção artística do MASP, que pretende questionar os conceitos de arte erudita e popular, dedicando mostras a artistas autodidatas, frequentemente de origem humilde ou reclusos, operando fora dos circuitos tradicionais do sistema da arte.

 
Essas estratégias hoje comportam ainda a reencenação de “A mão do povo brasileiro”, uma das mais célebres e polêmicas exposições organizadas pelo Museu, e a realização de mostras que privilegiam a leitura de temas populares no modernismo brasileiro, como Portinari popular. A ideia é construir um museu aberto, múltiplo e plural, que seja permeável a diversas culturas.

 
As histórias de Batista de Freitas e do MASP se misturam. O diretor fundador do MASP, Pietro Maria Bardi (1900-1999), introduziu o trabalho do artista no circuito de arte ao realizar sua primeira individual, em 1952. Ele tinha apenas 25 anos de idade, morava no bairro do Imirim, na Zona Norte de São Paulo, pintava e mostrava suas obras nas ruas do centro de São Paulo, onde Bardi o conheceu. Parte fundamental deste projeto é a publicação de um extenso catálogo, com reproduções de todas as obras em exibição, documentos raros e fotografias de época, além de seis ensaios inéditos dos curadores e de críticos especialmente convidados a produzir novas reflexões sobre um artista até então marginalizado pela história da arte o­ficial. (Fernando Oliva, Curador, MASP / Rodrigo Moura, Curador adjunto de Arte Brasileira, MASP).

 

 

 
Até 09 de abril.

Oito décadas de Arte Naïf 

11/nov

Jacques Ardies, marchand franco-belga estabelecido no Brasil e proprietário da galeria que recebe o seu nome é também o curador da mostra coletiva “Arte Naif, uma viagem na alma brasileira”, com abertura no dia 12 de novembro, no Memorial da América Latina – Galeria Marta Traba, Barra Funda, São Paulo, SP.

 

Interpretar a “arte naif” por si só já é um desafio, visto que se trata de uma expressão regional que percorre o mundo assumindo aspectos de acordo com os artistas que expõe suas próprias experiências, por meio de linhas e formas peculiares, sem ter recebido uma orientação formal. Algumas de suas principais características são o uso de cores fortes, a retratação de temas alegres, traços figurativos, a idealização da natureza e sem a preocupação com a perspectiva, ou seja, às vezes, ela é bidimensional. É exatamente por isso que no Brasil, esta arte goza de um ambiente ideal que se amplifica mais ainda graças à exuberância das florestas, à intensa luminosidade e ao conhecido calor humano brasileiro.

 

Como trata-se de um país com tamanha vastidão cultural, para a mostra, foram escolhidos 70 nomes representativos desse gênero específico de expressão artística. Os artistas foram divididos em três núcleos: Histórico – composto por registros de nomes já reconhecidos no segmento e com trajetória sólida; Atual, com nomes ativos no presente, cujos trabalhos também sofrem influencias de novas técnicas e temas contemporâneos e complementando a exposição, uma área especial composta por 10 esculturas do segmento destacado.

 

Segundo Jacques Ardies, a Arte Naïf baseia-se na liberdade para expressar memórias e emoções, por isso, escolhe apresentá-la em montagem em ordem cronológica, começando pela década de 40 até os dias atuais, com destaque para a pintura tropicalista, as evocações divinas em degradés sofisticados e outras características marcantes como cenas paulistanas, cores quentes, a boemia carioca e baianas em trajes finos. O curador observa que os artistas conseguem superar suas dificuldades técnicas e criar uma linguagem inédita, pessoal e singular. Essa liberdade da execução permite maior dedicação ao essencial da arte que pode ser observada pelas pessoas que ainda preservam intacta sua capacidade de encantar-se com o que pode ser apreciado numa exposição.

 

 

Artistas participantes

 

Agenor, Agostinho Batista de Freitas, Alba Cavalcanti, Ana Maria Dias, Antônio Cassiano, Antônio de Olinda, Antônio Julião, Antônio Porteiro, Artur Perreira, Bajado, Barbara Rochltiz, Bebeth, Chico da Silva, Conceição da Silva, Constância Nery, Crisaldo Morais, Cristiano Sidoti, Denise Costa, Dila, Doval, Edivaldo, Edna de Araraquara, Edson Lima, Elisa Martins da Silveira, Elza O.S, Ernani Pavaneli, Francisco Severino, Geraldo Teles de Oliveira, Gerson, Gilvan, Grauben, Helena Coelho, Iaponí Araújo, Ignácio da Nega, Iracema, Isabel de Jesus, Ivan Moraes, Ivonaldo Veloso de Melo, José Antônio da Silva, José de Freitas, José Perreira, Lia Mittarakis, Louco, Lourdes de Deus, Lucia Buccini, Luiz Cassemiro, Madeleine Colaço, Magdalena Zawadzka, Maite, Malu Delibo, Mara Toledo, Marcelo Schimaneski, Maria Auxiliadora, Maria Guadalaupe, Miranda, Mirian, Neuton de Andrade, Olimpio Bezerro, Passarinheiro, Raimundo Bida, Rodolpho Tamanini Netto, Rosina Becker do Valle, Silvia Chalreo, Soati, Sônia Furtado, Vanice Ayres, Waldemar, Waldomiro de Deus, Wilma Ramos e Zé do Embu.

 

 

A galeria

 

A Galeria Jacques Ardies, na Vila Mariana, está sediada em imóvel antigo totalmente restaurado. Desde sua abertura em Agosto de 1979, atua na divulgação e a promoção da arte naif brasileira. Ao longo de 37 anos, realizou inúmeras exposições tanto em seu espaço como em instituições nacionais e estrangeiras, onde podemos destacar MAC/ Campinas, MAM/ Goiânia, Espace Art 4 – Paris, Espaço Cultural do FMI em Washington DC, USA, Galeria Jacqueline Bricard, França, a Galeria Pro Arte Kasper, Suíça e Gina Gallery, Tel-Aviv, ,Israel. Em 1998, Jacques Ardies lançou o livro “Arte Naif no Brasil” com a colaboração do crítico Geraldo Edson de Andrade e em 2003, publicou o livro sobre a vida e obra do artista pernambucano Ivonaldo, com texto do professor e crítico de arte Jorge Anthonio e Silva. Em 2014, publicou Arte Naïf no Brasil II, de sua autoria, com textos complementares dos colecionadores Daniel Achedjian, Peter Rosenwald, Marcos Rodrigues e Jean-Charles Niel. A galeria possui em seu acervo obras, entre quadros e esculturas, de 80 artistas representativos do movimento da Arte Naif brasileira.

 

 

A galeria Marta Traba

 

A Galeria Marta Traba de Arte Latino-Americana é um espaço privilegiado para a difusão da arte latino-americana e para o intercâmbio cultural com os países do nosso Continente. Projetada por Oscar Niemeyer, a Galeria é hoje o único espaço museológico existente no Brasil, inteiramente dedicado às artes e à cultura latino-americanas. Ocupando uma área de 1.000 m², o espaço é sustentado por uma única coluna central, circundado por painéis que permitem ao visitante, desde a entrada, uma visão do conjunto das obras expostas.

 

 

Até 06 de janeiro de 2017.

Brasil Naïf no MIAN

27/out

“Brasil Naïf, Uma aventura na Alma Brasileira” é um convite do curador, Jacques Ardies, franco-belga radicado no Brasil há 40 anos (35 deles dedicados à arte naïf), a uma incursão pela alma de cada artista. Ele apresenta, no Museu Internacional de Arte Naïf (MIAN), Cosme Velho, 561, Cosme Velho, Rio de Janeiro, RJ, obras de alguns dos pintores mais representativos do estilo, trazidas do acervo que mantém na galeria em São Paulo, que leva seu nome. São ao todo 60 telas de mais de 50 artistas, entre eles nomes históricos que participaram do movimento naïf nacional, pintores atuantes até hoje. Na ocasião da abertura da mostra, o curador, Jacques Ardies, lança seu livro “Arte Naif no Brasil II”.

 

Segundo Jacqueline Finkelstein, diretora, do MIAN, é uma honra receber esta exposição: “Conhecendo o trabalho da Galeria Jacques Ardies com os artistas naïfs há mais de 30 anos, o MIAN acredita que ao realizar esta exposição estará somando forças em prol da divulgação e valorização da arte naïf brasileira”.

 

A estrutura da exposição segue a ordem cronológica do desenvolvimento da arte naïf no Brasil. Iniciando nos anos 40, quando os primeiros artistas são acolhidos em salões oficiais tais como a carioca Silvia Chalreo e o mundo fantástico de Chico da Silva. Seguida por José Antonio da Silva, apontado como o maior e mais autêntico artista naif brasileiro, cuja carreira foi intensa e polêmica. No começo dos anos 60, descobre-se um grupo de artistas que desperta atenção pela excepcional capacidade de se expressar de forma diferenciada. Aparecem então as primeiras obras da piauiense Elisa Martins da Silveira, os cenários narrativos do ator de teatro José de Freitas, a pintura intimista de Rosina Becker do Valle, com seu colorido quente e aconchegante. E assim vão surgindo as cenas paulistanas de Agostinho Batista de Freitas, o esplendor nordestino descrito com maestria por Ivonaldo Veloso de Melo, as histórias picantes do rio-grandense Iaponí Araújo, as pinturas encantadoras em madeira da goiana Mirian e a incrível mineira Maria Auxiliadora, com sua técnica em relevo e suas cenas tão brasileiras, as delicadas cenas de namoro de Julio Martins da Silva. O trabalho rude no Campo de Miranda, as festas folclóricas de Goiás de Antonio Poteiro,  o frevo e o samba da festeira Alba Cavalcanti, as evocações divinas com o degradé sofisticado de Crisaldo Morais, a delicada postura das moças de Elza O.S, os personagens universais e expressivos de Gerson, o mundo imaginário e encantado de Grauben e de Iracema, as baianas em trajes a rigor de Ivan Moraes, o legado iconográfico saboroso da cidade do Rio de Janeiro de Lia Mittarakis, a visão do Brasil pelo olhar do grande nome da tapeçaria brasileira Madeleine Colaço,  a arte sincera da alogoana Mirian e os casamento em carro de boi de Neuton de Andrade.

 

O grupo dos artistas atuantes é constituído de 27 nomes, alguns são cariocas, como Helena Coelho e Bebeth, outros são da cidade de São Paulo, como Rodolpho Tamanini Netto e Cristiano Sidoti ou do interior do Estado como Edivaldo, Malu Delibo, Edna de Araraquara, Luiz Cassemiro, Constância Nery, Ana Maria Dias, Edgar Calhado; diversos artistas de origem mineira como Isabel de Jesus, Lucia Buccini, Maria Guadalupe, Vanice Ayres, Ernani Pavaneli e Francisco Severino. Do sul, temos a riograndense Mara Toledo e os catarinenses Doval e Sônia Furtado. A Bahia está representada pelo casal Waldomiro de Deus e Lourdes de Deus e também pelo jovem Raimundo Bida. Participam duas artistas de origem polonesa que se transformaram em artistas brasileiras como Barbara Rochltiz e Magdalena Zawadzka e Dila, do Maranhão.

 

 

A palavra do curador

 

“Acompanho estes artistas há anos e posso afirmar que são dotados de um talento indiscutível. Constroem suas carreiras de maneira lenta, séria e consistente. Cada qual, imbuído de sua própria missão estética, transborda comumente a esperança por uma convivência mais harmoniosa das raças e crenças. Convencido de que sua arte está a serviço de um mundo melhor, cada artista nos convida para uma viagem na sua alma”.

 

 

Sobre o curador

 

O Brasil desperta paixões inexplicáveis em certas pessoas que vêm nos visitar e acabam ficando. Este é o caso de Jacques Ardies, há 35 anos no Brasil. Ardies, quando acabou seu curso de Administração em Bruxelas, teve vontade de conhecer o mundo, descobrir novas formas de cultura, abrir seus horizontes. Chegando a São Paulo conseguiu um estágio numa empresa e, consequentemente, seu visto permanente. O ano de 1979 foi um marco na sua vida. Jacques, sem emprego, estava em uma encruzilhada: ou arranjava outro emprego na administração ou partia para um negócio próprio. Ele escolheu a segunda opção, mas não na área de administração, seu novo negócio agora era a arte. Mais precisamente a arte Naif. Nascia, em agosto de 79, a Galeria Cravo Canela. Hoje, com 36 anos de trabalho dedicados à arte, Jacques é um respeitado especialista em arte naif, com um acervo de mais de 1.000 obras.

 

 

 

A arte naïf na visão de Jacques Ardies

 

Arte naïf define a produção de um grupo de pintores que expressa livremente suas memórias e emoções. Sem qualquer educação artística formal, conseguem superar suas dificuldades técnicas e criam uma linguagem inédita e pessoal, singular. A palavra francesa naif significa ingênuo e foi associada ao estilo apresentado por Henri Rousseau que se juntou aos revolucionários da arte moderna. Rousseau era uma pessoa sensível que vivia um pouco fora do seu tempo. Ele tinha o seu lado realmente ingênuo e sua pintura espontânea encantava pelo talento criativo e inédito.

 

 

De 29 de outubro a 24 de janeiro de 2016.