Regina Silveira no “Respiração”

06/out

O Respiração tem por objetivo criar intervenções de arte contemporânea no acervo de arte clássica da casa-museu Eva Klabin, Lagoa, Rio de Janeiro, RJ, criando uma ponte entre a arte do passado e as manifestações da atualidade; entre a preciosa coleção de obras dos grandes mestres da história da arte, como Tintoretto, Boticelli, Reynolds, Pisarro, Govaert Flinck, entre outros, e os mais importantes artistas contemporâneos brasileiros. A curadoria é de Marcio Doctors.

 

Regina Silveira, artista da Luciana Brito Galeria, é a convidada da 21ª edição com a intervenção “INSOLITUS”, que criará uma situação insólita/inusitada, como o próprio nome diz. A fachada da Fundação será ocupada pela obra “Mundus admirabilis”, que é uma infestação de insetos gigantes; na Sala Renascença a obra “Darks

wamp” (nest) dominará o espaço, nos surpreendendo com um ovo negro de 1.80m de altura, confrontando-se com as obras Renascentistas da coleção; na Sala de jantar, a mesa e as cadeiras se transformarão em mesa e cadeiras peludas, desencadeando uma estranheza no ambiente requintado e ordenado da casa-museu.

 

Com a ocupação “Insolitus”, Regina Silveira radicaliza a ideia de intervenção da proposta do “Respiração”, desestabilizando os códigos de uma residência, onde a tranquilidade é perturbada pelo imaginário da artista, criando, dessa maneira, uma metáfora contundente dos tempos atuais.

 

O “Respiração” é um programa de longa duração, iniciado em 2004, e tornou-se referência cultural pelo inusitado e singularidade da sua proposta, que é a de trazer uma nova respiração para o museu, com o intuito de atrair novos públicos, criando um olhar diferenciado sobre o museu e sua coleção.

 

O “Respiração” foi se firmando pela qualidade dos 27 artistas que participaram ao longo de 12 anos e 20 edições. Podem ser citados alguns nomes como Anna Maria Maiolino, Anna Bella Geiger, Nuno Ramos, Carlito Carvalhosa, Ernesto Neto, Claudia Bakker, Eduardo Berliner, Rosangela Rennó, Marcos Chaves, Nelson Leirner e Daniela Thomas, entre outros.

 

 

A palavra do curador

 

Insolitus nos traz a crueza de uma realidade substantiva, que Regina Silveira explicita por meio das obras apresentadas no Respiração, que são como materializações na superfície do mundo das angústias de nossa sociedade atual. Com sua poética singular, a artista faz um raio X das incertezas e dúvidas que estamos atravessando e chama a nossa atenção para aquilo que nos incomoda hoje no mundo. São como pragas contemporâneas.

 

O projeto “Respiração”conta com o apoio de Klabin S/A, Itaú Cultural, Luciana Brito Galeria, DHBC advogados, Parceria ArtRio.

 

 

Até 29 de janeiro de 2017.

Releituras

31/ago


Chama-se “Releituras da Natureza-morta” a próxima exposição a ser

inaugurada na Carbono Galeria, Jardim Paulistano, São Paulo, SP. Com

curadoria de Ligia Canongia, a mostra reúne obras de treze artistas

nacionais e internacionais, que refletem suas percepções quanto às visões

contemporâneas da Natureza-morta.

 

A coletiva apresenta trabalhos dos artistas Alex Yudzon, Angelo Venosa,

Bruno Dunley, Carlito Carvalhosa, Gabriela Machado, Iran do Espírito

Santo, José Damasceno, Laura Lima, Livia Marin, Maria Nepomuceno, Vera

Chaves Barcellos, Vik Muniz e Waltercio Caldas.

 

A natureza-morta é estudada e representada ao longo da história da arte

e em “Releituras da natureza-morta”, o gênero será representado por um

“um conceito expandido, uma reinterpretação”.

 

 

De 29 de agosto a 31 de outubro.

Nara Roesler exibe Fabio Miguez

05/mar

A Galeria Nara Roesler, Jardim Europa, São Paulo, SP, abriu seu calendário de exposições de 2015 em SP trazendo a mostra “Horizonte, Deserto, Tecido, Cimento”, que engloba a nova produção de Fabio Miguez, nome consagrado da geração dos anos 1980. Um dos integrantes do antológico ateliê Casa 7 ao lado de Nuno Ramos, Rodrigo Andrade, Carlito Carvalhosa e Paulo Monteiro, Miguez traz à galeria o resultado produzido nos últimos dois anos de uma pesquisa que remonta a 2009.

 
A partir dessa época, o artista desenvolveu uma imagética concisa, unindo uma iconografia geométrica própria a palavras extraídas, num primeiro momento, de poesias de João Cabral de Melo Neto, entre outras fontes. “Busquei João Cabral porque suas poesias são secas, limpas, de característica substantiva. Quando as palavras são muito bonitas, podem dar um ar de mau gosto”, afirma Miguez.

 

Na definição de Tiago Mesquita, que escreveu o texto de apresentação da mostra, “Não é por acaso que Miguez, para compor essas imagens, se valha de figuras e temas retirados das pinturas de Piero della Francesca e Henri Matisse. Da mesma forma que toma emprestadas palavras dos textos de João Cabral de Melo e Samuel Beckett. O artista elenca um repertório de fragmentos apropriados ou inventados que são sintéticos, diretos. Eles nos sugerem essa beleza que tem algo de vaga, algo de uma memória que se esvai rapidamente. É um telhado, que será um trapézio, uma diagonal, um cinza, um horizonte de partida”.

 

De fato, o que se constata em suas telas atuais é uma destreza límpida na composição com elementos geométricos e de escrita. As formas criadas não ferem a superficialidade da pintura, que, mesmo ao oferecer perspectiva, não se insinua para além da bidimensionalidade. A aparente crueza do traço disfarça a exímia qualidade pictórica, que nesse conjunto é constituída pela sobreposição de camadas finas, parecendo esgarçar-se e permitindo o vislumbre da camada anterior.

 

É que nesses trabalhos, mais do que na maestria do que está visível, o sentido surge além, fora do plano. No encontro entre figuras rudimentares e a escrita substantiva e despida de floreios, o artista situa a tensão entre o que se pode visualizar e os sentidos inerentes aos signos impressos. Os elementos gráficos são reincidentes, como se o artista criasse seu próprio universo, seu léxico particular.

Mesquita define: “É como alguém que, ao te contar de um dia feliz, enumera algumas lembranças dispersas: o clima estava quente, o céu era azul, estava deitado diante de uma parede inclinada. Alguma experiência desse sujeito é contada, mas o que chega a nós são os resíduos: fragmentos soltos com pouca relação entre eles. Não temos uma dimensão íntegra do espaço recriado. Ele parece sem amarração. Como se estivesse a se dissipar e dar lugar ao deserto”.

 

Assim, o espectador é surpreendido pelo hiato que subverte a visão viciada e cotidiana. Nas palavras do crítico Lorenzo Mammi, Fabio Miguez não vai “aderir a um sistema geral de comunicação, em que todo traço é signo de alguma coisa, e sim, ao contrário, fazer com que cada signo se torne traço, ou seja, participa de uma configuração da qual não faria sentido separá-lo, e que modifica ao mesmo tempo em que é modificado por ela.”

 

 

Coleção Figueiredo Ferraz

 

 

Paralelamente à exposição composta de pinturas inéditas, será apresentada no espaço anexo uma mostra com seis obras compostas de óleo e cera sobre diferentes suportes – madeira, vidro, tela, papel – além de uma fotografia. Todos os trabalhos fazem parte da coleção Figueiredo Ferraz, um dos principais acervos do país, pertencente aos colecionadores Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz e localizado na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.

 

Aberto para visitas individuais ou em grupos, o acervo conta com cerca de mil obras e fica parcialmente aberto para visitação do público no IFF (Instituto Figueiredo Ferraz), espaço localizado no bairro Alto da Boa Vista, aberto em 2011 e concebido para difusão de arte e cultura na cidade.

 

O colecionador tinha um contato muito próximo com os artistas da Casa 7 desde o início do ateliê, fundado em 1982. Foi de artistas como Miguez os primeiros exemplares de sua coleção, iniciada na década de 1980, período em que Ferraz já visitava ateliês e residências de artistas. Entre as obras apresentadas na mostra paralela estão trabalhos representativos de diversas décadas da produção do artista.

 

 

Até 28 de março.

Lançamento: vídeo e livro dos dez anos do Projeto Respiração

08/dez

 

A Fundação Eva Klabin, lança no dia 09 de dezembro de 2014, às 19h, o vídeo e o livro comemorativo dos dez anos do Projeto Respiração. A publicação, com 88 páginas, tem texto de Márcio Doctors, curador da instituição e criador do projeto, e engloba ainda o catálogo da intervenção “Nossa casa, minha vida – Visite apartamento decorado”, do artista Nelson Leirner.

 
O livro dedica duas páginas, com fotos, para cada um dos 25 artistas que participaram das 18 edições anteriores do Projeto Respiração: Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro (Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler), Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo.

 
O vídeo, que teve direção e edição de Victor Fiuza, tem cerca de 16 minutos de duração, e será exibido, em looping, no auditório da Fundação Eva Klabin até 25 de janeiro.  Além de registrar a intervenção de Nelson Leirner e o depoimento do artista sobre o trabalho, o vídeo reúne depoimentos do curador Marcio Doctors, dos artistas Anna Bella Geiger, Claudia Bakker, Enrica Bernardelli, Luiz Zerbini, Marcos Chaves, Rosângela Rennó, do curador Marcelo Araújo, e de Israel Klabin, Presidente da Fundação Eva Klabin.

 

 

Texto de Márcio Doctors
Dez anos do Projeto Respiração

 
Em 2014 o Projeto Respiração está comemorando dez anos. É uma das propostas de mais longa continuidade das artes visuais no Brasil e é um dos projetos pioneiros internacionalmente em intervenções de arte contemporânea em museus com acervos de arte clássica.

 
Para a edição comemorativa dos dez anos, convidamos Nelson Leirner, um dos mais importantes artistas brasileiros, e que propôs a intervenção “Nossa casa, minha vida. Visite apartamento decorado”.  Com essa obra, Leirner mantém-se coerente com a sua linguagem, que tem a qualidade de absorver influências tanto da arte dita popular quanto da arte ‘culta’, evitando qualquer julgamento moral, conservando sempre, de forma lúdica e com humor sério, uma fina ironia e uma crítica contundente das estruturas políticas do mundo da arte e da sociedade contemporânea. Com a intervenção realizada, o artista sinaliza de maneira simples e direta o ponto que quer atingir. Tudo fica às claras. A própria situação do contraste imediato estabelecido entre o requinte da Fundação Eva Klabin e o apartamento popular que criou no interior da residência, falam por si.
Com sua contribuição, Leirner se junta ao Projeto Respiração, que, a cada nova experiência, celebra e transmite para o futuro o ato sempre renovado da invenção, que propicia o acontecimento da arte, e sinaliza para as novas gerações que o sentido de um bem conservado por gerações passadas pode ser sempre reinventado por aqueles que hoje usufruem o privilegio dessa conservação.

 
A ideia do Projeto Respiração surgiu em 2004, a partir do desejo de colocar lado a lado a arte contemporânea e a arte dos grandes mestres clássicos do passado, da mesma maneira que Eva Klabin optou por expor sua coleção, reunindo num mesmo espaço a arte egípcia, a arte renascentista e a arte do século XIX, por exemplo. Este foi o rastilho estético que encontramos para desobstruir os canais da história da arte que segregam os artistas em diferentes escolas e não permite o livre acesso a pura percepção, que é o que dá sentido à obra de arte, seja ela feita há mil anos, quinhentos anos ou na nossa atualidade. A proposta é poder fazer o espaço respirar, trazendo sempre outras percepções do universo da arte, da coleção e da casa para que o visitante possa experimentar o que é ser tocado de forma direta pela presença da obra de arte.

 
Somos gratos ao Nelson Leirner por sua contribuição e a cada um dos artistas que participaram das 19 edições, ampliando nossa percepção a partir de suas percepções singulares do universo de Eva Klabin. Obrigado Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro, Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo. Obrigado ao Conselho, à Diretoria e à incansável equipe da FEK. Obrigado, companheiros dessa viagem.

 

 
Lançamento: 09 de dezembro, às 19h.

 
Até 25 de janeiro de 2015.

Galeria Bergamin exibe Casa Sete

23/out

O curador Tiago Mesquita selecionou 20 obras produzidas entre os anos 1990 e 2000, do grupo de artistas que, no início dos anos 1980, se reunia, com finalidades estéticas comuns, em uma casa de número 7 numa pequena vila na cidade de São Paulo.

 

A Galeria Bergamin, Jardins, São Paulo, SP, abre no dia 25 de outubro (sábado), para convidados, a partir das 11 horas, e no dia 27 de outubro (segunda-feira), para o público, a mostra “Casa Sete”, composta por uma seleção de 20 obras de Rodrigo Andrade, Carlito Carvalhosa, Fábio Miguez, Paulo Monteiro e Nuno Ramos, artistas de inegável importância na cena atual das artes visuais, que, por um curto período, de 1982 a 1985, trabalharam juntos em um ateliê na casa número sete de uma vila na cidade de São Paulo. Lá, além de compartilharem o espaço, dividiram algumas inquietações estéticas.

 

Quase 30 anos após o fim desse estúdio coletivo, o curador Tiago Mesquita buscou trabalhos que revelam as semelhanças e a diversidade no trabalho dos cinco artistas. “A ideia é mostrar obras que definiram a trajetória individual de cada membro do grupo e estabelecer as linhas de diálogo que permaneceram”, explica o curador. “Os trabalhos tomaram caminhos muito distintos, porém a indefinição, a recusa em tornar objetos e espaços evidentes na descrição visual parece persistir no trabalho de cada um desses artistas”, escreve Tiago Mesquita em seu texto crítico.

 

No período em que se reuniam no ateliê, tinham como marca trabalhos de grandes dimensões, cujos materiais largamente utilizados eram a tinta industrial e o papel kraft, por seu baixo custo. Foram eles, segundo o crítico Lorenzo Mammi, que experimentaram o neoexpressionismo no Brasil, corrente que já se apresentava na Europa.

 

Entre eles, Rodrigo Andrade é hoje o mais ligado às questões propriamente pictóricas, que, por vezes, o reaproximam do neoexpressionismo. Nuno Ramos ramifica seu trabalho entre pintura, escultura e literatura. Paulo Monteiro transitou entre a pintura e a escultura, utilizando para esse suporte trabalhos em ferro e chumbo fundidos. Fábio Miguez e Carlito Carvalhosa, já nos anos 80, trabalham com a encáustica. Carvalhosa passa depois a trabalhar com cera em suas telas, e mais adiante utiliza a escultura e a performance, enquanto Miguez explora a tridimensionalidade em relevos e a indefinição do espaço com o uso do branco.

 

 

De 25 de outubro a 13 de dezembro.

Leilão

10/set

O jantar beneficente da abertura da ArtRio 2014 será realizado no dia 10 de setembro às 20h no Museu de Arte Moderna (MAM), seguido de um Leilão de Arte. Os recursos arrecadados com a venda dos convites e das obras de arte serão destinados ao Hospital Pro Criança – Jutta Batista. idealizado pela Dra. Rosa Celia e integralmente construído com a generosidade da sociedade e com apoio Governamental.

 

O Hospital está localizado na Rua Dona Mariana 220 em Botafogo, tem equipamentos de última geração, uma equipe altamente qualificada, 3 centros cirúrgicos e conta com 70 leitos para atender a todas as especialidades médicas pediátricas, dos quais 21 serão dedicados a crianças cardíacas carentes.

 

Obras de Adriana Varejão, Albano Afonso, Afonso Tostes, Alexandre Mazza, Ana Holck, Angelo Venoza, Antonio Dias, Beth Jobim, Bonadei, Bruno Miguel, Cabelo, Carlito Carvalhosa, Carlos Vergara, Daniel Senise, Ding Musa, Eduardo Coimbra, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto,  Fernando de La Rocque, Gabriela Machado, Galvão, Gonçalo Ivo, José Bechara, Luisa Baldan, Marcelo Solá, Marcos Chaves, Maria Carmen Perlingeiro, Maria Klabin, Maria Laet, Nazareno, Nina Pandolfo, Nunca, Otávio Schipper, Raul Mourão, Rubens Gerchman, Sandra Cinto, Tatiana Grinberg, Vicente de Mello, Walmor Corrêa, Vik Muniz e Volpi.

 

Você pode ajudar o Hospital Pro Criança adquirindo convites a R$ 500 (individual) e obras de artistas brasileiros consagrados durante o leilão. Caso seja de seu interesse adquirir convites, pedimos que encaminhe seu nome, endereço e CPF para o e-mail:
leilaoprocrianca@gmail.com

Data: 10/09/14 às 20h

 

Local: Museu de Arte Moderna – MAM – RJ – Av. Infante Dom Henrique 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ

Preço do convite individual: R$ 500,00

 

Dados para depósito:
Pro Criança Cardíaca
Banco Bradesco – 237
Agência 0227-5
cc 115.500-8
CNPJ 10.489.487/0001-71

 

Agradecemos antecipadamente o seu inestimável apoio.

 

Exposições:

 

De 03 a 05 de setembro – Das 11:00 às 19:00  na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro
Rua Prudente de Moraes, 326 – Ipanema – f: (21) 25221544

 

 

De 10 a 14  de Setembro – ArtRio
Leiloeiro: Walter Rezende

Malta exibe 17 pinturas na Pilar

24/jun

Em cartaz na Saatchi Gallery, Antonio Malta exibe dezessete telas na Pilar, Santa Cecília, São Paulo, SP, pinturas nas quais a abstração e a figuração se misturam em inventivas composições. Nesta mostra, Malta reúne sua produção mais recente. O pintor Bruno Dunley assina o texto de apresentação da exposição.

 

Fruto da geração 80, Antonio Malta integrou o grupo Casa 7 em sua formação inicial (com os artistas Rodrigo Andrade, Paulo Monteiro, Carlito Carvalhosa e Fábio Miguez). Malta saiu em 1983 e não chegou a expor com o grupo (Nuno Ramos entrou em seu lugar). Depois da Casa 7, Malta participou de exposições coletivas, se formou em arquitetura pela FAU USP e trabalhou como arquiteto. Retomou sua carreira de pintor em 1998, e a partir de então vem fazendo exposições individuais e participando de coletivas. Atualmente, participa (com quatro grandes telas) da coletiva “Pangaea: New Art from Africa and Latin America”, na Saatchi Gallery em Londres.

 

De acordo com o próprio artista, sua obra se fundamenta no processo de construção artesanal vivenciado no atelier. A feitura de suas pinturas é iniciada com um desenho ou esboço, e depois há a escolha das cores. A descoberta de soluções pictóricas no ato de pintar é parte integrante do processo. É um método onde a experiência, a imprevisibilidade e a subjetividade são fundamentais.

 

Gabriela Salgado, curadora argentina baseada em Londres e autora do texto do catálogo da exposição “Pangaea” na Saatchi Gallery, afirma: “O resultado final das pinturas parece sugerir uma narrativa: personagens solitários numa paisagem mínima, olhando diretamente para o vazio ou para nós, como se fossem heróis perdidos. Há também outras obras, que contém uma repetição ortogonal de elementos individuais, tais como crânios ou figuras enigmáticas, elementos que produzem um efeito de interferência de elementos abstratos e figurativos”.

 

 

Sobre o artista:

 
Antonio Malta Campos nasceu em São Paulo, SP, em 1961. Formado em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Inicia a sua carreira como pintor nos anos 1980. Em 1982 forma, com Paulo Monteiro, Rodrigo Andrade, Fábio Miguez e Carlito Carvalhosa, o ateliê Casa 7, de onde sai no início de 1983. Em 1985, realiza com Maína Junqueira a exposição Apto 13 (Centro Cultural São Paulo). Em 1987, participa da coletiva Olho & Óleo (Museu de Arte Moderna de São Paulo). Trabalha, em seguida, como arquiteto. Retoma a carreira de artista plástico em 1998. Realiza individuais na Galeria SESC Paulista (1999) e na Galeria Virgilio (2004 e 2007), em São Paulo. Em 2012 mostra mais de vinte pinturas no CCSP, na exposição Antonio Malta e Erika Verzutti, com curadoria de José Augusto Ribeiro. Em 2013 realiza mostra individual na Galeria Marília Razuk. Em 2014, Malta tem quatro telas incluídas na coletiva Pangaea: New Art from Africa and Latin America, na Saatchi Gallery em Londres. Seus trabalhos estão em coleções públicas e particulares, nacionais e internacionais, dentre as quais a Pinacoteca do Estado de São Paulo e a Saatchi Collection de Londres.

 

 

De 24 de junho a 09 de agosto.

Maio: Arte brasileira em Nova Iorque

09/mai

Com exposições individuais inauguradas em galerias do Chelsea, três dos maiores artistas contemporâneos brasileiros – Adriana Varejão, Tunga  e Vik Muniz – são celebrados no maior centro de arte do mundo, a cidade de Nova Iorque. O início ocorreu com a retrospectiva de Lygia Clark no MoMA, seguido Frieze (feira de arte), com stands das badaladas galerias A Gentil Carioca, Casa Triângulo, Fortes Vilaça, Jaqueline Martins, Mendes Wood e Vermelho.

 

Além do MoMA, outras instituições, como o Godwin-Ternbach Museum of Queens College exibe 40 fotos – em grande escala – de Abdias Nascimento. O Bronx Museum inaugurou a exposição coletiva “Beyond the Supersquare”, nela participando, dentre outros, André Komatsu e Mauro Restiffe. O Institute of Fine Arts da New York University será o anfitrião de Regina Silveira para um diálogo entre as pessoas interessadas. Caio Reisewitz inaugura no dia 16 uma grande individual no International Center of Photography (ICP), que abrigará ainda a coletiva “Urbes Mutantes: Latin American Photography 1941-2013”.
Mas também encontram-se em cartaz, em centros culturais da cidade a seguinte programação: no The Jewish Museum, “Other primary structures” com obras de Hélio Oiticica, Lygia Clark, Lygia Pape, Sérgio Camargo e Willys de Castro. Já Rivane Neuenschwander apresenta-se com “Thanks for writing” no 601 ArtSpace. E no International Print Center NY, a “Contemporary Brazilian printmaking”, com 22 nomes, dentre os quais Sheila Goloborotko e Mônica Barki.

 

Mais brasileiros: Carlito Carvalhosa, em mostra individual na Sonnabend, na Broadway 1602, a coletiva “Ultrapassado part I” reunindo obras assinadas por Lygia Pape, Lenora de Barros, Lydia Okumura e Paloma Bosque. A Tierney Gardarin exibirá “Geraldo de Barros: The purity of form”,  e a Hauser & Wirth do Upper East Side com uma panorâmica de Anna Maria Maiolino e o coletivo assume vivid astro focus (avaf), criado por Eli Sudbrack, inaugura a mostra de pinturas “Adderall Valium Ativan Focalin (Cantilevering me)” na Suzanne Geiss. E a marchande Luciana Brito fez uma seleção de trabalhos de seus artistas para mostrar na Espasso.