Objetos de Manuela Ribadeneira

25/out

A exposição “Objects of certitude objects of doubt” (Objetos de certeza, objetos de dúvida), da artista equatoriana Manuela Ribadeneira – uma das mais destacadas artistas contemporâneas latinas é o cartaz da Casa Triângulo, Itaim, São Paulo, SP. A artista já representou seu país na Bienal de Veneza, em 2007, e foi, por diversas vezes, destaque nas mais importantes publicações de arte do mundo. Radicada na Europa há mais de uma década, Manuela Ribadeneira soube aproveitar a distância geográfica com seu país para refletir sobre questões de índole pós-colonial e construção de identidade.

 

A mostra reúne uma coleção de objetos que fazem referências diretas “às viagens dos europeus e ao Descobrimento das Américas, e também ao direito que cada pessoa tem de definir seu território e nacionalidade, além de relacionar o processo de colonização ao desenvolvimento científico”.

 

Alguns dos objetos apresentados referem-se a instrumentos de navegação utilizados nas viagens de europeus que desembarcaram nas costas das Américas, outros remetem a desenvolvimentos científicos mais tardios, peças de aviões e submarinos, e objetos diversos que tenham relação ao ato de navegar.

 

Mariana Ribadeneira sempre constrói seu trabalho com base em alguns temas centrais, como a relação de um povo com o território que habita, a incongruência entre os desejos das pessoas e os interesses do Estado, ou a fragilidade e a natureza efêmera das barreiras supostamente intransponíveis e fronteiras.

 

Para a artista, o que está sempre no centro dos debates sejam de cunho territorial, político ou relacionado à identidade, áreas que constituem seu campo de ação e pesquisa, é sempre o homem: suas aspirações e sonhos, seus desejos e suas verdadeiras convicções.

 

De 27 de outubro a 24 de novembro.

Impressionistas no CCBB-Rio

20/out

Manet

A mostra “Impressionismo: Paris e a Modernidade” chega ao Centro Cultural Banco do Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ, após uma temporada de sucesso de exibição em São Paulo. Pela primeira vez, 85 obras do acervo do Museu d’Orsay de Paris cruzam o Atlântico para aportar no Brasil. A exposição apresenta um panorama detalhado da pintura impressionista e pós-impressionista no período que compreende a segunda metade do século XIX e início do século XX.

 

Foi muito grande a visitação da mostra em São Paulo. Filas gigantes se formaram e o CCBB passou a abrir aos finais de semana, e de madrugada, com a “virada impressionista”. Dividida em seis módulos, a mostra reflete a história da pintura ocidental e reúne alguns dos trabalhos de Van Gogh, Monet, Degas, Cézanne, Pissaro, Lefebvre, Manet, Gauguin, Renoir, Toulouse- Lautrec, entre outros. Atraídos ou repelidos pelo magnetismo de Paris, a cidade motivou a expressão artística desses artistas, que pintaram suas paisagens, seus lugares e sua vida sob diferentes perspectivas.

 

Detentor da mais importante coleção de obras impressionistas, o Museu d’Orsay é um dos mais visitados museus do mundo. A exposição foi co-organizada pelo Museu d’Orsay e pela Fundación Mapfre para o Centro Cultural Banco do Brasil. A curadoria é de Guy Cogeval, presidente do Museu D´Orsay, Caroline Mathieu, conservadora-chefe do Museu D´Orsay e Pablo Jimenez Burillo, diretor-geral da Fundación Mapfre.

 

De 23 de outubro de 2012 até 13 de janeiro de 2013.

Virada impressionista

25/set

“Impressionismo: Paris e a Modernidade” é o atual cartaz do CCBB, Centro, São Paulo, SP, e foi batizada informalmente de “Virada Impressionista”. A exposição traz, pela primeira vez ao Brasil, uma seleção de 85 obras-primas do acervo do Musée d’Orsay, de Paris, e ocupa todos os espaços do CCBB.

 

A mostra, que apresenta um panorama detalhado do movimento impressionista, reflete a história da pintura ocidental no período que compreende a segunda metade do século XIX e início do século XX. A exposição foi dividida em módulos temáticos que apresentam 85 obras de Cézanne, Gauguin, Pissaro, Monet, Degas, Manet, Toulosse-Lautrec, Renoir Vallotton, Lefebvre e Vincent Van Gogh, entre outros mestres. A curadoria é de Guy Cogeval, presidente do Musée d’Orsay; Caroline Mathieu, conservadora chefe do Musée d’Orsay e de Pablo Jimenez Burillo, diretor-geral da Fundación Mapfre. A visitação já atingiu a impressionante marca de mais de 100.000  espectadores.

 

Até 07 de outubro.

Alejandro Otero no Brasil

31/ago

O IAC – Instituto de Arte Contemporânea –, apresenta na Estação Pinacoteca, Largo General Osório, São Paulo, SP, “O Espaço Ressoante. Os Coloritmos de Alejandro Otero”, primeira grande individual no Brasil do artista venezuelano. Pintor e escultor, Alejandro Otero é um dos mais prestigiados nomes na história da abstração. Em sua prática, desenvolveu uma pesquisa lúcida e coerente que lhe permitiu gradualmente resolver questões artísticas, esgotando suas possibilidades que o conduziram às últimas consequências compositivas.

 

COLORITMOS

 

A Estação Pinacoteca exibirá mais de 40 “Coloritmos”, cedidas por coleções públicas e privadas. Otero produziu a série entre 1955 e 1960, valendo-se de um processo construtivo que integrava diferentes tipos de espaço em um único plano pictórico. As obras “transbordam do plano e lançam-se ao espaço arquitetônico, cingindo-o”, segundo o artista, que propôs a noção do plano como campo espacial de forças em expansão, funcionando simultaneamente como pintura, volume e arquitetura.

 

Pintados com tinta-laca industrial brilhante Duco aplicada a revólver ou rolo sobre madeira ou Plexiglas, os Coloritmos são módulos de composição de grande formato sobre estruturas retangulares de suporte. Organizados por faixas escuras e paralelas, dispostas em espaços regulares sobre fundo branco, as pinturas ostentam toques de cor entre as faixas que ativam a estrutura do plano por inteiro.

 

A ênfase no ritmo e na cor, e não na forma, resultou em uma ambiguidade espacial sugestiva. Com grande rigor e dinamismo visual, Otero articulou uma complexa malha de ritmos e tensões de cor, lineares e espaciais, de tal forma que o “ritmo direcionalmente aberto” se estende para o exterior da pintura.

 

Os primeiros “Coloritmos” foram construídos por meio de faixas pretas e brancas, com toques de cor pura e brilhante. Entre as linhas escuras, esses acentos de cor produzem vibrações e dão origem a um diálogo entre dimensões, ritmos e espaços. Nos “Coloritmos” posteriores, ele transformou os toques de cor em retângulos alongados, estabelecendo um esquema mais aberto no qual as faixas, agora destituídas de continuidade, parecem formar um bloco sólido. Enquanto os primeiros “Coloritmos” atraíam o olhar do espectador para o interior do plano, os painéis subsequentes remetem o olhar do plano para o espaço exterior a ele.

 

Sobre o artista

 

Alejandro Otero frequentou a Escuela de Artes Plásticas de Caracas de 1939 a 1945. Depois, se mudou para Paris, onde aprofundou seus estudos da obra de Mondrian e produziu algumas de suas séries pictóricas mais importantes. Entre 1946 e 1948, pintou “Las Cafeteras”, um conjunto de obras que inicia sua transição da figuração para abstração e, exposta em Caracas, em 1949, marcou o lançamento da abstração e da arte moderna na Venezuela.

 

Em 1951, Otero iniciou as séries “Líneas de color sobre fondo blanco” e “Collages ortogonales’” nas quais investigou exaustivamente a concepção dinâmica do espaço e da estrutura bidimensional. A ênfase espacial nesses trabalhos levou Alejandro Otero a considerar a necessidade de um formato “diferente da bidimensionalidade da tela e do papel” e imaginar possibilidades oferecidas pela arquitetura.

 

Retornou a Caracas, onde um importante movimento na Arquitetura tinha início. Foi convidado a participar do projeto de integração das artes visuais no curso de Arquitetura da Universidad Central de Venezuela. Trabalhando ao lado de um grupo de artistas como  Francisco Narváez, Jesús Rafael Soto, Calder, Léger, Arp e Vasarely, Otero criou uma série de obras públicas – anos 50 – em grandes formatos: os murais e vitrais da Faculdade de Engenharia, as “Policromías” executadas em mosaico de vidro nas fachadas da Faculdade de Arquitetura e da Escola de Farmácia. No Brasil, a obra de Alejandro Otero foi exposta em quatro edições da Bienal de São Paulo, 1957, 1959, 1963 e 1991, sendo agraciada com Honra ao Mérito na V Bienal, em 1959, além da Bienal do Mercosul em 2007, em Porto Alegre.

 

A mostra é uma parceria entre o IAC, Fundação Nemirovsky e Pinacoteca do Estado e tem curadoria de Rina Carvajal.

 

Até 06 de janeiro de 2013.

ANTONY GORMLEY NO RIO

07/ago

Critical Mass II

O CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe “Corpos Presentes – Still Being”, esculturas, vídeos, maquetes e fotografias de Antony Gormley, um dos mais fascinantes nomes da cena contemporânea internacional. “Corpos Presentes – Still Being”, com curadoria de Marcello Dantas, é a primeira exposição individual do artista no Brasil (apresentada anteriormente em São Paulo). O artista é um dos mais célebres e conceituados escultores em atividade. Seus trabalhos exploram a relação do corpo humano com os espaços que ele habita, criando desde esculturas intimistas até megainstalações em escala monumental. Em concreto, aço inoxidável, alumínio, borracha, arame, terracota, ou até pão e cera, os supercorpos construídos por Antony Gormley são maneiras diversas de pensar as relações do homem com a Arquitetura.

 

Homens deitados, pendurados de cabeça para baixo, de pé. Nessas e em outras posições, as obras de Gormley, provocam a passividade do espectador e dificilmente se tornam indiferença. O escultor apresenta um panorama da carreira através da exibição de onze trabalhos que, juntos, somam quase uma centena de esculturas. Na presente seleção, 31 figuras humanas moldadas em ferro fundido e fibra de vidro compõem a única atração da retrospectiva a ser instalada ao ar livre. No Rio, as imagens serão dispostas no entorno do CCBB.

 

Dentro do prédio ficarão representantes de várias fases da trajetória de Gormley. A mais antiga, de 1981, é “Floor”, uma forma plana, de borracha, com a silhueta dos pés do próprio artista e contornos que parecem se expandir, como se ele estivesse pisando em um espelho-d’água. Outro destaque no acervo é “Loss”, figura humana de 1,73 metro formada por blocos de aço inoxidável. Na rotunda do prédio estará uma de suas mais famosas criações: “Critical Mass II”, constituída por sessenta corpos de ferro fundido, com 630 quilos cada um, em doze posições diferentes. Alguns ficam suspensos por cordas. Há ainda uma inédita, “Sum”, composta de cristais, colocada no chão. Cinquenta maquetes, nove gravuras, 25 fotos e seis vídeos completam o conjunto em exibição.

 

De 07 de agosto a 23 de setembro.