Lançamento de catálogo

10/out

Quarta-feira, 30 de outubro, às 19h, tem visita guiada e lançamento do catálogo da exposição “Umas e Outras”, de Lenora de Barros, com as presenças da artista e da curadora Glória Ferreira, na Galeria Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, com entrada franca. O catálogo será distribuído aos visitantes neste dia.

 

Essa é penúltima mostra da programação 2013 da Galeria, espaço da Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Nela, Lenora de Barros exibe 65 colunas publicadas no “Jornal da Tarde”, de São Paulo, na década de 1990, vídeos inéditos, apresentados em díptico e tríptico, e uma intervenção sonora.

 

A exposição “Umas e Outras” está aberta ao público até 17 de novembro.

 

Nazareno em livro

27/set

A Galeria Emma Thomas, jardins, São Paulo, SP, lançou o livro “Num lugar não longe de você”. A edição exibe parte da produção dos últimos dez anos de criação do artista plástico Nazareno. O livro contempla notavelmente os desenhos do artista que em sua obra gráfica mescla o uso de imagens/ palavras/textos (pelos quais é conhecido) os mesmos são plenos de observações ora irônicas, ora poéticas acompanhadas de imagens alusivas a temas associados ao sujeito contemporâneo frente aos desafios cotidianos em sua busca por uma possível transcendência. O material traz um grande número de imagens de obras finalizadas, além de exibir registros dos cadernos de esboços e diários de imagens pessoais possibilitando ao leitor uma aproximação aos elementos que fazem parte do imaginário do artista.

 

Sobre o artista

 

Nazareno, São Paulo, SP, 1967. Vive e trabalha em São Paulo, SP. Nazareno aborda em suas obras aspectos relativos à memória, infância, contos de fadas, narrativas… bem como a fragilidade do sujeito contemporâneo frente à impossibilidade de transcendência. Realizadas em variadas mídias como desenho, esculturas, instalações, vídeos, gravuras, entre outras, são trabalhos que potencializam a atenção do espectador pelo caráter de sua miniaturização evidenciando outras realidades e eventualmente conduzindo o adulto/espectador a um estranhamento em seu rebaixamento a uma condição infantil. Com uma  carreira que conta com exposições nacionais e internacionais nos últimos quinze anos, além de prêmios e publicações em revistas, catálogos e livros de arte as obras do artista estão em diversas coleções públicas e privadas.

CONVITE

Neste sábado, 28/09, às 17h, acontece a palestra da psicanalista, pesquisadora e curadora Flávia Corpas com o tema “As coisas do mundo: a vida e a obra de Bispo do Rosário”, no Cinema 1 da CAIXA Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, como parte da mostra “Walter Firmo: Um Olhar Sobre Bispo do Rosário”.

 

A palestra tem entrada franca e as senhas começam a ser distribuídas 1 hora antes.

 

Flávia Corpas lançou, em agosto último, o livro “Arthur Bispo do Rosário – Arte Além da Loucura”, onde reúne textos inéditos de Frederico Morais, o crítico e curador que descobriu – ou inventou, como ele mesmo diz – o artista Arthur Bispo do Rosário. O livro, bilíngue (com versão em inglês), obteve o primeiro lugar na seleção de projetos de patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro através do edital Pró-Artes Visuais 2011.

Dois livros de arte

23/ago

Marta Martins: Narrativas ficcionais de Tunga

 

O lançamento do livro da Marta Martins, lançamento da Editora Apicuri, será lançado com palestra da autora no Salão Nobre do Parque Lage, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, às 18 horas do dia 06 de setembro.

 

O livro “Narrativas ficcionais de Tunga” é adaptação da tese de Marta Martins, professora de desenho, artista, teórica e crítica, e, mais recentemente, fotógrafa. Marta se debruça sobre as obras de Tunga, artista que “mantém um alto nível de qualidade formal em seus trabalhos, não importando a natureza dos materiais utilizados, e (que) conquistou amplo espaço de atuação, tornando-se um dos nomes mais reconhecidos da arte brasileira no exterior”. A proposta da autora “ao incursionar por suas obras de distintos modos” é mostrar que o trabalho do artista, por meio de diversas experimentações estéticas, gera toda sorte de enigmas, introduzindo-se também noutras instâncias teóricas, como a psicanálise e as ciências sociais. Suas esculturas, instalações, vídeos, textos, desenhos, fotografias e até as pessoas utilizadas como mais um material de trabalho em suas instaurações, permitem configurações abertas em cada montagem. O espaço de tensão formal relacionado com questões próprias das artes visuais abriga ao mesmo tempo, em sua obra, uma série de desvios e licenças de cunho alegórico e ficcional, além de um explícito hibridismo nas suas formas e conceitos. Assim, materiais como seda, lâmpadas, cobras, metais, ossos e agulhas, somados a corpos humanos, textos e filmes, formam o vertiginoso e mutante universo narrativo do artista. Nada parece ser definitivo, nem mesmo neutro ou vazio, pois a peculiar rasura com a qual a natureza da linguagem se constitui é dobrada e disposta em camadas ao longo de seu inesgotável processo. Precisão teórica, abordagem aguçada e, principalmente, admiração pela produção de Tunga se combinam e nos proporcionam, por meio de um texto inteligente, uma reflexão perspicaz e apaixonada a respeito das “narrativas ficcionais” do artista plástico.

 
Sobre a autora

 

Marta Martins é ensaísta e fotógrafa. Nasceu em Santana do Livramento, RS, em 1962, vive e trabalha desde 1983 em Florianópolis, SC. Possui graduação em Licenciatura Plena em Educação Artística pela Universidade do Estado de Santa Catarina (1988), mestrado em Artes Visuais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995) e doutorado em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Atualmente é professora–titular da Universidade do Estado de Santa Catarina. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Artes Plásticas, atuando principalmente nos seguintes temas: Desenho, Teoria da Modernidade, Literatura, Arte Contemporânea, Teoria da Imagem, História e Crítica da Arte, e Fotografia.

 

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Lygia Pape e Hélio Oiticica por Fernanda Pequeno

 

A curadora e crítica de arte Fernanda Pequeno lança no dia 07 de setembro, no Armazén 1, Pier Mauá, Praça Mauá, Rio de Janeiro, RJ, livro com o selo da Editora Apicuri sobr a obra dos artistas Lygia Pape e Hélio Oiticica.

 

Fernanda Pequeno parte de conversações e fricções entre as poéticas dos artistas Hélio Oiticica e de Lygia Pape para frisar semelhanças, acentuar diferenças e apontar aproximações e divergências entre as duas linguagens. Uma das questões que permearam toda a análise foi a existência de conflitos políticos e sociais — por conta do momento político dos anos 1960-70 no país — que inter­feriram e nortearam a produção de ambos os artistas, que introjetaram certa contradição ou ambiguidade. Pape e Oiticica optaram por um viés de produção altamente experimental, e seu caráter político e trans­gressor configurou-se pela negação do que estava instituído e por uma confiança no engajamento da jovialidade brasileira abrindo possibilidades de escrita de uma ou mais histórias, mesmo que fosse necessário herdar e deglutir influências estrangeiras.

 

A própria autora atribui a sua escolha por Lygia Pape e Hélio Oiticica quase que como uma intuição, espécie de “afinidades eletivas”. Apesar de Hélio e Pape já terem sido muito revistos pela história da arte moderna, não deixa de ser legítimo buscar possibilidades de novas leituras, principalmente na obra do Hélio. E foi isto que Fernanda conseguiu, ao rever a produção dos dois artistas.

 

Sobre a autora

 

Fernanda Pequeno é curadora, crítica de arte e professora de Artes Visuais e História da Arte do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira (CAp/Universidade do Estado do Rio de Janeiro — Uerj). Doutoranda em Artes Visuais, na linha de pesquisa História e Crítica da Arte, pelo Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas-Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde foi bolsista Capes/UFRJ. Realizou estágio de doutorado (bolsa-sanduíche Faperj) no Research Centre for Transnational Art, Identity and Nation (TrAIN — Chelsea College of Art & Design, Londres). É mestre em Artes pelo Programa de Pós-Graduação em Artes da Uerj. Vem realizando curadorias e publicando textos em revistas acadêmicas, magazines, folders e catálogos de exposições desde 2002.

 

 

Insólitos e Concretos na Arte Aplicada

13/ago

No mercado há mais de três décadas, a galeria Arte Aplicada, Jardins, São Paulo, SP, tem como principal foco a diversidade. A galeria marcou o início da carreira de artistas hoje renomados, como Guto Lacaz e Palatnik, entre muitos, e também do argentino León Ferrari no Brasil, e mantém ainda olhos abertos para o futuro, apostando sempre em novos nomes. O próximo cartaz da Arte Aplicada é o pintor Herton Roitman, com 20 obras das séries inéditas “Insólitos e Concretos“, curadoria de Sabina de Libman, com assamblage, colagens e pinturas. Na mesma ocasião, realiza o lançamento do livroIntensa Magia“, da jornalista, escritora e dramaturga portuguesa, radicada no Brasil, Maria Adelaide Amaral.

 

Seguindo uma constante em seu trabalho, Herton Roitman utiliza-se de objetos e materiais não inerentes à pintura na criação da série “Insólitos”. Com obras tridimensionais – feitas a partir de fragmentos pinçados na realidade urbana da cidade – Roitman transmite sua influência teatral, cenográfica. Já em “Concretos”, o artista exibe seu lado criterioso e perfeccionista, ao utilizar-se, organizadamente, de formas geométricas e de cores intensas, remetendo seu trabalho a um conceito, de certa forma, utópico. Sintonizado com o tempo e com o mundo que o cerca, Roitman define-se como um observador, imerso em um grande centro urbano caótico, porém inspirador: “Me encantam as grandes cidades….Tenho minhas defesas, como a musica que é minha grande paixão. Meu trabalho é minha interferência no meio deste caos”.
Livro
Por sua vez, Maria Adelaide Amaral retrata, em “Intensa Magia”, um lançamento da Giostri Editora, apresenta uma comédia dramática focada na relação familiar. O tema é discorrido a partir do aniversário do patriarca da família, Alberto, indivíduo descontente com a vida e amargo, que decide expor, de maneira inesperada, as insatisfações familiares acumuladas ao longo dos anos. As declarações ocorrem na mesma data em que Zezé, sua filha mais nova, faz o anúncio de seu noivado.
Sobre o artista

 

Herton Roitman nasceu em Porto Alegre, RS. Pintor e gravador, reside e trabalha em São Paulo, SP, desde 1968. Formou-se como ator pela Universidade Federal de Minas Gerais. Estudou desenho, tecnologia da cor e História da Arte em cursos de extensão universitária pela mesma Universidade. Foi coordenador cultural de artes cênicas da Fundação Itaú Clube de 1978 a 1987. De 1979 a 1984 foi professor de educação artística nos colégios Palmares e Galileu Galilei. Desde 1986 dedica-se exclusivamente às artes visuais realizando exposições individuais e coletivas em salões e galerias profissionais no Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.

 

 

Sobre a escritora

Maria Adelaide Amaral  é jornalista, escritora e dramaturga, sua primeira peça foi “A Resistência”, 1975, mas o primeiro texto montado foi “Bodas de Papel”, em 1978, em São Paulo. Publicado em 1986, “Luísa, Quase uma História de Amor”, deu-lhe o prêmio Jabuti de melhor romance daquele ano. O convite para a TV veio em 1990, quando Cassiano Gabus Mendes a chamou para escrever com ele a novela “Meu bem, meu Mal”. Autora de vários romances, adaptações e traduções de textos teatrais, sua biografia “A emoção libertária”, escrita por Tuna Dwek, foi publicada pela Imprensa Oficial.

 

 

De 17 a 31 de  Agosto.

 

Julio Plaza Poética | Política

26/jul

 

O livro “Julio Plaza Poética | Política”, é uma cuidadosa publicação da Fundação Vera Chaves Batcellos, Viamão, RS, contemplada no Projeto Conexão Artes Visuais Minc/Funarte/Petrobras por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. O primeiro lançamento ocorreu em Porto Alegre, no Santander Cultural, e o próximo será em São Paulo, no MASP. O lançamento será precedido das palestras de Inês Raphaelian, artista plástica, curadora independente, gestora e produtora cultural e Omar Khouri, poeta, artista gráfico, editor, historiador e crítico de linguagens.

 

 
Sobre o artista e os textos

 

“Julio Plaza Poética | Política” é a primeira publicação no Brasil dedicada ao artista e reúne textos assinados por artistas e pesquisadores como Alexandre Dias Ramos, o poeta Augusto de Campos, Cristina Freire, o filósofo espanhol Ignacio Gómez de Liaño, Regina Silveira, Vera Chaves Barcellos, além de um artigo de apresentação assinado pelo próprio Julio Plaza, artista falecido em 2003. Espanhol radicado em São Paulo desde 1973, Julio Plaza engajou-se em praticamente todos os desenvolvimentos tecnológicos das artes, do videotexto, à holografia, à arte digital, pioneiro que foi em várias dessas experiências, envolvendo novos suportes e novas mídias. O livro inclui imagens de suas obras, desde as primeiras criações nos anos 1960, na Espanha, até suas últimas produções no Brasil com cronologia do artista. O livro traz encartado um DVD com o documentário “Julio Plaza – o poético e o político”, de 30min.

 

 
Sobre o livro

 
A presente publicação visa suprir uma lacuna na quase inexistente bibliografia disponível sobre Julio Plaza, cuja obra permanece credora de estudo e pesquisa. A artista Regina Silveira (companheira de Julio Plaza entre 1967 e 1987) recupera em depoimento memórias pessoais da convivência nos primeiros anos de Julio Plaza no Brasil e de suas experiências na Universidade de Porto Rico. Vera Chaves Barcellos faz referência ao curso Proposições Criativas, realizado por Plaza, em 1971, em Porto Alegre, junto a um grupo de alunos do Instituto de Artes da UFRGS .Cristina Freire tece um panorama da arte no Brasil, onde insere Julio Plaza, vindo de uma tradição construtivista espanhola dos anos 1960, e destaca sua afinidade com o concretismo brasileiro. A obra construtivista de Julio é abordada em texto produzido na década de 60, ainda em época anterior a sua vinda para o Brasil, cujo autor é o então jovem poeta e filósofo espanhol Ignacio Gómez de Liaño. O poeta Augusto de Campos narra como foi seu encontro artístico com Julio Plaza, e como dele resultaram as obras em parceria como os célebres poemas-objeto “POEMÓBILES”, e também “CAIXA PRETA” e “REDUCHAMP”, livros de artista que brincam com os limites de texto e imagem, arte e literatura. A publicação contém também um extrato do depoimento do próprio artista sobre sua obra e trajetória, por ocasião da sua apresentação como candidato a professor assistente na ECA, USP, em 1994. O último capítulo é assinado por Alexandre Dias Ramos e destaca a exposição Julio Plaza: Construções Poéticas realizada em 2012, na Sala dos Pomares da Fundação Vera Chaves Barcellos.

 

 
Sobre o documentário

 
A publicação é acompanhada pelo vídeo “Julio Plaza – o poético e o político”, com direção de Hopi Chapman e Karine Emerich, da Flow Films, e foi produzido pela FVCB com apoio do MAC/USP, para a exposição realizada em 2012 na Sala dos Pomares. O documentário em média-metragem foi gravado na Espanha e no Brasil, traz depoimentos de artistas e intelectuais que conviveram com Julio Plaza. Compondo um interessante mosaico sobre a personalidade artística e a abrangente obra de Plaza, o documentário reconstitui sua trajetória desde as primeiras exposições, como a do grupo de vanguarda e novas tendências, Grupo Castilla 63 (realizada em 1963 na Espanha), sua vinda em 1967 ao Brasil, integrando a representação espanhola para a 11ª Bienal Internacional de São Paulo, e sua transferência em 1969 para Porto Rico, onde organiza uma das primeiras mostras de arte postal das Américas e também quando inicia sua atividade de professor, na qual permaneceria, posteriormente, no Brasil, até o fim de sua vida, ligado à ECA/USP, FAAP, PUC/SP e UNICAMP, formando e influenciando gerações de artistas. Vera Chaves Barcellos gravou pessoalmente em Madrid os testemunhos de Luis Lugán, precursor da arte tecnológica espanhola; de Julián Gil, veterano artista expoente do concretismo espanhol e Ignacio Gómez de Liaño, escritor e filósofo, todos, de uma maneira ou outra, vinculados à arte experimental e às vanguardas poéticas espanholas da década de 1960. No Brasil, foram gravados depoimentos das artistas Regina Silveira, Lenora de Barros, e Inês Raphaelian além do fotógrafo gaúcho Clóvis Dariano. E ainda Cristina Freire, pesquisadora e vice-diretora do MAC-USP, Gabriel Borba, artista e professor de artes da USP, Martin Grossman, pesquisador e diretor do IEA-USP e Ana Tavares, artista e professora da ECA-USP, além de Augusto de Campos.

 

 

Sobre o lançamento

 

A publicação “Julio Plaza Poética|Política”, tem projeto gráfico da Roka Estúdio, 160 páginas,versões em inglês e espanhol e tiragem e distribuição limitadas. O livro não está disponível à venda. Em São Paulo o lançamento será no dia 30/07, no Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand – MASP, com as palestras de Inês Raphaelian e Omar Khouri.

Passagens bíblicas de Carlos Araujo

22/jul

 

A Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “Genesis“, exposição individual de pinturas de Carlos Araujo, que retrata passagens bíblicas em 15 obras em óleo sobre tela. A mostra celebra a Jornada da Juventude e a vinda do Papa Francisco ao Brasil.  Há 30 anos Carlos Araujo trabalha apenas sobre o tema sacro, retratando citações da Bíblia, e reúne um acervo impressionante: já pintou 2 mil telas sobre 750 citações. Na mostra carioca, através de seu estilo o artista exibe obras relativas ao livro do Antigo Testamento.

 

 

Paralelamente à mostra será lançado o terceiro livro do artista, “Gênesis”, com 300 páginas, capa dura e sobrecapa, em tiragem de 3 mil exemplares. Composto por telas dispostas em ordem cronológica, traz títulos que fazem referência direta às passagens retratadas. Carlos Araujo morava em Paris quando um convite mudou sua carreira – e sua vida pessoal. “Em 1989, lancei um livro de litogravuras editado por Claude Draeger para a Édition Anthèse, que abordava a temática da não-espiritualidade como uma das causas da miséria humana. Pesquisando, vi que isso não tinha fim. Neste momento recebi uma encomenda de uma grande editora francesa para um livro sobre o Apocalipse de São João – um livro enorme, com capa de bronze. Foi a grande virada: digo que entrei na Bíblia quase por imposição. Mas nunca mais saí dela”, conta o artista.

 

 

A partir daí, Carlos Araujo entrou “em uma viagem sem fim”, como ele mesmo define. Não sem sacrifício. “À medida que você penetra neste universo, tudo o que você achava sobre as coisas deixa de ser e o que você não percebia passa a existir. Foram três anos de reviravolta pessoal, mas depois tudo passou a fluir mais facilmente. E tive a consciência do que teria de fazer com minha arte dali para a frente”, conta.  O galerista Sergio Gonçalves conhece o artista há bastante tempo, e queria muito trazê-lo para a galeria. “Araujo é o único artista brasileiro que tem um quadro no Museu do Vaticano, o painel “Anunciação”, de 1979, e também o único a expor no Parlamento Europeu”, atesta Gonçalves. A mostra no Vaticano aconteceu em 2009, na Basilica Papale di San Paolo, em decorrência do lançamento de seu primeiro livro, “Bíblia Citações” – uma edição de 685 páginas com  a reprodução de 900 obras, com 50cm de altura e pesando 10 quilos, cujo primeiro exemplar foi entregue ao Papa Bento XVI. A individual no Parlamento Europeu ocorreu em 2012 e denominava-se “Peintures de la Biblie”.

 

 

Araujo já tem dois livros com esta temática: além de “Bíblia Citações”, de 2007, lançou, em 2010, “Araujo – Pinturas do Antigo e Novo Testamento”. Na mostra atual  também será lançado o aplicativo para iPad Bíblia em 1000 imagens, com obras do Gênesis ao Apocalipse, lançado este mês em versão eletrônica em quatro línguas, e que até o fim do ano que vem será lançada em mais oito. “Até agora foram 2 mil quadros retratando 750 passagens. Como a Bíblia tem 35 mil citações, acho que ainda tenho um longo caminho pela frente”, diz o artista. “Além do mais, à medida que me aprofundo no estudo dos textos bíblicos, os quadros vão fluindo mais facilmente. E ao traduzir este ensinamento em imagens, me aproximo mais da igreja primitiva, em que as mensagens eram passadas pictoricamente, já que poucos sabiam ler. É quase uma missão: não sem sacrifício, mas com muito prazer”, finaliza.

 
Sobre o artista

 

Carlos Araujo nasceu em São Paulo, SP, 1950. Entre as principais exposições coletivas e individuais que realizou destacam-se: 1973 – Museu de Arte de São Paulo, MASP, São Paulo, SP, – integra a exposição “Imagens do Brasil”; 1974 – Museu de Arte de São Paulo, MASP, São Paulo, SP, – individual; 1979 – Museu de Arte de São Paulo, MASP, individual, Museu do Vaticano – painel “Anunciação”; 1984 -Museu de Arte Brasileira, MAB, São Paulo, SP, – individual; Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo, SP, lançamento, “Araujo”, Monografia – Éditions Anthèse, Claude Draeger, Paris; 1988 – lançamento, “Araujo – Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, livro-objeto – litografias originais – French Art Book Editions, Ariane Lancell, Paris; 1993 -Fundação Danielle Miterrand – painel “As crianças do Brasil”, Paris; 2007 – Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença, Sala Especial, Florença, Itália; lançamento, “Araujo – Bíblia – Citações 1028 pinturas” – livro, cujo primeiro exemplar foi entregue ao Papa Bento XVI pelo Governo do Estado de São Paulo; Fundação Casa França-Brasil – individual – Rio de Janeiro, RJ; 2008 – Carroussel du Musée du Louvre – coletiva, Paris; 2009 – Basílica Papal de São Paulo – individual, Vaticano; 2010 – Museu Brasileiro da Escultura, MuBE, – individual – São Paulo; 2012 – Parlamento Europeu – individual – Bruxelas, Bélgica.

 

 

De 23 de julho a 24 de agosto.

Lançamento e sessão de autógrafos

17/jul

A Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, recebe em seu espaço para o lançamento do livro “Palácio: Alvaro Seixas, Hugo Houayek, Rafael Alonso” e uma sessão de autógrafos com os artistas. Na noite do evento será realizada também uma mostra relâmpago com obras dos três artistas. Alvaro Seixas é representado pela galeria, onde realizou mostra individual em 2012.

 

“Palácio” foi uma exposição que ocorreu nos meses de outubro e novembro de 2012, no Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro, com obras de Alvaro Seixas, Hugo Houayek e Rafael Alonso. Foram apresentados trabalhos concebidos especificamente para o mezanino do edifício, pensa­dos para estabelecerem um diálogo entre si e o prédio. A exposição resultou de projeto concebido pelos três artistas, contemplados com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea2011, Projéteis Funarte de Artes Visuais Rio de Janeiro.

 

O livro “Palácio: Alvaro Seixas, Hugo Houayek, Rafael Alonso” consiste não apenas de um catálogo que documenta e investiga exaustivamente a mostra em questão, mas explora também as produções individuais dos três artistas, a partir de imagens de algumas de suas mais significativas obras anteriores e de entrevista realizada com os artistas pelo crítico e curador de arte Felipe Scovino e pelo artista e crítico de arte Fernando Gerheim. A publicação conta com as versões em inglês dos textos originais em português.

 

 

Sobre os artistas

 

Alvaro Seixas, Rio de Janeiro, 1982, é artista visual. Atualmente cursa doutorado em linguagens Visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela qual é Mestre, na mesma linha de pesquisa. Graduou-se em Pintura na mesma instituição. Em suas obras e escritos explora principalmente as noções de “pintura”, “abstração” e “apropriação”. Em 2011, publicou o livro Sobre o Vago – Indefinições na Produção Artística Contemporânea, pela editora Apicuri.

 

Hugo Houayek, Rio de Janeiro, 1979, é artista visual com mestrado em Linguagens Visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro, graduado em Pintura na mesma instituição.
Desenvolve uma pesquisa artística sobre o campo pictórico, suas margens e limites, en­tendendo a pintura, em suas próprias palavras, “como um corpo que nos olha incessantemente”. Publicou em 2011 o livro “Pintura como Ato de Fronteira – o confronto entre a pintura e o mundo”, também pela Editora Apicuri.

 

Rafael Alonso, Niterói, 1983, é artista visual. Cursa o mestrado em Linguagens Visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduou-se em Pintura na mesma instituição. Em seus trabalhos, propõe negociações entre a pintura e o cotidiano.

 

Data: 18 de julho, 19h.

 

 

Livro na Milan

23/mai

A galeria Milan, Vila Madalena, São Paulo, SP, realizou – dia 23 de maio – o lançamento de livro sobre a obra do artista plástico Paulo Pasta. O livro é um levantamento dos trabalhos do artista desde a década de 1980 até a atualidade, apresentando mais de 160 obras que evidenciam as diferentes fases de sua trajetória. A autoria é de Roberto Conduru, com o selo da Editora Barléu. São 215 páginas em capa dura.

 

Sobre o artista

 

Nasceu em Ariranha, SP, 1959. Doutor em artes visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA / USP, SP. Recebeu a Bolsa Emile Eddé de Artes Plásticas do MAC / USP, SP, em 1988. Dentre as exposições realizadas recentemente, destaque para individual na Fundação Iberê Camargo, em 2013, no Centro Cultural Maria Antonia, em 2011, para o Panorama dos Panoramas, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 2008, e para individual na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2006. Como professor, lecionou pintura na Faculdade Santa Marcelina – FASM, entre 1987 e 1999, desenho na Universidade Presbiteriana Mackenzie, entre 1995 e 2002, e pintura na USP, em 2011 e 2012. Leciona na FAAP desde 1998.

Livro de Ascânio MMM

26/mar

 

“Um imenso desafio de levantamento historiográfico à altura da obra de Ascânio MMM”. É assim que Paulo Herkenhoff, um dos mais respeitados curadores e críticos de arte do Brasil, define o livro “Ascânio MMM: Poética da Razão”, BEĨ Editora, que o autor lança, na Livraria da Travessa, Ipanema, Rio de Janeiro. A publicação é resultado de quatro anos e meio de trabalho. Foram mais de 50 conversas entre o crítico e o artista, que também abriu seus arquivos, depósito de obras e mapotecas, no ateliê, além de uma intensa troca de e-mails.

 

Nas quase 300 laudas de seu ensaio inédito, Herkenhoff propõe uma revisão crítica da trajetória e da obra do escultor carioca, como Ascânio MMM gosta de ser chamado – radicado no Rio de Janeiro desde 1959, quando tinha 17 anos, Ascânio nasceu em Fão, vila de origem medieval localizada no norte de Portugal.

 

“O sistema de valores da obra de Ascânio solicita que se examine sua gênese, até aqui insuficiente ou mesmo equivocadamente explorada. (…) Essa obra precisa ser explorada num plano retrospectivo que lhe defina com mais vigor o lugar histórico”, aponta o crítico, logo no primeiro dos 22 capítulos do livro.

 

O ensaio “historiográfico e teórico” de Paulo Herkenhoff reconstrói a trajetória de Ascânio MMM, desde a influência de aspectos culturais de sua origem portuguesa; sua formação na Escola Nacional de Belas Artes, 1963-1964 e na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, 1965-1969 – ambas da Universidade Federal do Rio de Janeiro; o esforço de construção da linguagem e de seus signos materiais; as proposições fenomenológicas e simbólicas de sua obra; sua participação no processo histórico da arte brasileira, sobretudo na Geração MAM (formada entre os anos 1960 e 1970 no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro); o âmbito de sua produção, seu programa estético, a poética e o sentido da obra; a vontade construtiva e o viés arquitetônico de sua escultura vinculado à questão social da habitação.

 

A história de Ascânio também é reconstruída ao longo das quase 400 imagens reunidas na publicação. Através delas, o leitor tem um panorama de sua produção artística, desde as torções da primeira escultura de 1964, passando por suas obras no espaço público do Rio de Janeiro, até chegar aos “Flexos” e às “Qualas”, seus trabalhos mais recentes.

 

Texto e imagens de Ascânio MMM: Poética da Razão revelam a obra de um artista construída a partir de diferentes influências e questões centrais na arte brasileira dos últimos 50 anos, suscitando ao longo de sua análise revisões críticas e historiográficas.

 

Este livro se configura como uma leitura obrigatória e uma nova possibilidade de encontro com a obra de Ascânio MMM e até mesmo com a história recente da arte brasileira. Para Paulo Herkenhoff, por mais de quatro décadas, desde os primórdios de seus estudos de arte em 1963, Ascânio MMM manteve uma produção consistente. Das torções da primeira escultura de 1964 aos Flexos e às Qualas não foi a forma que regeu as decisões, mas seu fundamento matemático e arquitetônico, os problemas espaciais convertidos em experiências do tempo.

 

Lançamento: 27 de março.