Walter Firmo faz palestra no CCBB RJ

28/fev

 

O consagrado fotógrafo Walter Firmo fará uma palestra no dia 04 de março, sábado, às 15h, no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro, como parte da exposição “Walter Firmo no verbo do silêncio a síntese do grito”, em cartaz até o dia 27 de março. Gratuita e aberta ao público, a mesa de conversa “Carnaval, samba e encantamentos na obra do fotógrafo Walter Firmo” terá a participação de Firmo e dos curadores Sergio Burgi e Janaina Damaceno e da antropóloga Ana Paula Alves Ribeiro.

Os palestrantes debaterão com o público a obra de Firmo e o seu vínculo com o carnaval e o samba. A conversa será realizada no auditório do 4º andar do CCBB RJ, com 64 lugares disponíveis, além de três para pessoas com deficiência, e os ingressos poderão ser retirados até 1 hora antes do início do evento na bilheteria física ou pelo site do CCBB (bb.com.br/cultura).

A grande exposição retrospectiva “Walter Firmo: no verbo do silêncio a síntese do grito” apresenta um panorama dos mais de 70 anos de trajetória do fotógrafo carioca. Com curadoria de Sergio Burgi e Janaina Damaceno, são apresentadas 266 fotografias, produzidas desde 1950, no início da carreira de Firmo, até 2021. São imagens que retratam e exaltam a população e a cultura brasileira de diversas regiões do país, registrando ritos, festas populares e religiosas, além de cenas cotidianas. O conjunto destaca a poética do artista, associada à experimentação e à criação de imagens muitas vezes encenadas e dirigidas. “Acabei colocando os negros numa atitude de referência no meu trabalho, fotografando os músicos, os operários, as festas folclóricas, enfim, toda a gente. A vertigem é em cima deles. De colocá-los como honrados, totens, como homens que trabalham, que existem. Eles ajudaram a construir esse país para chegar aonde ele chegou.”, diz Walter Firmo.

O fotógrafo percorreu intensamente todo o país, mas sempre manteve um vínculo especial com o Rio de Janeiro, sua cidade natal, onde iniciou e construiu sua carreira e desenhou sua trajetória na fotografia, a partir da vivência de homem negro nascido e criado nos subúrbios e arrabaldes de Mesquita, Nilópolis, Marechal Hermes, Osvaldo Cruz, Vaz Lobo, Cordovil, Parada de Lucas, Vista Alegre e Irajá, territórios do samba de raiz e do permanente ronco da cuíca.

Dividida em núcleos temáticos, a mostra traz retratos memoráveis de grandes nomes da música brasileira, como Cartola, Clementina de Jesus e a icônica fotografia de Pixinguinha na cadeira de balanço, além de destacar a importante trajetória de Firmo como fotojornalista e de dedicar uma seção à fotografia em preto e branco do artista, pouco conhecida e, em grande parte, inédita.

A exposição é uma oportunidade para o público conhecer em profundidade a obra de um dos grandes fotógrafos do país, que até hoje mantém seu compromisso pelo fazer artístico: “Aí está o meu relato, a história de uma vida dedicada ao fazer fotográfico, dias encantados, anos dourados. Qual a minha melhor imagem? Certamente aquela que em vida ainda poderei fazer. Emoções, demais”, afirma o fotógrafo.

A exposição é uma parceria inédita entre o Instituto Moreira Salles de São Paulo (IMS Paulista) e o Centro Cultural Banco do Brasil. A mostra seguirá para o CCBB Brasília, com abertura prevista para 21 de abril, e posteriormente para o CCBB Belo Horizonte. O patrocínio é do Banco do Brasil.

 

Sobre os participantes:

Walter Firmo nasceu em 1937 no bairro do Irajá, no Rio de Janeiro, criado no subúrbio carioca, filho único de paraenses – seu pai, de família negra e ribeirinha do baixo Amazonas; sua mãe, de família branca portuguesa, nascida em Belém -, Firmo começou a fotografar cedo, após ganhar uma câmera de seu pai. Em 1955, então com 18 anos, passou a integrar a equipe do jornal Última Hora, após estudar na Associação Brasileira de Arte Fotográfica (Abaf), no Rio. Mais tarde, trabalharia no Jornal do Brasil e, em seguida, na revista Realidade, como um dos primeiros fotógrafos da revista. Em 1967, já trabalhando na revista Manchete, foi correspondente, durante cerca de seis meses, da Editora Bloch em Nova York. Neste período no exterior, o artista teve contato com o movimento Black is Beautiful e as discussões em torno dos direitos civis, que marcariam todo seu trabalho posterior. De volta ao Brasil, trabalhou em outros veículos da imprensa e começou a fotografar para a indústria fonográfica. Iniciou ainda sua pesquisa sobre as festas populares, sagradas e profanas, em todo o território brasileiro, em direção a uma produção cada vez mais autoral.

Sergio Burgi é coordenador de Fotografia do Instituto Moreira Salles desde 1999. Formado em Ciências Sociais na USP, tem mestrado em Conservação Fotográfica na School of Photographic Arts and Sciences, do Rochester Institute of Technology (EUA). Foi coordenador do Centro de Conservação e Preservação Fotográfica da Funarte entre 1984 e 1991.

Janaína Damaceno é professora da área de Cultura e História da Arte da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (Febf/ UERJ) é só Programa de Pós-graduação em Cultura e Territorialidades (PPCult/UFF). Coordena o Grupo de Pesquisas Afrovisualidades: estéticas e políticas da imagem negra. É uma das fundadoras do FICINE (Fórum Itinerante de Cinema Negro).

Ana Paula Alves Ribeiro é Antropóloga, Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense (FEBF – Pedagogia, Departamento de Formação de Professores/UERJ) e do Programa de Pós-Graduação em Culturas e Territorialidade (UFF).

Diplomacia Cultural e o Cinema Brasileiro

27/fev

 

 

Por Instituto Ling

Quando e onde:

Data e hora: sex, 3 de março de 2023, 18:00 – 21:00

Instituto Ling João Caetano, 440 – Três Figueiras – Porto Alegre – RS – 90470260

 

Sobre este evento

O Curso de Relações Internacionais da ESPM-POA convida todos, em ritmo de aula inaugural, para celebrar, conhecer e debater o tema da Diplomacia Cultural, com a autora Manuela Fetter Nicoletti e sua convidada especial, a Cônsul da Áustria Dra. Kathrin Rosenfield.

18h: Sessão de autógrafos

19h: Brinde comemorativo

19h30: Apresentação e debate no Auditório

 

Sinopse do Livro:

Refletir sobre o tema da diplomacia cultural pode ser considerado tanto um grande desafio quanto um imenso deleite. De um lado, porque se trata de um termo pouco discutido no âmbito nacional, mesmo que amplamente abordado no meio internacional. E sob outro ponto de vista, também aborda um tópico paradoxalmente condicionado a abstração conceitual. É dizer, quanto mais tentamos definir ou delimitar esta atividade em teoria, menos a enxergamos na prática. Quando a diplomacia perde sua subjetividade para adquirir uma descrição objetiva, ela se torna política externa ou prática de desenvolvimento cultural. E é aqui que decidi inserir nosso caro cinema em perspectiva, para que através da observação da sua circulação internacional, ele nos evidencie as principais dinâmicas, os agentes protagonistas e principalmente, os caminhos da diplomacia cultural no Brasil. De maneira elíptica, este livro se posiciona na corda bamba do limiar técnico-interpretativo sobre as nuances diplomáticas e culturais. A parte desafiadora é dissolvida pelo lado técnico e a amplitude de interpretação é plano de fundo ao deleite de leitura.

 

Manuela Fetter Nicoletti – Autora

Formada em Relações Internacionais e Administração de Empresas, Manuela Fetter é fundadora da LORA, onde atua como curadora e internacionalista, propondo pontes e cruzamentos entre expressões artísticas culturais e o audiovisual. Mestre pela PUCRS, na área de comunicação social, em que pesquisou o papel ativador da diplomacia cultural na cadeia de valor cinematográfica. À frente da LORA, já promoveu mais de 50 eventos de cinema de rua na capital gaúcha, em centros culturais, museus e galerias, já trouxe para o Brasil mais de 90 filmes licenciados e legendados em português. Tem como missão expandir o alcance da diplomacia cultural nos estudos das Relações Internacionais e seus benefícios para outras áreas de pesquisa, promovendo assim uma maior interação acadêmica e profissional para o mercado cultural.

 

Sobre Kathrin Holzermayr Rosenfield

Austríaca de origem, fez sua formação nas universidades de Viena, Salzburg e em Paris: na Áustria, em Artes Cênicas e Literaturas alemã, francesa e anglo-americana; na Sorbonne (literatura e psicologia clínica); ela fez sua tese sob a direção de Jacques Le Goff, na École des Hautes Études/Paris (antropologia histórica). É professora titular no Depto. de Filosofia da UFRGS, e atua no PPG Letras e no PPG Filosofia da UFRGS. Também autora de vários livros sobre literatura e filosofia, arte, estética e psicanálise. Seus livros iluminam a partir de perspectivas interdisciplinares clássicos da filosofia e da literatura mundiais. Seu ensaio Desenveredando Rosa – a obra de J.G.Rosa ganhou o prêmio Mário de Andrade. Recentemente publicou a Introdução e os comentários para Antígona de Sófocles (trad. L.F. Pereira, Penguin-Cia.das Letras 2022); as traduções comentadas das novelas de Robert Musil, Uniões (Perspectiva, 2018) e R. Musil, Ensaios 1900-1919 (Perspectiva 2021); além do verbete “Inconsciente” (Palavras da Crítica, online). O segundo volume dos Ensaios 1919-1942 será lançado em 2023. Na chegada ao Brasil em 1984, Kathrin iniciou sua carreira em Porto Alegre como psicanalista e manteve o trabalho clínico até tornar-se professora adjunta na UFRGS. Dirige diversos projetos e grupos de pesquisa dentro e fora do âmbito da universidade, em particular, projetos vinculando a pesquisa acadêmica com eventos artísticos (exposições, podcasts e videocasts envolvendo artes plásticas e literatura; dramaturgia e produção de espetáculos como Antígone ou Hamlet (com Luciano Alabarse e tradução de L.F. Pereira). Atua também em programas de TV como “Direito e Literatura”, Canal 247, entre outros.

Catalogação da obra de Lorenzato

15/fev

 

Foi lançado no mês passado o Projeto Amadeo Luciano Lorenzato, que busca identificar e catalogar as obras do artista mineiro em uma plataforma digital, contínua e aberta. Com apoio do Itaú Cultural, a iniciativa partiu do galerista Thiago Gomide, mineiro como Lorenzato, e que tem o artista no elenco e de sua Gomide & Co.

Segundo o pesquisador Mateus Nunes, que coordena o projeto, Gomide “sempre foi atento à importância do artista, que tinha seus debates muito restritos a Minas Gerais” e ele sentia a necessidade de “enfatizar a presença de Lorenzato na história da arte em um panorama mais amplo”. Nunes é doutor em História da Arte pela Universidade de Lisboa, professor do MASP e pesquisador integrado do Instituto de História da Arte da Universidade de Lisboa.

“A submissão pelo formulário objetiva, sobretudo, alcançar uma capilaridade em que a pesquisa de campo que empreendemos não chega, como as coleções particulares de muitos colecionadores”, Mateus Nunes, coordenador geral do Projeto Lorenzato

Por ora, foram catalogadas em torno de 300 obras, e há cerca de outros 100 trabalhos submetidos pela plataforma do site. De acordo com Nunes, Gomide estima que Lorenzato tenha entre 3 mil e 4 mil obras espalhadas pelo mundo. A catalogação do Projeto Amadeo Luciano Lorenzato feita a partir da submissão dos formulários, conta ele, tem sido minoritária. Para o lançamento, foi formado um banco de dados de centenas de obras a partir de pesquisa de campo em galerias e instituições de arte, além de publicações, catálogos, exibições em exposições, etc.

“A submissão pelo formulário objetiva, sobretudo, alcançar uma capilaridade em que a pesquisa de campo que empreendemos não chega, como as coleções particulares de muitos colecionadores”, diz o pesquisador à arte!brasileiros, explicando que, além de três pessoas que trabalham diretamente na catalogação, as equipes das galerias e instituições de arte colaboradoras têm ajudado, cedendo imagens, fichas técnicas e pesquisas já presentes em seus próprios bancos de dados.

Nos próximos meses, será feita a primeira assembleia do Conselho Consultivo, presidido por Thiago Gomide, para a análise e deliberação do que vem sendo submetido por meio da plataforma. Entre os membros pesquisadores do Conselho estão Rodrigo Moura, autor de Lorenzato, livro publicado pela editora Ubu, e curador do El Museo del Barrio, em Nova York; Sabrina Sedlmayer, Laymert Garcia dos Santos e Luisa Duarte; os galeristas Vilma Eid, Pedro Mendes, Rodrigo Ratton e James Green; e Rui Terenzi Neuenschwander, colecionador de arte e primo de segundo grau do artista.

 

Trajetória

Amadeu Luciano Lorenzato (1900-1995) nasceu e morreu em Belo Horizonte, capital mineira. Ao longo de sua trajetória, atuou como pintor e escultor. Mudou-se com a família em 1920 para Arsiero (Itália), onde trabalhou como pintor de paredes. Estudou na Reale Accademia delle Arti, em Vicenza. Em 1926, foi para Roma, onde ficou dois anos em companhia do pintor e cartazista holandês Cornelius Keesman, com quem desenhava nos fins de semana. Em 1928, ambos iniciaram uma viagem de bicicleta ao leste europeu, passando por Áustria, Eslováquia, Hungria, Bulgária e Turquia. Em Paris, participou da montagem dos pavilhões da Exposição Internacional Colonial. No início da década de 1930, voltou para a Itália, onde permaneceu até 1948, quando retornou ao Brasil. Em BH, retomou o ofício de pintor de paredes até meados dos anos 1950, quando, devido a um acidente, passou a se dedicar apenas à pintura. No comunicado de lançamento do projeto, Mateus Nunes ressalta que Lorenzato “é um artista que não obedece a moldes historiográficos usuais, como enquadramento em estilos, foi fora do eixo Rio-SP e utilizava técnicas não usuais”. O texto salienta ainda aspectos em oposição na produção de Lorenzato: figurativo versus abstrato, estética brasileira versus internacional, imaginário versus autêntico. Para Nunes, Lorenzato era o próprio denominador comum de sua obra.

“Ele fazia congregar esses opostos de maneira híbrida, erudita e intuitiva, ao ponto de manipular ferramentas visuais, como a perspectiva, por exemplo, para a criação de uma atmosfera nostálgica. O Projeto Amadeo Luciano Lorenzato refrisa o aspecto autobiográfico na produção do artista”, diz.

O pesquisador destaca também que a prática de Lorenzato, iniciada na década de 1920, percorreu um longo caminho até 1964 – as pinturas anteriores a 1948, ano em que retornou ao Brasil, foram destruídas durante a Segunda Guerra, conta ele -, quando apresentou alguns trabalhos aos críticos de arte Sérgio Maldonado e Palhano Júnior, responsáveis pela organização de suas primeiras mostras individuais. Ainda em vida, no início dos anos 1970, Lorenzato participou de exposições internacionais, na antiga Checoslováquia e na França.

“(O trabalho de Lorenzato) ficou por mais de 40 anos sendo exposto apenas no Brasil, com quase todas as mostras sendo feitas em Minas Gerais. Os debates foram reavivados há cinco anos, quando Lorenzato foi reinserido no panorama de discussão global, com exposições em Londres e em Nova York”, Mateus Nunes, coordenador geral do Projeto Lorenzato

“Depois dessas participações, seu trabalho ficou por mais de 40 anos sendo exposto apenas no Brasil, com quase todas as mostras sendo feitas em Minas Gerais. Os debates foram reavivados há cinco anos, quando Lorenzato foi reinserido no panorama de discussão global, com exposições em Londres e em Nova York. O objetivo do projeto é que, por meio da catalogação, Lorenzato tenha uma repercussão digna ao tamanho de sua obra tanto no Brasil quando no exterior”, afirma Nunes.

 

Obra dispersa

Um dos principais desafios do Projeto é saber que se trata de um arquivo em constante expansão. O pesquisador lembra também que a obra de Lorenzato é bastante dispersa. Por exemplo, foram identificados indícios da presença de um trabalho feito pelo artista no período em que colaborou com Cornelius Keesman, “mas ainda sem grandes descobertas”, segundo Nunes, que considera as obras feitas à época na Itália “de muito difícil rastreamento”. Daí a necessidade de que os processos do Projeto ocorram em parte online:

“Ele pede uma plataforma aberta, que solicite aos colecionadores e pesquisadores o envio de obras para análise e catalogação. Há peculiaridades menos específicas, como acontece na catalogação das obras muitos artistas, como imprecisão de datas, falta de registros fotográficos que sigam um certo padrão de qualidade para um banco de dados padronizado e pouquíssima bibliografia acerca de Lorenzato”, explica. “A catalogação geral deve durar alguns anos e ficar sempre aberta a novas análises. É possível que, no futuro, exposições e publicações sejam fomentadas a partir do Projeto, mas não há planos para desenvolvê-los em um futuro próximo”.

 

Fonte: por Eduardo Simões em arte!brasileiros

Mariana Manhães em cartaz no Oi Futuro

Mariana Manhães inaugura a obra “Prenúncio da saliva”, produzida especialmente para o projeto Ressonâncias, no Centro Cultural Oi Futuro, Rio de Janeiro. A convite da curadora Fernanda Vogas, a artista ocupou uma das galerias do Centro com equipamentos eletrônicos, espuma expansível, plástico, ventiladores industriais e outros materiais, integrando-os à arquitetura do espaço expositivo. “A obra de Mariana Manhães desconstrói formalidades, reorganiza materiais, objetos e o próprio espaço de uma forma inovadora”, afirma a curadora.

 

A exposição “Prenúncio da saliva” pode ser visitada até 26 de março.

 

Claudia Andujar e Yanomanis em NY

13/fev

 

A Fondation Cartier pour l’art contemporain e The Shed inauguraram a exposição “The Yanomami Struggle”, uma mostra abrangente dedicada à colaboração e amizade entre a artista e ativista Claudia Andujar e o povo Yanomami. Em exibição até 16 de abril no The Shed em Nova York, a exposição tem curadoria de Thyago Nogueira, diretor de Fotografia Contemporânea do Instituto Moreira Salles de São Paulo, e é organizada pelo IMS, Fundação Cartier e The Shed em parceria com as ONGs brasileiras Hutukara Associação Yanomami e Instituto Socioambiental.

Após apresentações aclamadas no IMS São Paulo, na Fondation Cartier e no Barbican Center (Londres), entre outros locais, a exposição foi ampliada no The Shed para incluir mais de 80 desenhos e pinturas dos artistas Yanomami André Taniki, Ehuana Yaira, Joseca Mokahesi, Orlando Nakɨ uxima, Poraco Hɨko, Sheroanawe Hakihiiwe e Vital Warasi.

Os visitantes também conhecerão novos trabalhos em vídeo dos cineastas Yanomami contemporâneos Aida Harika, Edmar Tokorino, Morzaniel Ɨramari e Roseane Yariana. Essas obras aparecem ao lado de mais de 200 fotografias de Claudia Andujar que traçam os encontros da artista com os Yanomami e continuam a dar visibilidade à sua luta pela proteção de sua terra, povo e cultura. O diálogo estabelecido entre o trabalho de artistas Yanomami contemporâneos e as fotografias de Andujar oferece uma visão inédita da cultura, sociedade e arte visual Yanomami. As obras contemporâneas Yanomami serão exibidas pela primeira vez em Nova York, construindo a maior apresentação da arte Yanomami nos Estados Unidos até hoje.

Como parte da abertura da exposição “The Yanomami Struggle” no The Shed (NY), a Universidade de Princeton recebeu o líder xamã Davi Kopenawa, os artistas Yanomami apresentados na exposição e a fotógrafa Claudia Andujar para uma conferência que ocorreu no dia 31 de janeiro.

Sobre a Coleção Sophia Jobim

 

O Museu Histórico Nacional promoverá a Live “Restauração de peças da coleção Sophia Jobim do MHN”, com a participação de Jeane Mautoni (museóloga do MHN), Márcia Cerqueira (museóloga e restauradora) e Madson Oliveira (professor da EBA/UFRJ). Eles abordarão o processo de tratamento das peças, detalhando a coleção e os critérios de escolha de cada item, entre outros assuntos.

 

Jornalista, figurinista, museóloga, indumentarista – como gostava de ser chamada -, professora e colecionadora, Sophia Jobim legou ao Museu Histórico Nacional a coleção de objetos artísticos e peças de indumentária que reuniu ao longo de 30 anos. A doação aconteceu postumamente em 1968, por seu irmão Danton Jobim, introduzindo uma temática nova à política de aquisição do museu. Toda a conservação e captação de imagens de peças etnográficas desta coleção, sob guarda da Reserva Técnica do MHN, foi um dos destaques de uma série de ações contempladas pelo Plano Anual 2021, idealizado e desenvolvido pelo Museu Histórico Nacional, com o apoio da Associação de Amigos do MHN, e patrocínio do Instituto Cultural Vale (por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura).

 

Sobre a coleção

A Coleção Sophia Jobim é composta por peças variadas – histórica e etnográfica, principalmente -, de origens distintas, como México, Alemanha, Grécia, União Soviética, Panamá, Tchecoslováquia, União Soviética, Coréia do Norte, Sudão, Israel, França, Hungria e Mauritânia. Esse legado possui um valor inestimável para pesquisadores brasileiros e estrangeiros, que destinam tempo e esforço para preservar a memória dessa coleção, produzindo artigos, dissertações, teses e livros. Atualmente, é uma das mais pesquisadas no museu, o que justificou o projeto de conservação, sobretudo considerando-se os 53 anos de permanência no MHN.

 

Sobre o processo de restauração

A conservação de têxteis envolve uma série de ações que visam aumentar a resistência do objeto aos agentes físicos (danos e perda de valor devido ao armazenamento, manuseio e transporte inadequados), químicos (acidificação, amarelecimento) e biológicos (ataque de pragas e fungos). Entre essas ações realizadas, vale destacar a higienização, pequenos reparos, contenção de rasgos, isolamento de elementos metálicos para evitar a corrosão, estabilização dos objetos e o acondicionamento de maneira correta.

Já que se trata de um projeto grandioso, cada etapa foi documentada em fotos e vídeo, podendo futuramente se desdobrar em catálogos, exposições ou mesmo ser utilizada para o estudo de técnicas de conservação que poderão ser aplicados em outras coleções de têxteis, ou servir de referência a intervenções futuras, caso seja necessário.

 

Live “Restauração de peças da coleção Sophia Jobim do MHN”

 

Dia 15 de fevereiro, às 15h

Link de acesso: https://www.youtube.com/museuhistoriconacional_rio.

 

Participantes: Jeane Mautoni (museóloga do MHN), Márcia Cerqueira (museóloga e restauradora) e Madson Oliveira (professor da EBA/UFRJ).

Ianelli 100 anos: o artista essencial

10/fev

 

A exposição “Ianelli 100 anos: o artista essencial” comemorativa do centenário de nascimento de Arcangelo Ianelli reveste-se de especial emoção por se realizar no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o museu mais estimado pelo artista. Sua primeira exposição individual na instituição aconteceu pelas mãos de Mario Pedrosa, em 1961, e, a partir de 1969, ele participou de seis edições do Panorama de Pintura, sendo premiado em 1973. Em 1978, sua retrospectiva no museu recebeu o prêmio de melhor exposição do ano da ABCA – Associação Brasileira dos Críticos de Arte.

Ianelli foi um artista do fazer, obsessivamente dedicado ao métier, e intransigente quanto ao lugar da pintura. Tendo feito o percurso habitual de sua geração, realizou obras acadêmicas, seguidas por pinturas com acentos cezannianos, que foram se tornando cada vez mais sintéticas até o mergulho na abstração, que o encaminhou, sem volta, em busca da essência.

O partido curatorial adotado nesta retrospectiva foi o de privilegiar a coerência de sua obra, mostrando que, no jovem pintor de 1950, já está contido o artista de 1970; que o mural de 1975 abre caminho para a escultura dos anos 1990 e que, nesse momento, nascem também as grandes pinturas, realizadas até 2000. Para permitir ao visitante a compreensão desse processo, a mostra estabelece um percurso que se inicia com a produção dos anos 1970, retrograda até 1950 e volta traçando o percurso de 1960 a 2000. Assim é possível ver, ao mesmo tempo, todas essas vertentes nascendo umas das outras. A mostra também propõe revelar o processo de criação e execução do artista, trazendo para o público a intimidade de seu ateliê e revelando sua persistência e perfeccionismo.

Uma exposição é um trabalho que envolve muita gente. Meus agradecimentos aos filhos do artista, Katia e Rubens Ianelli; à diretoria do museu; à jovem e eficiente equipe da instituição, liderada por Cauê Alves, e a todos os demais colaboradores. Parte deles, como eu, conheceu pessoalmente o artista, mas, mesmo aqueles que não tiveram essa sorte, entregam ao público esta mostra igualmente encantados.

Salve, Ianelli!

Denise Mattar, Curadora

De 14 de fevereiro a 14 de maio.

 

Povos originários brasileiros

07/fev

 

A partir do dia 09 de fevereiro, às 14h30, o Museu Histórico Nacional, Rio de Janeiro, RJ,  abre ao público sua nova exposição de longa duração: “Îandé – aqui estávamos, aqui estamos”, que traz um novo olhar sobre a trajetória dos povos originários brasileiros desde antes da chegada dos portugueses até os dias atuais. A exposição, que tem o patrocínio do Instituto Cultural Vale através da Lei Federal de Incentivo à Cultura, será inaugurada com a roda de conversa “Memórias e museus indígenas”, com representantes dos povos Kanindé (CE) e Yawanawá (AC), seguida de apresentação cultural. Na ocasião será realizada, ainda, uma feira de arte indígena no pátio de Minerva (térreo).

Dividida em dois eixos temáticos – “Arqueologia” e “Povos originários” -, a exposição apresenta importantes objetos etnográficos – desde o tacape (arma de madeira), que pertenceu ao líder indígena Tibiriçá, no século XVI, até um colar usado em rituais contemporâneos dos Yawanawá. Obras recentes de artistas indígenas, como Denilson Baniwa, Diakara Desana, Mayra Karvalho e Tapixi Guajajara, completam a mostra, que faz uma reformulação conceitual e expográfica, após 16 anos, da exposição de longa duração sobre os povos originários brasileiros, alinhada ao tema do centenário do MHN – “Escuta, conexões e outras histórias” – e às perspectivas atuais dos povos originários.

“O discurso do museu sobre a História do Brasil tem sido alvo de uma reflexão crítica, especialmente neste momento em que celebramos 100 anos de existência”, diz Pedro Colares Heringer, diretor substituto do Museu Histórico Nacional. “Isso tem gerado uma revisão conceitual de nossas perspectivas. Îandé é fruto desse esforço e da necessidade de dar protagonismo às histórias que durante muito tempo foram invisibilizadas”.

Realizada por representantes dos núcleos técnicos do museu, consultores e curadores externos, a exposição convida à reflexão sobre a nossa própria história sem deixar de lembrar que, a todo tempo, muitas outras estão sendo escritas. Somos um conjunto de experiências diversas que percorre tempos e espaços, conectados por uma teia, muitas vezes invisível, que liga ideias e sentimentos e gera conceitos e tradições. “Îandé”, em tupi, significa “nós e vocês”.

 

Eixos temáticos

A exposição será dividida em dois grandes eixos. O primeiro, “Arqueologia”, traz parte dos vestígios e do legado dos povos originários no Brasil. Com a colaboração de especialistas da arqueologia brasileira, o MHN se propõe a reescrever a história, iluminando e evidenciando os indígenas, suas perspectivas e discursos, por muito tempo ausentes e à margem da história oficial.

O segundo eixo, “Povos originários”, apresenta um panorama dos povos indígenas, mostrando sua diversidade, sua cultura material e objetos, como vivem hoje, os museus dedicados à causa, além de um espaço para as vozes e as lutas indígenas e a arte contemporânea.

Nesse eixo, destacam-se alguns núcleos. “Os povos originários hoje” reflete sobre a diversidade de identidades, sistemas sociais e culturais, modos de viver e visões de mundo que marcam a vida contemporânea destes povos – cada vez mais protagonistas nos mais variados âmbitos da sociedade brasileira.

Nessa perspectiva, “Waapówa: nosso caminho, nossa história” faz uma introdução à produção artística indígena atual, com curadoria do artista e curador indígena Denilson Baniwa. “Neste pequeno recorte vemos uma perspectiva de povos do norte-nordeste sobre sua própria trajetória. Ambos os trabalhos, a partir da visão de seus povos, afirmam uma única história: este lugar que pisamos sempre foi terra indígena”, explica.

A diversidade dos povos originários no Brasil está presente também em objetos que compõem o acervo do Museu Histórico Nacional, evidenciando usos, costumes e hábitos integrados ao cotidiano brasileiro, e questionando sobre o que estes itens dizem sobre a contemporaneidade e a história dos mais de 250 povos que vivem hoje no país.

Outra novidade é o “Espaço da meia-lua”, pensado para ser um local de promoção das vozes e das lutas indígenas, que contará com mini exposições temporárias. A primeira delas, com peças do próprio MHN, homenageia o povo Ianomâmi.

Os museus indígenas também têm lugar em Îandé. Em um espécie de “museu dentro do museu”, Alexandre Gomes, Antônia Kanindé e Suzenalson Kanindé apresentam a história do Museu Kanindé, do Ceará, e as memórias de lutas, resistências, afirmação e valorização da identidade e das suas práticas culturais.

 

 

Respirando a Natureza

06/fev

 

Artista “radicada” em Teresópolis, Bianca Land apresenta individual no Centro Cultural Correios RJ.  Depois de trabalhar durante anos em ritmo frenético no Departamento de Criação de uma grande agência de publicidade, Bianca Land decidiu mudar de ares e respirar. E se inspirar. No início dos anos 1990, quando foi morar na Serra, a artista passou a se dedicar essencialmente à pintura. O resultado poderá ser visto a partir do dia 09 de fevereiro, data de abertura da sua individual “Respirando a Natureza”, sob curadoria de Beatriz Padilla e produção de Francisco Menescal. Foram selecionados trabalhos que flertam com o movimento impressionista, em tons que vão dos azuis aos alaranjados, a maioria em médios e grandes formatos.

 

A palavra da curadora

Bianca Land Farah é uma artista inspirada pela natureza. Nascida no Rio de Janeiro, viveu a infância numa Chácara em Petrópolis, em conexão com a floresta e com os animais. Livre, muito expressiva e espontânea, sempre teve a arte como seu meio de comunicação. E foi justo Comunicação Social, que decidiu cursar na PUC do Rio de Janeiro. Já adulta, escolheu se embrenhar ainda mais na mata, indo morar em um pequeno sítio com uma cachoeira no terreno, em Teresópolis. Foi lá que Bianca formou sua família com Eduardo Small, trazendo ao mundo suas grandes paixões, os filhos Arthur e Raphael. E também, foi nesse seu pequeno paraíso, que iniciou sua carreira de artista plástica, pintando inicialmente quadros à óleo e atualmente tinta acrílica. Naturalmente, a identidade de sua pintura, traz a força de sua comunhão com a Terra e, mais que isso, nos convida a compartilhar do seu respirar a natureza. Nas telas da belíssima exposição “Respirando a Natureza”, estão expressas a escolha de vida de Bianca, a sua identificação com a explosão de cores, formas, vida, amor e energia. São telas que contam muito mais que um olhar pouco atento possa imaginar. Telas que contam da sensível experiência de imersão na alma da natureza, em pinceladas firmes e fortes pela vibração das cores e, ao mesmo tempo delicadas e suaves, por conta do doce olhar dessa grande artista”. Beatriz Padilha, janeiro de 2023.

 

 Sobre a artista

A artista Bianca Land é formada em Comunicação pela PUC e após ter trabalhado no Departamento de Criação da agência McCann Erickson, se dedica exclusivamente à pintura. Entre suas realizações destacamos exposições em diferentes cidades, a participação no circuito das artes no Rio de Janeiro, a atuação no projeto Morar Mais Por Menos, o recebimento de menção honrosa pela Só Arte Teresópolis, a criação dos afrescos decorativos do SENAC Petrópolis, e a colaboração como arte educadora do SESC Teresópolis e no lar Tia Anastácia. Seu trabalho mais recente é como cenógrafa no Centro Cultural FESO Pro Arte.

Até 02 de abril.

 

 

O Pequeno Grande Mundo de Flavio Papi

 

“O Pequeno Grande Mundo de Flavio Papi” começou a ser construído muito cedo, ainda na infância, quando já produzia maquetes e mini esculturas. Aos seis anos de idade, começou a desenhar com Augusto Rodrigues, na “Escolinha de Artes do Brasil”, e logo em seguida com Ivan Serpa, no MAM, dos 7 aos 12 anos. Seu know-how em arquitetura, já que além de artista plástico e maquetista é também arquiteto, favoreceu bastante seus projetos em menor escala; hoje, Flavio Papi é considerado o maior maquetista brasileiro, elencando uma extensa e respeitável lista de trabalhos para publicidade, cinema e televisão (TV Globo, a extinta Manchete e Record). No dia 09 de fevereiro, “O Pequeno Grande Mundo de Flavio Papi”, faz uma retrospectiva sobre sua trajetória de mais de 60 anos -, reunindo desenhos, pinturas, esculturas e maquetes, sob curadoria de Dinah Guimarães, no Centro Cultural CorreiosRJ.

 Entre as maquetes mais curiosas, estão a do “Teatro” da novela Mandala (TV Globo), a do “Banheiro”, criada para o clipe do grupo “Paralamas do Sucesso”, dirigido por Andrucha Wadington e vencedor na MTV Awards Brasil, em 1996. São destaques também na exposição a maquete oficial da “Rio 2016″ e a recente série “Floresta” (bastante oportuna no momento atual de devastação da Amazônia), criada para uma peça publicitária sobre o Dia do Meio Ambiente.

 

A palavra da curadora

“Será a arte capaz de transportar imaginariamente o espectador para um universo paralelo? A obra de Flávio Papi se insere, inegavelmente, em uma criatividade transcendental, que logra decodificar informações novas ao introduzir elementos estranhos (“ruídos”) em dados cotidianos. É aqui possível perceber uma distinção capital entre “arte formalizada” (arte criada pelos artistas) e “arte em estado bruto” (capacidade humana de fruir esteticamente objetos ou fenômenos naturais como crepúsculos)? A atual retrospectiva revela artefatos ecléticos, que mesclam valores artesanais da arte do passado com uma ruptura estética radical. Peças artísticas criadas a partir de maquetes com técnica mista (madeira, mdf, acrílico, plastique, papel, arame, pvc, plástico, poliuretano, resina, gesso, pintura acrílica ou automotiva) simbolizam obras intuitivas, espontâneas, sem projeto prévio. Fugindo da premissa ingênua de obras cuja facilidade se disfarça sob a ideia do difícil, a exposição revela desenhos, pinturas, esculturas e maquetes produzidos desde a infância do artista até a atualidade, em mais de 60 anos de trabalho ininterrupto. Começou Flávio Papi a desenhar com Augusto Rodrigues na Escolinha de Artes do Brasil e, em seguida, com Ivan Serpa no MAM-Rio. Maquetes, mini esculturas e desenhos originais dos anos 1960 constam da exposição, ao lado de esculturas recentes com temática ecológica, destruição e renascimento do planeta, assim como temas ligados à violência humana. Sua mão artística, em um gesto surrealista, expressa a criação/destruição humana do planeta e a esperança de retomada do bem comum verde, com a presença maciça de uma ecologia que possa nos redimir nesse terrível momento de crise ambiental brasileira na Amazônia. Enfatizam-se maquetes para publicidade, cinema e televisão, como aquelas feitas para novelas: “Teatro”, da novela “Mandala”, ao lado de obras para a TV GLOBO, Record e a extinta Manchete, além de filmes como “Outras estórias”, de Pedro Bial e “Lili Carabina”, de Lui Farias. Juntam-se maquetes usadas em vídeoclipes para bandas de rock e shows musicais para o programa “Fantástico”, com artistas como Djavan, Martinho da Vila, Zizi Possi, Ângela Maria e o programa “Os Trapalhões”. Destaca-se a maquete do “Banheiro” para o grupo “Paralamas do Sucesso”, vencedor do melhor vídeoclipe do ano (1996) na MTV Awards Brasil e dirigido por Andrucha Waddington. Derivando de uma família de artistas plásticos como Luiz Alphonsus e Domingos Guimaraens, foi sua obra influenciada pela poesia de Alphonsus de Guimaraens Filho, Afonso Henriques Neto e Augusto de Guimaraens Cavalcanti, devendo sua estética de connoisseurship à exímia modista Sônia Papi, sua mãe, ao bom gosto e escritos da tia Hymirene Papi de Guimaraens, às esculturas e poemas do tio Luiz Papi e ao apoio imprescindível do irmão Pedro Papi. Trata-se de ter olho e gosto, pois o bom gosto é um juiz intemporal perante o qual as obras comparecem, à espera de julgamento…”.

 

Sobre o artista

Flavio Papi nasceu no Rio de Janeiro em junho de 1954, Formado em Arquitetura pela FAU-UFRJ. Em seu currículo, há cursos de maquetes ministrados na década de 1980 no MAM. Em 1982, trabalhou por dois anos em Nova York na Maloof Architectural Models. Retornando ao Rio de Janeiro, voltou  a ministrar cursos no  IAB, E.A.V. (Parque Lage) e em seu Ateliê, na Lapa. Desde então, produz e faz maquetes para Arquitetura, Cinema, Televisão, Fotografia, Publicidade, Engenharia, Música, Artes Gráficas. Entre os seus principais projetos, “Os 100 anos de Oscar Niemeyer”, a exposição sobre os 50 anos de Brasília com a obra de Lúcio Costa, Burle Marx, Petrobrás, comerciais para Skol e Motorolla, e projetos para TV Globo e TV Record (maquetes de novelas e seriados).

Até 02 de abril.