CONVITE

06/abr

A Bolsa de Arte do Rio de Janeiro, Rua Rio Preto, 63, sede Jardins, São Paulo, SP, convida para a abertura da exposição do Estúdio Mameluca.

 

A exposição contará com as duas últimas coleções de design “Colecionável”. Em 2014, a Coleção “Pu#a Inspiração”, resultado de um exercício do estúdio em repensar a obra de Lygia Clark a partir do design. Em 2015, o estúdio abriu os estudos focados no movimento “Tropicalista”, contando com referências das artes visuais, representadas por Helio Oiticica, e outras de origens musicais e filosóficas.

 

Abertura : 06 de abril às 11hs.

Duração da exposição : de 06 a 23 de abril de 2016.

Coquetel : 07 de abril a partir das 15 hs.

 

 

Aguardamos vocês.

Para conhecer Benetazzo

A exposição “Antonio Benetazzo, permanências do sensível”, Centro Cultural São Paulo, Piso Flávio de Carvalho, SP, reúne cerca de 90 desenhos realizados por este artista e militante político, brutalmente assassinado pelo regime militar brasileiro em 1972. Autor de uma obra desconhecida do público, que ficou por décadas guardada nas residências de seus amigos e familiares, Benetazzo ressurge em uma mostra inédita dedicada inteiramente à sua trajetória artística, na qual, além da apresentação de seus principais trabalhos, estão presentes objetos pessoais e documentos de origem biográfica. A exposição é dividida em sete partes, nas quais revelam-se eixos temáticos e variedades estilísticas de uma obra pulsante produzida entre 1963 e 1972. A curadoria é de Reinaldo Cardenuto, uma realização da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Secretaria Municipal de Cultura e Centro Cultural São Paulo com apoio do Instituto Vladimir Herzog.

 

Haverá ainda exibição do curta-metragem “Entre imagens (intervalos)”, filme-ensaio em torno da vida e obra de Antonio Benetazzo; lançamento de um livro com textos e reproduções dos desenhos realizados pelo artista.

 

Para o crítico Silas Martí que recomenda uma visitação, “Quase desconhecida, a obra deste artista italiano radicado em São Paulo e assassinado de forma brutal por agentes da ditadura militar nos anos 1970 é alvo agora de uma grande exposição no Centro Cultural São Paulo. A mostra põe em evidência a potência de um trabalho de forte carga política e ao mesmo tempo de grande ousadia formal para a época, com um diálogo poderoso com os experimentos dos artistas pop do país, como Wesley Duke Lee”.

 

Até 29 de maio.

Ilustrações no MARGS

05/abr

Trabalhos gráficos inéditos da artista plástica Magliani encontram-se em exibição na Galeria Aldo Locatelli do MARGS, Centro Histórico, Porto Alegre, RS. Artista múltipla, Maria Lídia Magliani, Pelotas/RS, 1946 – Rio de Janeiro/RJ, 2012, foi pintora, desenhista, gravadora, escultora, ilustradora, figurinista, diagramadora, capista, figurinista, atriz e cenógrafa. O traço forte e as imagens marcantes dos desenhos de Magliani estamparam as páginas de diversos jornais brasileiros nos anos 1970 para denunciar os abusos e o sofrimento da época da ditadura militar no Brasil. A mostra apresenta 25 desenhos e dois exemplares encadernados do Jornal Versus, pertencentes à coleção de Omar de Barros L. Filho. As técnicas usadas são: desenho a nanquim sobre papel vegetal; colagem sobre papel vegetal; e técnica mista sobre papel vegetal.

 

Em um tempo em que a redação dos principais jornais brasileiros dava voz ao sentimento de indignação da população frente aos excessos da ditadura militar, era comum os editores, como no caso do Grupo Caldas Júnior, no jornal Folha da Manhã, escolherem pessoalmente quem iria dar personalidade às matérias, a partir das ilustrações. Nesse momento, Magliani entrava em cena com suas ilustrações.

 

 

Texto do jornalista Omar L. de Barros Filho

 

Magliani e eu

 

Nos últimos meses de 1976, eu vivia e trabalhava em S. Paulo como editor do jornal Versus, importante publicação cultural e política fundada pelo jornalista gaúcho Marcos Faerman. Fazia algum tempo que não encontrava com Magliani. Nossos últimos contatos pessoais ocorreram na redação da Folha da Manhã, da Caldas Jr., em Porto Alegre, onde ela atuava como ilustradora, depois promovida à diagramadora, e eu como repórter. Certo dia, Magliani surgiu do nada carregando uma carpeta plástica vermelha no velho sobrado da Rua Capote Valente, em Pinheiros, onde funcionava o Versus. Embora rápida, a visita durou o suficiente para uma conversa afetiva entre amigos que não se viam há algum tempo e também para que ela, ao final, exibisse 29 desenhos que trazia de Porto Alegre como presente, para que eu zelasse por eles e os publicasse em Versus, quando julgasse apropriado. Fiquei surpreso e feliz com a generosidade de Magliani para com o jornal, que dependia de colaborações para manter sua sobrevivência sob as perseguições e restrições impostas pela ditadura.

 

Da coleção que me foi entregue, utilizei duas peças como ilustrações em uma matéria assinada pelo repórter Percival de Souza, intitulada “A Jaula”, um ensaio sobre a violência nas prisões. Como abertura do texto publicado em duas páginas, escrevi um “olho” que dizia: “Este repórter, há muitos anos, percorre os presídios. Hoje, ele sabe que nada é impossível. Nem as histórias que conta”. Em página dupla, as duas expressivas obras de Magliani mostravam, na primeira, uma figura humana deformada, presa por uma camisa de força e cercada por rostos também disformes atrás de uma cerca de arames. A segunda delas, no alto da página, obrigava o leitor a fixar a imagem de um homem em negro e branco, do mesmo modo aprisionado, mas trespassado por pesados alfinetes cravados na cabeça, no coração e no estômago. Versus completava seu primeiro de vida. Na redação paulistana, a passagem de Magliani foi devidamente reconhecida, ilustrando as páginas mais importantes daquela edição (Versus nº 6, págs. 30 e 31, 15/10 a 15/11, 1976).

 

Em maio de 1977, Versus publicou uma quarta capa de autoria de Magliani, quase um cartaz, com a palavra “CHOQUE”,quase gigante em magenta sobre preto. A ilustração de Magliani abusava da página, encimando três brevíssimos episódios narrados pelo psiquiatra Marcondes Farias Costa, diretor do Hospital Portugal Ramalho, em Maceió. No mesmo estilo dos desenhos anteriores, Magliani retratava asperamente uma cabeça em profunda agonia e dor, coberta por fios elétricos pretensamente terapêuticos. (Versus nº 15,  pág. 44, 05/1977)

 

De lá para cá, 40 anos se passaram. Considero um privilégio que a vida me reservou manter íntegros estes trabalhos de Magliani, com exceção dos desenhos impressos em Versus que, muito provavelmente, desapareceram da redação para sempre,quando nosso jornal foi invadido e interditado pela polícia em 1979. Daquela aventura restaram osdesenhos que aqui estão reunidos e apresentados juntos pela primeira vez. São ilustrações feitas para jornais de Porto Alegre e alguns livros editados por amigos, cujos sentimentos Magliani sabia cultivar com carinho.

 

A variedade dos temas abordados por ela indicam como os editores dos jornais locais trabalhavam naquela época, os desenhos a serviço dos textos, complementando-os por encomenda: crime, polícia, economia, cidade, internacional e esporte eram as solicitações mais frequentes. Já as imagens especialmente produzidas para obras literárias, antes de tudo mostram os primeiros passos da artista e a profundidade de seu amor por aqueles que com ela dividiam suas melhores fantasias – Caio Fernando Abreu, Sergio Capparelli e outros tantos talentos que surgiram ou sumiram em coletâneas poéticas e de contos.

 

 

 

Até 15 de maio.

Rio Colors na New Creatrors

04/abr

Pela primeira vez, a Alpha’a, plataforma que tem à frente Manuela Seve e Renata Thomé, e que possibilita conexões diretas entre artistas e o público, apresenta em São Paulo, na New Creator´s, Cerqueira César, São Paulo, SP, uma exposição de artistas de sua comunidade. Esta mostra trás trabalhos de oito artistas brasileiros que colaboram com o projeto e que já tiveram os seus trabalhos selecionados e reproduzidos como múltiplos.

O grupo tem caráter heterogêneo, reúne indivíduos com formações, estilos e perspectivas diversas, como o advogado Felipe Bretz que participa de sua primeira exposição, até artistas mais experientes como Gabriela Noujaim, que participou da Bienal do Porto, Portugal, no ano passado.  No entanto, o que unifica este grupo é o talento incontestável de cada indivíduo, reconhecido não apenas por aqueles profissionais envolvidos na curadoria da exposição mas também através do voto popular.

 

O evento ocorre através de uma parceria firmada com o espaço conceito New Creators.

 

 

Sobre os artistas

 

Clara Diegues é arquiteta formada. Em 2013 começou a desenvolver outra forma de se expressar para além dos desenhos técnicos.  Com referências do ready-made e da Pop Art, seus registros do “efêmero, mutante e trivial” são a matéria prima de seu ainda recente trabalho, experimentações em constante autodescoberta.

 

Cynthia Dias é fotógrafa e ilustradora. Após passar pelo curso de História da Arte na Universidade de Coimbra, entre 2010 e 2012, se utiliza das bases firmada na artes clássicas e na cultura popular para produzir um imaginário que reflita uma visão de mundo em que o lúdico e o terreno se fundem.

 

Duca Bretz é advogado. Desde 2009 adotou a pintura “…como aparelho para desligar a mente do trabalho, após às 20h”. O dom surgiu nas reuniões de trabalho com “rabiscos” em papel. Hoje são mais de 400 obras de todo o tipo, diversificadas entre aquarela, pinturas com carvão vegetal, canetas e lápis.

 

 
Gabriela Noujaim e uma jovem artista que vem desenvolvendo o seu trabalho paulatinamente, desde o desenho, a gravura e objetos de cunho conceituais até a performance. Imagens, indumentária e força física são alguns ítens para os quais ela aponta e sobre os quais se debruça para reelaborar mensagens e resinificar as ações circenses.

Helio Mello Vianna tem uma formação multidisciplinar. Passou pelas áreas de Relações Internacionais, Produção Cultural, Cinema e é claro, Artes Visuais. Aluno bolsista da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, passou pelos programas de Fundamentação, Concepção e Desenvolvimento, dando ênfase em Pintura e Interfaces Contemporâneas.

 

Ju Martins fotografa por causa do seu desejo de congelar e eternizar momentos incríveis que a vida pode oferecer. Leva a vida sempre conectada a natureza, o que transparece na sua arte através do uso constante da luz natural. Ju Martins se diz”… apaixonada pelo abstrato, pelo movimento das coisas e pessoas e, principalmente, pelas cores fortes e contrastantes do mundo”.

 

Milton Antunes começou a se aprofundar mais e mais na fotografia, uma paixão antiga mas nunca levada a prática, após sofrer uma lesão medular quando tinha 17 anos. Hoje, quase duas décadas depois, usa o seu tempo para contemplar e refletir sobre as coisas ao seu redor, usando a sua arte para ajuda-lo a “construir (seu) castelo com as pedras que eu cat(ou) pelo caminho.”

 

Renato Wrobel é fotografo. Trabalha como freelancer para revistas e grandes empresas. Formado em jornalismo pela Universidade e em fotografia pelo Ateliê da Imagem, Escola da Imagem e London Media Academy.

 

Rodrigo Oliveira conta que é “…nascido e criado na vibrante cidade do Rio de Janeiro, desde pequeno me treinei à estar atento a tudo que acontecia ao meu redor. À partir do momento que adquiri meu primeiro aparelho fotográfico comecei a catalogar tudo que me chamava atenção. Minha missão como fotógrafo é encontrar beleza no despercebido e a compartilhar com o mundo. Aqueles momentos mágicos do dia-à-dia que são ignorados; desde as almas caridosas de pessoas à delicadeza da natureza. Tenho como missão agradecer ao Universo por ser tão generoso comigo eternizando em fotografias a magnificência de sua própria criação”.

 

 

De 02 de abril a 1º de maio.

Adriana Varejão em NY

01/abr

A partir de abril, a galeria nova iorquina Lehmann Maupin vai apresentar sua sexta exposição individual da artista brasileira Adriana Varejão. A exposição traz obras de suas duas séries mais recentes: “Kindred Spirits”, formada por 29 retratos da artista usando pinturas de rosto e ornamentações de tribos nativas mescladas com intervenções de artistas minimalistas e contemporâneos; e “Mimbres”, obras que fazem referência à cultura visual dos povos Mimbres, que habitavam o sudoeste americano no século 11. Juntos, estes trabalhos corroboram o interesse de longa data de Adriana Varejão pelos efeitos do colonialismo sobre a estética de identidade.

 

Esta exposição vem como uma continuação da individual da artista em 2015 no Dallas Contemporary, onde a artista voltou-se para a história da arte em busca de inspiração. Agora, reunindo obras destas duas séries, Adriana Varejão mostra como a abordagem dos povos nativos americanos sobre linhas, cores e formas influenciaram a arte do século 20, especialmente o Minimalismo. Ambos os corpos de trabalho tecem historias de tradições artísticas distintas para enfatizar a evolução constante e a troca de influências que moldam a cultura e a identidade.

 

Adriana Varejão e Pedro Alonzo recebem os visitantes na galeria no dia 22 de abril, a partir das 17hs, para um bate-papo com entrada gratuita e aberto ao público em geral. A exposição permanece até 19 de junho. Em seguida, o trabalho de Adriana Varejão terá um destaque especial durante os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. A reprodução de sua obra “Celacanto produz maremoto”, que lembra azulejos portugueses e está exposta em Inhotim, MG, vai revestir a fachada do Estádio Aquático, no Parque Olímpico da Barra da Tijuca.

 

Fonte: Touch of class

Artistas internacionais

31/mar

A mostra “O triunfo da cor. O pós-impressionismo: obras-primas do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie”, que chega ao CCBB de São Paulo no dia 4 de maio, exibirá telas que sairão direto das paredes do Museu d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos em Paris, e ocuparão o CCBB-SP até 07 de julho, seguindo depois para o CCBB-RJ, onde serão exibidas entre 20 de julho e 17 de outubro.

 
Serão reunidas 75 obras-primas, inéditas no Brasil, de uma geração de artistas que sucede aos impressionistas, e que recebe do crítico inglês Roger Fry a designação de pós-impressionista. São obras de artistas como Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cézanne, Seurat e Matisse, grandes mestres da pintura moderna, que promoveram uma verdadeira revolução estética por meio do uso da cor.

 

Considerado o período de transição entre o Impressionismo e o Expressionismo, o Pós-Impressionismo conecta-se ao trabalho de pintores que, entre 1880 e 1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas.

 

“O Triunfo da Cor” se organiza em quatro módulos: “A cor científica”; “No núcleo misterioso do pensamento. Gauguin e a Escola de Pont-Aven”; “Os Nabis, profetas de uma nova arte”; e “A cor em liberdade”.

 

A entrada é gratuita e o acesso poderá ser agendado pelo aplicativo do CCBB, com o objetivo de evitar filas e aprimorar a experiência da visita.

 

Fonte: Touch of class

Projetos de Alan Fontes

30/mar

Os trabalhos de Alan Fontes entram em exibição na Sala A do CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJ. O projeto de Alan Fontes, artista mineiro, foi contemplado pelo Prêmio CCBB Contemporâneo tem como tema a paisagem do Rio de Janeiro, contrapondo vistas de satélite com seu olhar da cidade, onde passou dois meses para criar a instalação “Poética de uma Paisagem – Memória em Mutação”, composta por pinturas e objetos.

 

Definida por Alan Fontes como “instalação pictórica”, a exposição parte de uma visão aérea (satélite) do segmento do centro histórico do Rio onde está o CCBB. Panoramas dessa área captadas digitalmente foram reproduzidas em cinco pinturas – óleo e encáustica sobre tela: a maior de  500 x 300cm e a menor, 70 x 90cm.

 

A pintura maior é baseada em uma imagem do Google Earth de 2009 da Praça XV e Candelária. O artista quis reproduzir essa paisagem que hoje já não é mais a mesma para levar o espectador a perceber a velocidade da passagem do tempo. Em outra tela, a Ilha Fiscal aparece distante de forma fictícia do continente, como parte de uma paisagem que se afasta e se perde. O Palácio Monroe, inaugurado em 1906 e demolido em 1976, também no centro do Rio, aparece em outra pintura, como exemplo da administração do planejamento urbano através das décadas. Completando o conjunto, duas pinturas de casas em estágio de demolição foram baseadas em fotos e desenhos feitos por Fontes durante sua residência artística no ateliê temporário na Fábrica Behring em 2015.

 

“Poética de uma Paisagem – Memória em Mutação” tem ainda itens achados e colecionados  durante os dois meses em que o artista andou pela cidade, como um sofá modernista, porta-retratos e molduras vazios, tapetes, um cabideiro, um aparelho de telefone,  azulejos copiados dos modelos hidráulicos da tradicional Confeitaria Colombo e um papel de parede geométrico, todos pintados de cinza, tirando-lhe a vida. “É como se “uma ‘morte’ ocorresse fora do campo pictórico”, define o artista.

 

O espaço expositivo está ocupado com o conjunto da pesquisa plástica realizada, contrastando duas formas de contato com a paisagem: o contato distanciado, possibilitado pelas ferramentas tecnológicas, e o contato vivenciado pelo sujeito estrangeiro que experimenta habitar um novo espaço urbano e criar uma forma particular de entendimento do novo contexto, na sua configuração histórica e nas suas regras cotidianas.

 

Bernardo Mosqueira, autor do texto de apresentação da mostra, resume: “… somos lembrados por Alan Fontes de que é preciso aprender constantemente formas originais de enxergar e de que tudo que há no mundo é capaz de produzir sentido para auxiliar a nos localizar no espaço e no tempo.”

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em Belo Horizonte, MG, em 1980, Alan Fontes  vive e trabalha na capital mineira. É graduado em Belas Artes, com habilitação em pintura, pela UFMG e Mestre em Artes Visuais pela mesma instituição. Entre suas principais mostras individuais estão “Sobre Incertas Casas”, na Galeria Emma Thomas, São Paulo, 2015, “Desconstruções”, na Baró Galeria, São Paulo, 2014,  “La foule”, na Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, 2012, “Sweet Lands”, na Galeria de Arte Celma Albuquerque, Belo Horizonte, 2011 e “A Casa”, no Paço das Artes, São Paulo, 2008.

 

Participou de coletivas como Premiados Feira Internacional ArtRio, RJ, 2013, 10a Temporada de Exposições do MARP, Ribeirão Preto, SP, 2012, “Breve Panorama da Pintura Contemporânea em Minas Gerais”, Ouro Preto, 2010 e  “Pictórica”, Palácio das Artes, BH, 2006. Fez residências artísticas em “Pintura Além da Pintura” do CEIA, BH, 2006), 5ª Edição do Programa Bolsa Pampulha, Belo Horizonte, 2013 e Residência Baró, São Paulo, 2014, Recebeu o 1º Prêmio Foco Bradesco/ArtRio 2013, a Bolsa Pampulha 5ª edição em 2014 e o Prêmio CCBB Contemporâneo 2015.

 

Com patrocínio da BB Seguridade, a mostra abre na terça-feira, 5 de abril, às 19h30.

 

 

 De 06 de abril a 09 de maio.

 

 

 

Sobre o Prêmio CCBB Contemporâneo

 

O edital anual do Centro Cultural Banco do Brasil de 2014 inclui, pela primeira vez, um prêmio para as artes visuais. É o Prêmio CCBB Contemporâneo, patrocinado pela BB Seguridade, que contemplou 10 projetos de exposição, entre 1.823 inscritos de todo o país, para ocupar a Sala A do CCBB Rio de Janeiro.

O Prêmio é um desdobramento do projeto Sala A Contemporânea, que surgiu de um desejo da instituição em sedimentar esse espaço para a arte contemporânea brasileira. Idealizado pelo CCBB em parceria com o produtor Mauro Saraiva, o projeto Sala A Contemporânea realizou, entre 2010 e 2013, 15 individuais de artistas ascendentes de várias regiões do país.

 

A série de exposições inéditas, em dez individuais, começou com grupo carioca Chelpa Ferro, seguido das individuais de Fernando Limberger, Vicente de Mello, Jaime Lauriano, Carla Chaim, Ricardo Villa, Flávia Bertinato, Depois de Alan Fontes, virá Ana Hupe e Floriano Romano, até julho de 2016.

 

Entre 2010 e 2013, o projeto que precedeu o Prêmio realizou na Sala A Contemporânea exposições de Mariana Manhães, Matheus Rocha Pitta, Ana Holck, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta, Marilá Dardot, José Rufino, do coletivo Opavivará, Gisela Motta&Leandro Lima, Fernando Lindote, da dupla Daniel Acosta e Daniel Murgel, Cinthia Marcelle, e a coletiva, sob curadoria de Clarissa Diniz.

Baravelli, Os Sentidos

A Galeria Marcelo Guarnieri, Jardim Paulista, São Paulo, SP, apresenta “Os Sentidos”, exposição individual do artista Luiz Paulo Baravelli. Após exibir em 2015 uma série de exposições retrospectivas – “Objeto versus espaço, abstração versus empatia” no Instituto Figueiredo Ferraz e outras duas individuais nas unidades da galeria de São Paulo e Ribeirão Preto, o artista retorna ao espaço de São Paulo e apresenta uma terceira exposição com trabalhos produzidos nos últimos seis meses. Com esse método, a galeria cria um arco histórico que acompanha a produção do artista por um período mais estendido, tentando entender cada época e contexto. O que ficou perdido e que pode ser encontrado, o que não foi executado e pode ser encenado, o que foi descartado e que pode ser resgatado.

 

Na atual exposição, Baravelli não retoma o que foi produzido no começo da década de 1980 – já que a produção é um parente distante e mais novo das obras produzidas para a Bienal de Veneza de 1984 e para a individual no mesmo ano da Galeria São Paulo. O que se apresenta é um pulo de 31 anos, o que ficou para trás e o que só agora faz sentido.

 

As caras de Baravelli não possuem corpos, são autônomas e vivem dentro de sua lógica. Sem corpo a cabeça pode escolher a perna que bem entender, o pé que achar mais interessante, a vida que quiser seguir. Essa lógica se estende a construção das obras – materiais dos mais diversos usos – tinta acrílica, encáustica, crayon, esmalte e goma-laca. Os materiais são utilizados sobre compensado recortado, as curvas dos trabalhos sugerem as imagens que são completadas pela pintura – uma mão que é cabelo e um cabelo que também é mão.

 

A escala dos trabalhos é algo fundamental, um rosto sem corpo que encara o espectador impondo uma presença intimidadora – a escala é maior que o corpo humano. Tem algo aí que não segue uma lógica linear. São apresentados 8 trabalhos na dimensão de 220 x 160 cm e uma série de desenhos-estudos que serviram de apoio para a construção dos trabalhos da atual mostra.

 

Perguntamos a Baravelli se ele gostaria de fazer o texto de sua própria exposição – já que por muitos anos o artista escreveu de forma disciplinar – ele enviou o seguinte texto:

 

“Perguntei certa vez a um estudante de Filosofia: ‘Como eles tratam da questão da arte na sua faculdade?’

 

A resposta:

 
“Não tratam – na filosofia não há lugar para o sensível.”

Não sei se ele estava certo, mas na hora e desde então, fiquei com uma sensação boa de estar todos os dias funcionando além de um limite.”

Depois disso perguntamos se ele podia nos explicar melhor o contexto e o que queria de fato dizer com esse excerto, ele nos respondeu utilizando-se de uma charada.

Sabemos que o universo de Baravelli é um lugar habitado por muitos outros seres e referências: recortes de jornais, História da Arte, humor, trabalho constante, uniforme, madrugadas etc etc etc. Tudo forma uma grande cena, um mundo vivido à parte e construído pelo próprio artista. As obras atuais funcionam como um resumo desses personagens: uma mulher recém-casada, um Armênio, um rapaz azul, uma jovem senhora, um estrangeiro, um turista, um padeiro e um ser rosado de difícil identificação.

 

Sobre o artista

 

Nascido em 1942 na cidade de São Paulo, SP, onde vive e trabalha, Luiz Paulo Baravelli estudou arquitetura na FAU-USP, desenho e pintura na Fundação Armando Álvares Penteado e mais tarde, com o pintor Wesley Duke Lee, o qual exerceu grande influência em sua carreira. Sempre explorou diversos materiais e técnicas em suas obras as quais frequentemente aparecem em “suportes não-suportes” com formatos irregulares (recortes) e se transfiguram como a própria natureza humana e a natureza das coisas em geral. São imagens-objeto. Aborda um “consciente virtual” que mistura impulsos humanos, espaço, tempo e referências culturais e se torna uma representação que desafia a realidade aparente, uma mise en scène da sociedade contemporânea ao estilo do artista.

 

De 02 de abril a 21 de maio.

Projeto Parede – MAM/SP

28/mar

Para o “Projeto Parede” do primeiro semestre de 2016, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, Parque do Ibirapuera, São paulo, SP, convidou o artista Nicolás Robbio, que apresenta a instalação “Ciclos”, concebida especialmente para ocupar o corredor de acesso entre o saguão de entrada do público e a Grande Sala do museu.  O trabalho consiste numa instalação feita com canos de água, uma pia e uma bomba hidráulica, que formam um circuito hídrico ao longo do corredor. O objetivo da obra é criar uma metáfora com o uso e reuso da água ao reproduzir um circuito em pequena escala, mas que faz pensar sobre todo um grande sistema que também abrange outras esferas como a econômica, política e social.

 

No processo de concepção de Ciclos, litros de água caem na pia e escorrem pelo ralo para entrar novamente no circuito, sendo reenviado à torneira pela bomba d´água. Todo processo é mostrado claramente para os visitantes e exibido no corredor em que se encontram os sanitários públicos do museu, aumentando a reflexão sobre o consumo. Na obra, o elemento em movimento não pode ser consumido, pois o sistema de canalização não permite que o líquido se regenere, como aconteceria num sistema aberto. Também fazem parte do esquema um motor que consume energia para circular a água, e um relógio que contabiliza as voltas ou consumo.

 

“O projeto faz parte de uma série de trabalhos que examina normas e preceitos existentes para questionar o funcionamento de sistemas enraizados que o nosso cotidiano nem enxerga ou encara como natural”, afirma Nicolás Robbio. A instalação pode ser vista como um sistema reduzido em escala, uma espécie de maquete experimental para que o público entenda melhor a engrenagem de um aparelhamento muito maior. “Creio que a obra seja como uma pequena célula que permite pensar no organismo todo, o que faz com que o público veja com lupa o círculo redundante e questione sistemas habituais em diferentes instâncias, mas que se tornam intrínsecas ao questionar sistemas das áreas política, social e econômica, ” conclui.

 

Segundo o artista, a obra ainda traz à tona outros questionamentos como: quando começamos a pagar pela água e pela energia que movimenta o circuito hídrico? Por que o sistema que abastece alguns bairros não funciona em outros? Por que não são criadas outras formas para captação de novos recursos? E, por fim, por que parece que se fatura mais na falta d’água do que na abundância? O objetivo do artista é indagar sobre o uso da água como negócio, além de elemento de subsistência, refletindo sobre quem lucra com a necessidade de muitos. “Será que o problema da água começou com a utilização do relógio de consumo? Analisar sistemas em pequena escala permite ver o problema também de forma macro para tentarmos entender e repensar nos sistemas atuais, ” esclarece Robbio.

 

 

Até 05 de junho.

Mostra em Joinville

O Museu de Arte de Joinville, SC, apresenta a exposição individual “Cosmos”, do artista visual Carlos Wladimirsky. A mostra é constituída de quinze desenhos de pequenas dimensões aproximadas de 28 x 38 cm, em técnica mista sobre papel de algodão. Os desenhos, produzidos em 2015, são resultado de dezenas de diluições de pigmentos e gestos gráficos, com o uso de técnicas do desenho com aquarela, giz, pastel seco e guache, gerando uma veladura. Esta superposição de aguadas criam imagens que remetem a um mundo sideral e cósmico com formas abstratas em contínua transformação.

 

Serão apresentados também ao público, quatro vídeos que abordam os processos de criação do artista, seu ateliê e a performance “Cosmos, Parada 547”; realizada na Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, RS, em 2014. A performance tem roteiro e direção de Carlos Wladimirsky. O artista estará presente na abertura da exposição e conversará com o público.

 

Sobre o artista

 

Carlos Wladimirsky nasceu em 1956, em Porto Alegre, RS, vive e trabalha na mesma cidade. Foi integrante do “Espaço NO” de 1979 a 1982, grupo pioneiro e de relevante importância para as artes visuais e a contemporaneidade gaúcha. Dedicou-se inicialmente ao teatro, ao cinema experimental e às performances e, nos anos 80, ao desenho e à pintura. Em 1990 fez viagem de residência artística a Portugal e entrou em contato com a pintura de Maria Helena Vieira da Silva e com a joalheria de René Lalique, iniciando trabalhos com joias em prata, e pedras brutas semipreciosas. Wladimirsky iniciou em 2002, sua pesquisa com cerâmica, produzindo pratos, bowls e máscaras esmaltadas que têm configurações enraizadas em suas investigações com o desenho. Em cerca de 40 anos de carreira realizou diversas exposições entre as quais “Desenhos” no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, 1981; “Artistas Gaúchos Contemporâneos”, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP, 1981; “OS NOVOS”, Espaço Cultural Yázigi”, curadoria de Renato Rosa, 1983; “Panorama da Arte Atual Brasileira”, MAM, SP, 1984; Projeto Macunaíma, FUNARTE, RJ, 1985; “Velha Mania – o Desenho Brasileiro”, EAV- Parque Lage, RJ, 1985; Trienal de Desenho de Nuremberg – Alemanha, 1985; “Desenho Contemporâneo Brasileiro”, INAP, Funarte, RJ, 1988. Lançou em 2009 livro sobre sua obra organizado por Mário Röhnelt.

 

Até 1º de maio.