CONVERSA COM O PÚBLICO

11/jun

Regina de Paula

A artista Regina de Paula e a psicanalista Tania Rivera recebem o público na Sala de Leitura para uma conversa sobre a exposição “Miragens”. A exposição encontra-se em cartaz no Cofre da Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ. “Miragens” remete ao efeito ótico que ocorre nas paisagens desérticas e dá a falsa impressão da visão de um lençol d’água onde os objetos se acham refletidos. Alude também à visão fantástica e enganosa.

 

Regina de Paula ocupa o Cofre da Casa França Brasil com uma imensa quantidade de areia, contida por uma placa de acrílico, com a altura de 1,45m, que acompanha o movimento de abertura da porta para o interior do cofre. Ao adentrar a ocupação da artista neste espaço confinado, que possibilita a contemplação a apenas uma pessoa por vez, o espectador se depara com uma superfície quase plana de areia, limitada por paredes que quase podemos tocar. Em lugar do efeito ótico, a obra se abre à imaginação. A matéria (areia) integra a poética da artista ao fazer referência à paisagem da cidade, mais especificamente ao bairro de Copacabana, onde Regina de Paula vive desde a infância. É a partir de sua experiência nos lugares que a artista elabora seus trabalhos – que se desdobram em fotografias, vídeos, desenhos e instalações.

 

Data e local: 13 de junho, às 18h30 – Sala de Leitura, Casa França-Brasil.

PAULO PASTA NA GALERIA MILLAN

29/mai

Em sua segunda exposição individual na Galeria Millan, Vila Madalena, São Paulo, SP, o pintor Paulo Pasta apresenta oito pinturas a óleo sobre tela em grandes formatos. Todas as obras em exposição foram reaizadas entre 2011 e 2012. A presente exibição do artista pode ser considerada uma espécie de desdobramento da individual realizada no Centro Universitário Maria Antonia em 2011. O pintor segue com as mesmas indagações em tema e cor: a indeterminação do espaço como centro de seus trabalhos e a criação dos mesmos a partir de áreas de cor que infiltram-se umas dentro das outras, “…sem deixar claro o que envolve e o que é envolvido”.

 

De 31 de maio a 30 de junho.

MOSTRAS INDIVIDUAIS NA ANITA SCHWARTZ

22/mai

A Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, inaugura duas exposições. No térreo, apresenta Wagner Morales e no terceiro andar, Fernanda Quinderé. No grande espaço de 200 metros quadrados com pé direito de mais de sete metros, será apresentada a exposição “Dual Overdrive”, com obras inéditas de Wagner Morales, que divide seu tempo entre São Paulo e Paris, onde já expôs no Palais de Tokyo, no Centre Pompidou e na Fondation d’Entreprise Ricard. Seu trabalho já foi visto também em Helsinque, Londres e Nova York. Para esta mostra, o artista apresenta uma instalação composta por dois outdoors que medem 9m x 6m cada um, uma instalação sonora e dois conjuntos de fotos. Os dois outdoors, construídos em madeira e com suas superfícies iluminadas, encontram-se virados para as paredes da galeria, diz o artista: “…como se fossem duas pessoas de castigo, de costas uma para a outra”. Complementa a instalação uma série de fotografias de lugares e objetos captadas durante caminhadas em arredores de estradas vicinais. No chão da sala estará o trabalho “Estudo de balística”, composto por uma série de fotografias, em pequenos formatos. Na pequena sala que fica na entrada da galeria, Wagner Morales exibe a obra “Joker”, de 2012, um registro dos pôsteres de propaganda política da eleição presidencial da França, realizado em colaboração com sua mulher, Beatriz Toledo.

 

No terceiro andar da galeria, a exposição individual de Fernanda Quinderé, composta de trabalhos inéditos, feitos especialmente para esta exposição. Em sua terceira exposição individual, a artista brasiliense de nascimento, mas residente no Rio de Janeiro, apresenta sete obras, feitas a partir das novas tecnologias de criação e impressão. Fernanda Quinderé explica o método: “É pintura, mas não é pintura. Fica no meio. Pode ser reproduzível em cópias, mas também não é fotografia. O processo de decodificação dessas composições são desafios para o cérebro”.

 

Até 30 de junho.

A GENTIL CARIOCA EXIBE RODRIGO TORRES

17/mai

Chama-se “Sensor” a mostra que Rodrigo Torres, exibe na galeria A Gentil Carioca, Centro, Rio de Janeiro, RJ. O artista fala sobre seu trabalho: “…Para essa exposição defini como fio condutor a antecipação da experiência visual de estar em um lugar, o registro fotográfico dessa experiência e a posterior insersão na rede de memória coletiva, a qual antecipa a experiência do próximo. “Sensor” também é o título da instalação apresentada na exposição de mesmo nome, formada a partir de uma única fotografia fragmentada e reposicionada no espaço, tendo como critério a sensação de profundidade. O projeto foi inspirado no aparelho Kinnect que é usado em conjunto com o video-game xbox 360. Esse aparelho possui, dentre outras funcionalidades, um sensor que escaneia o espaço a sua frente e percebe a profundidade, possibilitando o mapeamento tridimensional. No meu jogo, uso o meu sistema sensorial para manipular a sensação de profundiade da fotografia”.

 

Nesta edição haverá o lançamento da Camisa-Educação n°44 criada pelo artista Fabiano Araruna e “Entregue as Moscas”, livro/obra do Grupo Acidum. O livro é um mosaico, um caleidoscópio onde se expõe um mix de imagens, textos, registros de produção de obras, exposições e ações urbanas além de parcerias com diversos artistas, e outras experimentações realizadas por um dos coletivos mais significativos do nordeste em sua primeira fase de cinco anos de atividades. A obra conta ainda com textos poéticos, curatoriais, sentidos e informativos de nomes como Gerald Porter, Herbert Rolim, Jared Domício, Júnior Pimenta, Kennedy Saldanha, Luíza Interlenghi, Sérgio Franco e Uirá dos Reis.

 

De 02 de junho a 14 de julho.

TELAS INÉDITAS DE PAULO LAPORT

16/mai

Após uma temporada de 10 anos sem expor no Rio de Janeiro, Paulo Laport abre exposição que inclui apenas trabalhos inéditos na Galeria Marcia Barrozo do Amaral, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. O artista selecionou oito pinturas, todas óleo sobre tela, nas quais predomina, por trás da aparência cinzenta, uma rica variação de luminosidade. Ao observar as obras com mais atenção, percebe-se que este cinzento contém inúmeras cores dentro dele, fruto das seguidas investidas do artista sobre a tela. “A aparente simplicidade e neutralidade tanto da cor quanto da pincelada são, na verdade, a solicitação de um olhar mais detido da parte do visitante”, comenta Paulo. Só demoradamente a pintura revela as inúmeras nuances retidas nas pinceladas sistemáticas e repetidas, numa trama de horizontais e verticais, seu trabalho é a indagação permanente sobre os limites e avanços ainda buscados nesta linguagem que parecia ter chegado ao seu limite na arte moderna. O artista parte destes limites atribuídos à pintura moderna para testar cada uma de suas variáveis: escala, materialidade, presença, objetualidade, espacialidade. Para o historiador e crítico Guilherme Bueno, o acinzentado das obras expostas está para a pintura de Paulo “…como o azulado para Cézanne”. Entre as principais exposições do artista estão as da Galerie Gerard Leroy, Paris, Galerie Lehmann, Lausanne e no Paço Imperial, Rio de Janeiro. Laport também já participou de diversas coletivas e feiras nacionais e internacionais incluindo a SP Arte, Bienal de Gravura Latino-Americana, Porto Rico; Bienal Italo-Latino-Americana di tecniche grafiche, Roma; Trienal Latino-Americana del Grabado, Buenos Aires e Bienal Internacional de Arte, Chile, entre outras.

Até 09 de junho.

BOLTANSKI NO RIO

14/mai

A Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, exibe a primeira mostra de Christian Boltanski no país. Trata-se de “CHANCE”, exposição que o artista apresentou no Pavilhão Francês da Bienal de Veneza de 2011. Boltanski é um dos mais conceituados artistas da atualidade. Artista plástico francês, autodidata, nascido em 1944, combina a pintura, a mail-arte, o cinema, o vídeo, a performance, a instalação e a fotografia. Artista emblemático da arte experimental das últimas décadas, pondo constantemente em causa os parâmetros tradicionais da obra de arte. O artista utiliza como tema a sua vida pessoal (verdadeira ou reinventada), a memória, a identidade, a ausência, a perda e a morte. Boltanski utiliza acontecimentos e fatos históricos para compor o que ele considera o embate entre o bem o mal, o certo e o errado, o moral e o imoral. A atmosfera ambígua de “Chance” evidencia-se desde o título da exposição. “Chance”, em francês, tem uma conotação claramente positiva, de sorte e fortuna; na língua inglesa, porém, a palavra vem lembrar ao espectador que o acaso não pode existir sem a dimensão do risco. Em português, o título devolve à obra o seu sentido original – de oportunidade, de convite à reflexão sobre a existência, de um ponto de vista menos sombrio que seus trabalhos habituais. Esta readaptação do título no contexto lusófono é altamente simbólica para uma obra que tem por natureza a capacidade de se reinventar em cada nova montagem. Como destaca Jean-Hubert Martin, curador de sua primeira versão no pavilhão francês na 54ª Bienal de Veneza, ” a ambiguidade é a marca desse trabalho”.

Até 08 de julho.

ANTONY GORMLEY NO BRASIL

13/mai

O CCBB, Centro, São Paulo, SP, exibe 11 esculturas, vídeos, maquetes e fotografias de Antony Gormley, um dos mais fascinantes nomes da cena contemporânea internacional. O escultor britânico Antony Gormley esculpiu figuras humanas a partir da modelagem do próprio corpo. Agora, elas serão instaladas no Vale do Anhangabaú, São Paulo, como parte integrante de “Corpos Presentes – Still Being”, a primeira exposição individual do artista no Brasil. Antony Gormley é um dos mais célebres e conceituados escultores em atividade. Seus trabalhos exploram a relação do corpo humano com os espaços que ele habita, criando desde esculturas intimistas até megainstalações em escala monumental. A curadoria é de Marcello Dantas. Em concreto, aço inoxidável, alumínio, borracha, arame, terracota, ou até pão e cera, os supercorpos construídos por Antony Gormley são maneiras diversas de pensar as relações do homem com a Arquitetura. Depois, a exposição seguirá para o Rio de Janeiro e Brasília. Na capital paulista, estará aberta no mesmo período, “Fatos e Sistemas – Facts and Systems”, à rua Rua Agostinho Rodrigues Filho, 550, Vila Clementino, para a qual o artista desenvolveu 8 trabalhos inéditos.

Até 15 de julho.

RICARDO BECKER NA LAURA ALVIM

10/mai

Ricardo Becker, com a exposição “Projeto cisco”, abre a programação 2012 da Galeria Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. A mostra agrupa  esculturas e vídeo inéditos e a curadoria é de Fernando Cocchiarale. “Projeto cisco” baseia-se no mais invisível dos elementos: o ar. O artista se propõe a ultrapassar a fronteira de tornar visível o vento. O curador considera o título sugestivo e argumenta: “- Ciscos estão à solta e o vento pronto para levá-los aos nossos olhos. Talvez eles sejam uma das poucas maneiras de ver o vento – ainda assim, por meio de seu efeito mais incômodo, posto que compromete o ato indicial que negativamente evoca….”. A exposição começa com o vídeo de um areal, sobre o qual o vento produz desenhos. Ainda na mesma sala, um espelho gira em alta velocidade, de forma que, a imagem do espectador sofre a deformação como se ele estivesse em uma situação de ventania ou descendo de paraquedas. O próximo trabalho é uma grande escultura penetrável, de 10 metros de comprimento, que serpenteia entre duas salas da galeria. Mais duas esculturas completam a exposição. Ricardo Becker é professor do Núcleo de Escultura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

Até 17 de junho.

PINTURAS DE CRISTINA CANALE

27/abr

Cenas cotidianas ou fragmentos delas serviram de inspiração para os onze trabalhos inéditos de Cristina Canale, na mostra “Pars Pro Toto”, do latim: “Parte pelo todo”, em cartaz na Galeria Silvia Cintra + Box4, Gávea, Rio de Janeiro. Com traços bastante singulares, onde os elementos figurativos aparecem sempre à beira de uma iminente dissolução na abstração, a artista levou um ano para concluir este projeto. As seis pinturas em técnica mista sobre tela reúnem uma ampla variedade de cores, e ilustram momentos do cotidiano. “Mostro imagens fragmentadas, como no caso da raposinha, de “Good Bye Lógica”; cenas de um ângulo que indicam uma narrativa, como nas telas “Desfile” e “Par”; ou a figura que se funde no contexto, como o vestido da menina em “Mimetismo”, explica a artista. Ainda completam a exposição cinco obras sobre papel, todas feitas com a técnica touché, em que a artista utiliza nanquim colorido. Nestes trabalhos, ela joga com a ideia de ausência e presença, visível e invisível. “Os papeis dialogam com as pinturas, mas propõe uma outra sensibilidade de material e forma de lidar com a imagem”, diz a artista. Cristina Canale é formada em desenho e pintura pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Sua primeira participação em exposições foi em 1984, na coletiva “Como Vai Você, Geração 80?”.  A partir desta mostra ela passou a fazer parte de um dos núcleos mais consistentes e conhecidos da retomada da pintura no Brasil. Em 1991 recebeu o Prêmio Governador do Estado, na XXI Bienal Internacional de São Paulo. Cristina Canale mudou-se para a Alemanha em meados da década de 1990, onde estudou na Academia de Artes de Düsseldorf sob a orientação do artista conceitual holandês Jan Dibbets. Entre as exposições mais recentes no Brasil, estão as individuais no Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, em 2007, e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, em 2010, além da participação na Bienal de Curitiba, em 2011.

Até 18 de maio.

AS CORES VIBRANTES DE TOZ

23/abr

Seleção Natural - Toz

A nova exposição individual de Toz, ” Vendedor de Alegrias “, encontra-se em exibição na Movimento Arte Contemporânea, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. Na fase atual, o artista abre um novo caminho – mais diurno -, e com isso, surge o personagem “Vendedor de Alegrias”, mais leve e colorido. Exibidas em primeira mão, serão ao todo sete telas em grande formato e ainda, uma instalação com um boneco, que representa o novo personagem, em tamanho natural todo feito de tecidos estampados e lisos costurados. A instalação também conta com bolas presas por uma rede, tal como o vendedor de rua faz. Segundo a crítica e curadora da mostra Isabel Portella, a nova fase do Toz tem ares festivos. ” Seu novo trabalho é alegre e pede um olhar menos coloquial”, observa a curadora, que também assina o texto da exposição. “Vendedor de Alegrias”, que é inspirado nos vendedores de bolas muito encontrados nas ruas cariocas. Nessa mostra, a intenção é mostrar o novo personagem numa linguagem quase que “tridimensional” onde Toz utiliza o tradicional spray e, continua com a sua incansável pesquisa de materiais investindo no glitter, purpurina e na tinta acrílica para caracterizá-lo. O novo personagem tem momentos “meditativos” como é o caso da tela ” Super Proteção” e pode levar o visitante para dentro de seu mundo, como o trabalho ” Seleção Natural “. A criação desse novo personagem marca o início de uma nova etapa na obra de Tomaz Viana, que passa a trabalhar com novos padrões que dão ao seu trabalho uma linguagem mais artística, autoral e cada vez menos “grafiteira” com uma nova cartela de cores mais vibrantes.

Até 05 de maio.