Exposição ImagineFrance

08/jul

Em exibição no Saguão da Reitoria da UFRGS, Porto Alegre, RS, a Atout France, e seu Cluster de Turismo e Cultura, em parceria com o Instituto Francês e a Aliança Francesa, uniram-se para propor um novo olhar, – poético e peculiar – , sobre os castelos, museus e monumentos franceses para apresentar o talento da artista Maia Flore, fotógrafa da agência VU’, para, através da exposição, “ImagineFrance”, que permite a visão dos locais e eventos culturais através de um novo ângulo.

 

Para realizar essa série de fotografias, Maia Flores percorreu as estradas francesas entre julho e setembro de 2013, visitando 25 locais de interesse cultural que foram, em seguida, encenados conforme a inspiração transmitida por cada um deles. Seu viés era criar um personagem apropriado para cada um dos locais, para torná-los vívidos, expressivos e surpreendentes. Ora como ator da encenação, ora como espectador, este personagem recorrente desperta, vivifica e renova os patrimônios visitados.

Esse evento itinerante percorreu o mundo durante três anos e, em 2016, a Aliança Francesa de Porto Alegre e o Departamento de Difusão Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, em parceria, organizam a mostra.

 

Até 29 de julho.

Encontro de nacionalidades

06/jul

A exposição “Intersecções” que reúne obras, todas pertencentes ao acervo da Galeria Oscar Cruz, Itaim Bibi, São Paulo, SP, é composta por doze artistas de distintas gerações e nacionalidades, todos com destacadas posições na arte contemporânea nacional e internacional; dentre os quais, cinco brasileiros, quatro argentinos, uma americana, uma espanhola e um alemão, que abordam de modos distintos o emprego da fotografia. São eles: Alejandro Chaskielberg, Ananké Assef,Gustavo Speridião, Julio Grinblat, Lesley Dill, Lina Kim, Luiz Alphonsus, Marcos Chaves, Mauro Restife, Michael Wesely, Nicanor Aráoz e Sara Ramo.
 
Até 02 de setembro.

Coleção Maxxi no Rio

01/jul

O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e a Fundação PROA apresentam, a partir de 05 de julho, a exposição “Arte em Cena: Obras da Coleção MAXXI – Museu de Arte do Século XXI”, com cerca de 30 obras do museu italiano, inaugurado em 2010, com projeto arquitetônico de Zaha Hadid (1950-2016). Com curadoria de Anna Mattirolo, a exposição mostra a abrangência e diversidade do acervo italiano, que vai da arte povera ao uso de tecnologia. A exposição reúne fotografias, desenhos, pinturas, gravuras, instalações e vídeos, além de maquetes e projetos arquitetônicos. São ao todo 19 artistas: Mario Airo, Carlo Aymonino, Matthew Barney, Maurizio Cattelan, Gino De Dominicis, Massimiliano e Gianluca De Serio, Gilbert & George, Danilo Guerri, Ilya Kabakov, William Kentridge, Armin Linke, Luigi Ontani, Yan Pei-Ming, Michelangelo Pistoletto, Aldo Rossi, Grazia Toderi e Francesco Vezzoli.

 

O patrocínio é da Enel, que na Itália juntou-se em 2015 à Fundação MAXXI National, tornando-se o primeiro sócio fundador do Museu inaugurado em 2010 em Roma. Esta é a quinta parceria do MAM Rio de Janeiro com a Fundação PROA, prestigiosa instituição de Buenos Aires, que resultou nas exposições “Louise Bourgeois”, “Giacometti”, “América do Sul – A Pop Arte das contradições” e “Ron Mueck”.

 

 

 

Arte em Cena: Espaço Cênico, Quase Teatral

 

A curadora Anna Mattirolo explica que “Arte em cena” configura a coleção do MAXXI National “como um espaço cênico, quase teatral”. “As obras com ícones, símbolos de imagens de uma representação do desejo individual e coletivo que, em seu conjunto representam uma sensibilidade abrangente e uma ideia da cena italiana, envolvendo o imaginário político, ético, social e existencial que os artistas italianos e internacionais mais de uma vez cruzam para refletir e gerar proposições”. Ela observa que o “compromisso público do MAXXI em dedicar à contemporaneidade um projeto arquitetônico de tão grande relevância internacional garante que a comunidade conte com uma estrutura capaz de abrigar um laboratório de atividades que, com vistas ao futuro, abra suas portas a todos os aspectos da contemporaneidade global, mas ao mesmo tempo está bem enraizado em um contexto cultural único no mundo: o italiano”. Diretora do MAXXI National desde sua criação até 2015, Anna Mattirolo agora está à frente da pesquisa científica, documentação e atividades educativas do Museu.

 

 

Percurso da exposição

 

“Arte em Cena: Obras da Coleção MAXXI” vai ocupar mais de mil metros quadrados no terceiro andar do MAM, e será dividida em quatro espaços. Na sala 1, estarão o desenho, o projeto e a fotografia “Teatro del Mondo a Venezia: 1979-1981”, do arquiteto italiano Aldo Rossi (1931-1997), criado para a Bienal de Veneza, em que sobre o Gran Canal flutua um teatro construído sobre uma embarcação de madeira, como um teatro-gôndola, efêmero, em alusão ao carnaval da cidade. Na mesma sala estará a videoprojeção “Random” (2001), de Grazia Toderi (Pádua, Itália, 1963), em que se vê, do ponto de vista do palco, o público do Teatro Massimo, em Palermo, colocando o espectador no lugar do ator que vê os flashes dos registros feitos pelas câmeras fotográficas.

 

A Sala 2 reúne trabalhos de Matthew Barney, Maurizio Cattelan, Gino De Dominicis, Luigi Ontani e Yan Pei-Ming. “Cremaster 5” (1997), litografia e serigrafia em relevo e intervenção de Matthew Barney (São Francisco, EUA, 1967), integra o famoso “Ciclo Cremaster”,  uma sequência de cinco filmes que o artista produziu entre 1994 e 2002. “Mother, 2000” (1999), fotografia em preto e branco de Maurizio Cattelan (Pádua, Itália,1960), registra a performance em que um faquir indiano, soterrado na areia até o pescoço, só tem à mostra suas mãos em súplica.

 

A instalação “Statua (figura estendida)”, 1979, de Gino De Dominicis (Ancona, Itália, 1947 – Roma, 1998), traz um chapéu e um par de chinelos sobre uma base de madeira, que sugere a presença de uma pessoa, embora invisível. O artista lembra a frase de Fernando Pessoa: “morrer é apenas deixar de ser visto”.

 

“As Horas” (1975), de Luigi Ontani (Bologna, Itália, 1943), é uma série de 24 fotografias em grande formato que retratam o artista em tamanho real, em poses que remetem a emblemáticos personagens da história da arte. Entre outros, podem ser reconhecidos Narciso, Leda e o cisne, Dante e São Sebastião. A performance foi feita na Galeria L’Attico, em Roma, em 1975, por uma semana em cada hora do dia, mostrada em um relógio.

 

O artista Yan Pei-Ming (Xanghai, 1960) está presente em duas pinturas em óleo sobre tela, cada uma com 3 metros de lado, de 2005: “Mao” e “Papa”. Na primeira, vê-se Mao Tse-Tung, principal líder político da China, presença constante na produção do artista, e na segunda o Papa João Paulo II, líder carismático da igreja católica entre 1978 e 2005. Feitos com pinceladas enérgicas, os dois retratos comentam o mundo do espetáculo, a partir de imagens massivamente reproduzidas.

 

Na Sala 3 serão vistos trabalhos dos artistas Carlo Aymonino, Gilbert & George, Danilo Guerri, William Kentridge, Armin Linke, Michelangelo Pistoletto, Aldo Rossi e Francesco Vezzoli.

 

Do artista Carlo Aymonino (Roma, 1926 – 2010), estará a agua-forte “Il teatro di Avellino” (2009). A dupla de artistas Gilbert & George – Gilbert Proesch (Dolomitas, Itália, 1943), e George Passmore (Plymouth, Inglaterra, 1942) – está representada na exposição com quatro desenhos em grande formato feitos com carvão sobre papel entelado, da serie “The General Jungle or Carrying on  Sculpting” (1971). Os desenhos retratam os dois artistas em meio a uma selva, e se inserem em um amplo ciclo de trabalhos sobre papel, “The Charcoal on Paper Sculptures”, que por sua vez remetem a uma série fotográfica anterior chamada “Nature Photo-Pieces”.

 

A precisão e o rigor técnico dos desenhos do arquiteto Danilo Guerri (Ancona, Itália, 1939), podem ser vistos no trabalho “Teatro comunale delle Muse, Ancona” (1978), projeto de restauro do edifício do século 19, que manteve a fachada original em diálogo com o interior moderno. Feita com marcadores coloridos e giz de cera, a obra foi inserida na exposição para reforçar a ideia do espaço arquitetônico como espaço cênico.

 

A videoprojeção “Zeno Writing” (“A consciência de Zeno”, de 2002), de William Kentridge (Johannesburgo, África do Sul, 1955), com 11’12”, integra a produção do artista baseada no romance “A consciência de Zeno”, de Italo Svevo, um clássico da literatura italiana, publicado em 1923. Desenhos a carvão, imagens documentais da Primeira Guerra Mundial, teatro de sombras e música de ópera,  frases escritas e apagadas em nuvens de fumaça, formam o pano de fundo para a reflexão sobre conflitos pessoais em meio a situações de violência.

 

Armin Linke (Milão, Itália, 1966) está na exposição com duas fotografias de 1,5m x 3m, “Janela dentro do Ski Dome” e “Janela fora do Ski Dome”. Na primeira, vemos milhares de pessoas esquiando dentro do imponente estádio de Tóquio, e na segunda, em meio à metrópole, pode ser vista sua gigantesca estrutura. Seu trabalho discute as mudanças urbanísticas, antropológicas e culturais nas cidades.  “MICA” (1966), de Michelangelo Pistoletto (Biella, Itália, 1933), é uma pintura de acrílico e cristal de mica sobre tela, de 2,3m x 2m, pertencente à série “Objetos de menos”, em que o artista usa materiais cotidianos para criar o que definiu como “objetos” em lugar de “obras”, um conjunto de coisas díspares, ligadas exclusivamente por sua origem comum no pensamento criativo do autor. Mica é usado em uma série de aparelhos eletrodomésticos. Esta série é considerada chave para o desenvolvimento da arte povera.

 

O arquiteto Aldo Rossi está presente também nesta sala, com a maquete do Teatro “Carlo Felice”, de Gênova (1982-1984), correspondente ao projeto de restauro do edifício do século 19, destruído pelos bombardeios da Segunda Guerra Mundial. A relevância desta obra está na capacidade de dialogar entre arte e arquitetura.

 

“The kiss (let’s play DINASTY!)”, de 2000, de Francesco Vezzoli (Brescia, Itália, 1971), é um vídeo de 6’, com referências a filmes como “Violência e paixão” (1974), de Luchino Visconti, e à famosa série americana “Dinastia”, exibida na televisão nos anos 1990.

 

A Sala 4 é dedicada à instalação “Where is our place?” (“Onde é nosso lugar?”, 2003) do casal de artistas Ilya Kabakov (Ucrânia, 1933) e Emilia Kabakov (Ucrânia, 1945), que trabalha em conjunto desde 1989, em uma produção marcada pelas dimensões monumentais, que criam para o espectador jogos de mudanças de escalas e outras ficções teatrais. “Onde é nosso lugar?” combina três escalas. Acima do público, os pés de dois personagens gigantescos observam quadros emblemáticos da pintura tradicional. Na altura média do olhar do espectador, aparecem quadros menores, cada foto flanqueada por um texto; e sob o piso estará uma fotografia plotada no chão, com paisagens. “Ilya e Emilia Kabakov propõem uma inusitada viagem no tempo e no espaço para induzir uma reflexão crítica coletiva sobre o valor da arte contemporânea e do seu desfrute, em que todo é relativo e, ao mesmo tempo, o passado desacreditado sobrevive no presente, com a expectativa das novas gerações”, explica a curadora. Nesta mesma sala estará a obra “Aurora” (2003), de Mario Airò (Pavia, Itália, 1961), que recria, com uma tecnologia caseira, uma paisagem ao amanhecer.

 

 

Sobre a ENEL

 

A Enel é uma das empresas multinacionais de energia mais atuantes nos mercados globais de energia e gás, com foco na Europa e na América Latina. A Enel opera em mais de 30 países em quatro continentes, com capacidade de geração instalada de cerca de 90 GW e uma rede de distribuição de energia e gás que totaliza, aproximadamente, 1,9 milhão de quilômetros de extensão. No Brasil, a Enel tem uma capacidade instalada de cerca de 1.530,0 MW e atua em diversos segmentos do setor de energia, como geração, transmissão, distribuição e microgeração de energia solar. O grupo também atua no país com geração de energias renováveis por meio da Enel Green Power, que já detém a maior capacidade instalada em energia solar no Brasil.

 

 

Até 11 de setembro.

Jesper Dyrehauge no Brasil

22/jun

O artista dinamarquês Jesper Dyrehauge que ao realizar sua primeira individual no Brasil, onde apresenta obras inéditas  na Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, devido ao sucesso alcançado, ganhou alguns dias a mais para visitação até o próximo dia 25. A curadoria é da também dinamarquesa Aukje Lepoutre Ravn. A exposição terá 22 obras inéditas, das quais 12 pinturas produzidas no Rio de Janeiro em residência de mais de um mês do artista, e dez fotografias.

 

Em um trabalho singular, Jesper Dyrehauge usa cenouras como pincel, que aponta em formas geométricas – círculos, triângulos, quadrados – e usa como carimbos na tela de linho cru. “É um método para escapar das hierarquias e narrativas da pintura tradicional, e que permite imprevistos e sutis padrões que emergem do trabalho”, explica o artista.

 

As pinturas encontram-se no grande espaço térreo da galeria e serão penduradas com espaçamento assimétrico entre si. “O alinhamento será de acordo com o seu centro, criando assim uma topografia rítmica por toda a sala, uma vez que os olhos seguem as linhas horizontais que dividem cada trabalho. As oscilações de cor e intensidade contribuem para esse ritmo”, diz Jesper Dyrehauge. “Eu quero enfatizar os pequenos detalhes e variações dos trabalhos. Todas as telas têm um tamanho diferente, algumas com apenas alguns centímetros de diferença. As obras variam, claro, na composição das cores e na proporção, mas, muitas vezes, essa variação é bem pequena e direciona a atenção para um ritmo talvez mais lento de percepção”, ressalta o artista.

 

O artista vem utilizando cenouras como pincel nos últimos dez anos. Ele iniciou o processo pintando com batatas, mas percebeu que as cenouras davam o efeito que ele queria. “Eu não chamo meus trabalhos de pintura. Prefiro chamar de telas ou trabalhos, pois carimbar com uma cenoura é, de alguma forma, uma maneira de não pintar uma pintura”, afirma.

 

 

 

Esculturas fotográficas

 

No terceiro andar da galeria estará uma série de dez fotografias, medindo 45cm x 60cm cada, produzidas este ano. “As fotos pertencem a uma série contínua de esculturas fotográficas, em que utilizo pedras que encontro em caminhadas por diferentes praias na Dinamarca”, explica. Cada pedra tem um furo natural, formado pelo tempo, único na forma, com tamanhos que chegam a dez centímetros de diâmetro. “Para a foto, cada pedra é posicionada no topo de uma pequena elevação de plástico colorido, sobre uma folha de papelão, em frente a uma outra folha de mesma cor.  Desta forma, a imagem cria um espaço de primeiro plano e plano de fundo, com a pedra no centro. O furo em cada pedra  – quando visto na frente do papelão colorido – aparece como um ponto de cor. A série de fotos torna-se, assim, uma linha de pontos coloridos, mais uma vez evocando uma topografia rítmica, uma vez que o olho segue os pontos, e uma linha horizontal que aparentemente divide cada imagem”, explica o artista.

 

Jesper Dyrehauge esteve no país por seis semanas em 2013 em uma pesquisa com a curadora Lotte Moeller, que dirigia com ele o espaço alternativo Die Raum, em Berlim, a que esteve ligado até meados do ano passado, em uma viagem apoiada pelo Conselho de Arte da Dinamarca. “Desde então quis expor no Brasil…”, conta, “…e a oportunidade surgiu quando conheci o artista Otavio Schipper, que fez a ponte com Anita Schwartz”.

 

O título da exposição é o símbolo “~”, do latim, “que se refere a algo ‘ser similar’ ou ‘de mesma magnitude’ e, em inglês, lê-se como ‘proximidade’, explica a curadora. “Dyrehauge direciona nossa atenção para o poder transformador do ato de repetição”, afirma.

 

 

 

Até 25 de maio.

 

Galeria Marcelo Guarnieri Rio

13/jun

Em sua primeira exposição individual na Galeria Marcelo Guarnieri em Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, Masao Yamamoto, artista residente na cidade de Gamagori, Japão, exibirá três séries fotográficas distintas – “A Box of Ku”, “Nakazora” e “Kawa=Flow'”, realizadas entre 1990 e 2015. Junto a essas fotografias, são apresentadas cinco Caixas-Poemascada caixa tem em seu interior uma série de fotografias e um Haikai. Outro formato de exibição presente na mostra se dá através de livros, que são pensados pelo artista como um espaço expositivo dotado de uma dinâmica mais próxima do observador – livros sanfonados confeccionados a mão com imagens em escalas menores que as que comumente o artista realiza. As fotografias de Masao sinalizam a potência de uma poética da delicadeza. O artista possui trabalhos em coleções públicas e particulares nos EUA, no Museu Victoria&Albert, de Londres e na Maison Européenne de la Photographie, em Paris.

 

Em um mundo em que a imanência entre o homem e a natureza parece sinalizar uma ruptura, Masao Yamamoto debruça-se em suas fotografias para um olhar que ainda salvaguarda esta união. Em pequenos formatos, as imagens são tessituras, brechas, espaços de singularidades daquilo que mantém as relações entre os seres humanos e o espaço cíclico do natural: a memória e o tempo. O cotidiano, aspecto que singulariza o humano, torna-se no descuido do tempo algo ordinário. Interessa ao olhar não ocidental de Yamamoto, enxergar nas “pequenas coisas” imagens que se tornaram invisíveis no cotidiano, transformando-a em um profundo belo estético. Nada é pretensioso e desmedido, pois obedece ao tempo natural da vida. Após fotografar as imagens, o artista deixa que o tempo ordene a sua força, carregando consigo, em seu bolso, os momentos capturados. Com esse deslocamento, do homem-artista, as fotografias sofrem alterações: manchas, rasgos e vincos. As imagens têm seu tempo dilatado, um álbum construído com personagens e cenas de uma memória coletiva e em envelhecimento provocado.

 

Após a passagem por “imagens amareladas e em contraste acentuado” em “Box of Ku”, Masao sugere a suspensão do tempo, um intervalo, e que na língua de seu país pode ser traduzido como Nakazora, “um estado onde os pés não tocam o chão, o espaço entre o céu e a terra”. “Kawa=Flow” parte de um princípio budista, recontado pelas palavras do artista: “Buda ensinou que uma pessoa começa a viver para a morte no dia em que nasce, e não há nada mais óbvio que isso”. Série recente de sua obra intui, nesta, a dilação do tempo entre a vida e a morte ou os processos que ocorrem no espaço da natureza: Um rio, fluxos e passagens – nascimento/morte – passado/futuro.

 

obra de Masao Yamamoto é representada no Brasil pela Galeria Marcelo Guarnieri.

 

De 18 de junho a 23 de julho.

Livro de Adriana Fontes

09/jun

A artista Adriana Fontes lança seu fotolivro “Vestes Vestígios Rastros do Tempo”, no dia 09 de junho, das 19h às 22h, na Livraria Argumento, Leblon, Rio de Janeiro, RJ. A edição bilíngue (português e inglês) é um desdobramento da instalação audiovisual de mesmo nome, realizada na Galeria do Lago, entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015. Com 100 páginas, o livro reúne 98 fotografias selecionadas da exposição. A direção de arte é de Roberto Caldas – Garagem Design Integrado, com selo da Editora Philae.

 

A Instalação “Vestes Vestígios Rastros do Tempo” que gerou o livro foi um site specific (trabalho de arte criado exclusivamente para a galeria),  desenvolvido a partir de estímulos sensoriais e poéticos do Palácio do Catete (atual Museu da República), com curadoria de Isabel Portella. Ao longo de 12 meses, Adriana capturou imagens e sons do museu numa “conversa” imaginária com o espaço, palco de tantos acontecimentos sociais, articulações políticas e momentos de comoção nacional. A pesquisa transformou-se em dois vídeos projetados em tecidos fluidos que pendiam do teto. As imagens e a trilha sonora remetiam ao palácio como um local imaginário, transportando o espectador a outros espaços. O livro reúne uma série de fotografias feitas para essa instalação, na Galeria do Lago.

 

“O olhar de Adriana Fontes recai sobre detalhes que a cercam e coloca sobre eles novas luzes. As fotos vão revelando a delicadeza captada por Adriana em fragmentos de um tempo que antes parecia estagnado. São rastros do passado, vestígios que deixam pistas do que ocorreu nos salões centenários do Palácio da República”, comenta Isabel Portella. “O fotolivro é mais do que uma reprodução das imagens da exposição. Aqui, o discurso toma uma forma bidimensional, num tempo linear e sequencial, determinado pelo próprio objeto. As imagens são trabalhadas em duplas, criando novas frases visuais e novas sequências poéticas. A impressão traz uma nova dimensão perceptiva, revelando estilos que passam do abstrato à fotografia clássica”, explica Roberto Caldas.

 

 
Sobre a artista

 

Adriana Fontes especializou-se em Figurino Histórico Teatral e Cinematográfico, na Escola Arte Moda, em Florença (Itália); e em Pintura na Escola de Belas Artes Massana, em Barcelona (Espanha). Graduou-se em Licenciatura em Artes pela Bennett, RJ, fez pós-graduação em História da Arte e da Arquitetura no Brasil na PUC-RJ, e mestrado em História Social da Cultura também pela PUC-RJ. Fez diversos cursos de pintura, desenho e escultura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage, RJ. Foi Professora de Artes (e Figurino) em projetos culturais e em cursos no Rio de Janeiro, como na Universidade Estácio de Sá. Foi Cenógrafa e Figurinista em diversas produções teatrais e cinematográficas, como no grupo O Tal. Atuou no Atelier de Cerâmica, desenvolvendo peças escultóricas e utilitárias. No campo de Arte e Educação, trabalhou em importantes projetos, como o Núcleo de teatro da Escola de Artes Visuais do Parque Lage; Programa Educativo do CCBB – RJ; Núcleo de crianças e jovens da Escola de Artes Visuais do Parque Lage; MAM Educação, RJ.; e Centro Cultural Telemar, RJ. Fez pesquisa histórica de arte para a novela “Paixões proibidas”. No Museu Histórico Nacional, RJ, realizou a pesquisa e curadoria pedagógica da exposição “Caminhos de Santiago”; “Arte no Período Românico em Castela e Leão”. Fez a coordenação pedagógica do programa educativo do Museu das telecomunicações/Centro Cultural Oi Futuro, RJ. Participou da exposição “Campo de Livros II” no Centro Cultural da Justiça Federal, RJ, com o livro de fotografias “Desalinho” com curadoria de Marcos Bonisson. Seus trabalhos em vídeo já foram apresentados em mostras no Parque Lage, RJ. e no Centro Cultural do Castelinho, RJ, com curadoria de Analu Cunha. Recentemente, no Centro Cultural Getúlio Vargas RJ, participou do “AVID”, mostra de vídeos experimentais com curadoria de Marcos Bonisson.

 

 
Sobre a Editora Philae

 

A Editora Philae foi fundada em 2011 pelos sócios Gabriela Weeks e Marcus Telles. Seus primeiros lançamentos foram romances de novos autores em língua portuguesa. Em sua estreia, foi contemplada com o Edital de Apoio a Novos Autores Fluminenses da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, com o romance “A escolha de Sócrates”, de Claudio Telles. Em 2014, iniciou seus lançamentos na área de artes, com o livro “Cabeça”, de Milton Machado, com apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro. Em setembro de 2015, lançou o aplicativo Casa da Marquesa de Santos, em convênio com a Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro. Junto com a Secretaria de Cultura do Município do Rio de Janeiro, a editora está produzindo a exposição virtual e o livro com o acervo do Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro. Outro recente lançamento foi o livro comemorativo dos 20 anos de carreira do artista Walter Goldfarb, com patrocínio dos Correios.

 

Linguagens do corpo carioca

01/jun

O Museu de Arte do Rio inaugura “Linguagens do corpo carioca (a vertigem do Rio)”. Resultado de uma vasta pesquisa realizada sob a curadoria de Paulo Herkenhoff e cocuradoria de Milton Guran. A exposição reúne 800 obras de artistas consagrados – como Evandro Teixeira, Pierre Verger, Mario Testino, Bruno Veiga, Ana Stewart, Ricardo Chaves, Ricardo Beliel, Ana Kahn, Benoit Fournier, Marcia Zoet, Marcelo Correa, Daniel Martins, Alexandre Mazza, Gustavo Malheiros, – e nomes menos conhecidos, mas que igualmente captaram a essência da alma carioca por meio de seus trabalhos. A mostra integra a programação do “FotoRio 2016” e tem o apoio do banco J.P. Morgan.

 

“Linguagens do corpo carioca (a vertigem do Rio)” será inaugurada em 07 de junho, ocupando a galeria A do Pavilhão de Exposições. Para marcar a ocasião, às 11h, acontece uma Conversa de Galeria aberta ao público e com entrada gratuita. Participam do bate-papo os curadores e alguns dos artistas cujas obras integram a mostra.

 

Em cartaz durante os Jogos Olímpicos, a exposição toma como ponto de partida o corpo de quem vive na cidade para pôr em discussão a identidade social como uma espécie de gíria gestual. A abordagem transversal, característica comum às mais diversas mostras do MAR, se repete em “Linguagens do corpo carioca”, que é dividida em núcleos e traz à tona as mais diversas faces da vida na cidade.

 

Entre as tendências lançadas por aqui estão o highline (exercício de equilíbrio sobre uma fita elástica esticada entre dois pontos fixo no alto) e o surfe no trem. A camaradagem e a aproximação entre as classes, possível devido à segregação social marcante, estarão presentes em imagens do antigo Píer de Ipanema e dos cotidianos do samba e das comunidades. Também serão representadas as multidões nos jogos no Maracanã, manifestações políticas e até as filas do INSS. A famosa ginga das capas de discos da bossa nova, a cultura afro, a relação com o mar e personagens do imaginário do Rio também integram a mostra.

 

Na contramão das belezas de ser carioca, o visitante é confrontado com um Rio melancólico e marcado pela violência, por uma oposição ao prazer. Nesse contexto, três séries merecem destaque: a primeira, da artista Ana Khan, mostra o vazio deixado no exato local onde pessoas foram vítimas de balas perdidas; seguindo a mesma poética, fotos do coletivo Mão na Lata, feitas com uma câmera pinhole – que por ter uma fixação lenta da imagem não capta movimentos- mostram locais onde há somente construções, sem qualquer tipo de vida; fechando o núcleo, a série “Universidade Federal”, de Walter Carvalho, reflete sobre os lugares do crime na cidade.

Mostra de João Farkas

31/mai

O povo, a paisagem e a vida na vila de Trancoso e arredores entre 1977 e 1993, compõem a exposição com 27 fotografias (sendo 4 impressas em alumínio de alta permanência, e as restantes emjato de tinta sobre papel de algodão, com qualidade museográfica,  nas dimensões de 60 x 90 cm), que João Farkas apresenta na Paulo Darzé Galeria de Arte, Salvador, Bahia.

 

A relação de João Farkas com Trancoso vem de longas datas, inteiramente verificado ao nos defrontarmos em suas imagens com a construção de casinhas de barro, a subsistência pela pesca, o lazer por meio da natureza, e um cenário da vida de um local pacato, através de seu povo, da sua paisagem e do seu cotidiano em imagens da vila de Trancoso e arredores entre 1977 e 1993.  Para o fotógrafo, a mostra, onde vemos um local pacato, tem o desejo que o hoje tenha orgulho deste ontem e reconheça a cultura local, além de alertar os turistas para a beleza e a magia, e que não se esqueçam de olhar o céu.

 

AntonioRisério, em longo texto no livro, onde analisa antropologicamente e historicamente a região, inicia dizendo: “As fotos de João Farkas me tocam assim, simultaneamente, em três planos: o estético (lembrando-me uma observação de Victor Hugo em Os Trabalhadores do Mar: à beleza basta ser bela para fazer bem), o histórico e o antropológico, sem nunca eclipsar o presente. Deixo a leitura do plano estético para filósofos, artistas e críticos do fazer artístico. E me concentro no Brasil profundo da zona cabralina de nossa fachada atlântica, hoje tantas vezes transformado e desfigurado. Não para analisá-lo, obviamente, que isto aqui não é um estudo ou ensaio. Mas para tocar em alguns pontos memoriais e presenciais que as belas fotos de Farkas avivam”.

 

Durante a abertura da mostra foi lançado – nacionalmente – o livro “Trancoso”, Editora Cobogó, com 128 páginas, projeto gráfico de Kiko Farkas, textos assinados porWalter Firmo e Antônio Risério, com apoio editorial da Paulo Darzé Galeria de Arte.

 

 

 

A palavra do artista

 

João Farkas e a Bahia é um amor antigo. “Tem aí uma história boa também, um parentesco indireto com Jorge Amado, porque meu tio Joelson, muito próximo a nós (casado com a irmã de minha mãe, Fanny) era irmão de Jorge e James. E a Bahia sempre foi uma coisa muito presente em nossa família. Meu pai, Thomas Farkas, tinha um fascínio brutal pela Bahia. Perguntado certa vez quem ele gostaria de ser se não fosse o Thomaz, respondeu: Batatinha. Vim muitas vezes a Salvador com ele e me hospedei algumas vezes na casa do Rio Vermelho, tendo sempre a riqueza cultural baiana muito presente”.

 

“Com Trancoso a coisa aconteceu na época da contracultura, após a ressaca da militância política. Foi uma descoberta do paraíso. E minha ligação foi imediata. Pensei em morar lá, comprei terreno, fiz casa e inúmeros amigos. Mas percebi que se morasse lá não faria o registro daquilo tudo que me parecia tão frágil e tão preciso. Aquele equilíbrio de séculos entre o homem e seu ambiente que nós mesmos os forasteiros acabaríamos alterando. Os fotógrafos que estavam por lá tinham as lentes mofadas e os filmes derretidos pelo calor. Era impossível trabalhar morando lá. Então eu virei um cigano que vinha sempre que possível e fotografava sistematicamente tudo: o trabalho, as festas, as casas, as pessoas. Fui aceito como uma pessoa local. Fotografava livremente”.

 

“Então quando começaram a sugerir que eu fizesse exposição deste material e livro eu pensei que os primeiros que deveriam ver este material e poder usufruir dele seria a própria comunidade. Daí nasceu o projeto de um Memorial do Povo, da Cultura e da Paisagem de Trancoso. Um pequeno museu que inauguramos agora em março de 2016. Foram 30 obras doadas que estão expostas provisoriamente no espaço da comunidade, no centro de Trancoso. Esta foi minha doação a eles. Doei também o uso de minhas imagens da vila para usos culturais. Uma das sensações mais gratificantes de minha vida foi ver o pessoal de Trancoso curtindo a exposição, reconhecendo amigos e parentes, discutindo as fotografias e a forma de vida de então. Maravilhoso”.

 

“Trazer isto a Salvador é outra missão, que o Paulo Darzé me ajuda a cumprir. A gente tem a sensação que a Bahia tem tantas coisas maravilhosas: a chapada, Itacaré, a costa do coco, do dendê, o recôncavo, a Baía de Camamu, é tanta coisa, tanta riqueza, que a região de Trancoso é mais usufruída pelos ‘sudestinos’ como diz Risério ou pelos franceses, italianos, holandeses e americanos do que pelos próprios baianos. É preciso incluir Trancoso na geografia dos soteropolitanos”.

 

 

Texto de Walter Firmo – De Quase Nada, Tudo

 

Ao pousar os olhos nas fotografias obtidas pela retina humanitária de João Farkas – numa memorável viagem aos confins de um paraíso terrestre em vias de extinção – penso no fazer fotográfico; ou como foi bom para a pintura o descobrimento da fotografia, uma vez que, libertada revelaram-se os Picassos e Dalis relegando o homem máquina fotográfica como um instrumento que se alimenta da realidade e que muito circunstancialmente nos devolve algo que vale a pena. A fotografia ainda é demasiadamente jovem (infinitos serão seus rumos) para um vaticínio seguro de sua maioridade como arte ou aquilo. Afinal o que é arte? Nestas fotografias tenho a sensação da gratificação do estar, do viver e isto me basta. O João é um emissário audaz, vigilante na arte de transmitir encantos mil a desafortunados cosmopolitanos. A função social da fotografia é também nos remeter o sopro da aragem e o doce perfume da felicidade e João segreda, na função decimal do segundo eterno “amém” folhas e sentimentos, luzes e arrabaldes daquela comunidade costeira arredia mas hospitaleira.O brilho de Farkas é puro estado sólido do espírito lírico, direito clássico na maneira de olhar o valor das coisas dimensionando o simples e transformando o quase nada em tudo, isto porque o toque mágico da lira do povo – preciso e paulatino – mostra o afago da necessidade de se ver nenhum momento supérfluo, porém, intimista e revelador.Visionário e carinhoso azuleja o singular na razão direta do cidadão que ama seu país, enaltecendo suas cores, expressando sua aldeia e sua gente, discursando o ambiente iluminado e as nuvens glorificadas; de quebra uma inesquecível aula de sociologia desnudando com elegância o caráter dos caboclos, mulatos e cafuzos “com todas as suas roupas comuns dependuradas salpicando de estrelas nosso chão”. É ele quem diz: “Eu queria uma coisa que saísse do coração, não importava o tamanho.” Aí a gente medita e também galopa o prazer do seu olhar, a candura, o mistério, ser feliz é estar, heróis de si mesmos, o riso, o digno, o gesto, a fatalidade de ser simples.Aliás, seu impiedoso olhar equilibra-se na fronteira do fio da navalha flutuando entre o simples e o simplório. Porém, nosso “intrépido” cavaleiro apeando o animal enleva e sublima o passeio – pé-ante-pé, de porta em porta – e empunhando o bisturi de sua intacta retina revela amálgamas da alma primeira valorizando olhos, caras e bocas, decifrando-nos num estudo psicológico “farkiano” toda a sofisticação do simples onde a crítica cede lugar à análise e as doçuras e sutilezas desfilam ao sol dará – pois foi assim que o artista escolheu.

 

 

Até 14 de maio.

Nova representação

30/mai

A Galeria Silvia Cintra + Box4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, anuncia  que passa a representar a obra de Sebastião Salgado e sua primeira exposição na galeria será em julho deste ano.

 

Sobre o artista

 

Nasceu em 1942 na vila de Conceição do Capim , vive e trabalha em Paris. Sebastião Salgado hoje é reconhecido como um dos maiores nomes da fotografia mundial. Suas exposições já viajaram por todos os continentes do globo, sendo vistas por milhões de pessoas nos mais importantes museus do mundo.  Salgado possui também uma extensa bibliografia, sendo alguns de seus trabalhos mais conhecidos os livros das séries “Trabalhadores”, “Exodus” e mais recentemente “Gênesis”. Sebastião Salgado é também, ao lado de Lélia, com quem é casado, fundador do Projeto Terra, que apoia o reflorestamento e revitalização comunitária em Minas Gerais. Por ter uma obra extremamente ligada a causas sociais e humanitárias, Salgado é hoje Embaixador da Boa Vontade da UNICEF e membro honorário da Academia de Artes e Ciências dos  Estados Unidos. Recentemente o fotógrafo também foi eleito membro da respeitada Academia de Belas Artes da França. Em 2014 foi lançado o documentário “Sal da Terra” dirigido por Win Wenders e Juliano Salgado sobre a obra de Sebastião Salgado. O filme venceu o Cesar de Melhor Documentário e concorreu ao Oscar na mesma categoria.

Nova plataforma

25/mai

Com o objetivo de aproximar e conectar, através da tecnologia, artistas do público que se interessam pela arte contemporânea, as empresárias Manuela Seve e Renata Thomé, da Alpha´a, lançam aplicativo Alpha´a, é gratuito para ios e Android free onde artistas podem enviar obras, compartilhar a localização de seus estúdios receber visitas, e participar de votações. Após o resultado os ganhadores  tem retorno imediato de seus trabalhos através das votações, além de terem suas obras produzidas em edições tais como impressões de excelente qualidade, em papel e canvas. Trata-se de uma nova plataforma de artes. Atualmente são cerca de 1.000 artistas cadastrados.