Processos criativos

23/fev

O Wesley Duke Lee Art Institute, São Paulo, SP, abre na Ricardo Camargo Galeria, Jardim Paulistano, a exposição coletiva Proces/sos Cri/ativos –  Ex/periência  com 15 jovens artistas convidados a vivenciar uma experiência única: produzir a partir de uma imersão no universo de Wesley Duke Lee. Com obras em suportes diversos como pintura, colagem, fotografia, gravura, serigrafia e projeção em slide, e curadoria de Patricia Lee, concretiza-se mais um dos sonhos do artista de poder transmitir às novas gerações seu conhecimento e influências.

 

Por um período de dois meses, com encontros semanais, os artistas frequentaram a instituição – uma casa/museu – e tiveram acesso aos livros, textos diversos, fotografias, filmes, desenhos, livros, objetos e obras, podendo assim captar o artista em sua  essência. Como comentava Wesley Duke Lee, sua casa era ele mesmo virado de dentro para fora. Muitos artistas utilizaram referências do Grupo Rex, do qual Wesley Duke Lee foi um dos fundadores, que oferecia um contraponto combativo e bem-humorado ao mercado de artes, na década de 1960. Essas referências estão agora disponíveis na biblioteca do WDLAI.

 

A possibilidade de imersão no universo de Wesley Duke Lee é um dos objetivos do Instituto e um dos sonhos do artista, coordenado por sua sobrinha, Patrícia Lee: fazer circular seu conteúdo cultural e informativo na sociedade. Grande parte dos materiais já está à disposição de estudantes, pesquisadores e público. “Queremos, com iniciativas como esta, provocar o pensamento artístico e criativo, reinventar a didática à maneira de Wesley Duke Lee e estimular o autoconhecimento”, diz Patrícia Lee, diretora cultural do Instituto.

 

“PROCES/SOS CRI/ATIVOS” é o resultado do resgate da memória de Wesley Duke Lee através das mentes jovens do nosso tempo.  Artistas participantes: Adriana Moreno, Bruna Meyer, Claudia Di, Coletivo Quatro Patas, Felipe Ferraro, Gustavo Prata, Ile Sartuzi, Julia Kavazzini, Julia Milaré, Karina Ferro, Leandro Muniz, Margarita Jaime, Pedro Ermel, Wal Braz, Yuli Yamagata.

 

 

 

De 29 de fevereiro a 05 de março.

Na Emma Thomas

19/fev


A exposição “Fantasmas” de Thereza Salazar foi organizada pelo Escritório de Arte Rosa Barbosa e está sendo realizada na Galeria Emma Thomas, Jardins, São Paulo, SP. A mostra conta com 8 esculturas, feitas em vidro e madeira, e 5 gravuras, com tiragem de 5. Junto a isso, no dia 12 de março às 15h30, na galeria Emma Thomas, será realizada uma conversa com a artista. A curadoria é de Renato Pera.

 

 

Sobre a artista

 

Thereza Salazar tem como foco de interesse a pesquisa de imagens gráficas encontradas em literaturas variadas e publicações antigas, usando essas imagens como referências a partir das quais trabalha com colagens, recortes e sobreposições, reagrupando assim, elementos conforme um pensamento e objetivo novos. A artista trabalha dentro de um campo mais expandido da gravura e do desenho utilizando desde meios de produção mais artesanais até as ferramentas tecnológicas atualmente disponíveis. Para cada projeto escolhe a linguagem mais adequada segundo as necessidades da imaginação. Desse modo, a pesquisa poética de Thereza Salazar se dá então dentro de um ambiente gráfico, que vai se desdobrando na experimentação de novos meios e linguagens, incorporando novos elementos e buscando uma diferente intermediação entre as imagens e o mundo.

 

 

Sobre a Exposição

 

A exposição Fantasmas de Thereza Salazar foi organizada pelo Escritório de Arte Rosa Barbosa e será realizada na Galeria Emma Thomas, no período de 18 de fevereiro a 16 de março de 2016. A mostra conta com 8 esculturas, feitas em vidro e madeira, e 5 gravuras, as quais têm tiragem de 5. Junto a isso, no dia 12 de março às 15h30, na galeria Emma Thomas, será realizada uma conversa com a artista.

 

 

A palavra do curador

 

Fantasmas parte do estranhamento e do fascínio frente aos objetos criados pelo homem, da desconfiança em relação ao seu funcionamento e da interdependência que existe entre esses aparatos tecnológicos e nossas vidas na contemporaneidade. Parte também da noção de ruína, dos estilhaços depositados no tempo, recuperados pelo olhar da artista. As imagens aqui propostas são alegorias que mesclam objetos da ciência, animais naturais e imaginários. Querem falar de uma desnaturação dos corpos, uma espécie de desvitalização da vida, num mundo tomado por concepções superficiais e mecânicas. Querem também tornar visíveis as “sobrevivências” de fantasias e mitos imemoriais, representadas por monstros, seres híbridos, animais fantásticos e aberrações. Nesta exposição, Thereza Salazar apresenta obras inéditas, nas quais explora o ambiente gráfico utilizando diferentes materiais, processos e suportes. A apropriação e a colagem – desmontagem e remontagem – de elementos díspares, afastados de seu contexto original permitem criar novas relações e significados.

 

 

Até 16 de março.

 

Mestres santeiros paulistas

16/fev

Apresentando a coleção de Ladi Biezus, a exposição propõe uma análise aprofundada nas características escultóricas das peças, no intuito de desvendar quem eram os mestres santeiros por trás dessa rica produção artística, no estado de São Paulo. O Museu de Arte Sacra de São Paulo – MAS-SP, Luz, São Paulo, SP, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, abre a exposição “Mestres Santeiros Paulistas do Século XVII na Coleção Santa Gertrudes”, com curadoria de Maria Inês Lopes Coutinho. Composta por 54 imagens, a coleção de Ladi Biezus é exposta no MAS-SP, lançando um olhar panorâmico para entender, utilizando as características escultóricas, quantos e quais poderiam ser os artistas que produziram tais esculturas chamadas de “paulistas”, ao longo do século XVII.

 

Iniciada em 1970 com a aquisição de uma Santa Gertrudes – daí o nome da coleção -, as obras foram sendo incluídas neste acervo sob o critério fundamental de serem imagens “paulistas”. Mais de 45 anos depois, Ladi Biezus inicia uma pesquisa no intuito de separar as peças de acordo com traços em comum, os quais poderiam identificar e agrupar as esculturas conforme suas origens: Frei Agostinho de Jesus e seu círculo espiritual; Mestre de Sorocaba ou Mestre de Porto Feliz, ou ainda nomeado como Mestre de Itu; Mestre de Angra; Mestre do Cabelinho Xadrez; Mestre de Iguape ou Mestre de Pirapora do Bom Jesus, e no fim do século XVII, Mestre Bolo de Noiva. Ainda há um grupo com características diversas, não comuns, que até o presente não puderam ser identificadas em sua autoria. “O importante na exposição desta coleção é a classificação proposta pelo colecionador”, segundo Maria Inês Lopes Coutinho.

 

De acordo com Ladi Biezus: “Pelo menos a metade das imagens desse Agrupamento, tanto teriam sido executadas pelo próprio Frei Agostinho em diferentes épocas de sua vida, como poderiam ter sido executadas por discípulos trabalhando sob sua direção. Este fato reforça a ideia de não serem tão numerosos os artistas relevantes da época”.

 

Para o Museu de Arte Sacra de São Paulo -– MAS-SP, é com satisfação que esta interessante coleção é apresentada ao público. Nas palavras de José Carlos Marçal de Barros, Diretor Executivo do MAS-SP, e de José Oswaldo de Paula Santos, Presidente do Conselho de Administração: “No silêncio de sua casa, Dr. Ladi Biezus reuniu, observou, percebeu detalhes e interagiu com sua coleção, como só um colecionador sabe e pode fazer, abrindo-a agora para uma discussão profícua acerca de seus significados”.

 

 

 

De 20 de fevereiro a 29 de maio.

Dois no Museu Afro Brasil

29/jan

O Museu Afro Brasil, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, abriu duas exposições: “Giracorpogira II” do artista Jaques Faing, que apresenta 38 obras, resultado de pesquisa realizada desde 2003 sobre o Carnaval do Rio de Janeiro e de São Paulo e “Devoção” do fotógrafo Rodrigo Koraicho, que traz imagens captadas nas cidades de Katmandu (Nepal) e Varanasi (Índia) em 2013.

 

 

 

“Giracorpogira II”

 

As imagens obtidas pelo artista visual carioca, Jaques Faing, que vive e trabalha em São Paulo, sugerem inúmeras camadas de significados, fruto de seu trabalho tanto como poeta quanto como performer. Elas conduzem o espectador a prolongar seu olhar sobre o movimento dos corpos nelas insinuados, possibilitando uma nova experiência estética. Em suas obras, Faing busca apreender o invisível, explorando seu próprio movimento, circulando ousadamente dentro das passarelas, o movimento da câmera fotográfica e o das figuras para ousar captar algo mais do que uma imagem. O resultado são cores pulverizadas pela harmonia entre a baixa velocidade da câmera, a alta velocidade da dinâmica das personagens e o deslocamento contínuo do olhar do artista.  São baianas desmaterializadas girando delicadamente acima do chão, como abstrações que revelam sutilezas cromática, cinética e poética. Estes corpos flutuam com suavidade e leveza para além da realidade do carnaval, transportando o espectador para um campo sensível, silencioso e transcendente.

 

 

Sobre o artista

 

Jaques Faing nasceu no Rio de Janeiro, formou-se em engenharia e atualmente vive e trabalha em São Paulo. Realizou várias mostras coletivas e individuais, expondo em instituições como a Pinacoteca e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, entre outras. Em seu trabalho, Faing se inspira no movimento, tanto pela maneira de gerar e captar imagens, considerando o ato fotográfico uma performance, como pela utilização de suportes cinéticos para as imagens que produz. Pesquisa a transposição da fotografia para suportes tridimensionais que ele mesmo projeta e constrói, transformando a imagem em objetos e esculturas. Faing possui obras nos acervos do Museu de Arte Moderna (MAM) e no Museu de Arte Contemporânea da USP (MAC), ambos em São Paulo, no Museu Nacional de Belas Artes (MNBA) e no Museu de Arte do Rio (MAR), na cidade do Rio de Janeiro.

 

 

 

“Devoção”

 

Rodrigo Koraicho apresenta ao público 40 imagens realizadas entre outubro e novembro de 2013 nas cidades de Katmandu, no Nepal e Varanasi, na Índia. Integra ainda a exposição uma série de registros do cotidiano de trabalho do fotógrafo e de seu assistente durante a viagem. Segundo o curador, Claudinei Roberto da Silva, “o jovem fotógrafo Rodrigo Koraicho (1985) é animado pelo espírito de alteridade característico a certa parcela de artistas que, como ele, vem empreendendo, desde muito tempo, viagens motivadas pelos propósitos mais variados, sendo, portanto, possível inseri-lo na interessante tradição dos artistas viajantes.” Ainda segundo o curador, o fotógrafo não somente realizou na Índia e no Nepal fotografias de inegável qualidade, mas, além disso, prospectou filosofias, sistemas de ideias, modos de veneração à vida e, sobretudo, uma compreensão da realidade que quase sempre é, na sua beleza, estranha e não raro incompreensível às mentalidades dominadas pelo exacerbado materialismo da sociedade ocidental. As 40 fotografias que Koraicho apresenta no Museu Afro Brasil transportam o público a um mundo onde homens e mulheres comungam com a ideia de que a santidade, entendida como busca pelo Divino, pelo transcendental, é possível de ser alcançada através do labor devoto. O que emerge dessas imagens é a força espiritual e a excepcional sabedoria estampada em mãos, olhos, pele vincada, enfim, no corpo dessa gente que vem definindo e pavimentando através de tempos imemoriais os caminhos da Devoção.

 

 

Sobre o artista

 

Com uma trajetória na fotografia iniciada as 16 anos de idade, Rodrigo Koraicho é formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e mestrando em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo. Sua experiência profissional inicial se deu no mercado publicitário onde trabalhou para a Agência Africa de Publicidade e Propaganda e junto a fotógrafos do ramo. Abriu estúdio próprio em 2010 e hoje divide suas atividades entre a fotografia comissionada e projetos autorais, nos quais procura conhecer e registrar diferentes povos, culturas e estilos de vida.

 

 

 

Até 03 de abril.

 

“da banalidade” Volume 1

Criado pelo Instituto Tomie Ohtake, Pinheiros, São Paulo, SP, em 2013, o Programa Arte Atual se consolida como plataforma para pesquisas e trabalhos inéditos de jovens artistas e como um espaço de mostras coletivas construídas a partir de perspectivas múltiplas e heterogêneas sobre uma mesma questão. De início concebido para realizar-se anualmente, apresentou em suas três primeiras edições 10 artistas em distintas configurações e motes e, em 2015, gerou um novo programa associado: o Festival Arte Atual, no qual artistas ainda mais jovens são convidados para um processo dinâmico e experimental de exposição.

 

Neste ano, o Arte Atual ganha novo fôlego, apresentando-se como um programa que ao longo do ano realiza diversas mostras pensadas a partir de um tema central que funciona como denominador comum, lido por diferentes horizontes a cada nova montagem. “O conjunto da Banalidade (volumes 1, 2, 3 e 4) pode ser entendido como um livro e seus vários capítulos, organizados intermitentemente com diferentes artistas, abordagens e leituras”, explica Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake.

 

Tomando emprestado seu nome da clássica tratadística renascentista do século XV, da Banalidade funciona, diz Miyada, como um ensaio sobre o senso comum, a superfície das coisas, as coisas pequenas, a delicadeza, a banalidade do mal e a banalização do político. Segundo o curador, a cada leitura novos jeitos de lidar com este grande tema se desdobram nos projetos dos artistas convidados a integrar essa proposta.

 

Neste primeiro volume, Ana Elisa Egreja, Julia Kater e Cabelo – por meio de pinturas, serigrafias, instalações e vídeos– associam e discutem a frivolidade, a futilidade, o mau gosto, a tolice, o que passa despercebido, a delicadeza, o pequeno e o ordinário, numa tentativa inicial de refletir sobre a muitas formas da banalidade. “O que interessa aqui não é demonstrar como os artistas podem fazer algo especial valendo-se de coisas materiais banais, ao contrário, é acompanhá-los no manuseio do banal enquanto banal, aproveitando sua suposta falta de especificidade, aura e valor na tentativa de pensar seus significados mais desconcertantes”, explica Miyada.

 
O Programa Arte Atual é realizado por meio de parcerias entre o do Instituto Tomie Ohtake e galerias de arte, que apoiam a realização do projeto e das obras de seus artistas representados.  Nesta edição, contou com a colaboração das galerias Leme, Marília Razuk e SIM.

 

Até 06 de março.

Artista havaiana

28/jan

A Gabriel Wickbold Studio & Gallery, Vila Nova Conceição, São Paulo, SP, inaugura seu espaço com a individual “Celestial Bodies – A Fotografia Subaquática de Christy Lee Rogers”, com curadoria de Gabriel Wickbold. Expostos pela primeira vez no Brasil, 11 trabalhos da artista visual havaiana Christy Lee Rogers compõem a mostra, exibindo seu domínio técnico em cenas inspiradoras, que representam corpos submersos em água, durante a noite, com efeitos naturais criados pela refração da luz.

 

A obsessão de Christy Lee Rogers com a água como ferramenta para quebrar as convenções da fotografia contemporânea ganhou força na última década, por meio de um mergulho contínuo no universo dos grandes mestres da pintura. Autora de imagens turbulentas em cor e complexidade, constrói cenas elaboradas de coloração coalescente e corpos que exaltam a figura humana como fonte de vigor e calor, em um processo frágil de experimentação. “O propósito por trás do meu trabalho é questionar e encontrar um lugar de compreensão em meio a loucura, a tragédia, a vulnerabilidade, a beleza e o poder da humanidade. Minha preocupação encontra-se em questões de liberdade, tanto no ganho quanto na perda”, reflete a artista. Sobre seu trabalho, Adam Jacques, jornalista do londrino The Independet, comenta: “A recompensa etérea é, de fato, sinônima de uma mistura de Mestres – os tons vívidos de Ticiano, os corpos tencionados de Rubens, o chiaroscuro de Caravaggio, mas também as pinceladas soltas e o movimento fluido de Delacroix; pistas, também, das ascensões celestiais ao estilo de Tiepolo que adornam muitas capelas venezianas do século XVIII”.

 

A mostra marca a inauguração da Gabriel Wickbold Studio & Gallery, espaço desenvolvido fora dos moldes de uma galeria convencional. “Vamos trabalhar em prol da memória fotográfica na cena cultural brasileira”, diz Gabriel Wickbold. Acerca da individual de Christy Lee Rogers, o curador comenta: “Os trabalhos têm uma relação muito forte com o ambiente da galeria. Eles são energéticos, acessíveis para diversos públicos, e ao mesmo tempo estimulam a reflexão com uma pesquisa profunda sobre a história da arte e um domínio técnico e autoral da fotografia”.

 

 

 

De 28 de fevereiro a 11 de março.

Pocket exhibition na Milan

26/jan

A Galeria Millan, Vila Madalena, Rio de Janeiro, RJ, apresenta uma pocket exhibition com novos trabalhos de Ana Prata. A pintura é o meio escolhido pela artista. Em sua superfície ela faz com que diversos assuntos sejam manipulados, forjados e torcidos. Para isto, Ana Prata utiliza vários materiais como o linho cru, barbante e tecidos estampados.

 

O que instiga a artista, é justamente ver seu trabalho transitando entre o figurativo e o abstrato,  sempre rumo a um novo lugar. A dispersão causada pelos diferentes temas e técnicas fortalece a autonomia de cada tela, tornando cada uma delas, ao mesmo tempo, dependente e repelente da pintura que se encontra ao lado.

 

 

Até 30 de janeiro.

Exposição e bate papo

A Galeria TATO, Vila Madalena, São Paulo, SP, convida para um bate papo no dia 30 de janeiro, sábado, às 16:00h, com o artista Luiz83 e o curador Paulo Gallina sobre a exposição “ Z”.

 

A mostra reúne esculturas em bronze recentes e inéditas do artista. Como uma linha se transforma em palavra? Como um texto reproduz o mundo? Ao apresentar as pesquisas de Luiz83 procuramos explorar o universo dos símbolos por trás daquilo que conhecemos em nosso cotidiano.

 

Com uma pesquisa que começa com “GRAPIXO”, manifestação típica da
capital paulista, Luiz83 transforma o signo das letras em imagem e intenção. Como se o exercício da caligrafia nada mais fosse do que o exercício em desenho. Na reunião e sobreposição das formas Luiz cria ritmos, sensações sem escrever uma só palavra.

 

 

De 30 de janeiro a 06 de fevereiro.

Trajetória da Fortes Vilaça

25/jan

A Galeria Fortes Vilaça, Vila Madalena, São Paulo, SP, apresenta “Tertúlia, exposição que reúne trabalhos das mulheres artistas que integram e/ou integraram a trajetória da galeria ao longo de seus 15 anos de atuação. Obras recentes e históricas mesclam-se com documentos de arquivo – entre reportagens, fotos e postais -, a partir de uma seleção afetiva do inventário da galeria.

 

 

Em um momento em que se discute avidamente sobre a representatividade feminina na cultura, é importante celebrar o protagonismo exercido pelas mulheres na história da arte brasileira. Trata-se de uma tradição que conta com várias artistas de renome, cujas obras reverberam até hoje na cena artística, nacional e internacionalmente: Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Maria Martins, Lygia Clark, Mira Schendel, entre muitas outras. Da mesma forma, é impossível deixar de citar as inúmeras profissionais da área, que se firmaram como importantes curadoras, galeristas e acadêmicas. A história das mulheres da Galeria Fortes Vilaça abarca essas conquistas históricas e ao mesmo tempo mantém seu legado na arte contemporânea.

 

 

A exposição foi concebida pela própria equipe e apresenta obras de Adriana Varejão, Agnieszka Kurant, Alejandra Icaza, Beatriz Milhazes, Erika Verzutti, Jac Leirner, Janaina Tschäpe, Leda Catunda, Lucia Laguna, Marina Rheingantz, Marine Hugonnier, Rivane Neuenschwander, Sara Ramo, Tamar Guimarães, Valeska Soares, Tamar Guimarães, entre outras.

“Tertúlia” é um substantivo feminino que significa reunião/agrupamento de amigos ou familiares e também palestras literárias e condensa a intensão da escolha das obras e tema da exposição.

 

 

 

De 28 de janeiro até 27 de fevereiro.

 

Afrodescendentes na Pinacoteca

18/jan

A Estação Pinacoteca, Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP, exibe a exposição “Territórios: Artistas Afrodescendentes no Acervo da Pinacoteca”, que celebra os 110 anos da instituição e apresenta ao público importantes obras assinadas por artistas brasileiros afrodescendentes. A mostra apresenta um olhar singular que pretende dar visibilidade a essa coleção ao mesmo tempo em que valoriza o legado destes artistas.
A proposta do curador é retomar as grandes contribuições da Pinacoteca para a historiografia da arte brasileira introduzida na gestão de Emanoel Araújo (1992 – 2002), primeiro diretor negro da Pinacoteca do Estado, por isso apresenta parte do núcleo de artistas afrodescendentes da Instituição, acrescida de novas aquisições.
São 106 obras entre pinturas, gravuras, desenhos, esculturas e instalações que traçam perfis diferentes da produção artística de afrodescendentes no Brasil do século XVIII até hoje. As obras estão divididas em três conjuntos e dispostas de acordo com a familiaridade dos temas ou territórios: Matrizes Ocidentais, Matrizes Africanas e Matrizes Contemporâneas. Sem preocupação cronológica, a exposição aventa a possibilidade de compreender a produção e a inserção destes artistas na coleção da Pinacoteca assim como no circuito estabelecido em seu contexto.
Entre os trabalhos em exposição está o “Autorretrato” produzido em 1908 por Arthur Timótheo da Costa, doado em 1956, ou seja, 51 anos após a inauguração da Pinacoteca – a primeira obra de um artista negro. Mestre Valentim, Antonio Bandeira, Rubem Valentim, Jaime Lauriano e Rosana Paulino também estão entre os artistas que compõem a mostra. Destaque ainda para a obra de Rommulo Vieira Conceição adquirida em novembro pelo Programa de Patronos da Pinacoteca, que começou em 2012 e hoje já soma 72 casais apoiadores.
“Com a entrada para o acervo da Pinacoteca dos primeiros trabalhos de jovens artistas brasileiros afrodescendentes, surgiu a ideia de formular uma exposição que os articulassem em relação àqueles já existentes no acervo. Seria uma estratégia para a Instituição refletir sobre parte de sua história e, ao mesmo tempo, rever obras produzidas por artistas afrodescendentes já existentes no acervo, à luz dos recém-chegados”, explica Chiarelli.
A mostra segue em cartaz até 17 de abril de 2016 no quarto andar da Estação Pinacoteca – Largo General Osório, 66.