INDIVIDUAL DE ALEX TOPINI

19/abr

A Cosmocopa Arte Contemporânea, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, abre a exposição “A VENDA”, individual do artista Alex Topini que articula “…imagens com palavras, expressões e símbolos da cultura visual de massa, …cria jogos e associações, agindo criticamente sobre os processos de recepção e circulação da arte enquanto mercadoria”. Na exposição “A VENDA”, o artista apresenta trabalhos que “…tem como eixo poético a intervenção crítica na economia política da arte, investigando as relações entre arte e vida, os limites entre entre o colecionismo e o consumo, entre objeto e produto”.

A exposição ficará em cartaz de 22 de abril a 22 de maio.

BARRIO EM PORTUGAL

17/abr

Artur Barrio regressa ao Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, Portugal, com a exposição “… navegações/divagações … por entre escolhos  e baixios…”. Barrio usará a sala central do Museu de Serralves, reinventando-a com um novo projeto  especificamente concebido para este espaço, transformando-a ao longo de várias semanas, antes e depois da sua abertura ao público.

A obra de Barrio surpreende pelo modo como o artista constrói situações efêmeras onde a experiência da vida e da arte se cruzam na subversão  do lugar de apresentação da obra de arte e no desafio à condição do espectador. Este vê-se provocado a abandonar a sua passividade e a  descobrir e a interpretar cada projeto do artista como uma experiência física e conceitual, que ampliará a sua percepção e conhecimento do mundo.  Em muitos projetos de Barrio, materiais orgânicos perecíveis como o pão, o peixe, a carne, o vinho, a água e o café são combinados com textos,  desenhos e fotografias na proposição de novas experiências do sensível e do cognoscível. O lugar, o tempo e os discursos da arte são muitas vezes objeto de crítica nos trabalhos do artista, quando desvinculados de uma experiência humana do mundo que conjugue de modo singular a  simplicidade dos elementos e a complexidade das ideias. O artista tem desenvolvido um modo muito pessoal de documentar as suas  ações e situações através de registos como o texto, a fotografia, o livro de artista, o filme ou o vídeo. Essa relação muito particular entre o registo e a  situação que o origina tem vindo a ser reconhecida em múltiplas exposições internacionais onde o seu trabalho tem sido apresentado.  Sendo um dos protagonistas de um contexto artístico que, no Brasil, contribuiu decisivamente para uma crítica do modernismo e uma redefinição  da obra de arte, a obra de Barrio tem sido divulgada internacionalmente, desde a célebre exposição “Information”, que o MoMA, Nova Iorque, apresentou em  1970, até recentes participações na XI Documenta de Kassel em 2002, na 29ª Bienal de São Paulo, 2010, ou na 54ª Bienal de Veneza,  2011, onde representou o Brasil. O Ministério da Cultura de Espanha agraciou-o em 2011 com o Prêmio Velásquez, pela sua “poética radical”, na  qual se verifica “a aparição de uma beleza inesperada”. O regresso de Artur Barrio a Serralves constitui também um regresso  à apresentação do seu trabalho no Porto, cidade onde nasceu a 1 de fevereiro de 1945. Entre Portugal e o Brasil, entre a Europa e a América do  Sul, a vida e a obra de Artur Barrio conjugam também a errância, a viagem, o oceano e a constante redescoberta de si e dos outros, por quem é muitas vezes visto como português no Brasil ou como brasileiro em Portugal. O Museu de Serralves tem, desde a exposição “Regist(R)os”, realizada  em 2000, até hoje, continuado a trabalhar com o artista, desde o projeto gorado de uma viagem de navegação entre o Rio de Janeiro e o Porto até “… navegações/divagações … por entre escolhos e baixios…”. Por ocasião desta exposição, será publicado um novo livro que a  documentará, realizado em colaboração com Artur Barrio e Cristina Motta, com textos da autoria do próprio artista, assim como de Moacir dos Anjos,  Óscar Faria e João Fernandes.

Até 01 de julho.

JOSÉ DAMASCENO EM SÃO PAULO

11/abr

Chama-se “Storyboard” a exposição que José Damasceno apresenta no Centro Cultural São Paulo, Piso Caio Graco – Sala Tarsila do Amaral,  Paraíso, São Paulo, SP. Foram reunidos cerca de 20 trabalhos do artista, distribuídos em técnicas diversas como fotografias, desenhos e objetos tridimensionais realizados de 1989 a 2011. A seleção constitui uma visão “…inédita e abrangente do desenvolvimento dessa obra a fim de ressaltar os modos como o artista sugere uma ação ou um acontecimento, em processos de repetição e acumulação de materiais e formas”. A mostra é a segunda do ciclo Monográficas, dedicadas a pensar a produção de arte no Brasil nos últimos 30 anos. Destacam-se os trabalhos “Cinemagma”, “Parábola”, “Organograma” e “Cartograma”, obra exposta na edição de 2007 da Bienal Internacional de Veneza. A curadoria é de José Augusto Ribeiro.

Até 27 de maio.

O SILÊNCIO EM STELLA

10/abr

A exposição “… e quem te escuta é o silêncio”, de Stella Da Poian, artista bastante singular e de carreira consistente, entra em cartaz na Galeria de Arte Maria de Lourdes Mendes de Almeida, Universidade Cândido Mendes, Ipanema, a convite do curador Paulo Sérgio Duarte, um admirador de sua trajetória. A artista apresenta 15 trabalhos a óleo, alguns de grandes dimensões, marcados por uma técnica expressiva e recorrente em sua obra:  recorte da tela pronta, colagem e intervenções posteriores.

O título da exposição – releitura autorizada de um verso de Rogério Luz, em seu livro “Escritas”– trata de uma questão importante para Stella. – Toda obra de arte requer um “silêncio” interior, um momento de reflexão essencial para se apreender a extensão do que se está vendo. É justamente esse silêncio que faz com que cada pessoa perceba a obra de uma forma absolutamente única e particular – diz a artista.

O crítico de arte Paulo Sérgio Duarte, curador do espaço, destaca dois aspectos principais de sua obra: – O trabalho de Stella reafirma a persistência da pintura como expressão da arte contemporânea brasileira. A produção brasileira contemporânea sempre foi muito forte na pintura em si, e sua obra é uma evidência disso – explica. – Mas uma das características mais específicas da arte de Stella Da Poian é a capacidade de explorar a delicadeza, mesmo dentro de uma obra potente e forte. Toda a sua produção é envolta em delicadeza – declara. Stella Da Poian vive e trabalha no Rio de Janeiro e começou a exibir suas pinturas em 1991.

Até 19 de abril.

SÍMBOLO DE JOANA CESAR NA ATHENA

A galeria Athena Contemporânea, expõe pela primeira vez em uma individual em galeria os trabalhos de Joana Cesar. Identificada como a autora de misteriosas pinturas de símbolos indecifráveis espalhadas pelos muros da Zona Sul do Rio de Janeiro, Joana Cesar contou ao mundo, em um alfabeto particular, seus segredos que na adolescência eram escritos em uma agenda, entre relatos de desejos, angústias e frustrações.  Para essa exposição, intitulada de “fuga>lenta”, Joana Cesar irá apresentar onze placas de aço galvanizadas, de tamanhos variados, que já trazem camadas sucessivas dos resíduos naturais do caos urbano. Esse será o suporte principal para receber as suas intervenções, com diversos tipos de materiais como spray, pigmentos, colagens e  caligrafias feitas com pincel oriental & nanquin. Além disso, a artista vai realizar um trabalho site specific, uma interferência diretamente em umas das paredes no espaço interior da galeria: um painel com cerca de 300x 250cm. A parceria de Joana com a Athena Contemporânea teve início através da expert Vanda Klabin, que foi convidada para assinar a curadoria de uma exposição na galeria e escolheu os trabalhos de Joana para realizar a mostra. “O fazer artístico de Joana Cesar envolve todo um sistema de signos cifrados que ganham cores e formas nessa exposição, e fazem parte de sua mitologia pessoal. Eles são utilizados como uma espécie de dispositivo do cotidiano,  como uma forma de equivalência poética para expressar a sua linguagem plástica” diz a curadora.

Até 05 de maio.

INÉDITOS DE VERA CHAVES BARCELLOS

Artista de longa experiência, a multimídia Vera Chaves Barcellos expõe, no StudioClio, Cidade Baixa, Porto Alegre, RS, “Memória de um Rio”, obra inédita, datada de 1980. Trata-se “…da mesma visão de uma janela debruçada sobre o Rio Guaiba e suas mudanças de luz são captadas através de rápidos e pequenos desenhos a lápis de cor. O ângulo de visão é sempre o mesmo: uma pequena franja de terra, o céu e o rio”. Com os mesmos princípios e ponto de vista, foi realizado um filme super-oito que também poderá ser apreciado na mostra, em versão digital. A partir dos desenhos originais foram realizadas cópias digitais sobre papel algodão, assinadas e seriadas, além de uma versão em DVD do filme.

Até 27 de abril.

GONÇALO IVO EM PARIS

04/abr

A Galerie Boulakia, 10, Avenue Matignon, Paris, expõe 30 pinturas recentes do artista brasileiro Gonçalo Ivo, a grande maioria em grandes formatos. A galeria, que comemorou no ano passado 40 anos com uma notável exposição de Picasso, já exibiu Basquiat, Rauschenberg, Chagall, Dubuffet, Corneille e outros nomes importantes da cena internacional. Constam em seu acervo, dentre outros, obras de Calder, Leger, Matisse, Max Ernst e Penk.

 

Acompanhando a exposição, a Galerie Boulakia publicou um catálogo de 90 páginas com texto da historiadora e crítica Lidia Harambourg com 32 imagens em cores. Nesta exposição, Gonçalo Ivo “…dá continuidade a uma das carreiras mais solidas da arte brasileira contemporânea. Com uma obra cada vez mais interiorizada, o artista nos apresenta em suas grandes pinturas um mergulho ainda mais radical nas questões cromáticas e formais”.

 

Acaba de ser lançado o livro “Oratório”, sobre a obra de Gonçalo Ivo, pela Editora Contracapa, Rio de Janeiro, com 290 paginas. A edição é trilingue e conta entre outros textos, com um longo ensaio de um dos mais renomados criticos europeus, Marcelin Pleynet, autor de livros sobre Motherwell, Matisse, Rothko, Cézanne, etc.

 

Até 10 de maio.

NA LAURA MARSIAJ

Galeria

 

Fábio Baroli apresenta na Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, individual de pinturas denominada “Domingo”. O título da exposição, “…parte de imagens furtivas que se referendam em situações e lugares corriqueiros, num cotidiano raptado, interiorano, brasileiro. Porém, tais narrativas são atravessadas por signos eróticos, poses, trejeitos, atitudes que misturam personagens enovelados pela curiosidade, sexual desde sempre. Nas pinturas de Baroli percebemos a junção, a colagem, a edição como maneiras de usar imagens advindas de referências de tempo e lugares variados: fotos de família, revistas, internet. O uso de tais apontamentos nos faz refletir sobre a pletora de informações midiáticas. Agora, nas pinturas recentes, Fábio Baroli cria uma contranarrativa, já que o ambiente que serviria de fundo traz elementos rurais, interioranos, opostos, em certa medida, ao progresso das mídias e a aniquilação dos preconceitos. O que transfigura e une tradição e informação é o desejo, o erotismo. Nas pinturas, podemos observar que são possíveis as metáforas do domingo, dia potencialmente surrealista, aglutinando o fervor religioso ao tédio dos programas de TV. Misturam-se, então, personagens em dissonância: travestis, símbolos das paixões futebolísticas, atrizes depravadas diante do tio homofóbico, mantenedor da hipócrita tradição, que a tudo assiste do sofá de casa, lugar do narrador sedentário, desejoso e voyeur”. Curadoria e texto de Marcelo Campos.

Até 12 de maio.

 

Anexo

 

No Anexo, a Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, exibe individual de Fernanda Chieco com instigantes trabalhos realizados em técnica impecável de desenho. Durante os últimos dez anos, Fernanda Chieco tem realizado trabalhos artísticos resultantes de experiências dentro e fora de seu país de origem. Participou de residências artísticas na República Tcheca, Irlanda, Reino Unido e Coréia do Sul onde desenvolveu projetos de pesquisa e produziu séries de obras inéditas.”O foco central de sua pesquisa é comportamento humano, principalmente quando relacionado a situações onde as pessoas criam e executam regras para sobrevivência em grupo….No processo de trabalho, faz constante uso de sua meticulosa aptidão de gerar equívocos ao interpretar os fatos da vida. Assim, cria pseudo-teorias assumindo o papel de um anti-cientista, preocupado em criar desvios aos caminhos que levam as idéias e teorias, gerando hipóteses que revelem novas maneiras de se desentender as coisas”.

Até 12 de maio.

PINTURA BRASILEIRA SÉC. XXI

03/abr

Traçar um panorama da pintura contemporânea brasileira, reunindo boa parte da nova geração de artistas,  foi o objetivo de Isabel Diegues e Frederico Coelho no livro “Pintura Brasileira Séc. XXI”, a ser lançado na Casa de Cultura Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, no próximo dia 17 de abril, pela Editora Cobogó.

 

A publicação, que conta com ensaios inéditos dos críticos José Bento Ferreira e Tiago Mesquita, apresenta 160 obras de 33 artistas nacionais. Nomes consagrados como Adriana Varejão, Beatriz Milhazes, Paulo Pasta, Cristina Canale, Luiz Zerbini, Rodrigo Andrade e Sergio Sister dividem páginas com uma nova turma que elegeu a pintura como carro-chefe.  “Este livro é um passeio por alguns dos mais instigantes caminhos da pintura atualmente produzida no país. É um recorte do que há de mais potente e pulsante sendo produzido”, explicam os coautores. Dividida em ordem alfabética, a publicação inicia-se com Adriana Varejão, focalizada em oito páginas, e termina com a obra de Vânia Mignone, percorrendo um arco de 31 artistas, todos já integrados ao circuito profissional. Trata-se de um grupo jovem com surpreendente maturidade técnica, como as mineiras Ana Prata e Mariana Serri, o maranhense Thiago Martins de Melo, a carioca Gisele Camargo e os paulistas Marina Rheingantz, Ana Elisa Egreja, Ana Sario, Lucas Arruda, Paulo Nimer PJota, Rafael Carneiro, entre outros.Para Adriana Varejão, uma das mais conceituadas artistas plásticas da atualidade, alguns artistas do livro merecem um destaque especial, como a carioca Lucia Laguna.  “A Lucia vem se reformulando e merece uma atenção maior”, sugere. Laguna mora há mais de 30 anos no subúrbio do Rio e começou a pintar tardiamente nos anos 1990, após se aposentar como professora de língua portuguesa. “Esse livro preenche uma lacuna quando mostra a diversidade da nova geração de pintores brasileiros”, afirma Lucia Laguna. Em seu texto crítico, José Bento Ferreira chama atenção para o valor da pincelada. “Pintar exige muita reflexão. Prova disso foi a luta de pintores como Cassio Michalany, Sérgio Sister, Adriana Varejão, Paulo Pasta, Beatriz Milhazes e Rodrigo Andrade para adquirir uma linguagem própria e construir uma poética. Luta que temos o privilégio de testemunhar agora nos trabalhos dos mais novos, com poéticas em formação e linguagens em estado nascente”, analisa.

 

Participam: Adriana Varejão, Alex Cerveny, Ana Elisa Egreja, Ana Prata, Ana Sário, Beatriz Milhazes, Bruno Dunley, Caetano de Almeida, Cassio Michalany, Cristina Canale, Eduardo Berliner, Gisele Camargo, Janaina Tschäpe, Lucas Arruda, Lucia Laguna, Luiz Zerbini, Mariana Palma, Mariana Serri, Marina Rheingantz, Patricia Leite, Paulo Pasta, Paulo Nimer PJota, Rafael Carneiro, Renata de Bonis, Renata Egreja, Rodolpho Parigi, Rodrigo Andrade, Rodrigo Bivar, Sergio Sister, Tatiana Blass, Thiago Martins de Melo, Tiago Tebet e Vânia Mignone. Haverá debate com a artista Gisele Camargo (e mais dois artistas a serem confirmados) e mediação de Frederico Coelho.

GALERIA SILVIA CINTRA + BOX 4

29/mar

O artista Laercio Redondo é o atual cartaz, com a exposição “Lembrança de Brasília”, na Galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. Inspirado na obra de Athos Bulcão e em seu trabalho na criação dos painéis de azulejos de Brasília, Laercio apresenta nove serigrafias sobre compensado de madeira, dois vídeos e uma pintura. Carmen Miranda, Lina Bo Bardi e Felix Gonzales Torres já serviram de inspiração para trabalhos do premiado Laercio Redondo. Mestre em trazer personagens de volta à discussão, construir e reconstruí-los diante de sua própria ótica, o artista elegeu Athos Bulcão e seu trabalho de criação dos painéis de azulejos de Brasília. Diante da conjunção arte, vida e arquitetura Redondo analisa aspectos do modernismo na exposição.”…Pretendo trazer uma reflexão sobre uma figura essencial na aproximação entre arte, vida e arquitetura na história recente do Brasil”, diz Laercio Redondo.

Até 05 de abril.