Novo museu no Rio

06/mar

Tarsila do Amaral – Sol Poente, 1929

O Museu de Arte do Rio, MAR, Zona Portuária, Rio de Janeiro, RJ, abriu suas portas ao público. Após quase três anos em obra e com uma reforma com custo estimado em mais de 76 milhões de reais, o complexo na Zona Portuária do Rio de Janeiro soma 15 000 metros quadrados, divididos por dois edifícios: o Palacete Dom João VI, de estilo eclético, que exibirá todas as exposições de seu calendário, e o prédio modernista – onde funcionou um terminal rodoviário – abrigará o programa educativo da novíssima instituição. O curador do espaço é o experiente crítico de arte Paulo Herkenhoff.

 

Foram inauguradas quatro exposições com a abertura do museu. No térreo se encontra “O Abrigo e o Terreno – Arte de Sociedade no Brasil I”, um projeto que deve se estender pelos próximos cinco anos e que investiga questões ligadas à ocupação do espaço público e à dinâmica da sociedade. Entre os artistas reunidos estão Antônio Dias, Hélio Oiticica, Lygia Clark, Waltercio Caldas, Lygia Pape e Raul Mourão. A outra mostra “Rio de Imagens: uma Paisagem em Construção”, aborda a evolução da cidade ao longo de 400 anos. Com cerca de 400 peças, o acervo exibe nomes importantes da cena nacional como Lasar Segall e Ismael Nery. As outras duas mostras foram idealizadas a partir de acervos de colecionadores particulares. O marchand Jean Boghici cedeu 140 obras de artistas como Tarsila, Di Cavalcanti, Brecheret, Rubens Gerchman, Kandinsky e Morandi. Outro colecionador que cedeu obras foi Sérgio Fadel com mais de 200 obras de estilo concretista, assinadas por Amílcar de Castro, Willys de Castro, Barsotti, Carvão, entre outros.

 

Até 07 de julho – Vontade Construtiva na Coleção Fadel

Até 14 de julho – O Abrigo e o Terreno – Arte de Sociedade no Brasil I

Até 28 de julho – Rio de Imagens: uma Paisagem em Construção

Até 01 de setembro – O Colecionador: Arte Brasileira e Internacional na Coleção Boghici

REUNIÃO DE CONCRETOS E POP

30/abr

A Galeria Berenice Arvani, Jardim Paulista, São Paulo, SP, inaugura a exposição coletiva temática sob o título “Do Concretismo ao Pop – anos 50, 60 e 70″ organizada por Celso Fioravante. A mostra passa em revista, de maneira informal, três décadas que são referência para diferentes matrizes da arte brasileira, os anos 1950, 60 e 70, reunindo pinturas em acrílica e óleo, serigrafia, guaches, aquarelas, fotografias e desenhos. A mostra apresenta trabalhos assinados por Arnaldo Ferrari, Alberto Teixeira, Antonio Maluf, Danilo Di Prete, German Lorca, Hércules Barsotti, Günter Schroeder, Hermelindo Fiaminghi, Irmgard Longman, Ivan Serpa, João José Costa, Judith Lauand, Lothar Charoux, Lygia Pape, Maurício Nogueira Lima, Luiz Sacilotto, Raymundo Colares, Rubem Ludolf, Rubem Valentim e Rubens Gerchman. “Essa reunião de obras evidencia não somente as tendências do período, mas suas rupturas internas e continuidades também observadas na produção das gerações seguintes”, enfatiza o curador Fioravante. A realização dessa mostra na Galeria Berenice Arvani se inscreve no trabalho contínuo de promoção e também de resgate de diferentes produções de matriz construtiva de artistas brasileiros. Desde 2006, a galeria vem sistematicamente trabalhando artistas de importante expressão como Alberto Ferrari, Antonio Maluf, João José da Costa, Judith Lauand e Rubem Ludolf através de mostras individuais, coletivas e também em feiras nacionais e internacionais.

De 06 de maio a 08 de junho.