Livro e exposição de Raymundo Colares.

24/set

No dia 27 de setembro, a partir das 11h, a Almeida & Dale, Rua Caconde, 152, Jardins, São Paulo, SP, promove o lançamento de “Raymundo Colares: Pista Livre”, publicação concebida por ocasião da exposição homônima, em cartaz na galeria até 25 outubro.

Organizado pela curadora Ligia Canongia, o livro amplia o escopo da mostra ao reunir reproduções de obras, excertos dos diários de Raymundo Colares, textos críticos e uma cronologia detalhada da carreira do artista. 

O volume apresenta capítulos dedicados a reproduções de pinturas, desenhos e Gibis – a célebre série de livros -objeto produzidos com papel recortado. Reúne ainda um ensaio de Ligia Canongia, que sublinha a posição singular de Raymundo Colares entre o Construtivismo e a Pop Art no Brasil, e um artigo de Felipe Scovino, que examina sua obra a partir da tensão entre Modernidade e subdesenvolvimento no contexto brasileiro. A publicação se completa com uma cronologia abrangente e a edição inédita de páginas de cadernos do artista, que marcam registros íntimos, reflexões poéticas e fragmentos do cotidiano. 

A exposição “Raymundo Colares: Pista Livre”, com curadoria de Ligia Canongia, marca a primeira mostra dedicada ao artista na capital paulista nos últimos quinze anos, sucedendo a realizada no MAM São Paulo, em 2010, sob curadoria de Luiz Camillo Osório.

Raymundo Colares manteve diálogo com o construtivismo brasileiro e suas raízes históricas, embora já sensível ao ideário pop, por sua estreita relação com as histórias em quadrinhos e o cinema. Os trabalhos de Mondrian, Duchamp e dos futuristas italianos foram cruciais em sua formação, mas a obra indiciava sintomas da iconografia urbana e da exuberância cromática da pop art. O universo popular em Colares convergiu para a figura do ônibus, um ícone-síntese do dinamismo nas grandes metrópoles. A experiência perceptiva da multiplicação e da deformação das coisas em movimento, que informara o cubismo e outros movimentos modernos, tornou-se centro de seu interesse. O artista tentava, pois, congregar planos disjuntivos, fatias de espaço que pareciam se colidir, imagens captadas aos estilhaços, sem a nostalgia da perspectiva ou de uma ordem. Ainda assim, suas pinturas são estruturadas, articuladas, e a complexidade desse jogo é que constitui o desafio da obra. Para ele, interessava fragmentar e reconstruir esses fragmentos de forma pulsante e errática, trazendo à luz uma das questões-chave de sua trajetória: a ideia de tempo, visualmente enunciada em planos multidirecionais e em velocidade. Raymundo Colares compreendeu que a questão do movimento, em última instância a questão do tempo, havia arremetido a experiência da pintura para além da estabilidade que conhecera no passado histórico, respondendo aos avanços da ciência e ao viver moderno. Pressentiu que essa  atualização se prolongaria na era contemporânea, e que os efeitos da máquina seriam intensos e irreversíveis, mesmo não tendo vivenciado o mundo digital de nossos dias.

Ligia Canongia.

As práticas artísticas de Lia Letícia.

23/set

O Governo do Estado de Pernambuco, a Prefeitura da Cidade do Recife, o Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, Dona Ledy Arte e Cultura e Rosa Melo Produções Artísticas apresentam Tudo dá, individual de  Lia Letícia sob curadoria de Clarissa Diniz no MAMAM, Recife, PE.

Faz quase 30 anos que Lia Letícia, nascida no Rio Grande do Sul, radicou-se em Pernambuco. Sua mudança para Olinda em 1998 possibilitou a consolidação das práticas artísticas que havia iniciado tempos antes, quando trabalhou na confecção de carros alegóricos no carnaval gaúcho. Uma vez que chegou à terra do frevo, especialmente no ateliê de Iza do Amparo e nas ações do coletivo Molusco Lama, Lia Letícia encontrou espaços, interlocutores e aliados tão instigantes quanto aguerridos para sua formação e atuação como artista. Desde então, tem desenvolvido uma obra vasta em contaminações e colaborações, hackeando e reinventando concepções elitistas de arte que, como velhas fortalezas, ainda hoje erigem muros que inocuamente tentam conter sua vocação ao múltiplo, ao outro ou ao avesso de si.

Letícia Letícia fez performance, pintura, objeto, instalação, vídeo, fotografia, intervenção, serigrafia, direção de arte, gestão de espaços independentes, ilustração, cinema, militância, cenografia, curadoria, educação. Sua prática nunca se restringiu a galerias e museus: ao contrário, esteve fundamentalmente lastreada nas ruas, sets de filmagem, comunidades, salas de aula ou mesmo em grupos de WhatsApp. Não à toa, passaram-se muitos anos até que sua obra pudesse ser apresentada em conjunto numa instituição cultural de relevo: um gesto que, sem qualquer ambição de contemplar toda a sua trajetória, tem todavia a intenção de compartilhar as forças norteadoras de sua poética com os públicos do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães. Ocupando todos os andares do MAMAM, a exposição se organiza em quatro núcleos. Neles, aproximamos trabalhos de linguagens e períodos distintos que, todavia, transitam nas mesmas órbitas políticas. No térreo, Nesta terra, tudo dá reúne obras que denunciam o extrativismo (neo)colonial através de uma filosofia da abundância capaz de resistir aos seus projetos de escassez. No primeiro andar, o núcleo Artista desconhecida explora a debochada iconoclastia que tanto identifica a obra de Lia Letícia, enquanto Arriar a bandeira desafia o triunfalismo do poder e suas presunções de progresso. Por fim, Desculpe atrapalhar o silêncio de sua viagem que congrega obras que, a partir da experiência das cidades, insurgem-se contra as injustiças sociais do nosso tempo. Ao longo da exposição, alguns gestos e interesses revelam sua permanência na obra da artista: memórias insurgentes, posicionamentos irônicos, subversões de traços anárquicos, enfrentamentos políticos performativos, criações colaborativas, o caminhar como método, estéticas da abundância. Permeando diferentes temas e estratégias de linguagem, de forma transversal, testemunhamos a iconoclasta vocação da obra de Lia Letícia de arejar as tão estafadas concepções tradicionais de arte, aqui devidamente inscritas – e nutridas – na vida que Tudo dá.

por Clarissa Diniz

Até 09 de novembro. 

 

O retorno de Bruno Novelli a Paris.

22/set

A Baró Galeria anuncia “Onde Nasce o Rio”, do artista brasileiro Bruno Novelli, com curadoria de Chico Soll, com inauguração prevista para 24 de outubro em Paris, França. “Onde Nasce o Rio” marca a primeira exposição individual do artista em Paris. Ele retorna ao país após participar da notável coletiva “Les Vivants” na Fondation Cartier em Lille, no Le Tripostal, em 2022.

Nesta exposição, Bruno Novelli aprofunda sua exploração de cor e forma. As novas telas focam em fragmentos de paisagem, onde seu bestiário ganha destaque, utilizando tons mais brilhantes, luminosos e em tons de sol, que adicionam radiância e profundidade, preservando o mistério e a vastidão de sua obra.

A exposição inaugura o espaço pop-up da nossa galeria, localizado na Galerie Véro-Dodat, 12, Paris, a poucos passos da Bolsa de Comércio e da Coleção Pinault.

Sobre o artista.

A prática pictórica de Bruno Novelli é marcada pelo uso distinto da cor, por padrões densos de superfície e por um léxico visual que se baseia em uma ampla gama de referências históricas e culturais. Nascido em Fortaleza, Brasil, em 1980, o artista é fortemente influenciado pela riqueza da Amazônia e mantém um diálogo de longa data com artistas indígenas Huni Kuin. Novelli constrói imagens povoadas por animais fantásticos, formas simbólicas e visões oníricas da natureza. Ao mesmo tempo, sua obra examina o legado das representações europeias da paisagem tropical, explorando a tensão entre a natureza e sua dominação pelo homem. As composições de Novelli reúnem elementos de bestiários medievais, pintura renascentista, a chamada arte naïf, surrealismo e cultura pop. Essa confluência de fontes dá origem a uma gramática visual única, onde imaginação e estrutura coexistem em complexos arranjos pictóricos. Nas últimas duas décadas, Bruno Novelli expôs em importantes instituições brasileiras e internacionais. Dentre outras exposições notáveis ​​incluem-se Siamo Foresta (Grupo, Fondation Cartier pour l’art contemporain na Triennale Milano, Itália; Les Vivants (Living Worlds) (Grupo, Fondation Cartier pour l’art contemporain em Lille 3000, Lille, França; Tesouro das Feras (Solo, Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRS, Porto Alegre, Brasil.

A exposição estará em cartaz até 11 de novembro.

Cosmogonias Brasileiras

19/set

Sophie Su Art Advisory, em colaboração com a Galeria Natalie Seroussi, convida para o dia 04 de outubro para a abertura da exposição “Cosmogonias Brasileiras”, 34, rue de Seine, Paris 6ᵉ.
Por meio de uma seleção de obras emblemáticas de Tarsila do Amaral, Maria Martins, Mestre Didi, Jaider Esbell, Denilson Baniwa, Nádia Taquary e outros artistas de destaque, a exposição questiona a memória seletiva da história da arte e evidencia a riqueza das tradições brasileiras — da antropofagia cultural às dinâmicas de apropriação e às tensões contemporâneas. Um convite a descobrir como esses artistas dialogam entre heranças modernistas e imaginários coletivos, revelando os tesouros do Brasil em solo francês.
Em exibição ate 20 de dezembro.

 

Questões que tensionam nosso tempo.

m 2025, a Galeria TATO, Barra Funda, São Paulo, SP,  celebra 15 anos de atuação na arte contemporânea brasileira. Mais do que uma data, esta trajetória reafirma um compromisso: sustentar espaços de risco e reflexão, em diálogo com artistas e questões que tensionam nosso tempo.

É nesse contexto que o projeto Dark Room retornou em 30 de agosto com a individual Pegação Rupestre, de Marcelo Salum, com curadoria de Leonardo Maciel e Paulo Cibella.

Se, nas cavernas, o breu guardava corpos em rituais de prazer coletivo, hoje, nas cidades, o escuro acolhe outras formas de encontro e resistência. Em Pegação Rupestre, Marcelo Salum investiga essa continuidade: desejo como arqueologia, cruising como memória ancestral. Grafismos que desafiam o decoro e corpos que emergem da penumbra convocam o visitante a sentir, tocar, decifrar. A mostra propõe um ambiente seguro e crítico para pensar corpo, desejo e sexualidade, tensionando essas temáticas com questões sociais e políticas que atravessam nosso tempo.

Ao reunir obras que exploram os limites entre intimidade e público, sensibilidade e confronto, o Dark Room amplia a missão da TATO em ser um lugar de escuta, troca e pensamento sobre os desafios e transformações da sociedade contemporânea.

Até 18 de outubro.

 

Diferentes pesquisas plásticas.

Artur Fidalgo Galeria, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ,  exibe duas exposições individuais sob a curadoria de Vanda Klabin. Os artistas Lucas Rubly e Willy Reuter, representados pela galeria, inauguram mostras inéditas que evidenciam diferentes pesquisas plásticas.

Em sua primeira individual no espaço, “Lucas Rubly: A opacidade do mundo” reúne 17 pinturas inéditas em óleo e cera sobre tela, produzidas ao longo de 2025. Trabalhando em formatos reduzidos, Lucas Rubly explora o silêncio e a contemplação, construindo narrativas sutis a partir da contenção formal.

Já “Willy Reuter: O engano do olhar” nasce de um processo experimental combinando técnicas e suportes. Nessa exposição, o artista apresenta oito objetos em cerâmica, duas pinturas em técnica mista sobre linho e três desenhos sobre papel, convidando o público a percorrer um universo particular, de atmosfera onírica e sugestiva.

Até 10 de outubro.

Série Crua apresenta Marcelo Conceição.

O terceiro episódio da série Crua, que será lançado dia 23 de setembro, às 12h, traz o artista Marcelo Conceição, que apresenta sua casa-ateliê em Niterói. Nascido em uma família com 11 irmãos, o escultor autodidata passou mais de uma década vivendo nas ruas do Rio de Janeiro, depois de perder parentes no trágico desabamento do Morro do Bumba. Desde então, o artista, que se autodenomina garimpeiro urbano, passou a criar esculturas com materiais reciclados e orgânicos, como madeira de caixotes, bambu, rolha e barbante. No terceiro episódio da série Crua, podemos acompanhar a produção de uma de suas esculturas, com reaproveitamento de materiais coletados nas ruas e gravetos de bambu.

Série idealizada e dirigida por Ana Pimenta e João Marcos Latgé. O projeto é apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro, através da Política Nacional Aldir Blanc.

Sobre o artista.

Os movimentos da geometria.

“As obras devem ser concebidas com fogo na alma, mas executadas com uma frieza clínica”

Joan Miró

Volumes tridimensionais, contraposição de planos, texturas, linhas simétricas que exploram cores primárias com precisão. Bastante frequentes no trabalho de Marco Figueiredo, essas características se fazem ainda mais presentes na nova série apresentada ao público em exposição no icônico Santa Teresa MGallery, Rio de Janeiro, RJ, a partir do dia 09 de outubro. “Marco Figueiredo: (In)Congruências do Imaginário” é a segunda individual do artista no Brasil exibindo cerca de 30 trabalhos em diferentes suportes, utilizando colagem, recortes em papel e pintura a óleo sobre tela, em grandes, médios e pequenos formatos (alguns polípticos, trípticos e dípticos). Explorando os movimentos da geometria, ele mantém coesão na forma como ocupa os planos, sem deixar de conduzir o espectador em uma imersão fluida através dos elementos que povoam o seu imaginário.

Sobre o artista.

Autodidata, Marco Figueiredo reside atualmente entre Miami e o Rio de Janeiro, dividindo quase todo seu tempo entre a produção artística e a pesquisa de novas técnicas e processos. Ao longo dos anos, frequentou cursos de aprimoramento: no New York Art Center Studies e no Ateliê Gonçalo Ivo, em Paris. Entre as exposições realizadas, destacam-se uma coletiva no Miami Art Center e as individuais na Miriam Fernandes Art Gallery, em Miami, e no Centro Cultural Correios do Rio, em 2019. Suas obras estão expostas em espaços públicos e integram coleções privadas em países como Estados Unidos, Japão, Holanda, França e Suíça.

Natureza e Ordem

por Gonçalo Ivo

O meticuloso trabalho de Marco Figueiredo me remete a tempos imemoriais. Passeio por abstrações de origem árabe e geometrias inesperadas, como se pisasse em folhas outonais no solo de Alhambra ou do Alcazar de Sevilha. Há obras que se irmanam com a tradição concreta e neoconcreta brasileira dos anos 1960 e 1970. Outras transcendem uma estrada vicinal da Op Art. Mas essas são apenas referências trazidas da história recente da arte. O que está diante de nossos olhos é a realização do desejo de um artista que quer e concretiza sua intuição e seu labor. Vê-se aqui uma de suas inúmeras séries, composta de pequenas flores a desabrochar do plano e a revelar cores que se escondem entre pétalas finamente recortadas pelas mãos deste obreiro da luz. Engastada em rigorosa geometria, nos faz pensar em azulejos, cristais e até mesmo no nascimento de estruturas sustentando um mundo que deve, por sobrevivência, sair do caos e mirar a ordem e a harmonia.

Até 08 de dezembro.

Panmela Castro na Temporada Brasil-França.

18/set

Exposição destaca protagonismo de mulheres negras na luta por direitos na triangulação Atlântica, Brasil, França e Senegal. A artista Panmela Castro inaugura a exposição “Retratos Relatos: Revisitando a História” no espaço cultural Les Jardiniers, em Montrouge, região metropolitana de Paris, França. Com curadoria de Maybel Sulamita, a mostra integra a programação oficial da Temporada Brasil-França 2025 e reúne 15 pinturas inéditas que contam a história de mulheres negras do Brasil, da França e do Senegal que lutaram pelo avanço dos direitos femininos.

Entre as figuras retratadas estão nomes como a intelectual brasileira Lélia González e a escritora brasileira Carolina Maria de Jesus; a cineasta senegalesa Safi Faye e a famosa cantora francófona Josephine Baker, cujas trajetórias são revisitadas e recontadas a partir de uma visão contemporânea. Dessa forma, a exposição propõe um exercício de reimaginação das narrativas sobre essas mulheres.

“Retratos Relatos surgiu das histórias que as mulheres contavam para mim. Comecei a transformar esses relatos em retratos, e este foi um projeto que circulou por muitos lugares do Brasil. Para a Temporada Brasil-França, escolhemos mulheres que já não estão mais vivas para contar suas histórias, mas que ainda assim são importantes de serem contadas”, afirma a artista.

As pinturas expostas são acompanhadas de relatos biográficos com informações acessíveis sobre a vida, o legado e a relevância dessas mulheres. Durante a exposição, Panmela Castro participa de uma residência artística na instituição, com o objetivo de conviver com a comunidade local e promover o intercâmbio entre as culturas. Panmela Castro pretende desenvolver três novos retratos para a exposição: o da cientista da computação senegalesa Rose Dieng-Kuntz; o de Alice Mathieu-Dubois, primeira mulher negra francesa a se formar em Medicina; e o da defensora dos direitos humanos brasileira Alessandra Makkeda.

Até 31 de outubro.

Exposição evocando memórias e emoções.

Pinturas oníricas inéditas do artista Sergio Lopes serão apresentadas na Sergio Gonçalves Galeria, Jardim América, São Paulo, SP. Trata-se de uma fronteira tênue entre palavra e imagem. As obras de Sergio Lopes que serão expostas na individual “I’m a Book” a partir do dia 24 de setembro, conduzem o espectador em uma imersão pelos extratos narrativos do artista. Sua arte propõe uma leitura visual que ultrapassa a simples imagem, evocando memórias, emoções e, sobretudo, a sensação íntima de abrir uma nova história – tal como se desfolha um livro.

 Em cada tela, a figura humana, o traço, os vazios e os gestos pictóricos se organizam como páginas de uma narrativa sensorial. A curadoria foi feita pelo artista em parceria com Sergio Gonçalves, que selecionaram cerca de 15 obras recentes e inéditas em acrílica sobre tela, além de esculturas que reproduzem lápis em vários tamanhos e estarão pendendo do teto, compondo uma instalação.

Com grande domínio da figura humana, influências renascentistas e um olhar atento à matéria, Sergio Lopes construiu uma expressiva trajetória artística passando pela série Clowns, pela poética das Cartas de Amor, até suas representações de animais e cenas com forte carga simbólica. Cada pintura é uma página viva, aberta ao olhar, à emoção e à interpretação. A experiência expande o olhar e ressoa além do visual, criando um diálogo entre  quem vê e quem sente.

Sobre o artista.

Sergio Lopes nasceu em Caxias do Sul, RS, 1965,  artista plástico cuja obra expressa uma síntese rara entre pesquisa conceitual, refinamento técnico e sensibilidade estética. Formado em Educação Artística pela Universidade de Caxias do Sul, também é docente nas disciplinas de Desenho, Pintura e Criatividade. Sua produção transcende fronteiras regionais e tem presença em importantes coleções e exposições no Brasil e no exterior.

Até 11 de outubro.