ADRIANA BARRETO

30/jul

A galeria Amarelonegro Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição individual “Em preto e branco” de Adriana Barreto. Nesta mostra Adriana Barreto apresenta pinturas da série “Notações” além de esculturas, fotografias e um vídeo. A predominância das cores preto e branco nas suas pinturas e esculturas revela uma estética reducionista que caracteriza toda a sua produção.  As obras da artista conciliam meios diversos como a dança, o cinema ou as artes visuais. O confronto entre a matéria e as linhas destas pinturas sugere corpos em movimento numa dança contínua. Em suas esculturas, a organicidade das formas estão submetidas a um rigoroso exercício de equilíbrio. Tais como corpos, mantêm-se de pé pelo equilíbrio e pela gravidade. Noutros casos, tombam, mantendo-se totalmente ao chão. Transitando também pelos meios tecnológicos, Adriana apresenta a série fotográfica “No côncavo da mão” além do vídeo “O menor espaço para o corpo”. Em suas fotografias a mão é apresentada como um lugar-espaço orgânico capaz de moldar (e agregar) tudo que é matéria; no vídeo, uma bailarina caminha nas pontas dos pés lutando pelo equilíbrio e revelando lugares ao marcar cada passo.

 

Até 24 de agosto

FRANKLIN CASSARO NA LAURA ALVIM

27/jun

Chama-se “Espacial”  e sob a curadoria de Fernando Cocchiarale, a individual que Franklin Cassaro realiza na Galeria Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A exposição (com dezenas de  esculturas de formatos díspares em papel alumínio de diversos tipos), é um resumo do processo criativo de Cassaro e a primeira em que mostra grupos tão distintos de trabalhos, datados de 2001 a 2012, desde os “Infláveis”, pelos quais o artista é mais conhecido, aos “Recicloides”, esculturas híbridas de bichos e robôs. Em comum, os trabalhos têm o papel alumínio como material, em suas diversas aparências. O artista não usa qualquer instrumento na feitura das esculturas, elas são criadas manualmente.

 

Os três “Infláveis” desta mostra são inéditos. O maior, de plástico laminado com alumínio semitransparente, ocupa toda a área de uma das salas da Galeria Laura Alvim, de 24 metros quadrados. Outro trabalho deste grupo é “Cardume venusiano”, sacos voadores soltos no espaço expositivo, submetidos a um vento estudado, formando um fluxo que circula pela sala. Os sacos são envelopes de CD, coloridos por fora e dourados ou prateados por dentro, que com o vento, produzem som. A terceira peça inédita é “Laika meu amor, uma gaiola com a reprodução inflável da cadela Laika, o primeiro ser vivo enviado ao espaço sideral pelos soviéticos no Sputnik -1, em 1957.

 

No “Gabinete de curiosidades alienígenas”, Cassaro monta ambiente com mobiliário e vitrines com dezenas de peças pequenas em  alumínio prateado comum – vermes, pássaros, crânios, pedras e fragmentos de animais.

 

O alumínio colorido aparece nos “Recicloides”, seres que são um misto de bicho e robô. O material é o usado em embalagem de bombons artesanais. Nesse grupo estão cinco fêmeas “fatais”, como adjetiva o artista – mulher mantis [louva-deus], medusa, mulher escorpião, lady joaninha, com grandes garras, e viúva negra – e perereca trepadeira, falsa coral verdadeira e velociraptor cor-de-rosa, entre outros. Os “Recicloides” são minuciosamente detalhados, tanto quanto joias, segundo o artista. Em “Desenhos mordidos”, a imagem é produzida pelas mordidas do artista sobre o papel, que resultam em formas semelhantes a esqueletos.

 

Além do material, papel alumínio de vários tipos, comum a todos os trabalhos, Cassaro faz um paralelo entre a evolução dos seres e a da sua produção. Ele acrescenta, testa, uns desaparecem, alguns são registros fósseis, que não voltam mais a ser feitos, e outros, evoluem.

 

Sobre o artista

 

Franklin Cassaro, Rio de Janeiro, 1962, formado em Administração de Empresas e Analista de Organização e Método, estudou escultura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Possui trabalhos e nos acervos do MAM Rio, MAM SP, Museu Nacional de Belas Artes e Coleção Gilberto Chateaubriand, entre outros.

 

Suas primeiras exposições individuais foram, em 1988, na Galeria Macunaíma, Funarte, RJ, e no MAC, São Paulo. Desde então, Cassaro realizou exposições individuais em diversas capitais brasileiras e na Alemanha e Austrália. Participou de dezenas de exibições coletivas no Brasil e no exterior, incluindo a Bienal do Mercosul, Porto Alegre, 1999 e a Bienal de Havana, 2000.

 

De 28 de junho a 12 de agosto.

REFLEXOS NA ÁGUA

28/mai

Paulo Gouvêa Vieira

O fotógrafo Paulo Gouvêa Vieira apresenta a exposição “Olhar sobre a Água do Jardim de Alah”. O local escolhido é o tradicional point do Garden, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A exposição é uma homenagem ao Jardim de Alah. Paulo Gouvêa Vieira registrou todo o cenário ao redor do canal visto através do reflexo na água. Para registrar as 63 imagens que compõem a série, Paulo usou apenas a câmera digital, sem nenhum outro equipamento de luz, e não fez retoques nas imagens. O que vemos são exatamente os reflexos captados do espelho d’água. Paulo Gouvêa Vieira, com sua forma peculiar de ver e interpretar o mundo, registrou no reflexo da água do Jardim de Alah, prédios, árvores, pessoas, postes, carros no trânsito. O resultado é um Jardim de Alah único e surpreendente. As imagens são fiéis ao que podemos ver refletido no espelho d’água. Paulo selecionou 22 das 63 imagens que registrou. A escolha do Garden, para abrigar a exposição, se deu justamente por ser um ponto tradicional na região e representar o clima do entorno do Jardim.

 

De 29 de maio a 30 de setembro.

LIVRO DE SAMICO NA GALERIA IPANEMA

23/mai

A Bem-Te-Vi Produções Literárias e a Galeria de Arte Ipanema, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, lançam o livro “SAMICO”. Trata-se da vida e da obra de Gilvan Samico, pintor, e um dos gravadores mais importantes da história da arte brasileira. Pernambucano, Samico é um dos principais nomes do Movimento Armorial. O prefácio é assinado pelo escritor Ariano Suassuna, a quem a obra de Samico foi elemento primordial para a fixação dos fundamentos do Movimento Armorial. O texto é assinado pelo crítico de arte Weydson Barros Leal. Autor de obras constantes nos mais destacados acervos públicos no país, como a Pinacoteca do Estado, São Paulo, o artista vive e trabalha em Olinda.

 

Na Galeria Ipanema, dia 24 de maio, 19h.

 

RICARDO BECKER NA LAURA ALVIM

10/mai

Ricardo Becker, com a exposição “Projeto cisco”, abre a programação 2012 da Galeria Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A mostra agrupa  esculturas e vídeo inéditos e a curadoria é de Fernando Cocchiarale. “Projeto cisco” baseia-se no mais invisível dos elementos: o ar. O artista se propõe a ultrapassar a fronteira de tornar visível o vento. O curador considera o título sugestivo e argumenta: “- Ciscos estão à solta e o vento pronto para levá-los aos nossos olhos. Talvez eles sejam uma das poucas maneiras de ver o vento – ainda assim, por meio de seu efeito mais incômodo, posto que compromete o ato indicial que negativamente evoca….”. A exposição começa com o vídeo de um areal, sobre o qual o vento produz desenhos. Ainda na mesma sala, um espelho gira em alta velocidade, de forma que, a imagem do espectador sofre a deformação como se ele estivesse em uma situação de ventania ou descendo de paraquedas. O próximo trabalho é uma grande escultura penetrável, de 10 metros de comprimento, que serpenteia entre duas salas da galeria. Mais duas esculturas completam a exposição. Ricardo Becker é professor do Núcleo de Escultura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Até 17 de junho.

O SILÊNCIO EM STELLA

10/abr

A exposição “… e quem te escuta é o silêncio”, de Stella Da Poian, artista bastante singular e de carreira consistente, entra em cartaz na Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida, Universidade Cândido Mendes, Ipanema, a convite do curador Paulo Sérgio Duarte, um admirador de sua trajetória. A artista apresenta 15 trabalhos a óleo, alguns de grandes dimensões, marcados por uma técnica expressiva e recorrente em sua obra:  recorte da tela pronta, colagem e intervenções posteriores.

O título da exposição – releitura autorizada de um verso de Rogério Luz, em seu livro “Escritas”– trata de uma questão importante para Stella. – Toda obra de arte requer um “silêncio” interior, um momento de reflexão essencial para se apreender a extensão do que se está vendo. É justamente esse silêncio que faz com que cada pessoa perceba a obra de uma forma absolutamente única e particular – diz a artista.

O crítico de arte Paulo Sérgio Duarte, curador do espaço, destaca dois aspectos principais de sua obra: – O trabalho de Stella reafirma a persistência da pintura como expressão da arte contemporânea brasileira. A produção brasileira contemporânea sempre foi muito forte na pintura em si, e sua obra é uma evidência disso – explica. – Mas uma das características mais específicas da arte de Stella Da Poian é a capacidade de explorar a delicadeza, mesmo dentro de uma obra potente e forte. Toda a sua produção é envolta em delicadeza – declara. Stella Da Poian vive e trabalha no Rio de Janeiro e começou a exibir suas pinturas em 1991.

Até 19 de abril.