Bruno Novelli no Museu Inimá de Paula.

07/out

Uma narrativa visual rica e envolvente.

A Galatea tem o prazer de compartilhar que o artista Bruno Novelli (Fortaleza, 1980) fará a sua maior exposição individual, “Sol de ouro”, no Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte, MG. A mostra, que acontece de 10 de outubro a 30 de novembro, revela o universo híbrido do artista, onde fauna e flora se fundem em 27 composições tropicais, idílicas e fantásticas.

Entre realidade e imaginação, Bruno Novelli nos conduz a paisagens imersivas que vibram em cores cintilantes, criando atmosferas de encantamento e exuberância. As obras expostas, datadas desde 2012 até produções mais recentes, seguem referências que vêm desde o bestiário da pintura medieval, do Renascimento, passando por expoentes da chamada “arte popular”, do Surrealismo e da Pop Arte.

O curador Thierry Freitas, que assina o texto crítico da exposição, escreve: “A prática de Bruno Novelli insiste na pintura como linguagem e veículo, apostando em sua capacidade de renovar imaginários e despertar novas percepções sobre nosso lugar em relação ao todo que nos envolve. Como numa experiência sensorial, suas obras nos convidam a explorar um mundo híbrido, em que a natureza não é apenas cenário, mas protagonista de uma narrativa visual rica e envolvente, na qual realidade e fantasia se entrelaçam com a exuberância da vida.”

 

Paixão por movimento.

06/out

Artista francês mostra sua paixão por movimento a partir dos “giros” de Elis Regina e das formas de Iberê Camargo. Vencedor do Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea 2025, Tom Brabant abre “Elíptico 33 rpm” no Museu de Arte do Paço, Porto Alegre, RS.

No dia 15 de outubro, a Aliança Francesa de Porto Alegre, a Fundação Iberê e a Secretaria da Cultura de Porto Alegre, por meio da coordenação de Artes Visuais, inauguram a exposição “Elíptico 33 rpm”, do artista francês Tom Brabant. A mostra, resultado da residência artística de Brabant na Casa Iberê, com orientação de Eduardo Haesbaert, que foi impressor de Iberê Camargo, abrirá no Museu de Arte do Paço (MAPA) e pode ser visitada até dia 16 de janeiro de 2026.

“Deslizar é um movimento, uma transição entre dois estados e, às vezes, entre dois mundos. Por exemplo, eu o situo entre o florescimento e o desaparecimento das coisas, flutuando entre a inspiração e a expiração de um movimento, onde posso livremente contornar, explorar e subverter os assuntos que me interessam. A partir daí, meus projetos nascem, na maioria das vezes, de analogias e montagens de ideias nas quais tento fazer coexistir duas realidades aparentemente incompatíveis. Jogos de palavras – presentes em meus títulos – e efeitos visuais são os brilhos da minha prática, oferecendo aos espectadores a oportunidade de prestar atenção a imagens residuais, impressões fantasmagóricas e encenações ilusórias”, destaca o artista.

“Elíptico 33 rpm” é inspirada em duas forças da arte brasileira muito presentes na vida de Tom Brabant: Iberê Camargo e Elis Regina. A exposição é composta por uma série de pequenas gravuras, duas outras gravuras de grandes dimensões, uma obra de Iberê Camargo, um vídeo editado pelo próprio artista sobre Elis Regina e a instalação de um disco girando a fim de transmitir o movimento infinito da cantora.

“Ao pesquisar a obra Iberê, fiquei impressionado com seu interesse por objetos em movimento: os carratéis de sua infância, as pipas e, especialmente, os ciclistas. Nessa perspectiva, experimentei na gravura essa ideia de laços, repetições (sobreposições) e também de “fantasma”. O segundo encontro foi com Elis Regina. Quando aprendi seus apelidos, como “Hélice Regina” e “Eliscóptero”, imaginei imediatamente o que poderia restar de sua energia rotatória, o que pode gravar em nossa memória – as lembranças de seus gestos – de sua existência quase mítica”, conta Tom Brabant.

A residência cruzada acontece no âmbito do 8º Prêmio Aliança Francesa de Arte Contemporânea, que também selecionou a artista brasileira Gabriela Stragliotto (Galópolis/Caxias do Sul) para uma residência artística no Centre Intermondes de La Rochelle entre 29 de novembro a 28 de janeiro de 2026. O Prêmio Aliança Francesa de arte contemporânea é realizado pela Aliança Francesa Porto Alegre, o Ministério da Cultura e a Fundação Iberê Camargo. Patrocinado pela empresa TIMAC AGRO, recebe o apoio da Casa Iberê, do centro Intermondes – Humanidades Oceânicas, do Consulado geral da França em São Paulo e da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Sobre o artista.

Artista interdisciplinar, Tom Brabant concluiu seus estudos na École des Arts Décos de Paris. Trabalha com desenho, vídeo, instalação e faz obras no espaço público. Sua prática visa questionar a relação com a obra, com o visível, posicionando-se numa estética do talvez. Nascido em 2000, em La Rochelle, França, Tom Brabant tem construído sua produção em torno do conceito de “deslizar”, um movimento plural e fluído que, para o artista, consiste em criar sobre o que já existe. Seu universo visual e conceitual também transita entre “loops”, espirais e elipses, onde tudo parece recomeçar ou se repetir. Tom Brabant gosta de distorcer as coisas, de enganar o olhar e de tornar incerto o que se acredita ser uma verdade.

 

 

 

Problemas ambientais em exposição.

Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre tem como tema a emergência climática. O FestFoto – Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, RS, – chega à sua 18ª edição com abertura na Praça da Alfândega e no Espaço Força e Luz, no centro da capital.

O tema Linha d’Água é uma metáfora visual e poética usada para abordar o cotidiano da emergência climática. O Festival reúne uma série de trabalhos que refletem sobre problemas ambientais e leva ao centro histórico de Porto Alegre uma mostra especial sobre Árvores. O movimento é uma ação de reativação de locais que foram afetados pela enchente de 2024 e um convite a repensar a relação humana com o ambiente.

Consolidado como um dos eventos mais importantes da fotografia contemporânea no Brasil e na América Latina, o FestFoto investe na conexão com performance e poesia e amplia suas atividades para levar fotografia ao espaço público central e a comunidades da capital. A programação mescla exposições com artistas reconhecidos, ateliers de produção e construção coletiva de obras.

Entre os destaques está a presença de fotógrafos como Bob Wolfenson e Rogério Reis, do artista visual Shinji Nagabe, o intercâmbio com o coletivo de artistas multilinguagem Frete Grátis e a participação de poetas portoalegrenses Agnes Maria, Mikaa e Felipe Deds.

Em sua 18ª edição, o FestFoto reafirma seu compromisso com acessibilidade, diversidade, descentralização e sustentabilidade, fortalecendo o diálogo entre arte, território e sociedade, tanto em espaços expositivos de Porto Alegre quanto por meio de sua plataforma digital. O marco recente do festival é o FestFoto Descentralizado, iniciado em 2024, com ações no Morro da Cruz e Bom Jesus, territórios periféricos da capital.

A acessibilidade é central na edição 2025, com materiais em alto contraste, leitura ampliada, descrições de imagem, legendas e formatos digitais acessíveis, garantindo inclusão e participação ampla.

 

A fronteira entre figura e palavra.

02/out

Reconhecida por seus trabalhos pictóricos, com expressiva trajetória construída a partir de elementos geométricos e cores sólidas, em “Lucia Vilaseca: Outras possibilidades”, a artista revisita a fronteira entre figura e palavra. Na exposição individual que será inaugurada no dia 09 de outubro, na Galeria Patrícia Costa, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, Vanda Klabin seleciona obras inéditas produzidas entre 2022 e 2025, “configuradas com base em uma gramática visual mais complexa, própria de uma linguagem musical, pois são fragmentos de imagem e sons, como um contraponto”, na definição da própria curadora e historiadora.

Apropriando-se livremente de trechos do livro de canções musicadas do escritor irlandês James Joyce, “Música de Câmara” (“Chamber Music” no título original, publicado em 1907), Lucia Vilaseca propõe uma leitura visual que amplia o olhar, invadindo outras camadas em suas representações, materializando o ritmo.

“As palavras, muitas vezes, estão presentes nos trabalhos que faço. Tive a oportunidade de ler o livro Ulysses com um grupo de leitura e decidi introduzir fragmentos dos trechos em um projeto qua já estava em produção.  Tive que me dedicar muito e fui me apaixonando tanto por James Joyce que, às vezes, sentia sua presença no meu ateliê. Estava completando essa série de pinturas e achei que poderia prestar homenagem a esse escritor que tanto admiro”, diz Lucia Vilaseca.

Há quase dez anos, em 2016, Lucia Vilaseca e Vanda Klabin trabalharam juntas pela primeira vez, em uma de suas duas individuais mais recentes. Nesta exposição, que poderá ser visitada até o dia 09 de novembro, serão mostrados apenas trabalhos de produção recente, a maioria utilizando a técnica de acrílica sobre linho e sobre lona.

“A produção pictórica de Vilaseca está ancorada em um itinerário estético, tendo a linguagem construtiva como eixo condutor dos trabalhos, que apresenta os mais diferentes vocabulários de técnicas e procedimentos. Expande a latitude de seus procedimentos pela adição e junção de elementos geométricos; mescla elementos antagônicos no seu corpo de trabalho e ativa o campo visual através de um ritmo que se nutre da relação entre cor, luz e forma. A inserção de letras traz novas coordenadas e uma plasticidade muito particular aos seus trabalhos que ganham nova solidez cromática. As cores abandonam as áreas, o plano se torna monocromático e ativa um novo campo de emissão poética, agora pela presença de algo necessariamente contemplativo e intimista. Essa redução cromática forma unidades intensas que potencializam uma luminosidade pelo adensamento pictórico e instauram uma espécie de silêncio, uma dimensão reflexiva, um novo continente de trabalho”, afirma a curadora Vanda Klabin.

 

Saberes ancestrais indígenas e afrodescendentes.

30/set

O Instituto Ling, bairro Três Figueiras, Porto Alegre, RS, receberá pela primeira vez a Mostra Internacional de Arte Contemporânea (MIAC), que apresenta a edição “O Tempo dos Corpos” entre os dias 14 e 22 de outubro. Será uma programação rica em arte, cultura e saberes ancestrais indígenas e afrodescendentes. 

Da obra de Denilson Baniwa, artista indígena do povo Baniwa e um dos maiores nomes da artes visuais contemporâneas no país, à aula aberta com Ana Maria Gonçalves, autora de “Um Defeito de Cor” e imortal da Academia Brasileira de Letras, a mostra mistura linguagens artísticas para expressar identidades, artes e futuro.

A curadoria é de Fernando Zugno e Guilherme Thiesen e a programação no Instituto Ling é gratuita.

A MIAC – O Tempo dos Corpos conta com patrocínio da Crown Embalagens, apoio do Instituto Ling e produção da Canard Produções. Realização do Ministério da Cultura, Governo Federal, por meio da Lei Rouanet de incentivo a projetos culturais.

 

Mostra de diferentes contextos históricos e sociais.

25/set

Até o dia 1º de dezembro, o CCBB Belo Horizonte, MG, recebe a exposição “Uma História da Arte Brasileira”, que reúne obras e nomes incontornáveis da Arte Moderna e Contemporânea do Brasil, com trabalhos que atravessam diferentes contextos históricos e sociais. 

A mostra apresenta mais de 50 obras do acervo do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, compondo um amplo panorama da produção artística nacional nos séculos XX e XXI. Assinada por Raquel Barreto e Pablo Lafuente, curadora-chefe e diretor artístico do MAM Rio, a exposição traz um percurso que evidencia continuidades, rupturas e experimentações que ajudaram a moldar a Arte brasileira ao longo de mais de cem anos. 

A exposição é organizada em cinco eixos temáticos, reunindo trabalhos em variados suportes e linguagens. O trajeto começa com o Modernismo das primeiras décadas do século XX, quando surgia uma estética ligada à busca por identidade nacional. Em seguida, aborda o Abstracionismo e o Concretismo dos anos 1950, avança para a Arte Crítica e Conceitual das décadas de 1960 e 1970 – marcadas pela resistência à Ditadura Militar – e alcança a explosão de cores e a revalorização da pintura na “Geração 80″. Cada núcleo propõe diferentes formas de olhar e representar o Brasil, compondo um mosaico do imaginário coletivo do país. 

A partir dos anos 2000, o recorte curatorial destaca a força de artistas mulheres, negros e negras, indígenas e LGBTQIA+, ampliando as perspectivas históricas e questionando narrativas tradicionais. Essa produção recente evidencia a vitalidade da Arte Contemporânea Brasileira e a sua capacidade de dar visibilidade a vozes antes marginalizadas. 

Dentre os artistas representados estão nomes fundamentais como Adriana Varejão, Anita Malfatti, Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Arjan Martins, Beatriz Milhazes, Candido Portinari, Carlos Zilio, Cildo Meireles, Di Cavalcanti, Heitor dos Prazeres, Judith Lauand, Leonilson, Lúcia Laguna, Luiz Zerbini, Lygia Clark, Lygia Pape, Márcia X, Maria Martins, Tomie Ohtake, Tunga, Victor Brecheret e outros que, em diferentes momentos, ajudaram a construir uma narrativa múltipla e diversa da arte no Brasil. 

 

Amazônia em tempos de crise ambiental.

24/set

A mostra “Paisagens em Suspensão”, integra o conjunto de exposições que celebram a abertura da primeira unidade da CAIXA Cultural na Região Norte – no dia 09 de outubro. Reúne obras que propõem uma travessia crítica por diferentes formas de representar, tensionar e imaginar as paisagens brasileiras – naturais, humanas, simbólicas e políticas – em tempos de crise ambiental, social e civilizatória.

O amanhã depende do que fazemos hoje.

Trabalhos de Emmanuel Nassar, Frans Krajcberg, Maria Martins, Farnese de Andrade, Xadalu Tupã Jekupé, Djanira, Adriana Varejão, Ricardo Ribenboim, Siron Franco, Heitor dos Prazeres, Daniel Senise, Portinari, Anna Bella Geiger e Eliseu Visconti, entre outros mestres das artes plásticas, compõem o conjunto de 50 obras selecionadas para a exposição, a partir dos acervos de duas importantes instituições museológicas brasileiras vinculadas ao IBRAM – Museu Nacional de Belas Artes e Museus Castro Maya.

“Paisagens em Suspensão”, que acontece às vésperas da COP 30 na Amazônia, sugere um estado de espera, fragilidade e transformação – um tempo suspenso entre o que ainda resiste e o que ameaça desaparecer. A exposição busca não apenas expor obras, mas fazer da arte um campo sensível para imaginar formas mais generosas e conscientes de habitar o mundo.

Com curadoria de Daniela Matera Lins e Daniel Barretto, as pinturas, esculturas, gravuras, fotografias e instalações selecionadas para a mostra dialogam entre si, atravessando temas como a devastação dos territórios, a expropriação dos corpos, a memória da terra, o colapso climático e a potência de futuros ancestrais.

Organizada em cinco núcleos curatoriais, Paisagens em Suspensão parte da ideia de “paisagem” não apenas como representação da natureza, mas como construção histórica, política e sensível – um território em constante disputa. A curadoria propõe uma leitura da arte como ferramenta de escuta e denúncia diante das urgências do presente, explorando temas como devastação ambiental, memória coletiva, ancestralidade e justiça climática.

Até 18 de janeiro de 2026.

 

Representações da paisagem e da cultura do país.

23/set

Exposição traz obras de Tarsila, Portinari e Di Cavalcanti para Florianópolis, SC, e ficará aberta para visitação até 7 de dezembro. Uma das obras expostas será Paisagem de Ouro Preto (1947) de Alberto da Veiga Guignard.

A exposição “Visões do Brasil”, na Casa Bocaiúva reunirá obras de grandes artistas brasileiros, como Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Alfredo Volpi e Victor Meirelles. 

Com curadoria de Max Perlingeiro, direção artística de Marc Pottier e coordenação de arte da A.Galeria por Sandra Makowiecky, Visões do Brasil exibe peças com representações da paisagem e da cultura do país, desde o século 19. A mostra também inclui obras de Antônio Parreiras, José Pancetti, Cícero Dias, Lasar Segall, Amadeo Luciano Lorenzato, Chico da Silva, Frans Krajcberg, Jaider Esbell, Georgina de Albuquerque, Anita Malfatti, Djanira da Motta e Silva, Ione Saldanha, Heitor dos Prazeres, Gilvan Samico, Bruno Giorgi, Franz Weissmann, Mestre Didi, Ivens Machado, Fernando Lindote, Antonio Bandeira e Vik Muniz.

“A paisagem brasileira sempre exerceu fascínio sobre artistas e serviu de inspiração para diferentes gerações. Estruturada em núcleos temáticos, a exposição convida o visitante a percorrer um caminho que revela a diversidade de linguagens, estilos e sensibilidades que marcaram nossa história, dos viajantes do século XIX à produção contemporânea”, diz o curador Max Perlingeiro.

A exposição é uma iniciativa cultural da Casa Hurbana e da Pinakotheke Cultural, com a participação da equipe da A.Galeria. 

 

A obra de Jorge Guinle em Curitiba.

18/set

Durante sua estadia em Nova York, entre 1985 e 1986, Jorge Guinle produziu 14 pinturas de grande formato, e boa parte delas nunca foi exibida. A Simões de Assis, Curitiba, PR, reúne 10 desses trabalhos antes desconhecidos, lançando novas perspectivas sobre a trajetória de Jorge Guinle. O conjunto revela um momento de inflexão em sua poética, quando abstrações de forte natureza gestual se projetam nas telas de maneira vibrante, ao lado de trabalhos mais marcados por amplos campos de cor. Jorge Guinle definia suas obras como representação de uma “iconografia abstrata”, na qual a história da arte é mais um universo visual a ser explorado em seus valores e oposições.

“A emoção que sinto quando a tela está pronta é muito forte. É uma emoção incrível e que nunca confessei. Uma emoção total, de harmonia com o mundo, de felicidade. Uma emoção fortíssima de volta ao passado e a todas as memórias passadas. Uma sensação de comicidade das coisas da vida como num momento Zen, onde você vê todo o absurdo mas o acha engraçado. Uma segurança total perante o mundo, uma felicidade, uma calma, uma sensação de paz. Quando levo uma tela de um lugar para outro, seguro-a com especial carinho, sentindo sua rugosidade, seu chassis. Em vez de fazer uma meditação eu pinto. É assim que encontro o meu sartório: a total paz com relação ao mundo onde os contrários se unem.”

A figura humana em evidência.

08/set

Recorte do acervo que reúne cerca de 1.500 peças, construído ao longo de 30 anos, pode ser visitado no Museu de Arte de Blumenau (MAB) na Sala Pedro Dantas. A mostra “A figura humana”, um recorte na Coleção Dalacorte, traz obras selecionadas pelo Instituto Dalacorte, sediado em Getúlio Vargas (RS). A seleção de peças apresentadas em primeira mão é a abertura da quarta temporada de exposições do ano. Em exibição obras de Henrique Fuhro, Roth, Magliani, Glauco Rodrigues, Marcelo Grasmann, Fernando Duval, Ruth Schneider, Saint Clair Cemin, Rubem Grillo, dentre outros.

A exposição propõe um olhar sobre a representação da figura humana ao longo da história da arte, evidenciando diferentes estilos, técnicas e épocas. Como ressalta o curador e dicionarista Renato Rosa, “…colecionar é um ato de preservação e generosidade, e trazer obras de coleções particulares ao espaço público é sempre motivo de celebração. O público terá a oportunidade de conhecer trabalhos que, antes guardados, agora dialogam com novos olhares”.

O Instituto Dalacorte é reconhecido por sua atuação na preservação e difusão da arte, abrigando um acervo de relevância nacional. Sua missão inclui promover o acesso e o diálogo entre artistas, obras e comunidade.

A exposição fica em cartaz até 26 de outubro.