No Parque Lage

24/abr

Na próxima terça-feira, dia 28 de abril, a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, inaugura  a exposição “Encruzilhada”, com mais de cem obras de cerca de 70 artistas, em curadoria de Bernardo Mosqueira.

 

“Encruzilhada” inaugura o programa Curador Visitante, novo desenho do calendário de exposições da instituição, que convidou para este ano cinco curadores – Bernardo Mosqueira, Bernardo de Souza, Daniela Labra, Luisa Duarte e Marta Mestre – para realizarem exposições, que, em meio a nomes já reconhecidos no circuito, incluam também trabalhos de ao menos cinco estudantes da Escola.

 

Para acompanhar criticamente a produção desses estudantes, os cinco curadores ministram cursos na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Bernardo Mosqueira acompanha  desde o início do ano as atividades da Escola, e escolheu o estudante Ulisses Carrilho como seu assistente na curadoria, mais sete artistas estudantes da instituição.

 

A exposição abrange trabalhos de nomes consagrados e de artistas que integrarão a Bienal de Veneza em maio como André Komatsu e Berna Reale.

 

A relação completa dos artistas presentes na exposição é: Afonso Tostes + Aderbal Ashogun, Agência Transitiva, Alexandre Mazza, Ana Linnemann, Ana Mazzei, André Komatsu, André Parente, Anna Bella Geiger, Anna Costa e Silva, Antonio Dias, Armando Queiroz, Berna Reale, Beto Shwafaty, Cao Guimarães + Rivane Neueschwander, Caroline Valansi, Carla Zaccagnini, Carlos Vergara, Chico Fernandez, Cildo Meireles, Cinthia Marcelle e Tiago Mata Machado, Cláudia Andujar, Daniel Steegmann Mangrané, Dias&Riedweg, Domingos Guimaraens, Eduardo Kac, Elisa Castro, Fyodor Pavlov-Andreevich, Grupo UM, Guga Ferraz, Gustavo Ferro, Íris Helena, Ivan Grilo, Jac Leirner, Joana Traub Csekö, Jorge Soledar, José Patrício, Laura Lima, Leandro Nerefuh, Lenora de Barros, Lucas Parente, Luiz Braga, Marcos Chaves, Maria Laet, Martha Araújo, Mauro Restiffe, Maya Dikstein, Milton Marques, Montez Magno, Nazareno Rodrigues, Odaraya Mello, Opavivará!, Paula Sampaio, Paulo Bruscky, Paulo Nazareth, Pedro Victor Brandão, Rafael RG, Rafael França (1957-1991), Raquel Versieux, Rebola, Regina Parra, Renata Lucas, Rodrigo Braga, Tiago Maladodi, Tiago Mata Machado, Tiago Rivaldo, Vivian Caccuri, Wesley Duke Lee e Waltercio Caldas.

 

 

Até 02 de junho.

Sergio Gonçalves na SP- Arte

07/abr

A Sergio Gonçalves Galeria, Rio de Janeiro, RJ, participa pelo quarto ano consecutivo da SP-Arte, Feira Internacional de Arte de São Paulo, no Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP. A galeria de arte carioca ocupará o stand A 02 e levará um projeto inédito: a “Nonada!”, uma instalação feita com obras de Jorge Fonseca e Raimundo Rodriguez, artistas cujas obras e trajetórias dialogam, uma vez que ambos viveram, conhecem e traduzem como poucos o rico universo da cultura popular. Jorge inicia o trajeto a partir de um amontoado de livros esculpidos em madeira de várias espécies. São centenas de livros que aparecem “desassossegados” em estantes e mesas caindo pelo chão. Em certo momento começam a formar um turbilhão, cujo interior começa a brotar seres, objetos e fragmentos.

 

Também será apresentada a instalação “Pode entrar, fique à vontade, a casa é sua”, onde tudo que fará parte da obra será assinado por algum artista plástico e estará à venda, desde as cadeiras e a mesa de atendimento até estante, banco, tapete, livros, etc. Jorge Fonseca e Raimundo Rodriguez, – artistas unidos pelos sertões brasileiros e cada um deles com uma linguagem bem peculiar -,  desenvolveram a instalação especialmente para a SP-Arte 2015.

 

Além disso, também serão apresentadas obras de Rosana Ricalde, Felipe Barbosa (que assina alguns móveis), Carlos Vergara (e seu famoso banco feijão), Eduardo Ventura, Ana Durães, Bernard Pras, Carlos Aires, Andrea Facchini, Nelson Leiner, Cildo Meirelles, Iole de Freitas, Regina Silveira, Daniel Senise, Rubens Gerchman, entre outros.

 

Este é o mais importante evento do mercado de artes do hemisfério sul e contará com um texto da crítica de arte Renata Gesomino sobre as instalações.

 

 

Sobre a SP-Arte

 

A mostra reúne mais de 100 galerias de arte de nove estados do Brasil e 16 outros países e apresenta uma oportunidade única para se travar contato com obras, artistas, curadores e outros profissionais do sistema das artes. A feira é enriquecida, ainda, por atividades culturais, como o Programa Educativo de palestras e encontros e o Núcleo Editorial, com a presença de revistas, editoras de livros de artista, lançamentos de livros e uma exposição especial dedicada ao tema. O reflexo da realização desse evento pode ser visto em toda a cidade, com a programação dos museus, centros culturais, galerias e visitas especiais a essas instituições, coleções privadas e ateliês de artistas.

No MAM/Rio

18/dez

O MAM Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ,  inaugura duas exposições: “Operação Condor”, com 113 fotografias do fotógrafo português João Pina, que mostram o que foi a Operação Condor – aliança político-militar entre os vários regimes militares da América do Sul – e as ditaduras militares nos países latino-americanos nos anos 1970, e “Imagens da escuridão e da resistência, com cerca de 50 obras de artistas e ativistas brasileiros que fizeram de seus trabalhos um instrumento de luta política, tanto na época da ditadura militar quanto nos dias atuais.

 

O trabalho de João Pina foi realizado ao longo de nove anos e resultou na exposição e no livro “Condor” (Editora Tinta da China), com 246 páginas, prefácio do jornalista Jon Lee Anderson e posfácio do juiz Baltasar Garzón.

 

No dia da abertura da exposição no MAM Rio será realizado o lançamento do livro e uma mesa-redonda, às 18h, com a participação do fotógrafo João Pina, do curador do MAM Rio Luiz Camillo Osorio e do jornalista Chico Otavio.

 

Com curadoria de Diógenes Moura, a mostra apresenta fotos em preto e branco das séries “Brasileiros”, “Retratos”, “Paisagens”, “Laboratório”, “Prisões”, “Julgamentos”, “Salas de Tortura” e “Arquivos”. A exposição terá, ainda, uma instalação composta por várias imagens de antigos presos políticos paraguaios, tratadas como cartazes típicos de rua que eram usados para procurar pessoas durante as ditaduras. Por meio destas fotografias, Pina investiga e documenta as histórias de brasileiros e outros sul-americanos que foram diretamente afetados pelas ditaduras militares em geral, e, em particular, pela Operação Condor.

 

Paralelamente à exposição, será realizada a mostra “Imagens da escuridão e da resistência”, com curadoria de Luiz Camillo Osório, que selecionou obras de Antonio Manuel, Augusto Malta, Carlos Zilio, Evandro Teixeira, Hélio Oiticica, Hugo Denizart, Rosângela Rennó e Rubens Gerchman, pertencentes à coleção do MAM Rio e à coleção Gilberto Chateaubriand, em comodato com o Museu.

 

A mostra terá, ainda, a Cosmococa “CC9 Cocaoculta Renô Gone”, projeto que Hélio Oiticica enviou para Carlos Vergara em 1974, que será realizado e apresentado pela primeira vez. Completam a exposição um vídeo do coletivo Atelier de Dissidências Criativas, cartazes lambe-lambe dos artistas Joana Traub Csekö, Isabel Ferreira, Fábio Araújo e Icaro dos Santos, e fotografias do projeto Imagens do Povo, realizado pelo Observatório das Favelas, que alia a fotografia às questões sociais.

 

 

Até 22 de fevereiro de 2015.

Leilão

10/set

O jantar beneficente da abertura da ArtRio 2014 será realizado no dia 10 de setembro às 20h no Museu de Arte Moderna (MAM), seguido de um Leilão de Arte. Os recursos arrecadados com a venda dos convites e das obras de arte serão destinados ao Hospital Pro Criança – Jutta Batista. idealizado pela Dra. Rosa Celia e integralmente construído com a generosidade da sociedade e com apoio Governamental.

 

O Hospital está localizado na Rua Dona Mariana 220 em Botafogo, tem equipamentos de última geração, uma equipe altamente qualificada, 3 centros cirúrgicos e conta com 70 leitos para atender a todas as especialidades médicas pediátricas, dos quais 21 serão dedicados a crianças cardíacas carentes.

 

Obras de Adriana Varejão, Albano Afonso, Afonso Tostes, Alexandre Mazza, Ana Holck, Angelo Venoza, Antonio Dias, Beth Jobim, Bonadei, Bruno Miguel, Cabelo, Carlito Carvalhosa, Carlos Vergara, Daniel Senise, Ding Musa, Eduardo Coimbra, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto,  Fernando de La Rocque, Gabriela Machado, Galvão, Gonçalo Ivo, José Bechara, Luisa Baldan, Marcelo Solá, Marcos Chaves, Maria Carmen Perlingeiro, Maria Klabin, Maria Laet, Nazareno, Nina Pandolfo, Nunca, Otávio Schipper, Raul Mourão, Rubens Gerchman, Sandra Cinto, Tatiana Grinberg, Vicente de Mello, Walmor Corrêa, Vik Muniz e Volpi.

 

Você pode ajudar o Hospital Pro Criança adquirindo convites a R$ 500 (individual) e obras de artistas brasileiros consagrados durante o leilão. Caso seja de seu interesse adquirir convites, pedimos que encaminhe seu nome, endereço e CPF para o e-mail:
leilaoprocrianca@gmail.com

Data: 10/09/14 às 20h

 

Local: Museu de Arte Moderna – MAM – RJ – Av. Infante Dom Henrique 85 – Parque do Flamengo – Rio de Janeiro – RJ

Preço do convite individual: R$ 500,00

 

Dados para depósito:
Pro Criança Cardíaca
Banco Bradesco – 237
Agência 0227-5
cc 115.500-8
CNPJ 10.489.487/0001-71

 

Agradecemos antecipadamente o seu inestimável apoio.

 

Exposições:

 

De 03 a 05 de setembro – Das 11:00 às 19:00  na Bolsa de Arte do Rio de Janeiro
Rua Prudente de Moraes, 326 – Ipanema – f: (21) 25221544

 

 

De 10 a 14  de Setembro – ArtRio
Leiloeiro: Walter Rezende

Novas Aquisições Gilberto Chateaubriand

03/set

O MAM-RIO, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, e a Bradesco Seguros, Petrobras, Light e a Organização Techint apresentam, a exposição “Novas Aquisições 2012/2014 – Coleção Gilberto Chateaubriand”, realizada a cada dois anos no MAM-Rio, com as obras recém-adquiridas pelo colecionador Gilberto Chateaubriand, cuja coleção se encontra em regime de comodato com o Museu. A mostra terá cerca de 100 obras de artistas brasileiros incorporadas recentemente à coleção, entre março de 2012 e setembro de 2014.

 

Organizadas periodicamente pelo MAM-Rio, as exposições das aquisições feitas por Gilberto Chateaubriand revelam não somente as mais recentes produções da arte brasileira, como o olhar e o vigor do colecionador na busca de novos artistas nas diversas regiões do país.

 

Fazem parte da atual mostra obras de artistas como Alexandre Mury, Anna Bella Geiger, Antonio Bokel, José Bechara, Katia Maciel, Marcos Cardoso e Roberto Burle Marx (Rio de Janeiro), Ivan Grilo, Raquel Fayad e Vicente de Mello (São Paulo), Marcelo Solá e Rodrigo Godá (Goiás), Carlos Henrique Magalhães e Ramonn Vieitez (Pernambuco), Tony Admond (Alagoas), Pablo Menezes e Vauluizo Bezerra (Sergipe), Íris Helena (Paraíba), Camila Soato e Fernanda Quinderé (Distrito Federal), Marga Puntel e Tiago Rivaldo (Rio Grande do Sul) e Alexandre Mazza (Paraná).

 

 

A palavra dos curadores

 

“A Coleção Gilberto Chateaubriand sempre teve como foco o estímulo a jovens artistas. Muitos deles, ainda sem galeria e sem inserção no circuito, ganham aqui sua primeira exposição institucional. Outra marca da Coleção é sua natureza enciclopédica que não exige recorte temático ou conceitual”, explicam Luiz Camillo Osorio e Marta Mestre, curadores da exposição.

 

“Cabe frisar que, apesar da natural concentração de artistas cariocas, há uma presença expressiva de artistas de fora do eixo Rio-São Paulo que fazem desta exposição um termômetro da cena contemporânea brasileira. É raro um colecionador com tanto faro para descobrir nomes emergentes nas regiões menos visitadas por curadores e menos em voga no circuito”, contam os curadores.

 

Os curadores ressaltam a importância da exposição: “Muitos dos artistas hoje canônicos foram em outro momento, no começo da própria coleção, parte de novas aquisições. Além disso, de forma cada vez mais rápida, o artista contemporâneo é legitimado institucionalmente e faz parte das coleções dos museus. Ao refletir tal aceleração e o caráter de termômetro do circuito desta coleção, realizar uma exposição assim periodicamente é uma maneira de fazer do MAM um espaço vivo em que os caminhos da história da arte começam a se definir”.

 

 

Sobre a Coleção Gilberto Chateaubriand

 

Desde 1993, o Museu de Arte Moderna recebeu, em regime de comodato, um reforço dos mais notáveis para seu acervo. A Coleção Gilberto Chateaubriand, internacionalmente conhecida como um dos mais completos conjuntos de arte moderna e contemporânea brasileira, e que as cerca de sete mil peças compõem um impressionante painel do período, em um mesmo museu. A coleção tem trabalhos pioneiros da década de 1910, como os de Anita Malfatti, e prossegue a partir do modernismo de Tarsila do Amaral, Lasar Segall, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro, Portinari, Pancetti, Goeldi e Djanira, entre outros. Desenvolve-se através dos embates dos anos 1950 entre geometria e informalismo, das atitudes engajadas e transgressoras da Nova Figuração dos anos 1960 e da arte conceitual da década seguinte, dos artistas que constituíram a Geração 80, até desembocar nos mais jovens artistas surgidos nos dois ou três últimos anos. O colecionador reuniu praticamente todos os artistas que conquistaram um lugar de destaque internacional para a arte brasileira: Aluísio Carvão, Ivan Serpa, Antônio Dias, Rubens Gerchman, Carlos Vergara, Roberto Magalhães, Wesley Duke Lee, Nelson Leirner, Artur Barrio, Antonio Manuel, Jorge Guinle, Daniel Senise, José Bechara, Rosangela Rennó e Ernesto Neto, e centenas de outros não menos destacados. Renovada através de aquisições que o colecionador faz periodicamente, em especial junto a artistas jovens e ainda não consagrados pelo circuito de arte, a Coleção Gilberto Chateaubriand é sempre apresentada em exposições temáticas, não somente nas dependências do Museu, mas também em exposições itinerantes dentro e fora do País.

 

 

Até 16 de novembro.

Sergio Gonçalves apresenta “Outros Olhares”

06/ago

A Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a mostra de fotografias “Outros Olhares”, na qual serão expostas 23 obras de seis artistas com diferentes pontos de vista: Carlos Vergara, Carmo Dalla Vecchia, EneGoes, Fabio Cançado, Renan Cepeda e Valdir Cruz.

 

Carmo Dalla Vecchia vai apresentar fotos de suas andanças em que retrata tanto o lixo deixado pelos cariocas nas praias quanto o simpático e solitário sitiante na janela de sua casa no interior do país. Já Carlos Vergara vai expor três obras dos anos 1970 retratando o Cacique de Ramos em seu auge, em pleno Carnaval carioca, que fizeram parte da sala especial dedicada ao artista na Bienal de São Paulo em 2010. Renan Cepeda apresentará a inédita série feita pelo artista este ano em viagem pela Toscana, na Itália. O olhar particular da natureza de Valdir Cruz, radicado em Nova York, traz três trabalhos que retratam a exuberância de nossas paisagens. Já o fotógrafo paulista EneGóes, em sua primeira exposição no Rio de Janeiro, mostra sua visão do cotidiano em que cada momento se torna especial sob as lentes do artista, além do mineiro Fábio Cançado e seus elementos velados que estabelecem um diálogo misterioso com o espectador.

 

 

De 09 a 30 de agosto.

Leilão na Bolsa de Arte

31/jul

Obras de grandes artistas brasileiros serão leiloadas no dia 31 de julho, às 20h30, na sede da Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, em Ipanema, à rua Prudente de Morais, 326.

 

A renda será revertida para a divulgação e lançamento nacional do filme “Hélio Oiticica”, do diretor César Oiticica Filho, sobrinho do artista e curador de seu acervo.

 

Já estão confirmadas obras assinadas por Anna Bella Geiger, Alexandre Vogler, Antonio Manoel, Beth Jobim, Brígida Baltar, Bob N, Carlos Vergara, Caroline Valansi, Claudia Tavares, Cildo Meireles, Eloá Carvalho, Ernesto Neto, Gabriela Maciel, Guga Ferraz, Ivald Granato, Iole de Freitas, Lee Jaffe, Lourival Cuquinha, Maria Lynch, Maria Nepomuceno, Marco Veloso, Marcos Bonisson, Monica Mansur, Nelson Leirner, Nuno Ramos, Opavivará Coletivo, Patricia Gouvêa, Piti Tomé, Raul Mourão, Renan Cepeda, Renato Bezerra de Mello, Ronald Duarte, Thomas Valentin, além de trabalhos do próprio Hélio Oiticica.

 

Exposição das obras: 28, 29 e 30 de julho, das 11h às 19h.

Leilão: 31/07 às 20h30

Leiloeiro: Walter Rezende

 

Link do evento no Facebook, na página da Bolsa de Arte

https://www.facebook.com/events/695358223852132/?fref=ts

 

………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………….

Sobre o filme

 

“Hélio Oiticica foi um dos artistas que melhor uniu a reflexão com a criação artística. Suas ideias e proposições, expressas não apenas em textos, mas também em depoimentos e entrevistas, revolucionaram a arte e a cultura, tornando-o um dos mais importantes artistas da segunda metade do século XX. O documentário de César Oiticica Filho, ao utilizar a própria voz do artista como fio narrativo, permite um mergulho único no pensamento, na trajetória e na intimidade de Hélio Oiticica.

 

A extensa pesquisa de imagens faz com que o espectador acompanhe a evolução do artista, o seu início junto ao Grupo Frente, o surgimento do Neoconcretismo, a criação dos Bólides, Penetráveis, Núcleos e Parangolés, o envolvimento com a Tropicália, o período em Nova York, até a volta ao Brasil. É um documento não apenas de um dos maiores artistas que o Brasil já produziu, mas também de um dos períodos de maior efervescência de nossa cultura, o que torna este filme crucial para todos aqueles que querem compreender não apenas a nossa história, mas quem somos agora.

 

Hélio Oiticica é um documentário de 94 minutos, dirigido por César Oiticica Filho e produzido pela Guerrilha Filmes.” (por Sérgio Cohn, da Azougue Editorial)

 

Direção e roteiro: César Oiticica Filho;

Pesquisa de imagem: Antonio Venancio;

Produção executiva: João Villela, Juliana Carapeba, Felipe Reinheimer e César Oiticica Filho;

Direção de Produção e coordenação de finalização: Juliana Carapeba;

Direção de fotografia: Felipe Reinheimer;

Montagem: Vinicius Nascimento;

Consultoria de montagem: Ricardo Miranda;

Consultoria biográfica: Roberta Camila Salgado;

Edição de som e mixagem: Ricardo Cutz;

Produtor musical: Vinicius França;

Trilha sonora: Daniel Ayres e Bruno Buarque;

Participação especial na trilha: Macalé, Celso Sim e Pepê Machado;

Figurino: Julia Ayres;

Coordenadora de lançamento: Milla Talarico.

Bechara na Simões de Assis

25/jul

O artista plástico José Bechara inaugurou exposição individual de seus trabalhos na Simões de Assis Galeria, conceituado espaço situado no Batel, Curitiba, PR. A mostra recebeu edição de um esmerado catálogo com reproduções das atuais criações do importante artista contemporâneo. O texto de apresentação traz a assinatura do crítico de arte e curador Felipe Scovino.

 

 

Pintura contaminada pela poeira do mundo

Texto de Felipe Scovino

 

No Brasil, o legado das tendências construtivas, ao longo da segunda metade do século XX, foi uma constante com algumas variáveis. A geração que se estabeleceu logo após o fim do neoconcretismo teve influências tanto da Pop quanto da arte conceituai, ainda que tenha criado uma linguagem muito própria e inventiva, sem abdicar em maior ou menor grau do abstracionismo geométrico, como foram os casos, por exemplo, de Antonio Dias, Carlos Vergara, Cildo Meireles, José Resende, Rubens Gerchman e Roberto Magalhães. Outras pesquisas estéticas, tais como as de Mira Schendel, Paulo Roberto Leal e Raymundo Colares, tiveram uma aproximação maior com as tendências construtivas e, sem dúvida, arquitetaram uma condição nova e abrangente para essa pesquisa. As obras desses três artistas, por exemplo, criaram uma superfície pictórica orgânica e fluída.

 

 

Era um novo entendimento sobre como o construtivismo tendia cada vez mais a um discurso sobre o sensorial. José Bechara e uma determinada parcela da geração em que está incluído — como Carlos Bevilacqua, (as primeiras obras de) Ernesto Neto e Raul Mourão — estendem essa vertente ao trabalharem de uma forma harmônica e orgânica com o metal – seja o aço, o ferro ou o cobre — como material para esculturas ou, especialmente no caso de Bechara, como matéria pictórica. Um primeiro ponto que sempre me chamou a atenção em sua obra foi o fato de substituir a tela branca por uma superfície suja, poeirenta, impregnada de história, que são as lonas usadas de caminhões. Esse é o primeiro passo para entendermos o aspecto orgânico — expressão clichê, mas que, aqui, perde efetivamente sua impotência para ganhar outra validade — de sua obra e como a forma cria mais uma variável para esse acento geométrico na arte brasileira. O artista sobrepõe camadas de tempo ao fazer uso de processos de oxidação daquele material. Bechara incorpora a morosidade da oxidação como condição para a aparição do aleatório. As modificações que ocorrem — marcas, texturas e manchas — tecem uma sobreposição de volumes, cor e textura. Em outros momentos, ele divide a lona entre uma parte marcada por esse processo de oxidação e outra, pelas marcas que foram adquiridas por aquele material ao longo de seu uso na estrada. São linhas construídas ao acaso, signos de memória, que passam em um gesto poético a serem incorporados como pintura.

 

 

Ademais, o artista faz uso da grade, elemento simbólico da gênese da pintura construtiva (vide os construtivistas russos e Mondrian) que, no pós-guerra, ganha distintas leituras (de Robert Ryman a Agnes Martin, passando por Gerhard Richter e Lygia Pape), como uma possibilidade real e precisa de criar uma perspectiva ilusória. Segundo Dan Cameron, “a grade lentamente se desenvolveu de um dispositivo usado para ajudar a criar uma ilusão espacial para um sistema que se impôs sobre o espaço propriamente dito.” A grade declarou a modernidade da arte ao ajudá-la a conquistar sua autonomia e, “em parte”, a dar as costas à natureza. Para Sennet, “a convicção de que as pessoas podem expandir os espaços infinitamente — através de um traçado em grade — é o primeiro passo, geograficamente, de neutralizar o valor de qualquer espaço específico.” Em Bechara, a grade aparece como um ato transformador. Antes de tudo, porque as linhas que a delimitam são tortas, sujas e erradas, assim como toda a superfície da lona. Há uma outra ordem para essa composição geométrica, minimalista e precisa. Suas obras são sobrevoadas por uma atmosfera ruidosa, poluída, violenta, urbana, na qual caos e ordem estão misturados. E é exatamente por isso que sua obra é extremamente real e viva. De alguma forma, a velocidade e a dinâmica que fizeram parte da história daquelas lonas são transferidas para as composições criadas pelo artista. E, ainda, a grade em determinados momentos parece avançar sobre o espectador, e em outros recua como se o que interessasse fosse tornar visível as figuras que são construídas aleatoriamente pelo processo de oxidação e por suas próprias linhas, tortas e precárias. E esse grito de defeito, de que algo deu errado que faz as obras de Bechara serem demasiadamente humanas. Ao aproveitar o que já vem dado pela lona — riscos e manchas —, o artista cria um novo repertório de traços e linhas que magistralmente equilibra passado (história e memória) e presente (a ressignificação da pintura — e por que não do desenho? — e da própria ideia de gestualidade).

 

 

Em sua série mais recente, Bechara intensifica a aparição da grade, pois sua composição se torna mais fechada e apresenta sucessivas camadas que, ao se sobreporem, “apagam” a “pele” da lona. Todavia, o plano se torna ainda mais dramático — como se a um olhar leigo fosse possível criar drama apenas e tão somente pelo cruzamento de linhas verticais e horizontais, e é aqui que a deflagração poética transforma a banalidade e o ordinário em um acontecimento mágico e encantador — com a incapacidade em denotarmos o que é figura ou fundo, pois a perspectiva se transforma amplamente em uma experiência ilusória. A oxidação, porém, continua presente e cria zonas gráficas e de interferência cromática que continuam transformando essas obras em uma espécie de canteiro de obras. E um processo sucessivo de decantamento (ao aplicar a emulsão sobre a lona, a oxidação derivada desse processo precisa de um repouso para a sua ação) e encantamento. Bechara é um artista incansável, pois estão lá gravados, na lona, sua força, sua participação, sua investigação de materiais e técnicas; como uma experiência biológica, assistimos ao jogo de forças e presença que a emulsão de cobre ou aço, o uso da palha de aço e a corrosão derivada desse processo realizam sobre a superfície da lona.

 

 

Suas esculturas não constituem uma outra fase de produção em relação às pinturas, pois são diálogos pertinentes e imbricados. Sua mais recente série de obras, denominada Enxame ou estudos para uma aproximação de suspensos (2013-14), torna clara essa aproximação. Ela possui um papel intermediário nessa aproximação entre a bidimensionalidade e o ar. São caixas de madeira cujo interior é formado pela sobreposição, com pequenos intervalos, de placas de vidro. Sobre as placas, há a aplicação de tinta spray de distintas cores que, como um pincel, imprime um preciso e livre jogo de formas geométricas. No fundo de algumas dessas caixas, placas de madeira cortadas, que acentuam não só o legado construtivo na obra de Bechara mas também a pesquisa sobre cor e planaridade que tanto interessa a sua produção. Na construção de uma relação óptica e ilusória, essas obras parecem lançar ao espaço as linhas e campos de cor, fazendo que com que elas bailem por entre os vidros.

 

 

E essa constituição de um desenho no espaço que cria o diálogo entre suas pinturas e esculturas. Especialmente na série Esculturas gráficas, a tridimensionalidade pertence mais ao ar do que à terra. E essa imagem advém principalmente pelo fato de Bechara equilibrar cheio e vazio, o dentro e o fora. Seus volumes preenchidos de ar nos fazem ver aquelas formas como estruturas gráficas suspensas do papel e tendo o espaço como seu habitat. Mesmo sendo esculturas, ficam na fronteira entre a bidimensionalidade e a tridimensionalidade. E mais um fator que nos ajuda a compreender essa fronteira borrada é como o artista continua a investigar a cor. Esses monocromos tridimensionais elevam a cor que estava no plano do papel ou da lona para a superfície. Criam formas gráficas suspensas que se equilibram minimamente, transmitindo uma sensação de precariedade e instabilidade, entre o balanço de preenchidos de vazio e outro com grande carga cromática. Não me parecem que ocupam o espaço de uma forma vigorosa e pesada, mas pousam sobre ele. Há uma sensação de que o peso foi retirado daquelas estruturas, e elas simples e decisivamente ganharam leveza e um ritmo que as leva a ocuparem e se infiltrarem naquela área de uma maneira cadenciada. Por outro lado, a série Open House traz uma velocidade caótica e desorganizada. E importante relatar que, nesse percurso de experimentação acerca do espaço, a casa é um arquétipo freqüente na obra do artista. Entretanto, é uma casa que procura ser esvaziada, como presenciamos na série em questão, pois, ao mesmo tempo que parece desejar ser ocupada pelo vazio, expulsa o que contém ou que estava sendo mantido em âmbito privado. As duas séries de esculturas se situam em uma zona de conflito, porque, nessa imagem dionisíaca e hostil de uma escultura que se faz no turbilhão do caos, o artista quer demonstrar que “o vazio tem solidez, é uma matéria.” E um vazio que se coloca como personagem de um enredo trágico.

 

 

 

Desde 24 de julho.

artevida programação múltipla

16/jul

Com as três inaugurações de sábado, 19 de julho, a exposição “artevida” se completa. Ela tem quatro seções, sendo as principais “artevida” (corpo), na Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, já em cartaz, e a do MAM-RIO, Parque do Flamengo, “artevida” (política). Este segmento é o mais pungente, com 160 trabalhos de 54 artistas. “artevida” é produzida pela ENDORA Arte Produções. Leia mais abaixo as informações gerais sobre esta segunda fase, com mais a instalação inédita de Georges Adéagbo, artista do Benin, premiado na Bienal de Veneza, no Parque Lage, e o Arquivo da argentina Graciela Carnevale, na Biblioteca Parque Estadual. Em cartaz até 21 de setembro, artevida é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro com patrocínio de Itaú e Petrobras. A curadoria é de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura

 

 

Aberturas da segunda fase: sábado,19 de julho
15h – artevida (arquivo) Arquivo Graciela Carnevale, na Biblioteca Parque Estadual
17h – artevida (política), coletiva com 54 artistas, no MAM Rio
19h – artevida (parque), instalação inédita do beninense Georges Adéagbo, nas Cavalariças do Parque Lage

 

A exposição artevida, sob curadoria de Adriano Pedrosa e Rodrigo Moura,  se completa sábado, 19 de julho, com a abertura de artevida (política) no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, do Arquivo Graciela Carnevale na Biblioteca Parque Estadual e da instalação inédita do artista do Benin Georges Adéagbo nas Cavalariças do Parque Lage.

 

artevida, com 110 artistas e 350 obras do Brasil, Leste Europeu, Ásia, África, Oriente Médio e América Latina, é uma realização da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, com patrocínio de Itaú e Petrobras.

 

artevida (política), no MAM Rio, reúne cerca de 160 obras de 54 artistas, feitas sob regimes autoritários ou em resistência a eles, organizadas em tópicos como feminismos e racismo, democracia e eleições, mapas e bandeiras, guerra e violência, greves e revoluções. Este é um dos eixos principais da mostra, ao lado de artevida (corpo), em cartaz desde 27 de junho, na Casa França-Brasil.

 

Pensando na vocação de cada espaço, os curadores pautaram para a seção artevida (arquivo) coleções de artistas como o de Paulo Bruscky, inaugurado em 27 de junho, e o da argentina Graciela Carnevale (1942), do Grupo de Arte de Vanguardia de Rosario, que abre ao público em 19 de julho. No arquivo da artista, fotografias, documentos e recortes de jornais registram a agitação da cena artística da avant-garde argentina nos anos 1960.

 

Nas cavalariças do Parque Lage, no segmento artevida (parque), o artista beninense Georges Adéagbo começou, na sexta-feira, a montagem de sua instalação com itens que trouxe e com o que está comprando em brechós cariocas. Ele escolheu para esta obra inédita refletir sobre a relação África-Brasil, o fotógrafo francês Pierre Verger e a documentação da diáspora africana.

 

No palacete do Parque Lage, já aberto ao público, estão a instalação “RED [Shape of Mosquito Net]”, de 1956, da japonesa Tsuruko Yamazaki (1925) suspensa à beira da piscina, e trabalhos de Martha Araújo – peças de vestuário em tecido e velcro que permitem interatividade quando vestidas, e fotos de registros de performances com as roupas, no início dos anos 1980. O público pode vestir macacões com velcro da artista e colar o corpo na rampa de carpete.

 

 

Artistas de artevida (política), por ordem alfabética:

 

Abdul Hay Mosallam, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino , Antonio Caro, Antonio Dias, Antonio Manuel, Aref Rayess, Artur Barrio, Beatriz González, Bhupen Khakhar, Birgit Jürgenssen, Carlos Ginzburg, Carlos Vergara, Carlos Zílio, Cecilia Vicuña , Cengiz Çekil, Cildo Meireles, Cláudio Tozzi, Clemente Padín, Emory Douglas, Gavin Jantjes, Goran Trbuljak, Gülsün Karamustafa, Hélio Oiticica, Horacio Zabala, Ion Grigorescu, Jo Spence, John Dugger, Juan Carlos Romero, Julio Plaza, Letícia Parente, Liliana Porter, Lotty Rosenfeld, Luis Camnitzer, Luis Fernando Pazos, Lygia Pape, Lynda Benglis, Margarita Paksa, Martha Rosler, Maurício Nogueira Lima, Mladen Stilinović, Nancy Spero, Nicola L., Nil Yalter, Oscar Bony, Paulo Bruscky, Rachid Koraïchi, Ricardo Carreira, Sanja Iveković, Sue Williamson, Teresa Burga, Teresinha Soares, Wanda Pimentel, Wesley Duke Lee.

 

 

Locais

 

Biblioteca Parque Estadual
Av. Presidente Vargas 1261 | Centro – RJ

Terça a domingo,  10 às 20h. Grátis.

 

Casa França-Brasil

Rua Visconde de Itaboraí 78 | Centro – RJ |

Terça a domingo, 10 às 20h. Grátis.

 

Escola de Artes Visuais do Parque Lage
Rua Jardim Botânico 414 | Jardim Botânico – RJ
Palacete: Segunda a quinta, 9 às 19h; sexta a domingo, 9 às 17h. Grátis
Cavalariças: Diariamente, das 10h às 17h. Grátis.

 

 

Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro
Av. Infante Dom Henrique 85 | Parque do Flamengo – RJ
Terça a sexta, 12 às 18h. Sábados, domingos e feriados, 11h às 18h.
(a bilheteria fecha às 17h30). R$ 14

Homenagem a Hélio Oiticica

30/abr

Em 1974, os irmãos Andreas e Thomas Valentin criaram, com Hélio Oiticica, a obra CALL ME HELIUM, cujo título – uma homenagem a Oiticica – foi inspirado numa frase de Jimy Hendrix, numa de suas últimas entrevistas: Quando as coisas estiverem pesadas de mais, chamem-me de hélio, que é gás mais leve que existe. Quarenta anos depois da criação do projeto original, Andreas e Thomas Valentin realizam o sonho de exibir CALL ME HELIUM pela primeira vez, no Centro Cultural Correios, no centro do Rio.

 

Figura central da obra, um balão vermelho inflado com gás hélio e com os dizeres CALL ME HELIUM pintados em letras brancas, será alçado aos céus em dois momentos. O “aquecimento” acontece na Praia de Ipanema, Rio de janeiro, RJ, no local do antigo Píer, dia 4 de maio; e dia 10 de maio, na inauguração da mostra, o içamento será na Praça dos Correios, onde o balão permanecerá até o final da mostra, em 13 de julho.

 

Com instalação, performance de Jorge Salomão e exposição de fotos e documentos do período em que Oiticica viveu em Nova Iorque, além de cartas trocadas com os irmãos Valentin em função do projeto e obras de Carlos Vergara e Antonio Manuel, CALL ME HELIUM ilustra bem a multiplicidade do artista e sua forma de trabalhar com amigos e parceiros.

 

 

Datas: Praia de Ipanema, antigo Píer, dia 4 de maio.
10 de maio, inauguração da mostra, com içamento na Praça dos Correios, onde o balão permanecerá até o final da mostra, em 13 de julho.