Conversa com Anna Braga no Paço Imperial

04/mai

No dia 12 de maio, às 15h, a artista multimídia Anna Braga fará uma conversa com o público na exposição “Submersões”, em cartaz no Paço Imperial,  até o dia 21 deste mês. Há 20 anos sem fazer uma exposição individual em uma instituição no Rio de Janeiro, a artista falará sobre os trabalhos que apresenta na mostra panorâmica, que tem curadoria de Fernando Cocchiarale.

Na exposição são apresentadas 36 obras, entre instalações, pinturas, desenhos, fotografias, vídeos e objetos inéditos, que trazem temas como temas centrais a ecologia, a violência e questões de gênero. Os trabalhos, que ocupam três salões do Paço Imperial, em uma área total de mais de 300 m², pertencem a três séries distintas: “Ternas Peles”, “Memória Submersa” e “Puro Álibi”.

 

Sobre a artista

Nascida em Campos dos Goytacazes, RJ, Anna Braga é formada em Ciências Sociais pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com mestrado em Sociologia pela UFRJ e extensão em Filosofia e Arte Contemporânea pela PUC-Rio. Frequentou o ateliê da artista Anna Bella Geiger e os ateliês de Elena Molinari, Maria Freire e Hilda Lopes em Montevidéu, no Uruguai. Fez curso de Arte e Filosofia e Arte Crítica na EAV Parque Lage entre 2000 e 2001 e especialização em Arte e Filosofia na PUC Rio em 2008. Possui obras em importantes acervos, como Museo de Arte Contemporanea de Uruguai; Centro Cultural da Caixa Econômica Federal, Brasília, DF; Centro Cultural dos Correios e Telégrafos, Museu Postal, Rio de Janeiro e Museo Nacional da República (MUN), em Brasília.

 

Cinco artistas contemporâneos em Maricá

07/jul

 

 

A Prefeitura de Maricá, RJ, por meio da Secretaria de Cultura, apresenta a exposição “Canto porque Resisto”, que comemora o centenário da Semana de Arte Moderna permanecendo em cartaz até 30 de julho, na Casa de Cultura de Maricá, no Centro. A mostra, com curadoria de Luiz Guilherme Vergara, reúne 27 obras contemporâneas e experimentais de cinco artistas consagrados, moradores da cidade, cujas carreiras foram sucesso dentro e fora do Brasil em importantes museus e galerias.

 

“Depois de uma longa paralisação das atividades, a Casa de Cultura e o Museu Histórico de Maricá reabrem suas portas em grande estilo. “Canto porque Resisto” é iluminadora, como uma fábula de imagens explosivas instaladas no coração da Vila de Santa Maria, nossa praça central, onde o imaginário habita o inconsciente coletivo do povo maricaense contra forças destrutivas. A exposição está magnífica”, comentou Sady Bianchin, ressaltando que a mostra é realizada pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), com apoio da Secretaria de Promoção e Projetos Especiais.

 

Os trabalhos de Bill Lundberg (dez obras, sendo fotografias de 63cm x 76cm cada e uma projeção de 2mx2m), Edmilson Nunes (cinco, entre pintura, desenho e instalação), Jarbas Lopes (uma escultura e uma instalação cinematográfica), Marcos Cardoso (uma instalação) e Regina Vater (nove, sendo instalação, fotografia e vídeo arte) ocuparão não somente os ambientes da Casa de Cultura (1841) – patrimônio tombado e de extrema importância para a história local -, como também sua fachada e entorno, compondo um projeto inaugural de arte contemporânea para a cidade.

 

“Expor aqui é fundamental para mostrar minhas obras aos moradores e visitantes da cidade que escolhi para viver. Digo isso com muita felicidade de participar desta mostra de arte contemporânea que apresenta um pouco do nosso trabalho”, comentou o artista Jarbas Lopes, morador de São José do Imbassai.

 

A artista visual Lina Ponzi, que veio de Niterói para apreciar a exposição, parabenizou os responsáveis pela bela iniciativa. “Aqui temos artistas conhecidos mundialmente e podemos visitar com entrada franca. A arte é magnífica e ser mostrada à população por dois meses é maravilhoso! Esta mostra está fantástica!”, comentou.

 

Sobre os artistas

 

Bill Lundberg – Albany, EUA, 1942

 

Um pioneiro no campo da performance, filme e vídeo instalação, Lundberg se envolveu em investigações estéticas que antecedem as de seus contemporâneos mais notáveis, incluindo Gary Hill, Bill Viola e Tony Oursler. Por mais de 40 anos, Lundberg integrou as qualidades formais da pintura, performance e filme para falar sobre a condição humana.

 

Edmilson Nunes – Campos dos Goytacazes, 1964

 

Estudou Arquitetura e Urbanismo na UFRJ, onde teve seu primeiro contato com arte, conhecendo Celeida Tostes e Lygia Pape, entre 1985 e 1990. Em 1992, estudou no núcleo de aprofundamento da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Em 1993, fez sua primeira individual na Galeria Anna Maria Niemeyer. Em 2007, abriu outra mostra individual no Paço Imperial RJ. Desde 2002, faz a direção artística da escola de samba mirim “Pimpolhos da Grande Rio”. Foi professor nas oficinas do Museu do Ingá, de 2003 a 2008. Em 2013, foi convidado para ocupar a varanda do MAC Niterói com a exposição “A Felicidade às vezes mora aqui”, que reuniu importantes artistas, parte de sua trajetória como professor de novas gerações.

 

Jarbas Lopes – Nova Iguaçu, 1964

 

Concluiu seus estudos sobre escultura em 1992, na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Janeiro. A sua produção reúne esculturas, desenhos, instalações e performances. Também desenvolve projetos conceituais que operam à margem da lógica capitalista, valorizando o pensamento artesanal e a participação do espectador. Na série “A paisano”, por exemplo, ele recupera a prática popular do trançado para construir com tramas multicoloridas imagens que situam-se entre a pintura e a escultura.

 

Marcos Cardoso – Paraty, 1960

 

Formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), 1992, frequentou a Oficina de Gravura do Ingá, de 1988 a 1990, e a Escola de Artes Visuais do Parque Lage, em 1991. Foi aluno e amigo de Lygia Pape, que fez o seguinte relato do artista: “Marcos Cardoso metamorfozeou-se pelo mito do Carnaval e suas máquinas: reciclou pó e pano em palácios e castelos, faz-de-conta sem fim, hoje pura linguagem nobre, mergulhada no sensível, no sonho do alquimista que engendra transtornados objetos arfantes”.

 

Regina Vater – Rio de Janeiro, 1943

 

Em pesquisa que abrange as relações entre sociedade, natureza e tecnologia, Regina Vater desenvolve, ao longo das últimas quatro décadas, um corpo de trabalho complexo e sofisticado que contribui de maneira expressiva para o debate sobre a emergência de uma ecologia midiática nos âmbitos da arte e da vida contemporânea. A natureza poética, ativista e ecológica de sua obra foi sempre tecida em impulsos transmidiáticos, em que a linguagem de cada trabalho se apresenta como mais um desdobramento de seus interesses.

 

 

Visita mediada 

10/dez

No próximo dia 15 (sábado), às 11h, a Simone Cadinelli Arte Contemporânea, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, promoverá uma visita mediada na exposição “Baixa dos Sapateiros” com o artista Tiago Sant’Ana e a curadora Clarissa Diniz. Esta exposição individual, trata da imagem histórica dos sapatos como símbolo de libertação pós-abolição negra no Brasil. Essa abolição, oficiosa e sem reparação, era simbolizada pelo gesto de pessoas negras poderem calçar sapatos – tal qual a população branca. O título, “Baixa dos sapateiros”, remete a uma região de mesmo nome em Salvador, na Bahia, local em que muitas pessoas negras recorriam para confeccionar seus sapatos. “O nome surge com essa proposta de falar de um lugar em que muitas pessoas iam desejando essa representação da liberdade, que eram os sapatos”, informa o artista. “Era uma geografia que simbolicamente envolvia uma expectativa por essa promessa de cidadania para as pessoas negras, que nunca chegou completamente até hoje”, completa. Considerado um dos pontos altos da exposição, as esculturas com sapatos de açúcar cristal estabelecem um paralelo com o complexo sistema de exploração da cana-de-açúcar e a chegada de muitos engenhos na região do Recôncavo. Clarissa Diniz é responsável pela curadoria da exposição, que conta com vídeo, fotografias, objetos e instalações em torno do tema.

 

 

Sobre o artista

 

Tiago Sant’Ana nasceu em Santo Antônio de Jesus, em 1990. É artista da performance, doutorando em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Desenvolve pesquisas em performance e seus possíveis desdobramentos desde 2009. Seus trabalhos como artista imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras – tendo influência das perspectivas de coloniais.  Foi um dos artistas indicados ao Prêmio PIPA 2018. Realizou recentemente a exposição solo “Casa de purgar” (2018), no Museu de Arte da Bahia e no Paço Imperial, no Rio de Janeiro. Participou de festivais e exposições nacionais e internacionais como “Histórias Afro-atlânticas” (2018), no MASP e no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo,. SP, “Axé Bahia: The power of art in an afro-brazilian metropolis” (2017-2018), no Fowler Museum at UCLA, “Negros indícios” (2017), na Caixa Cultural São Paulo, “Reply All” (2016), na Grosvenor Gallery, e “Orixás” (2016), na Casa França-Brasil. Foi professor substituto do Bacharelado Interdisciplinar em Artes na Universidade Federal da Bahia entre 2016 e 2017.

 

 

Sobre a curadoria

 

Clarissa Diniz é curadora e escritora em arte. Graduada em Licenciatura e Educação Artística/Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Foi gerente de conteúdo do Museu de Arte do Rio – MAR entre 2013 e 2018, onde desenvolveu também projetos curatoriais. Publicou os livros “Crachá – aspectos da legitimação artística”, “Gilberto Freyre” – em coautoria com Gleyce Heitor -; “Montez Magno”, em coautoria com Paulo Herkenhoff e Luiz Carlos Monteiro; e “Crítica de arte em Pernambuco: escritos do século XX” (coautoria com Gleyce Heitor e Paulo Marcondes Soares), dentre outros. De curadorias desenvolvidas, destacam-se “O abrigo e o terreno” (cocuradoria com Paulo Herkenhoff. Museu de Arte do Rio – MAR, 2013), “Ambiguações” (Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, 2013), “Pernambuco Experimental” (Museu de Arte do Rio – MAR, Rio de Janeiro, 2013), “Do Valongo à Favela: imaginário e periferia” (cocuradoria com Rafael Cardoso, Museu de Arte do Rio – MAR, 2014), entre outras.

Anna Bella & Lygia & Mira & Wanda

07/mar

O MAC Niterói, Mirante da Boa Viagem, Niterói, Rio de Janeiro, RJ, exibe uma exposição só de mulheres, todas importantes nomes do cenário artístico contemporâneo nacional. Com curadoria de Pablo Leon de La Barra e Raphael Fonseca, a mostra “Anna Bella & Lygia & Mira & Wanda” apresenta obras de Anna Bella Geiger (1933-), Lygia Clark (1920-1988), Mira Schendel (1919-1988) e Wanda Pimentel (1943-), presentes na importante Coleção MAC – João Sattamini. Cerca de 50 obras, com técnicas variadas (vídeo, pinturas, gravuras e esculturas), farão parte da exposição. Lygia Clark e Mira Schendel foram grandes pesquisadores das relações entre imagem e geometria no Brasil, sendo que, posteriormente, suas formas saem do plano e se dirigem ao espaço. No caso de Lygia Clark, seu interesse chega mesmo à experimentação de diversos sentidos por parte do público. Enquanto isso, Geiger é uma das precursoras do abstracionismo informal no país. Posteriormente, foi conhecida por suas experimentações na gravura e no vídeo, com destaque para a forma como a palavra exerce um lugar crítico e mesmo humorístico em sua pesquisa. Por fim, Wanda Pimentel é uma artista que trabalha predominantemente com pintura, com criações de obras icônicas durante os anos 1960 e 1970 em que o corpo feminino era fundido a objetos domésticos. Além das telas e esculturas, haverá, ainda, alguns vídeos da Anna Bella Geiger um vídeo sobre a Wanda Pimentel (dirigido pelo Antonio Carlos Fontoura, de 1972).

 

 

Até 11 de novembro.

Pink lemonade de Cezar Sperinde

17/jun

A Galeria Sancovsky, Pinheiros, São Paulo, SP, inaugura a mostra “pink lemonade”, de Cezar Sperinde com curadoria de Bruno Mendonça. Nesta que é sua primeira exibição individual no Brasil, o artista brasileiro-israelense radicado em Tel Aviv apresenta trabalhos desenvolvidos recentemente em São Paulo, junto a trabalhos anteriores. A exposição “pink lemonade” traz obras em diferentes mídias como instalação, video, fotografia, serigrafia e escultura.

 

 

Cezar Sperinde parte do campo da cultura para abordar questões como identidade e gênero, além de temáticas sócio-políticas e econômicas, mas de forma bastante singular, usando de deboche – uma das principais características de sua produção. Faz parte da mostra o vídeo “Pindorama dancing palm trees” de 2014, trabalho em que o artista instalou nove palmeiras infláveis tipo “bonecão do posto” com nove metros de altura cada uma, entre as colunas de uma construção neoclássica em Londres, onde fica situada a biblioteca da University College London – UCL.

 

 

Bastante interessado por arquitetura, Cezar cria também trabalhos que dialogam de forma direta com o espaço arquitetônico, como um rodapé de mangueira de lâmpadas de Led que será instalado ao redor da galeria.

 

 

 

Sobre o artista

 

 

Cezar Sperinde nasceu em Porto Alegre, RS, em 1981. Vive e trabalha entre Tel Aviv, Londres e São Paulo. Em 2005, emigrou para Tel Aviv, Israel, onde obteve o Bacharelado em Artes Visuais com ênfase em Fotografia pela Bezalel Academy of Arts and Design. Em 2011, na graduação, foi laureado com o prêmio Laureen and Mitchell Presser Award for Excellence in Photography. Em 2012 imigrou novamente, desta vez para a Inglaterra, onde concluiu com mérito o Mestrado em Artes Visuais na renomada Slade School of Fine Arts, UCL, em Londres. Foi premiado ao concluir o mestrado com o Laureen and Mitchell Presser, Arts Directed Grant, New York. Participou de mostras coletivas em espaços institucionais e galerias em Buenos Aires, Tel Aviv, Jerusalém, Oxford, Londres e Istambul. Participou recentemente do projeto Décima residência artística no Red Bull Station, em São Paulo. Possui trabalhos na Coleção Gilberto Chateaubriand, MAM-Rio, RJ.

 

 

 

Até 18 de julho.

Dois na Galeria Laura Marsiaj

25/abr

 

O artista visual baiano Fabio Magalhães inicia seu processo criativo com a elaboração de uma cena para atender a um ato fotográfico que termina em pintura. Ele trabalha a partir da própria imagem. Fábio Magalhães foca em uma persistência poética da pintura auto referencial, buscando ressaltar condições inconcebíveis de serem retratadas senão por meio de artifícios e distorções da realidade.

 

Na série inédita “Retratos Íntimos”, apresentada na Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, composta por oito pinturas em grandes formatos, Fabio Magalhães produziu uma analogia aos sentimentos íntimos. Para construir essas metáforas visuais ele usa traqueias, línguas, carnes e vísceras. Num segundo momento amplia ou reduz as proporções para atingir seus objetivos. Em suas estratégias para elaboração das situações, algumas vezes, utiliza-se do próprio corpo, como o sangue coletado para compor uma tela. O artista utiliza desse artifício para compor uma metáfora onde o corpo é a anatomia e o sangue ilustra a obra através de seu vermelho vibrante.

 

A exposição resulta numa pintura contemporânea com recursos diversos para construir e apresentar ao público um trabalho que impressiona pelo impacto visual. Fábio Magalhães afirma que a inspiração para esta nova exposição é proveniente das suas observações do cotidiano.

 

Nascido na cidade de Tanque Novo, a 662 km de Salvador, Fábio Magalhães veio para a capital baiana estudar, e em 2001 ingressou na Escola de Belas Artes da UFBA, momento que aproveitou para experimentar várias técnicas até entender e perceber que a pintura seria a sua companheira de trabalho. Fabio foi um dos 45 artistas selecionados pelo Itaú Cultural no Programa Rumos – 2011/13, onde 1770 estavam inscritos.

 

Sala VIP no Espaço Anexo

 

 

O espaço Anexo da Galeria Laura Marsiaj vai surpreender os convidados. A artista argentina Ivana Vollaro transformou o lugar em uma “Sala VIP”, que convidará o público para passar por uma experiência clássica na rotina da vida cultural carioca. A instalação coloca em questão os espaços auto denominados exclusivos dentro de uma sociedade estratificada que cria códigos determinados, como pulseiras de todos os graus do vip e comportamentos que lidam com o super ego do indivíduo. Ivana coloca em debate o que significa estar dentro ou fora de um mesmo espaço subdividido. “Como nos movemos dentro desses espaços, por vezes delimitados por uma só simples corda?

 

Este trabalho fala sobre o absurdo dessas situações e reflete sobre a logística de ingresso e as formas de acesso a espaços tão limitados quanto desejados”, conta a artista. Cada visitante receberá uma pulseira (tem dourada e prateada), passará por seguranças e viverá todo o circuito de um “vip”. A surpresa virá quando chegar dentro do espaço. “Sala Vip” é a segunda exposição individual da artista na Galeria Laura Marsiaj e a quarta no Brasil. Em 2003 Ivana recebeu a Bolsa Antorchas para estudos no exterior e se mudou para São Paulo onde viveu até 2005. Já expôs em diversas galerias brasileiras, como no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, além de mostras realizadas pela Argentina e Canadá.

 

 

Até 18 de maio.

Casa Daros no Rio

10/abr

Após uma demorada espera, em função de obras realizadas para adaptação do espaço, a Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, iniciou atividades com a exposição coletiva “Cantos Cuentos Colombianos”. A exposição revela ao público a diversidade de pesquisas e técnicas dos artistas Doris Salcedo, Fernando Arias, José Alejandro Restrepo, Juan Manuel Echavarría, María Fernanda Cardoso, Miguel Ángel Rojas, Nadín Ospina, Oscar Muñoz, Oswaldo Macià e Rosemberg Sandoval, com obras pertencentes à Coleção Daros Latinamerica. A mostra foi apresentada inicialmente em Zurique, Suíça, em duas partes: a primeira, de outubro de 2004 a janeiro de 2005; e a segunda, de janeiro a abril de 2005, tendo sido a maior mostra de arte colombiana contemporânea já realizada na Europa. Naquela ocasião, a mostra funcionou como uma reavaliação dessa geração de artistas da arte colombiana no mundo. A curadoria é de Hans-Michael Herzog.

 

Até 08 de setembro.

Sete artistas na Almacén

25/mar

A mostra coletiva “Cor Matéria”, que a Almacén Galeria de Arte, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, exibe 25 obras de diferentes cores, texturas e formatos de sete artistas exclusivos do cast da galeria. Entre os expositores, os nomes de Cássio Lázaro, Guilherme Secchin, Herton Roitman, Luiz Badia, Silvio Baptista, Wagdy Radwan e Walter Goldfarb.

 

Pretos, brancos ou coloridos os traçados e cortes impressos nas obras dos artistas da Almacén Galeria de Arte fizeram do espaço, uma grife no mercado de arte contemporânea na cidade do Rio de Janeiro exibindo a sensibilidade de pintores, escultores e fotógrafos renomados desde 1986, ano em que foi inaugurada. A exposição atual celebra a excelência de quase três décadas no segmento. Coube ao curador Alexandre Morucci a tarefa de tornar uniforme a diversidade de estilos e formas dos sete artistas selecionados para a exposição.

 

“Ao trazer um recorte de matizes cromáticos basais, ligadas à natureza primordial da composição pictórica, podemos ressaltar o coeficiente matérico da cor, como um ponto importante de ligação entre estes artistas. Ratificados sob o aspecto matéria que a cor (cor-pigmento versus cor-luz) atua em suas obras, podem reafirmar particularidades que consolidam as identidades autônomas de suas obras” diz o curador.

 

Até 20 de abril.

Arte urbana

20/mar

 

O artista urbano Zezão abraça o Rio através de exposição individual na Athena Contemporânea, Shopping Cassino Atlântico, Rio de Janeiro, RJ. A mostra, “Lembranças de um passado Adormecido”, obedece a curadoria de Vanda Klabin. Composta de 12 obras em técnicas diversas como assemblage (colagem), em madeira (cabeceiras de camas) e pinturas. Ele explica que a cabeceira é o lugar onde as pessoas avaliam os papéis exercidos, um resgate das coisas esquecidas, dispensadas e deixadas de lado. Além de lembrar a casa, que, na psicanálise, representa a mãe. Esses objetos guardam as memórias das pessoas, por isso Zezão quis fazer intervenções nesses materiais.

 

Hoje, pode-se afirmar que a produção do artista urbano Zezão, que veio da periferia de São Paulo, está conquistando o mundo através de sua arte. Primeiro, Zezão conquistou o underground, em tampas de bueiro, escombros, prédios abandonados, becos e viadutos. Ao deixar ali seu flop, ou seja, sua marca registrada, uma assinatura em azul, chamou a atenção para um mundo urbano que muitos não querem ver.

 

Zezão já ganhou a admiração nacional e internacional: Em abril participa da Bienal do Livro em Frankfurt, onde foi convidado junto aos principais grafiteiros do Brasil (Os Gêmeos, Nunca, Speto, Onesto, Tinho e Alexandre Orion). A Bienal movimenta uma série de eventos na cidade, e como o grafite está em foco, sobretudo na Alemanha, pólo mundial de arte contemporânea, Zezão e os outros artistas farão uma grande exposição no Instituto Schirn-Kunsthalle Frankfurt e, além disso, assinarão intervenções pela cidade. Em maio Zezão vai pintar os canais de Londres, foi convidado pelo ex-curador da Tate Modern, Cedar Lewisohn, que já produziu uma série de livros sobre arte urbana, que incluem o trabalho de Zezão (Os Gêmeos na capa e Zezão na contra capa). Em junho participa do Hamburgo Wash Festival, evento de música arte, onde ano passado também foi prestigiado. Também em 2012 teve suas obras dentro de uma coletiva na Opera Gallery, em Londres e na Art Rio. Há dois anos ele foi convidado pelos galeristas Eduardo e Filipe Masini, da Athena Contemporânea, para ter seus trabalhos representados por eles.Vale lembrar que os trabalhos de Zezão, mesmo para galerias, são todos feitos com materiais como pedaços de carros velhos, bueiros abandonados, pedaços de barracos queimados e etc.

 

Até 27 de abril.

Lasar Segall no Rio

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a exposição “Lasar Segall – Percursos no papel”, com 61 obras do artista, distribuídas entre desenhos, guaches, aquarelas e gravuras. Segall é considerado um dos nomes mais importantes do Modernismo brasileiro. O acervo, pertencente ao Museu Lasar Segall de São Paulo, inclui a série dedicada à prostituição no Mangue carioca da primeira metade do século XX. Com curadoria de Adrienne Firmo, a exposição reúne trabalhos realizados sobre papel diversas técnicas, dentre elas, a gravura, explorada pelo artista em diversas modalidades como xilogravura, ponta-seca, água-forte e litogravura. A montagem foi dividida em quatro blocos temáticos, escolhidos entre os tantos que preocuparam o artista: retratos, migração, dor e regozijo, além da série dedicada à prostituição.

 

“As aquarelas e guaches, de paleta e assuntos inúmeros, retratam desde o gado do interior paulista às cenas de guerra, em grande variância colorística, como, por exemplo, as figuras obscuras da morte da série “Visões de Guerra” ou as coloridas maternidades”, explica Adrienne Firmo.

 

Desenhista e gravador incansável, Lasar Segall deixou, em sua produção sobre papel, um legado pelo qual verificam-se os trajetos do artista e de sua obra. A exposição pretende trazer os caminhos percorridos por ele, ressaltar a singularide dos aspectos formais e estilísticos, no tratamento dos temas que lhe são caros, e permitir o contato do público com sua produção de sensível humanidade e singular solução formal.

 

Sobre o artista

 

Lasar Segall nasceu em Vilna, capital da Lituânia, em 21 de julho de 1891, e morreu em São Paulo, como cidadão brasileiro, em 2 de agosto de 1957. Foi pintor, escultor e gravador. Os temas mais significativos de sua obra são as representações pictóricas do sofrimento humano, como a guerra, a perseguição aos judeus e a prostituição, com influências do impressionismo, expressionismo e modernismo.

 

Segall realizou suas primeiras exposições em São Paulo e Campinas, em 1913. O artista é considerado um dos mais representativos na história do modernismo nacional, tanto pelo assunto de suas obras de intenso cunho político e social, focadas nas questões humanas e no choque entre a solidão do indivíduo e as hostilidades do mundo exterior, quanto por sua plasticidade vigorosa e resistente, que não se deixa subjugar por seus temas, repletos de sentimentos.

 

Até 28 de abril.