Um corpo e duas cabeças

20/ago

Animais e plantas de cimento, pães calcinados; autorretratos, orelhas de ouro e prata aplicadas sobre conchas de caramujos, um divã carregado de simbologias. Em sentido literal e figurado, quase tudo o que Beatriz Carneiro e Ricardo Becker apresentam na exposição “Um corpo, Duas cabeças”, a partir do dia 29 de agosto, no Espaço Movimento Contemporâneo Brasileiro, EMCB, Horto, Rio de Janeiro, RJ, foi retirado “do fundo do baú” – seja de suas memórias ou de seus arquivos pessoais.

 

Dois nomes da cena contemporânea, eles vão apresentar suas reflexões, singularidades e experiências de arte em laboratórios espalhados pelo casarão do Horto, um imóvel tombado do início do século XIX. Duas instalações fluidas e livres vão ocupar salas, corredores, um pátio, e o segundo andar com obras reunidas pela curadora Cristina Burlamaqui.

 

 

Autorretrato com um mergulho em Brancusi, Magritte, Giacometti…

 

Ricardo Becker apresenta uma coletânea de trabalhos em que aborda questões autobiográficas, carregada de símbolos e autorretratos, além de fotos de partes de seu corpo. No trabalho de baralhos, o artista utiliza fotos de quando era criança.  Em outros reverencia artistas como Beyus, Brancusi e Giacometti. O ponto alto da instalação de Ricardo Becker é um  velho divã em couro utilizado na psicanálise, apoiado em quatro caramujos, no pátio, e faz composição com outros trabalhos do artista, feitos com galhos e fotos.

 

 

A palavra da curadora

 

“A visão consistente de Beatriz Carneiro, que transita entre escultura, instalação, pintura e videoarte, desponta como um antipoema dos anos 60, embeleza o processo do fazer e, mesmo quando usa materiais do cotidiano, foge da escultura tradicional, pois as obras se amontoam e vão invadindo os espaços”, analisa a Cristina.

 

“Becker apresenta sua produção desde os anos 80, com autorretratos, questões envolvendo sons e barulhos, como ‘orelhas de ouro e prata encravadas em grandes caramujos’. Ele mescla referências concretas com brincadeiras poéticas”, conclui Cristina Burlamaqui.

 

 

Um embate entre o Luxo e a Pobreza, a Natureza e a Civilização

 

Como base do laboratório de Beatriz Carneiro, elementos que poderiam ter sido resgatados de algum lugar da infância, como latas velhas amealhadas por aí, onde crescem plantas de cimento. Pães feitos de troncos calcinados e pés de javalis e tatus, reproduzidos em formas acimentadas, revelam o lado dark do seu trabalho, que tem forte conotação de arte povera, resgatando materiais simples e encontrados pelas suas andanças.

 

 

Sobre os artistas

 

Beatriz Carneiro é artista visual formada pela Escola Superior de Arte e Design de Genebra (Haute Ecole d’Art et Design Geneve – HEAD). A artista utiliza materiais orgânicos e industriais em pinturas, esculturas e vídeos. Dentre as exposições de Beatriz, destacam-se “Novas Aquisições 2012/2014 – Coleção Gilberto Chateaubriand” no MAM Rio e na Mercedes Viegas Arte Contemporânea. Nesta mesma galeria, ela ainda apresentou “Coletiva 12”, 2012-2013, “Construções para lugar nenhum”, 2012-2014 e “Cortes”.

 

Ricardo Becker é artista plástico e professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Nos anos 80, ele começou a participar de exposições e teve destaque em mostras individuais, como “Desfazer Imagem” nas galerias Eduardo Fernandes, 2010 e Novembro, 2007, onde também esteve com o “Projeto Belvedere”, 2005. Dentre as exposições coletivas, Becker participou do V Salão da Bahia no MAM, 1998, no qual ganhou o prêmio Aquisição. Ele também fez parte do “Novas aquisições – Coleção Gilberto Chateaubriand” no MAM-Rio, 2004 e 2001. Em 20012, levou para a Casa de Cultura Laura Alvim o seu “Projeto Cisco”, com grande sucesso.

 

 

De 29 de agosto a 15 de outubro.

Esculturas no Rio

18/ago

Esculturas inéditas de pequeno e médio porte de 27 artistas do país inteiro estão reunidas no

segundo andar do Centro Cultural Justiça Federal, no Centro, Rio de Janeiro, RJ, dentro do

Festival de Esculturas do Rio. A exposição é uma pequena amostragem da Mostra Rio de

Esculturas Monumentais, que terá a segunda edição em julho do ano que vem, como parte do

calendário oficial das Olimpíadas Rio2016.

 

Os destaques são as obras dos cariocas Suzana Queiroga (foto), Frida Baranek, Antonio

Bernardo e do coletivo formado por Guga Ferraz, João Marcos Mancha e Leonardt Lauenstein.

Atenção também nos trabalhos do pernambucano Francisco Brennand, da sergipana Claudia

Nên e do mineiro Jorge Fonseca, selecionados pelos curadores Paulo Branquinho e Claudia

Dowek.

 

Até 27 de setembro.

Seminário

A partir dos temas presentes nas obras da exposição “Álbum de Família”, a curadora Daniella Géo organizou um seminário, que será realizado nos dias 25, 26 e 27 de agosto, no Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, com dezoito profissionais de diversas áreas que discutirão ao longo de três dias, em painéis e mesas-redondas, este universo sob vários pontos de vista. Serão debatidos desde a condição de moradores de rua; envelhecimento e perda de memória; situações de violência, tanto domiciliar como externa, e o impacto que causam; diásporas e identidade cultural; às questões de rearranjos de gênero na contemporaneidade, a sexualidade e as paternidades.

 

Pesquisadora e doutora em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Université Sorbonne Nouvelle, de Paris, Daniella Géo fará a abertura do seminário, que terá a participação de artistas, antropólogos, sociólogos, psicanalistas e psicólogos, profissionais de saúde, advogados. O jornalista Eduardo Souza Lima será o mediador das mesas-redondas. A diretora e curadora do Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica, Izabela Pucu, abordará o trabalho realizado pela instituição junto ao Projeto Circulando, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, que associa os equipamentos culturais da cidade no processo de reinserção social dos clientes dos abrigos municipais.

Conversa entre artista e curadora

14/ago


Neste sábado, dia 15 de agosto, às 16h, o MAM Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, realiza uma conversa gratuita com a artista Iole de Freitas e a curadora Ligia Canongia na exposição “O peso de cada um”. A mostra, que pode ser vista até o dia 13 de setembro, ocupa o Espaço Monumental do Museu com uma instalação inédita, feita especialmente para o local, composta por três esculturas de grandes dimensões, duas suspensas e uma no chão, em aço inox espelhado e fosco, que pesam no total quase quatro toneladas. A exposição traz ainda trabalhos em vidro com impressão fotográfica sobre película, da série “Escrito na água”, de 1996/1999, pertencentes ao acervo da artista e da Coleção Gilberto Chateaubriand/ MAM Rio.

Cinema

Nesta quinta-feira, dia 13 de agosto, às 19h, o IED Rio realiza, às 19h, uma sessão gratuita de cinema na praia da Urca. Será exibido o filme “A Travessia”, documentário sobre a façanha de quatro remadores com deficiência física, dois homens e duas mulheres, que atravessaram a baía de Guanabara em canoas tailandesas, e um curta que mostra a transformação do Cassino da Urca, de sede abandonada da TV Tupi para o Istituto Europeo di Design. Imagens chocantes de como era o prédio antes da restauração, cenas antigas do funcionamento do Cassino e depoimentos de visitantes.

Projeto Ponto 1 na Casa Daros

12/ago

A Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta no dia 15 de agosto, às 16h, o projeto “Ponto 1″, uma ação cênica interativa que se desenvolve a partir do texto “As cidades invisíveis”, de Ítalo Calvino. O projeto é de Jefferson Miranda e Miwa Yanagizawa, que também atuará junto com os artistas Liliane Rovaris e Pedro Yudi.

 

A ação tem como ponto de partida a história de uma mulher, e as suas lembranças serão somadas às dos espectadores-participadores, que deverão levar um objeto afetivo e registros como fotos, cartas, cartões postais, entre outros.  As vagas são limitadas, e os interessados podem se inscrever pelo email inscricao@casadaros.net.

 

A dinâmica tem início quando ao chegar ao espaço da apresentação, o público é convidado a colocar seus objetos e os registros em uma caixa, e em seguida é recebido por um artista que lhe propõe a construção de uma cidade. Cada caixa representará uma casa, cada espectador um habitante, e os registros e objetos serão dispositivos que irão desencadear narrativas e afetos. “Mudam-se as paisagens, as profissões e as histórias vão se entrelaçando, desenrolando enquanto as relações vão se atualizando”, dizem Jefferson Miranda e Miwa Yanagizawa.

 

Duração aproximada: 2h

Capacidade de público: 17 a 20 espectadores
Valor: R$ 15,00.  Inscrição pelo e-mail: inscricao@casadaros.net

Livia Moura na Inox

10/ago

A Galeria Inox Arte Contemporânea, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro,RJ, inaugura a mostra “EVA POR AR” da artista plástica Livia Moura. São cinco obras inéditas – quatro fotografias e uma instalação feita com um pedaço de asfalto da Av. Brasil ligado à uma “nuvem de rendas”.

 

Para essa exposição, a artista utiliza técnica mista – nanquim, aquarela, canetinhas – e materiais rejeitados, como rendas e fios. No dia 24 de agosto, Livia Moura fará uma performance com a bailarina russa Dasha Lavrennikov chamada “O sonho da terra por debaixo do asfalto”.

 

De 11 a 29 de agosto.

Das ruas para as telas

07/ago

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta a mostra “Movimentos”, do artista visual André De Castro. A exposição traz retratos e referências de jovens que participaram de manifestações democráticas no Brasil, em 2013, e também na Turquia, Grécia e Estados Unidos, formando um painel com 35 telas em serigrafia. No dia da abertura, haverá o lançamento de um catálogo bilíngue produzido pela Aeroplano Editora e Pratt Press.

 

O painel que compõe a mostra, iniciado em 2013 e em constante expansão, está sendo concluído nas exposições do Brasil com telas inéditas. A escolha da técnica não foi por acaso. O silkscreen, também conhecido como serigrafia, é associado a movimentos políticos históricos e a mitificação de personalidades, como Che Guevara, Marilyn Monroe e o presidente Barack Obama, por exemplo. A exposição na CAIXA Cultural traz ainda um texto inédito, bilíngue, do historiador Daniel Aarão Reis.

 

Para reunir as imagens e referências de cada jovem, André De Castro manteve contato com os manifestantes pelo mesmo meio que eles utilizaram para organizar as passeatas na época: a internet.

 

“Busquei contato por hashtags, em grupos do Facebook e no Twitter. A grande maioria dos participantes é de jovens que estão sempre conectados, e assim que os identifiquei, conversei sobre o projeto e ​pedi a cada retratado que enviasse uma foto de rosto e respondesse a uma série de perguntas relacionadas ao movimento político de seu país e sua identidade”, conta André, que não pretende, com seu trabalho, enaltecer heróis ou representantes dos movimentos, mas usar a técnica da serigrafia para valorizar o conjunto formado por indivíduos únicos. ​

 

A individual já foi exibida em Miami, durante a Art Basel; e em Nova York, na BKLYN Fair e na Opus Galery; e foi vista por cerca de 30 mil pessoas em Brasília e Belo Horizonte. Este ano, para dedicar-se à exposição “Movimentos”, no Brasil, o artista transferiu seu estúdio para a antiga fábrica da Behring, no Rio de Janeiro.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido no Brasil, o artista visual André De Castro vive e trabalha ​​entre o Rio de Janeiro e Nova York​. Em 2011, mudou-se para NY para cursar o Master of Fine Arts (MFA), no Pratt Institute e, desde 2013, mantém seu estúdio no bairro do Brooklyn e trabalha como diretor de arte na Saatchi and Saatchi.

 

Em 2009, André publicou seu primeiro livro “Funk – que batida é essa”, um conjunto de ilustrações que retratam o funk carioca, fruto do projeto de graduação na PUC, RJ. O artista venceu, em 2013, o prêmio ​Never Stop Never Settle, ​promovido pelo Pratt Institute e Hennessy US​ com o projeto “Movimentos”.

 

 

De 12 de agosto a 12 de setembro.

Casa Daros e o Cine Daros

06/ago

A Casa Daros, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, realizará a terceira edição do “Cine Daros no Pátio”

entre os dias 12 a 16 de agosto de 2015, às 19h, com a exibição gratuita (em seu pátio

interno), de cinco animações feitas nas últimas duas décadas em quatro continentes

diferentes. Entre os títulos escolhidos estão clássicos como: “As Bicicletas de Belleville”, do

diretor Sylvain Chomet, e “Persépolis”, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud, e a recente

animação brasileira “Uma História de Amor e Fúria”, de Luiz Bolognesi, premiada em festivais

internacionais.

 

 

Cada um desses filmes apresenta técnicas e identidades visuais diferentes, desde animação

tradicional com traços simples e cores básicas de “Meu amigo Totoro” (1988) – do diretor

japonês renomado Hayao Miyasaki, do Studio Ghibli, referência no campo da animação

cinematográfico – à mistura de desenho artesanal e artifícios tridimensionais (“As Bicicletas de

Belleville”, de 2003), e ainda traços gráficos e expressionistas em preto e branco (“Persépolis”,

de 2007).  “Fantástico Senhor Raposo” (2009), de Wes Anderson encerrará a programação do

Cine Daros.

 

“Em comum esta seleção de animações têm a fantasia, que talvez tenha sido desde o início a

estratégia de fundo principal do gênero para conquistar tanto o público infantil quanto o

adulto”, diz a curadora Karen Harley. “Por meio da animação algumas verdadeiras estrelas

surgiram como o coelho Perna Longa, o rato Mickey Mouse, o ursinho Winnie the Pooh”,

completa Harley.

 

 

CINE DAROS – PROGRAMAÇÃO

 

Quarta-feira, dia 12 de agosto – “Meu amigo Totoro” (1988), Japão, 86min, livre. Direção de

Hayao Miyazaki

Sinopse: Produzido pelo Studio Ghibli (fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e

Yoshio Suzuki, uma das principais empresas de animação do Japão), o filme conta a história de

duas irmãs e seus encontros com os espíritos das florestas no Japão do pós-guerra. Há aqui

uma forte conexão do fantástico com o sagrado. Este filme lançou a carreira internacional de

Miyazaki e a Walt Disney relançou o longa em 2006. “Totoro” é tão amado e conhecido pelas

crianças japonesas quanto Mickey Mouse ou Winnie the Pooh no Ocidente.

 

Quinta-feira, dia 13 de agosto – “As Bicicletas de Belleville” (2003), França,  78min, 10 anos.

 
Direção de Sylvain Chomet

 

Sinopse: Indicado ao Oscar de melhor longa-metragem de animação e melhor trilha sonora

original, narra – por meio de música a pantomima – a história de Champion, um menino que só

se sente feliz quando está pedalando sua bicicleta. O filme mistura uma estética da

modernidade que tomava conta nos anos 1920, que teve seu epicentro na França com o

esporte nacional de lá, o Tour de France –  a grande competição ciclista mundial. Muita música

(Ragtime), pantomima, referência ao cinema mudo, comentários Pop como alusão a filmes do

gênero Gangsters e principalmente um humor a la Jacques Tati estruturam esta divertida

mistura de nostalgia e metalinguagem com uma eloquente visão crítica do mundo.

 

Sexta-feira, dia 14 de agosto – “Persépolis” (2007), França e Estados Unidos, 96min, 12 anos.Direção de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud

 
Sinopse:  Adaptacão da autobiografia em quadrinhos de Marjane Satrapi, uma iraniana nascida

em 1969, “Persépolis” conta a história de uma menina que vive a revolução islâmica no Iran

em 1979 e toda a opressão decorrente. Conforme ela se torna uma pessoa adulta, Marjane se

encontra dividida entre o ocidente e o oriente e tenta encontrar o seu lugar no mundo. O filme

é uma poesia visual, narrativa e sonora. Ganhou o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, o

César Awards e foi indicado ao Oscar de melhor longa-metragem de animação.

 

Sábado, dia 15 de agosto– “O Fantástico Senhor Raposo” (2009), Estados Unidos, 87min, 10

anos. Direção de Wes Anderson. Vozes de George Clooney, Meryl Streep, Jason Schwartzman,

Mario Batali, Bill Murray,  Wes Anderson, Brian Cox, Hugo Guinness e Michael Gambon.

 

Sinopse: O Sr. Raposo (George Clooney), a Sra. Raposa (Meryl Streep) e seu filho Ash (Jason

Schwartzman) vão morar em uma árvore, localizada em uma colina. Lá eles têm como vizinhos

o Coelho (Mario Batali), o Texugo (Bill Murray) e a Doninha (Wes Anderson), entre outros

animais, todos com suas respectivas famílias. O Sr. Raposo prometeu à esposa que deixaria a

vida de roubos de galinhas, já que ela estava grávida. Desde então ele iniciou uma respeitável

carreira de colunista de jornal. Porém, a proximidade do novo lar com as fazendas de Boggis

(Brian Cox), Bunce (Hugo Guinness) e Bean (Michael Gambon) faz com que volte à velha vida,

às escondidas. Só que logo o trio de fazendeiros se une para capturá-lo.

 

Domingo, dia 16 de agosto– “Uma História de Amor e Fúria” (2013), Brasil, 98min, 12 anos.

Direção de Luiz Bolognesi

 

Sinopse: O filme retrata o amor entre um guerreiro imortal e Janaína, a mulher por quem é

apaixonado por 600 anos, em quatro fases da história do Brasil: a colonização, a escravidão, o

regime militar e o ano de 2096, quando haverá uma guerra por água. O longa tem traço e

linguagem de HQ e ganhou o prêmio de melhor filme de animação no Festival Internacional de

Animação de Annecy, na França.

Silvia Cintra + Box4 mostra Iole de Freitas

05/ago

Em comemoração aos 70 anos da artista e paralela à exposição “O peso de cada um” no MAM-

RJ, abre nesta quinta, o6 de agosto, a segunda individual de Iole de Freitas na galeria Silvia

Cintra + Box4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. A  mostra vai até 03 de setembro.

 

 

Sobre a artista

 

Iole de Freitas nasceu em Belo Horizonte, 1945. Uma das mais importantes escultoras

brasileiras, Iole de Freitas faz intervenções espaciais em grandes prédios, sendo seu destaque

na Documenta Kassel de 2007 no prédio Fridericianum Museum. As esculturas são criadas com

arame, tela, aço, cobre e policarbonato modulares. Suas obras pertencem aos acervos do

MAM/Rio de Janeiro, MAM/São Paulo, MAC/Niterói, Pinacoteca do Estado de São Paulo,

Museu Nacional de Belas Artes, Rio de Janeiro, Museu de Arte da Pampulha, Belo Horizonte,

Museu de Arte Contemporânea, Porto Alegre, e várias fundações e museus do exterior. Entre

as diversas exposições individuais e coletivas em todo o mundo destacam-se: 9ª Bienal de Paris

(1975); 15ª Bienal Internacional de São Paulo (1981); exposição itinerante “Cartographies”

(1993), na Biblioteca Luis Ángel Aranjo (Bogotá, Colômbia), no Museo de Artes Visuales

Alejandro Otero (Caracas, Venezuela), na National Gallery (Ottawa, Canadá), no Bronx

Museum (Nova York, EUA) e na La Caixa (Madri, Espanha); Bienal Brasil Século XX (São Paulo,

1994); a individual “O corpo da escultura: a obra de Iole de Freitas”, curada por Paulo

Venancio Filho, no Museu de Arte Moderna de São Paulo e no Paço Imperial do Rio de Janeiro

(1997); Projeto de instalações permanentes do Museu do Açude, no Rio de Janeiro (1999);

individual no Centro de Arte Hélio Oiticica (Rio de Janeiro, 2000), “Iole de Freitas”, no Museu

Vale (Vila Velha, 2004), e “Iole de Freitas”, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro,

2005), todas com curadoria de Sônia Salzstein; 5ª Bienal do Mercosul (Porto Alegre, 2005). Em

2007 Iole foi convidada para realizar um projeto específico para a Documenta 12, de Kassel,

Alemanha, e em 2008 apresentou seu trabalho na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre.

Em 2009-2010 expôs na Casa França-Brasil (Rio de Janeiro) e na Pinacoteca do Estado (São

Paulo), e participou da mostra “O Desejo da Forma” na Akademie der Kunst, em Berlim,

Alemanha. Na Art Rio 2012 recebeu destaque no Solo Projects com a curadoria de Pablo Leon

de La Barra.