Mostra inédita de desenhos.

06/ago

Com inauguração no dia 16 de agosto, “The Lincoln Park e Outros Lugares” é a primeira exposição individual do artista plástico Paulo Amaral após quase dois anos no Espaço Cultural do Hotel Praça da Matriz, Centro Histórico, Largo João Amorim de Albuquerque nº 72, próximo ao Theatro São Pedro, Porto Alegre, RS. Constituída de 20 desenhos, a maioria inéditos e realizados durante recente viagem à cidade de Chicago, nos Estados Unidos. A mostra estará em cartaz até o dia 07 de setembro.

Estão programados dois encontros do projeto “Roda de Cultura”, com o artista recebendo o público para um bate-papo descontraído sobre sua obra e trajetória, em duas quartas-feiras – 27 de agosto e 03 de setembro. Todos os eventos são gratuitos.

A série em destaque no Espaço HPM captura paisagens naturais pela riqueza expressiva do desenho de Paulo Amaral, com a predominância do figurativo e eventuais espaços ao semiabstrato, através do uso de lápis e carvão sobre papel ou tecido, em dimensões variadas. “Ultimamente, meu trabalho tem sido marcado pelo predomínio do uso de tinta acrílica sobre tela, então eu quis fazer algo diferente e escolhi a técnica do carvão e do grafite sobre papel ou tecido, algo do qual gosto muito”, ressalta o autor.

Sobre o artista.

Artista plástico e gestor cultural Paulo Amaral, 75 anos, tem uma ampla trajetória na área cultural. Nascido em Bagé (RS), iniciou seus estudos em pintura ao final da adolescência, em 1967, durante intercâmbio na Califórnia (EUA). De volta ao Brasil, formou-se em Engenharia Civil (1974), carreira que exerceu em Porto Alegre ao longo de 30 anos. Sua produção artística em modalidades diversas – desenho, pintura, gravura, serigrafia e escultura – é marcada por mais de 50 exposições individuais e 160 coletivas, muitas das quais no exterior. Em paralelo, notabilizou-se como crítico, escritor, curador e gestor. Dirigiu o Museu de Arte do Rio Grande do Sul em três períodos, a Direção Artística-cultural da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) e presidiu o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o Conselho Consultivo de Patrimônio Museológico, desde 2021, atua como coordenador de Artes Visuais da Secretaria Municipal de Cultura da capital gaúcha.

Nova representação.

Ana Cláudia Almeida é a nova artista representada pela galeria Fortes D´Aloia & Gabriel. Ana Cláudia Almeida nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, 1993 – O universo material de Ana Cláudia Almeida, encontra-se estabelecido sobre a manipulação de tintas, plásticos, bastões a óleo, tecidos e imagens. A feição esvoaçante de suas obras sobre pano, o caráter acumulativo e movediço da escultura e a fragmentação caleidoscópica das pinturas de grande escala transpõem e traduzem a memória intangível em matéria. Essa dimensão se faz sentir tanto na superfície dos trabalhos, conforme Ana Cláudia Almeida permite que vestígios de gestos anteriores permaneçam na forma final, quanto de maneira conceitual e simbólica. Feita de sobreposições intensas de espaços plenos e vazios, a abstração que ressoa sua obra espelha formal e tematicamente camadas de lembranças, práticas e rituais. Transitando entre a pintura, a escultura  e  o  vídeo,  a  produção de  Ana  Cláudia  Almeida  confronta  os  modos  como  ela  é  moldada – ou distorcida – por estruturas sociais, explorando as fricções entre o ambiente urbano e sistemas como religião, gênero e sexualidade.

Entre suas exposições recentes destacam-se Ana Cláudia Almeida & Tadáskía, exposição diálogo entre as duas artistas que aconteceu simultaneamente nas galerias Fortes D’Aloia & Gabriel e Quadra, em São Paulo, Brasil (2024); desdobramento da exposição Tadáskía and Ana Cláudia Almeida: A Joyner/Giuffrida Visiting Artists Program, no Nevada Museum of Art, Nevada, Estados Unidos (2024). Dentre as individuais, destacam-se Guandu Paraguaçu Piraquara, Fortes D’Aloia & Gabriel – Carpintaria, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Buracos, Crateras e Abraços, Quadra, Rio de Janeiro, Brasil (2021); Wasapindorama, Fundação de Arte de Niterói, Niterói, Brasil (2018).

A artista também fez parte das exposições coletivas Ensaio sobre a Paisagem, Instituto Inhotim, Brumadinho, Brasil (2024); Olhe bem as montanhas, Quadra, São Paulo, Brasil (2024); Essas Pessoas na Sala de Jantar, Casa Museu Eva Kablin, Rio de Janeiro, Brasil (2023); Crônicas Cariocas, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2021) e Casa Carioca, Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil (2021). Suas obras integram as coleções do Museu de Arte do Rio, Instituto Inhotim e Sesc Rio de Janeiro.

Fotografias no Instituto Cervantes.

Uma constelação transnacional de olhares contemporâneos entre Espanha e Brasil, propondo um deslocamento simbólico e crítico pelo território brasileiro, “Câmbio de Paradigma – Um Giro no Brasil”, com curadoria partilhada de Marta Soul e Ângela Berlinde, será aberta ao público no dia 14 de agosto, no Instituto Cervantes, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ. A mostra estabelece um diálogo inclusivo entre os dois países, compreendendo o “giro” como abertura a outras epistemologias, afetos e imaginários historicamente marginalizados. Como parte da programação oficial do festival FOTORIO 2025, a exposição reúne 12 artistas contemporâneos, sendo seis brasileiros e seis espanhóis, cujos trabalhos se articulam em torno de cinco eixos curatoriais: estruturas de poder; justiça social e racial; gênero e autorrepresentação; tecnologia e progresso; ecologia e justiça climática.

Trata-se de uma exposição que questiona quem olha, quem é olhado e a partir de onde se constroem as imagens. “Câmbio de Paradigma” é um espaço de ressonância, escuta e transformação coletiva. Por meio de dispositivos híbridos, instalações, colagens, vídeo e performance, os artistas participantes reconfiguram a fotografia como uma ferramenta crítica e sensível diante das estruturas hegemônicas da imagem.

Sobre os artistas e suas obras.

Do lado espanhol, Megane Mercury explora identidades migrantes e gentrificação urbana na série La Españoleta, enquanto Cristina Galán revela as contradições do eu hiperfiltrado nas redes sociais em Paul. Esteban Pastorino investiga a memória da técnica fotográfica a partir do uso de câmaras analógicas, e Agnes Essonti Luque propõe uma profunda reflexão sobre identidade afrodescendente em La máscara del duelo. Toya Legido alerta para a extinção de espécies no território ibérico em Lepidópteros en extinción, e Yun Ping constrói um diário visual de transformação e pertença em The body as a suit.

Do Brasil, Shinji Nagabe subverte a masculinidade normativa em Cavalo de Troia, propondo uma soberania queer em tensão com o imaginário da conquista. Denilson Baniwa, artista indígena, desmonta visualmente os relatos coloniais em Ficções Coloniais. Caio Aguiar (Bonikta) encarna o território amazônico como um corpo político e encantado em Memórias Enkantadas, enquanto a dupla Masina Pinheiro & Gal Cipreste apresenta Hunting Exercise: Blow, obra que ativa memórias queer e performativas a partir do corpo. A exposição celebra ainda a participação especial da artista local Betina Polaroid, que propõe um gesto de celebração e resistência queer com a instalação Espelhos & Películas e a performance Fluidez, ativada no dia 14 de agosto.

Centenário de Gilberto Chateaubriand.

05/ago

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM Rio) inaugura no dia 09 de agosto a exposição “Gilberto Chateaubriand: uma coleção sensorial”, que abre as comemorações pelo centenário de nascimento de um dos maiores colecionadores da história da arte brasileira. A mostra estará em cartaz até 09 de outubro. De grande escala, a mostra reúne aproximadamente 350 obras de um dos mais representativos conjuntos da produção artística nacional. Desde 1993, cerca de 6.400 das 8.300 peças que compõem a Coleção Gilberto Chateaubriand estão sob a guarda do MAM Rio, consolidando uma parceria fundamental para a preservação e difusão da arte brasileira.

Com curadoria de Pablo Lafuente e Raquel Barreto, o público será convidado a uma imersão nas camadas de significado, afeto e história que atravessam a coleção, ao longo de mais de cinco décadas cuidadosamente constituída por Gilberto Francisco Renato Allard Chateaubriand Bandeira de Mello (1925-2022), diplomata e presença marcante nas artes visuais do país. Segundo o próprio Gilberto Chateaubriand, o colecionismo surgiu por acaso, em 1953, durante uma viagem a Salvador, quando foi apresentado ao pintor José Pancetti (1902-1958) pelo colecionador Odorico Tavares. Ao visitar o ateliê, adquiriu não só a tela Paisagem de Itapuã, mas a paixão por colecionar.

De acordo com Pablo Lafuente, diretor artístico do museu, “a coleção de Gilberto consegue oferecer um panorama complexo da história da arte brasileira do século 20, atenta aos movimentos e artistas que a compuseram, tornando-se uma das mais importantes do país ao mesmo tempo que revela as relações fascinantes que Gilberto tinha com obras e com artistas”.

“Gilberto Chateaubriand se dedicou com intensidade à formação de uma das coleções particulares mais significativas que temos no Brasil. A coleção é única em sua habilidade de unir tradição e experimentação, incluindo desde os modernistas icônicos a jovens artistas de diversas regiões do país e suas propostas experimentais”, observa Raquel Barreto, curadora-chefe do MAM Rio.

Um olhar sensorial para a arte brasileira

Um século de arte no Brasil

Com obras de Adriana Varejão, Alair Gomes, Anita Malfatti, Anna Bella Geiger, Antonio Bandeira, Artur Barrio, Beatriz Milhazes, Candido Portinari, Carlos Vergara, Cícero Dias, Cildo Meireles, Djanira, Edival Ramosa, Gervane de Paula, Glauco Rodrigues, Iberê Camargo, Ione Saldanha, Ivan Serpa, José Pancetti, Lasar Segall, Luiz Zerbini, Lygia Clark, Maria Martins, Rubens Gerchman, Tarsila do Amaral, Tomie Ohtake e Vicente do Rego Monteiro, entre muitos outros, a exposição cobre cerca de 100 anos de arte no Brasil e permite ao visitante percorrer, de forma não linear, uma ampla e plural história da cultura visual do país.

A exposição “Gilberto Chateaubriand: uma coleção sensorial” é organizada em colaboração com o Instituto Cultural Gilberto Chateaubriand e tem patrocínio da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, da Petrobras, da Light, do Instituto Cultural Vale e da Vivo através da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Lei Estadual de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro

Giuseppe Boscagli no Museu de Arte do Paço.

04/ago

A exposição Boscagli, de Júlio de Castilhos a Rondon, comemorativa aos 150 anos da imigração italiana no Rio Grande do Sul, inicia dia 06 de agosto, e segue até 31 de outubro, na Pinacoteca Aldo Locatelli, localizada no Museu de Arte do Paço, Praça Montevidéu, 10, Centro Histórico, Porto Alegre, RS.

A mostra revela a trajetória de Giuseppe Boscagli, pintor e fotógrafo italiano, cuja obra e vida se entrelaçam com a história brasileira. O artista destaca o papel de imigrantes italianos na formação da identidade regional e nacional, através de sua memória visual – retratos, paisagens, marinhas e registros etnográficos produzidos no Brasil entre 1899 e 1945. Além disso, a exposição agrega registros da expedição Roosevelt-Rondon (1913-1914) e apresenta obras originais em óleo, cartão e madeira, incluindo oito retratos históricos de figuras públicas como Conde de Porto Alegre, Gaspar Silveira Martins e Pinheiro Machado.

Sobre o artista.

Giuseppe Boscagli nasceu em 29 de abril de 1862, na comuna de Rapolano, província de Siena, Itália, e faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1945. Em 1888, imigrou para Buenos Aires, Argentina, e de lá para o Brasil, em Porto Alegre, no final de 1899. Seu trabalho é uma valiosa documentação visual do Brasil no início do século 20, especialmente das comunidades indígenas e dos pioneiros das regiões de colonização.

Conversa na Galatea.

01/ago

Neste sábado, dia 02 de agosto, é o último dia para visitar a mostra Dani Cavalier: pinturas sólidas na Galatea!

Marcando o encerramento da exposição, convidamos você para uma roda de conversa com a artista Dani Cavalier, ao lado de Ana Roman e Paula Plee, editoras da Piscina #1, publicação anual da plataforma homônima para mulheres e pessoas não binárias. Teremos o prazer de receber o público para esse encontro no sábado, 2 de agosto, a partir das 11h na unidade da Galatea na rua Oscar Freire.

Por meio da justaposição de blocos de cor formados por retalhos de lycra reaproveitados da indústria da moda, as “pinturas sólidas” de Cavalier investigam as fronteiras entre pintura, escultura e instalação. Embora remetam à pintura tradicional — com o uso de chassi, composição e suporte —, essas obras tensionam a lógica pictórica ao substituir a tinta por tecidos entrelaçados. Ao incorporar técnicas têxteis associadas a saberes populares, muitas vezes transmitidos por mulheres fora do circuito das Belas Artes, a artista aproxima arte e artesanato, questionando hierarquias e expandindo os limites da prática artística.
Esperamos você!!

FLECHA encerra temporada na Casa Brasil.

31/jul

A queima de um bastão de ervas e folhas secas marcam o encerramento da exposição FLECHA, da artista multidisciplinar Mercedes Lachmann, na Casa Brasil (ex-Casa França-Brasil), Rio de Janeiro, no domingo, dia 03 de agosto, a partir das 15h. A mostra é uma instalação imersiva, com som, imagem e esculturas, que tem raízes em saberes ancestrais femininos, explorando a conexão com o mundo vegetal, sob curadoria de Cristiana Tejo.

As folhas de plantas tropicais dispostas de forma performática na nave principal da Casa e as ervas que estão em secagem desde o início da temporada de FLECHA vão integrar o bastão, confeccionado por voluntários, acrescido de intenções, afetos e trocas de conhecimentos sobre as plantas e seus usos sagrados.

A exposição tem ainda 55 trabalhos de flechas de ferro, em formatos diferentes, quatro esculturas de madeira com vidro soprado, quatro totens – esculturas de restos de desmate, em composição com esferas de vidro com tinturas de ervas ou com outros vidros, bronze ou flecha, uma instalação de 11 elementos com hastes verticais que portam vidros com tintura de plantas, um braço de bronze, vídeos, um secador de erva e dois vídeos.

“FLECHA” foi apresentada em 2023 no Museu Internacional de Escultura Contemporânea (MIEC) de Santo Tirso, Porto, Portugal. A mostra, exibe no Rio com mudanças, que ampliam a ocupação conceitual do espaço, tem apoio da República Portuguesa e do Programa de Internacionalização do Departamento Geral de Artes de Portugal.

A paisagem e o tempo.

30/jul

“A paisagem que atravessa o tempo”, é o título da exposição coletiva na Simões de Assis, Batel, Curitiba, PR, apresentando a partir de 05 de agosto, uma leitura transversal e transgeracional do gênero da paisagem, reunindo artistas brasileiros acadêmicos, modernos e contemporâneos.

As aproximações entre diferentes gerações e origens revelam como o campo visual do Brasil marca de maneira singular suas perspectivas, ao mesmo tempo que tornam possível identificar os traços comuns que continuam a povoar o imaginário desses artistas ao longo dos séculos e territórios.

Integram a mostra Alberto da Veiga Guignard, Amadeo Lorenzato, Cícero Dias, Felipe Suzuki, José Pancetti, Lucas Arruda, Lucia Laguna, Miguel Bakun, Nicolau Facchinetti, Sergio Lucena, Thalita Hamaoui e Thiago Rocha Pitta.

“…A exposição A Paisagem que Atravessa o Tempo propõe uma leitura transversal do tema, reunindo artistas brasileiros acadêmicos, modernos e contemporâneos que elaboram cenas marinhas, rurais, montanhosas, florestais, atmosféricas, tropicais, surreais e fantásticas. As aproximações entre diferentes gerações e origens revela como as visualidades naturais do país – com sua fauna exuberante de incontáveis espécies, suas praias paradisíacas, suas serras sinuosas e vastas extensões agrárias – marcam de maneira singular as perspectivas desses artistas: o encontro entre céu e mar de Lucas Arruda e o encontro entre mar e terra de José Pancetti; as perspectivas a perder de vista de Sergio Lucena; as palmeiras e coqueiros de Cícero Dias e Lucia Laguna; as araucárias de Miguel Bakun; as etéreas cadeias montanhosas populadas por igrejas de Guignard; os microorganismos marítimos de Thiago Rocha Pitta ao lado das espécies botânicas inventadas de Thalita Hamaoui; os campos rústicos de Lorenzato; os firmamentos luminosos de Felipe Suzuki; e as paisagens detalhadas da região serrana do Rio de Janeiro de Nicolau Facchinetti.

Cada região, do nordeste ao sul do Brasil; cada bioma, da caatinga à mata atlântica e cerrado; e cada clima (tropical, tropical de altitude, subtropical e semiárido) surgem nas obras reunidas nesta mostra de maneira lírica e alegórica, em variados momentos do dia, em diferentes estações do ano, atravessando 3 séculos por meio de olhares familiares, comprometidos e implicados nessas diversas paisagens. As pinturas apresentadas aqui nos permitem percorrer todos esses lugares, atmosferas, passagens, instantes, períodos, condições, transmitindo estados de ser e estar e nos transportando a habitar cada paisagem retratada em diálogo com nossas paisagens de memória, vistas e vividas”.

Julia Lima

Até 13 de setembro,

Forma e sugestão visual.

29/jul

Exposição na Casa Zalszupin, Jardim América, São Paulo, SP, em cartaz até 09 de agosto, traz o diálogo entre arte e design com as obras de Felipe Cohen e Percival Lafer. Com curadoria de Guilherme Wisnik, “Ilusão Real” explora as relações entre percepção, forma e ilusão; investiga como percebemos a realidade através da forma e da sugestão visual, a partir do encontro entre a obra do artista Felipe Cohen e do designer Percival Lafer, e curadoria de Guilherme Wisnik.

Partindo dos princípios da Gestalt e da Psicologia da Forma, os trabalhos de Felipe Cohen desdobram as virtualidades do espaço geométrico com volumes sugeridos, sombras e reflexos que instigam a mente a completar o que não está inteiramente dado. Já o mobiliário de Percival Lafer opera com geometrias evidentes – como retas e curvas – em materiais rígidos e maleáveis, em uma lógica na qual o conjunto transcende a simples soma das partes. Entre ambiguidades perceptivas e estruturas poéticas, “Ilusão Real” constrói um campo de tensão entre o mundo físico e o imaginado.

Sobre Jorge Zalszupin.

Arquiteto e designer de móveis polonês-brasileiro, reconhecido por sua contribuição significativa ao design moderno no Brasil, nasceu na Polônia em 1922, e emigrou para o Brasil em 1949, após a Segunda Guerra Mundial. Zalszupin formou-se em arquitetura na Romênia, mas sua carreira floresceu no Brasil, onde se destacou no design de móveis. Em 1959, ele fundou a L’Atelier, uma empresa que se tornou referência no design de móveis modernos, combinando técnicas artesanais com processos industriais. Seus trabalhos são conhecidos pela elegância, funcionalidade e uso inovador de materiais como madeira, couro e metal. Ele se tornou uma figura central no movimento de design moderno brasileiro durante as décadas de 1950 e 1960, contribuindo para a criação de uma identidade visual única para o design de interiores no Brasil. Seus móveis são altamente valorizados até hoje, sendo considerados peças de colecionador e ícones do design moderno. Jorge Zalszupin faleceu em 2020, mas seu legado continua a influenciar e inspirar designers ao redor do mundo.

Sobre a ETEL

Um século de mobiliário brasileiro forma a Coleção Design. Com seu trabalho pioneiro de reedições, a ETEL dá nova luz a desenhos primorosos da produção moderna no Brasil, descoberta tardiamente e hoje considerada uma das mais relevantes do período no mundo. Compõem a coleção, curada por Lissa Carmona, peças de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Jorge Zalszupin, Sergio Rodrigues, Oswaldo Bratke, Branco & Preto e Giuseppe Scapinelli, entre outros. A continuidade do legado moderno se dá por preeminentes criadores contemporâneos, entre eles Isay Weinfeld, Arthur de Mattos Casas, Claudia Moreira Salles, Carlos Motta, Etel Carmona, Lia Siqueira e Dado Castello Branco.

Conversa na Sala dos Archeiros.

28/jul

O Paço Imperial realiza conversa em torno da exposição “Luz estelar ecoando”.

Na ocasião também será lançado o catálogo virtual da mostra, que pode ser vista até o dia 10 de agosto.

A artista Amanda Coimbra, a curadora Natália Quinderé e o fotógrafo Vicente de Mello participarão de uma conversa gratuita e aberta ao público no próximo sábado, dia 02 de agosto, às 15h, na Sala dos Archeiros, no Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ. O catálogo terá cerca de 45 páginas, textos de Natália Quinderé e Amanda Coimbra, design de Marcelo Albagli e fotos de Rafael Adorján e Mari Morgado.

Durante o bate-papo, eles compartilharão referências visuais e conceituais que atravessam seus processos criativos e pesquisas, além de apresentar trechos do catálogo virtual da exposição, aprofundando a experiência do público com as obras.