Toyota por Klintowitz

27/set

Klintowitz-Toyota

Reunidos, o Ministério da Cultura, Cinemateca Brasileira, Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural e Bradesco Seguros, apresentam o lançamento – com exposição de esculturas – do livro “A leveza da matéria” de autoria do crítico de arte Jacob Klintowitz. Nesse novo volume de sua extensa e criativa produção, Klintowitz aborda a obra do artista Yutaka Toyota e sobre o trabalho realizado afirma: “Pensar este livro, encontrar a palavra justa para criar a equivalência entre o verbo e a forma tão sutil e pura, foi significativo para mim: estive na dimensão da sensibilidade”. A mostra de esculturas de Toyota encontra-se em cartaz na Cinemateca Brasieleira, Vila Clementino, São Paulo, SP.

 

Trechos do livro

 

…Quem sonhou esta escultura que une dois continentes e povos foi um artista chamado Yutaka Toyota. Uma obra de arte é feita de sonho – alguém a sonhou – imaginação e matéria, concretude e desejo, signo e símbolo. É este conjunto que define a natureza da obra e nos diz de sua dimensão e de seu alcance. E de sua grandeza intrínseca.

 

…A permanente participação do público na sua obra tem outro caráter e é de natureza diversa. Yutaka convida o público a meditar sobre a essência do real, a descartar a aparência como verdade e a perceber o oculto como parte do existente. Mais até do que isto, a obra de Yutaka Toyota se oferece ao público para partilhar certo estado de percepção. Não para saber a verdade do invisível, do não visto, mas para estar neste espaço do oculto.

 

…O processo criativo de Yutaka Toyota se constitui a partir de dois estamentos constantes e exatos. O primeiro é a intuição, o sonho, o conceito, nesta ordem. Ele sonha com universos. Yutaka pensa o espaço sideral. E o segundo, é o minucioso trabalho de construtor que o leva à busca da forma impecável executada de maneira justa, perfeita, similar ao que a intuição lhe mostrara. Um engenheiro cósmico. É o método Yutaka Toyota.

 

…Neste sentido, à medida que o artista avança na sua procura e identificação do invisível, mais a sua obra é feita de desprendimento. O seu aprendizado é o de tornar-se, por sua vez, invisível. A escultura de Yutaka Toyota é feita de visibilidade e invisibilidade, de oculto e evidência, de claro e escuro, de cor e não cor. Entretanto, a obra é visível e o autor, cada vez mais, invisível.

 

De 30 de setembro a 06 de outubro.

Novo livro de Visconti

21/set

Patinhos no lago

O mais expressivo representante da pintura impressionista no Brasil, Eliseu Visconti, terá sua vida e sua obra apresentadas em novo livro. São 276 páginas, compreendendo textos de diversos autores e imagens das obras mais representativas da carreira do artista. O lançamento coincide com a oportunidade única de podermos apreciar um conjunto de obras emblemáticas do impressionismo europeu, na exposição de 85 telas do acervo do Museu d’Orsay, em apresentação no CCBB de São Paulo e, em breve, no do Rio de Janeiro.

 

Admirado mundialmente, o movimento impressionista representa o grande salto das artes plásticas para a modernidade. No Brasil, entretanto, os artistas que primeiro se deixaram influenciar pela pintura impressionista foram injustiçados por uma historiografia que preferiu renegar tudo o que ocorreu nas artes plásticas anteriormente à Semana de 22. Enquanto as obras modernistas foram associadas a uma produção genuinamente nacional, designou-se que as obras de nossos artistas impressionistas seriam imitativas e tardias. Como se o expressionismo e o cubismo não tivessem por aqui aportados, tal qual o impressionismo, cerca de duas décadas após terem surgido na Europa. Uma revisão dessa história está em curso, defendida por renomados críticos e professores de arte, como Rafael Cardoso, Jorge Coli e Paulo Herkenhoff, reposicionando a importância dos artistas que abriram caminho para o modernismo no Brasil e assegurando para Visconti seu lugar entre os maiores pintores brasileiros.

21 PINTURAS DE GONÇALO IVO

05/jul

Anita Schwartz Galeria, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta, a exposição “Lamento”, do artista plático Gonçalo Ivo e lançamento do livro “Oratório” (Contra Capa Editora, 2012), que traz a produção pictórica de Gonçalo Ivo desde 2009 e inclui as séries que o artista batizou de “Oratório”, “Acorde”, “Fuga” e “Lamento”. Gonçalo Ivo exibe 21 pinturas em óleo sobre tela, produzidas entre 2010 e 2011.

 

Os trabalhos expostos estarão no livro e o titulo da exposição surgiu como alusão a um tipo de música muito usado pelos compositores do barroco alemão, inglês e italiano.

 

A palavra do artista

 

“Mesmo compositores de blues e jazz bem como algumas toadas nordestinas fazem referência a este ‘estilo musical’. Segundo os dicionários, tem a ver com canto de dor, e é neste sentido e também como exaltação da criação e num mergulho cada vez mais radical em minha própria poética – fazer a cor e o que ela engendra enquanto forma – que vejo a necessidade de expressar o que em mim é singular”.

 

“É uma série inédita, indivisível, formando uma só obra. É um poliptico onde cada pintura tem sua autonomia, porém se vincula ora formalmente, ora sob o ponto de vista cromático com o todo bem como com a que lhe precede ou sucede”.

 

 

Até 07 de julho.

NOVO LIVRO DE GONÇALO IVO

02/jun

Escrito em português, francês e inglês, sai com o selo da Contracapa Editora, o novo livro sobre a produção pictórica de Gonçalo Ivo. Reúne aproximadamente 170 óleos, têmperas e aquarelas, subdivididos em “Oratórios”, “Acordes”, “Fugas” e “Lamentos”, “…abordados por quatro textos críticos, cuja ênfase recai sobre temas avessos ao que predomina no discurso artístico contemporâneo: a intuição própria à criação, a inconsciência imaginativa ativada pelas mãos, a presença do espiritual na arte e o uso sensual de impulsos atávicos desconectados de intervenções ou instalações em instituições sociais”.

 

Luiz Eduardo Meira de Vasconcellos afirma que o livro “…nasceu de uma provocação, no sentido de trazer à voz uma fala que, entre outras coisas, guarda valor religioso e se encanta no que passa à frente da vida cotidiana. Sobre o fundo de silêncio atemporal evocado pela pintura, entendida, de maneira ampla, como a arte e a técnica de revestir, dar nova veste e, portanto, aparência ou exterioridade a determinada superfície, há nessa provocação diversas camadas de assertivas e interrogações, depositadas pela frequentação de amigos, admiradores, colecionadores, críticos e companheiros de ofício aos seus ateliês de Vargem Grande, em Teresópolis, e de Paris….”.

LIVRO E INSTALAÇÃO DE FLEMMING

25/maio

Alex Flemming

O artista brasileiro Alex Flemming, radicado em Berlim, está de volta ao Brasil. O artista traz a São Paulo a instalação “Lápides”, série inédita que fica em na Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, São Paulo, SP. “Lápides”, pinturas sobre superfícies não-tradicionais (notebooks), é uma reflexão sobre a tecnologia obsoleta, que representa a morte de antigos desejos.  Alex Flemming explora diversas técnicas em sua obra, como fotografia, pintura, serigrafia e gravura, criando imagens impactantes, como os trabalhos expostos na estação Sumaré do metrô de São Paulo.

 

O livro “Alex Flemming”, agora em lançamento pela Cosac e Naify, apresenta um ensaio da crítica de arte Angélica de Moraes sobre a importância da técnica fotográfica na trajetória do artista brasileiro. O texto destaca algumas influências na formação de Flemming: a experiência com o grafite, o aprendizado com a artista Regina Silveira e o fotógrafo Cristiano Mascaro.  A monografia traz também uma entrevista exclusiva do artista à autora, uma cronologia e reproduções de dezenas de obras, documentando diferentes séries e períodos de sua carreira. A edição é complementada com fac-símiles de páginas das agendas de Flemming, nas quais ele registra eventos cotidianos, ideias e referências utilizadas em seu processo criativo. Filho de um comandante e de uma aeromoça, o paulistano Alex Flemming nasceu em 1954 e morou em diversos países, até se instalar há 21 anos na Alemanha. Suas obras privilegiam o corpo, a religiosidade e o Brasil.

 

Lançamento do livro: 26 de maio, sábado, 11h, Átrio 1 da Pinacoteca.

 

Exposição: 26 e 27 de maio, Pinacoteca de São Paulo.

LIVRO DE SAMICO NA GALERIA IPANEMA

23/maio

A Bem-Te-Vi Produções Literárias e a Galeria de Arte Ipanema, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, lançam o livro “SAMICO”. Trata-se da vida e da obra de Gilvan Samico, pintor, e um dos gravadores mais importantes da história da arte brasileira. Pernambucano, Samico é um dos principais nomes do Movimento Armorial. O prefácio é assinado pelo escritor Ariano Suassuna, a quem a obra de Samico foi elemento primordial para a fixação dos fundamentos do Movimento Armorial. O texto é assinado pelo crítico de arte Weydson Barros Leal. Autor de obras constantes nos mais destacados acervos públicos no país, como a Pinacoteca do Estado, São Paulo, o artista vive e trabalha em Olinda.

 

Na Galeria Ipanema, dia 24 de maio, 19h.

 

MÓVEL MODERNO BRASILEIRO

05/maio

Capa

Organizado por Marcelo Vasconcellos e Maria Lucia Braga, com apoio da FGV Projetos e editado pela Aeroplano, o livro  “Móvel Moderno Brasileiro”, busca manter vivo o registro de um período do design moderno brasileiro, hoje reconhecido  internacionalmente. A publicação, com texto bilíngue português / inglês, apresenta o registro de mais de 250 imagens de móveis e seus criadores, mostrando a contribuição dos precursores do design brasileiro através de nomes como Lucio Costa, Gregori Warchavchic, Flávio de Carvalho, Giuseppe Scapinelli, Jean Gilon, Geraldo de Barros, Branco& Preto, Abraham Palatnik, Martin Eisler, Carlo Hauner, Sergio Rodrigues, Anna Maria e Oscar Niemeyer, Sérgio Bernardes, Bernardo Figueiredo e Zanini de Zanine. A edição é uma narrativa sobre a história desse período.

Lançamento: 09 de maio, 19h, Books Livraria (Galeria UNIBANCO ARTEPLEX), Praia de Botafogo, 316, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.

LIVRO DE NAN GOLDIN

05/abr

Sábado, 7 de abril, entre 16h e 19h, acontece o coquetel de lançamento do catálogo-livro “Heartbeat”, Editora Barléu, sobre a exposição de Nan Goldin, no espelho d’água próximo à Cinemateca do MAM – Rio, Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ. Esta é a primeira publicação sobre a artista no Brasil. A mostra se encerra, no domingo, 8 de abril. Durante o evento, aberto ao público, o DJ Andrei Britto toca uma  set list baseada na trilha sonora dos slideshows da artista. O som vai de Lou Reed e Velvet Underground a Maria Callas cantando a ópera “Norma” e Björk e o Brodsky Quartet, interpretando a composição de Sir John Tavener, “Prayer of the heart”. Sob patrocinio da Secretaria de Estado de Cultura, através da lei de incentivo, “Heartbeat” tem 112 páginas, 59 imagens, formato 23 x 30 cm, capa dura e tiragem de 2.000 exemplares. Além dos textos críticos dos curadores Ligia Canongia e Adon Peres, o livro inclui uma seleção de fotos presentes na mostra e outras inéditas, como a série de imagens de travestis que Nan Goldin fez em São Paulo, em 1996. “Heartbeat” tem organização editorial de Ligia Canongia, edição de imagens da Nan Goldin e design gráfico de Fernando Leite.

GONÇALO IVO EM PARIS

04/abr

A Galerie Boulakia, 10, Avenue Matignon, Paris, expõe 30 pinturas recentes do artista brasileiro Gonçalo Ivo, a grande maioria em grandes formatos. A galeria, que comemorou no ano passado 40 anos com uma notável exposição de Picasso, já exibiu Basquiat, Rauschenberg, Chagall, Dubuffet, Corneille e outros nomes importantes da cena internacional. Constam em seu acervo, dentre outros, obras de Calder, Leger, Matisse, Max Ernst e Penk.

 

Acompanhando a exposição, a Galerie Boulakia publicou um catálogo de 90 páginas com texto da historiadora e crítica Lidia Harambourg com 32 imagens em cores. Nesta exposição, Gonçalo Ivo “…dá continuidade a uma das carreiras mais solidas da arte brasileira contemporânea. Com uma obra cada vez mais interiorizada, o artista nos apresenta em suas grandes pinturas um mergulho ainda mais radical nas questões cromáticas e formais”.

 

Acaba de ser lançado o livro “Oratório”, sobre a obra de Gonçalo Ivo, pela Editora Contracapa, Rio de Janeiro, com 290 paginas. A edição é trilingue e conta entre outros textos, com um longo ensaio de um dos mais renomados criticos europeus, Marcelin Pleynet, autor de livros sobre Motherwell, Matisse, Rothko, Cézanne, etc.

 

Até 10 de maio.

A PINTURA DE CRISTINA CANALE PELA BARLÉU

A publicação bilíngue “Cristina Canale”, da Barléu Edições Ltda., cujo texto autoral é do curador e crítico de arte Fernando Cocchiarale, apresenta um panorama da trajetória artística dessa importante pintora brasileira que vive desde a década de 90 em Berlim, Alemanha. O livro, com 192 páginas, apresenta cerca de 100 reproduções de obras, incluindo alguns desenhos, percorrendo os seus mais de 30 anos de carreira profissional. O design é de Claudia Zarvos. Iniciada na década de 1980, Cristina Canale participou da famosa exposição “Como vai você, Geração 80?”, marco lançador de jovens talentos no Brasil. Os artistas que participaram da mostra passaram a integrar, após esse evento, um dos núcleos mais consistentes e conhecidos da retomada da pintura no Brasil. Cristina Canale é considerada uma importante colorista brasileira. Muitos de seus trabalhos exibem paisagens e flagram cenas da vida cotidiana. A artista realizou inúmeras exposições individuais e esteve em exibições coletivas no Brasil e no exterior, tanto em importantes espaços públicos como privados. Entre esses eventos dos quais participou, destaca-se a 21ª Bienal Internacional de São Paulo.