Painel de Portinari no MAM-Rio

25/out

O MAM Rio de Janeiro, Parque do Flamengo, exibe atualmente a pintura de Candido Portinari, “Bodas de Caná”, legada em testamento pela viúva de Francisco Clementino de San Tiago Dantas.

 

San Tiago Dantas era amigo do artista, que encomendou a obra para a sala de jantar de sua residência na zona sul do Rio de Janeiro. A pintura a têmpera sobre madeira, com os traços inconfundíveis de Portinari, mede 170,7cm x 408,7cm. Sua transferência para o MAM, cercada de cuidados e realizada por restauradores contratados pelo Museu, foi possível graças ao patrocínio do Bank of America Merrill Lynch.

 

San Tiago Dantas foi uma personalidade preeminente, um intelectual respeitado, que atuou como jurista, escritor, jornalista, Ministro das Relações Exteriores (1961-1962) e da Fazenda (1963-1964), além de ter sido participante ativo da diretoria do MAM Rio no início da instituição. Foi vice-presidente do MAM em 1951-1952 e também ocupou interinamente a presidência do Museu, após a licença do cargo de Raymundo Ottoni de Castro Maya. Voltou a ser vice-presidente de 1953 a 1956. Sua viúva, Edméa de San Tiago Dantas, em testamento, transferiu ao MAM Rio o painel de Portinari

 

Candido Portinari (Brodósqui SP, 1903 – Rio de Janeiro RJ, Brasil, 1962) foi um dos pintores brasileiros mais conhecidos do século 20, e entre suas obras destaca-se o painel “Guerra e Paz” pintado para ser presenteado à sede da ONU em Nova York em 1956, mesmo ano em que iniciou a realização do painel “Bodas de Caná”.

 

“Bodas de Caná” retrata o primeiro milagre da vida pública de Jesus, quando ao acabar o vinho em uma festa de casamento, transformou, a pedido de sua mãe Maria, a água em vinho. Os personagens a sua volta expressam espanto e louvor.

 

 

Remoção do painel

 

O painel se encontrava encaixado em um nicho feito especialmente para ele na parede da sala de jantar. O processo de remoção da obra exigiu o trabalho de equipe especializada em restauração, que realizou a limpeza superficial com fixação de áreas em desprendimento, e ainda a prospecção dos parafusos e cunhas sob o estuque que o fixava, e a adequada proteção da obra para ser transportada em segurança por especialistas até o Museu.

 

 

Portinari no MAM

 

O importante painel “Bodas de Caná” se somará a outras dez obras de Candido Portinari pertencentes às Coleções MAM: a própria e a de Gilberto Chateaubriand/MAM Rio de Janeiro.

 

 

Sobre o Bank of America Merrill Lynch

 

O Bank of America é uma das principais instituições financeiras do mundo. Suas ações de responsabilidade corporativa têm foco em educação financeira, empreendedorismo de impacto, projetos de desenvolvimento econômico e arte e cultura. Esses temas apresentam grande potencial de transformação e de geração de benefícios para os cidadãos e para toda a sociedade. Dentre outras iniciativas, pode-se destacar o Projeto de Conservação de Arte (Art Conservation Project), em que o banco provê recursos financeiros a museus sem fins lucrativos ao redor do mundo, destinados à conservação de obras de arte de importância histórica ou cultural. Desde 2010, fornece subsídios para museus em 29 países, financiando 100 projetos de conservação.

 

 

Até 26 de novembro de 2017.

Barrio em NY

A Galeria Milan, São Paulo, SP, informa que o artista plástico Artur Barrio participa no Met Breuer, 945 Madison Ave, Nova York, da exposição coletiva “Delirious – Art at the limit of reason”. A mostra analisa a produção delirante de artistas norte-americanos, latino-americanos e europeus que abraçaram a irracionalidade, entre os anos 1950 e 1980.

 

Até 14 de janeiro de 2018

 

 

 

 

Histórias da sexualidade no MASP

20/out

O sexo é parte integral de nossa vida e, sem ele, sequer existiríamos. Por isso, a sexualidade tem desde sempre ocupado lugar central no imaginário coletivo e na produção artística. A exposição Histórias da sexualidade traz um recorte abrangente e diverso dessas produções. O objetivo é estimular um debate – urgente na atualidade -, cruzando temporalidades, geografias e meios. Episódios recentes ocorridos no Brasil e no mundo trouxeram à tona questões relativas à sexualidade e aos limites entre direitos individuais e liberdade de expressão, por meio de embates públicos, protestos e violentas manifestações nas mídias sociais. O MASP, um museu diverso, inclusivo e plural, tem por missão estabelecer, de maneira crítica e criativa, diálogos entre passado e presente, culturas e territórios, a partir das artes visuais. Esse é o sentido do programa de exposições, seminários, cursos, oficinas e publicações em torno de muitas histórias — histórias da infância, da sexualidade, da loucura, das mulheres, histórias afro-atlânticas, feministas, entre tantas outras.

 

Concebida em 2015, esta exposição é fruto de longo e intenso trabalho, e foi antecedida por dois seminários internacionais realizados em setembro de 2016 e em maio de 2017. A exposição se insere em uma programação anual do MASP totalmente dedicada às histórias da sexualidade, que em 2017 inclui mostras individuais de Teresinha Soares, Wanda Pimentel, Miguel Rio Branco, Henri de Toulouse-Lautrec, Tracey Moffatt, Pedro Correia de Araújo, Guerrilla Girls e Tunga. São mais de 300 obras reunidas em nove núcleos temáticos e não cronológicos – “Corpos nus”, “Totemismos”, “Religiosidades”, “Performatividades de gênero”, “Jogos sexuais”, “Mercados sexuais”, “Linguagens” e “Voyeurismos”, na galeria do primeiro andar, e Políticas do corpo e “Ativismos”, na galeria do primeiro subsolo. A mostra inclui também a sala de vídeo no terceiro subsolo, como parte do núcleo “Voyeurismos”. Algumas obras de artistas centrais de nosso acervo – como Edgard Degas, Maria Auxiliadora da Silva, Pablo Picasso, Paul Gauguin, Suzanne Valadon e Victor Meirelles – são agora expostas em novos contextos, encontrando outras possibilidades de compreensão e leitura. Ao lado delas, uma seleção de trabalhos de diferentes formatos, períodos e territórios compõem histórias verdadeiramente múltiplas, que desafiam hierarquias e fronteiras entre tipologias e categorias de objetos da história da arte mais convencional – da arte pré-colombiana à arte moderna, da chamada arte popular à arte contemporânea, da arte sacra à arte conceitual, incluindo arte africana, asiática, europeia e das Américas, em pinturas, desenhos, esculturas, fotografias, fotocópias, vídeos, documentos, publicações, entre outros.

 

Nessas histórias, não há verdades absolutas ou definitivas. As fronteiras do que é moralmente aceitável deslocam-se de tempos em tempos. Esculturas clássicas que são ícones da história da arte não poucas vezes tiveram o sexo encoberto. Também os costumes variam entre as culturas e civilizações. Em diversas nações europeias e comunidades indígenas, é natural a nudez exposta em lugares públicos; a poligamia é aceita em alguns países islâmicos; a prostituição é prática legal em alguns estados e condenada em outros; há países onde o aborto é livre mas há outros onde é proibido. Até mesmo o conceito de criança mudou ao longo do tempo, assim como as regras de especificação etária.

 

O único dado absoluto, do qual não podemos abrir mão, é o respeito ao outro, à diferença e à liberdade artística. Portanto, é preciso reafirmar a necessidade e o espaço para o diálogo e que se criem condições para que todos nós – cada um com suas crenças, práticas, orientações políticas e sexualidades – possa conviver de forma harmoniosa.

 

A exposição “Histórias da sexualidade” tem curadoria de Adriano Pedrosa, diretor artístico do MASP, Lilia Schwarcz, curadora-adjunta de histórias do MASP, Pablo León de la Barra, curador-adjunto de arte latino-americana do MASP e Camila Bechelany, curadora assistente do MASP. A classificação etária de “Histórias da Sexualidade” é de 18 anos. Desta forma, de acordo com a regulamentação vigente, é restritiva para menores de idade, mesmo com autorização ou acompanhamento de responsável.

 

 

Até 14 de fevereiro de 2018.

Modernismo Brasileiro em Portugal

O museu mais visitado de Portugal e um dos 100 mais visitados do mundo, segundo a The Art Newspaper, publicação internacional especializada em arte contemporânea, recebe exposição com 76 obras pertencentes à Coleção da Fundação Edson Queiroz, de Fortaleza, CE, de 27 de outubro de 2017 a 11 de fevereiro de 2018. O Museu Coleção Berardo, em Lisboa, apresentará seleção das mais expressivas obras criadas por artistas brasileiros entre as décadas de 1920 e 1960. Com curadoria de Regina Teixeira de Barros e projeto expográfico de Daniela Alcântara, a mostra “Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz” faz parte da itinerância com exposições já realizadas na Pinacoteca de São Paulo; na Casa Fiat, em Belo Horizonte; na Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre; no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; e na Casa França-Brasil, no Rio de Janeiro.

 

 

A coleção na mostra

 

Ao longo dos últimos 30 anos, a Fundação Edson Queiroz (FEQ), mantenedora da Universidade de Fortaleza (Unifor), constituiu uma das mais sólidas coleções de arte brasileira, que percorre cerca de quatrocentos anos de produção artística com obras significativas de todos os períodos. Em 2015, a FEQ começou exposição itinerante por todo o Brasil, passando por São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Rio de Janeiro. A exposição dá a oportunidade para que mais pessoas conheçam um dos acervos de artes visuais mais importantes do Brasil, uma forma de disseminar e democratizar o acesso às artes. O tema da exposição “Modernismo Brasileiro na Coleção da Fundação Edson Queiroz” proporciona uma aproximação com as diversas vertentes, influências e movimentos da arte brasileira do início do século XX. “O recorte escolhido pela curadora possibilita também fazer as mais diversas associações entre a trajetória de nossos artistas e o contexto histórico e artístico internacional. Essas foram décadas marcadas por profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais em todo mundo”, frisa o vice-reitor de extensão da Unifor, professor Randal Pompeu.

 

No Museu Coleção Berardo, um dos destaques será a obra “Duas Amigas”, de Lasar Segall, pintura referencial da fase expressionista do artista. Por um lado, Segall emprega cores não realistas, imbuídas de valor simbólico, por outro, lança mão de princípios cubistas, simplificando as figuras por meio de planos geometrizados. A exposição percorre também os chamados anos heroicos do modernismo brasileiro, apresentando obras de Anita Malfatti, Antônio Gomide, Cícero Dias, Di Cavalcanti, Ismael Nery, Vicente do Rego Monteiro e Victor Brecheret.

 

A segunda geração modernista, que desponta na década de 1930, está representada por artistas como Alberto da Veiga Guignard, Cândido Portinari, Ernesto De Fiori e Flávio de Carvalho. Deste período, merecem destaque as obras de Alfredo Volpi e José Pancetti que, além de comparecerem com um número significativo de obras na Coleção da FEQ, estabelecem uma transição entre a pintura figurativa e a abstração, apresentada na sequência.

 

O núcleo da exposição dedicado à abstração geométrica – tendência que desponta nos últimos anos da década de 1940 e se consolida na década de 1950 – abrange pintores do grupo Ruptura, de São Paulo, e artistas dos grupos Frente e Neoconcreto, ambos do Rio de Janeiro. Alguns dos nomes presentes nesse segmento são: Amilcar de Castro, Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Luiz Sacilotto, Lygia Clark e Willys de Castro, entre outros. Dois pioneiros da arte cinética participam deste segmento: Abraham Palatnik, com um objeto cinético, e Sérvulo Esmeraldo, com um “Excitável”.

 

Para a curadora Regina Teixeira de Barros, as histórias que delineiam a vizinhança física dos trabalhos artísticos das obras proporcionam diversas possibilidades, uma vez que muitas são as opções apresentadas a um só tempo. “O olhar pode vagar de uma pintura a outra, pendurada ao lado, instalada na parede oposta ou entrevista na sala seguinte. De uma única obra, podem-se desdobrar múltiplas narrativas, que se entrecruzam, se espelham, se confundem ou se confrontam à medida que o olhar avança, retrocede, salta ou recomeça”, ressalta.

 

A exposição encerra com a produção das décadas de 1950 e 1960, revelando uma diversidade de expressões artísticas, tão evidentes nas obras de Ivan Serpa, Tomie Ohtake e Iberê Camargo, quanto nas proposições radicais de artistas que haviam participado do movimento neoconcreto carioca. Trata-se do momento em que uma completa revisão de paradigmas se opera e a arte nacional toma novos rumos, aproximando-se da chamada arte conceitual. A exposição reúne ainda uma seleção de artistas que não aderiram a nenhum grupo da época, mas que adotaram uma linguagem abstrato-geométrica singular, mesclando-a com certo lirismo. Destacam-se, nessa seção, os pintores Antônio Bandeira, Maria Helena Vieira da Silva e Maria Leontina.

Juliana Stein no MON

28/set

Mostra da artista gaúcha Juliana Stein integra a Bienal de Arte de Curitia, fala “das coisas que só podemos ver quando olhamos meio de lado”, segundo a autora. A curadoria é de Agnaldo Farias. Juliana Stein define a mostra que inaugura dia 30 de setembro no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, como “uma tentativa de articular espaços da fotografia em torno do sentido opaco das coisas que escapam e que nos inscrevem mais do que podemos escrever sobre elas.”

 

As imagens captadas pelas lentes de Juliana situam-se num terreno de experimentação e leitura poética, que conduz naturalmente a uma reflexão sobre os processos de produção e de leitura da imagem fotográfica. As obras expostas analisam as relações entre as palavras e as imagens a partir de indagações como: existe uma imagem para cada palavra? Existe uma palavra para cada imagem?

 

  • A fotografia tem este caráter de traço, de ter estado na frente do objeto e, apesar disto, de funcionar dentro de um circuito enquanto algo lhe falta – argumenta Juliana. – A imagem fotográfica é o registro de algo, mas do quê? – provoca.

 

 

 

Entre a noite das coisas e o visível dentro do invisível 

 

 

Para Juliana Stein, falar e querer dizer não são a mesma coisa. – Nas minhas palavras há sempre mais do que quero dizer, e sempre outra coisa. É como acompanhar a noite das coisas, especialmente daquelas em que o sentido é um risco e não pode ser muito bem previsto, pois está sempre mais além. Falamos para dizer a verdade, que não se diz toda porque as palavras faltam – conclui.

 

No entender da crítica de arte, escritora e curadora independente Adriana Almada, do Paraguai, “a abordagem de Juliana Stein transcende a condição visual para criar uma zona de silêncio que outorga à fotografia um caráter de indício: mostra a partícula visível de um grande invisível – reflete. – Para ela (Juliana), fotografar é uma prática de indagação, de exploração em uma sorte de descontrole produtivo, nesse “deixar-se levar” por personagens e situações que, uma vez traduzidos em imagens, estimulam a percepção desde os tons graves até os sem cor – interpreta Adriana.

 

 

 

Sobre a artista

 

 

Juliana Stein nasceu em Passo Fundo/RS, formou-se em Psicologia pela UFPR em 1992, viveu por dois anos em Firenze e Veneza (onde estudou História da Arte, técnica em aquarela e desenho) e trabalha com fotografia desde o final dos anos 1990. Com uma obra amplamente reconhecida no Brasil e no exterior, participou da 55a Bienal Internacional de Veneza, da 29aBienal de São Paulo e expôs na Crone Gallery em Berlim, na ShangART Gallery em Xangai e no Carreau du Temple, em Paris.

 

 

Sobre o curador

 

Agnaldo Farias, um dos curadores e críticos de arte mais reconhecidos do Brasil, responde atualmente pela curadoria do Museu Oscar Niemeyer. Comandou a 29ª Bienal de São Paulo em 2011 e já realizou curadorias para o Museu de Arte Contemporânea e o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo; para o Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro; para o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba; e para o Museu de Arte do Rio Grande do Sul, entre outros. É também professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo.

 

 

30 de setembro de 2017 a 25 de março de 2018

No Museu de Arte Sacra de São Paulo

19/set

Duas exposições na capital paulista marcam o início das festividades pelos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul, na cidade de Aparecida (SP). “Aparecida do Brasil” e “300 anos de Devoção Popular” estão sendo montadas pelo Museu de Arte Sacra de São Paulo (MAS), em parceria com a Arquidiocese de São Paulo (SP) e o Santuário Nacional, e serão inauguradas no dia 21 de setembro, às 11h.

 

Nas dependências do museu, em espaço dedicado a exposições temporárias, “300 Anos de Devoção Popular”, em parceria com o Museu Nossa Senhora Aparecida – Santuário Nacional de Aparecida e curadoria de Cesar Augusto Bustamante Maia e Fabio Magalhães, são exibidas 137 obras – esculturas, ex-votos e objetos em diversos suportes -, homenageando os três séculos de devoção à Nossa Senhora Aparecida. A cada ano, milhões de peregrinos caminham rumo ao Santuário Nacional de Aparecida. Recorrem à padroeira do Brasil para lhe falarem de suas angústias, aflições, ou para expressar suas alegrias, esperanças e agradecimentos por graças alcançadas. “A mãe de Jesus, a Senhora da Conceição Aparecida, continua a ser o ‘grande sinal’, colocado por Deus no céu e na terra para o consolo dos seus filhos e para a certeza de que o mal não terá a última palavra sobre a vida dos homens e sua história”, comenta o Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. A mostra tem como destaques duas esculturas da santa – uma com manto e outra sem – feitas por Francisco Ferreira – Chico Santeiro, o primeiro escultor a produzir uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e também obra assinada pelo artista contemporâneo Paulo von Poser.

 

 

Aparecida de São Paulo – elo histórico 

 

 

A cidade de São Paulo tem uma ligação histórica estreita com o Santuário Nacional. Em 1717, quando foi encontrada a imagem da Padroeira do Brasil, todo o Estado de São Paulo pertencia à então Diocese do Rio de Janeiro (RJ). Com a criação da Diocese de São Paulo (SP), em 1745, que depois foi elevada a arquidiocese, em 1908, Aparecida passou a fazer parte de seu território. Somente em 1958, foi criada, pelo Papa Pio XII, a Arquidiocese de Aparecida. Também foi da Arquidiocese de São Paulo que veio o primeiro arcebispo de Aparecida, o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, até então arcebispo de São Paulo. Foi o primeiro arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo e Silva, que, em 1908, obteve do Papa Pio X a concessão do título de Basílica Menor para a primeira igreja construída em 1745, popularmente conhecida como “Basílica Velha”. Nessa ocasião, Dom Duarte também celebrou a dedicação do templo. Até a chegada dos primeiros missionários redentoristas, em 1894, o atendimento pastoral e espiritual da Basílica de Aparecida ficou aos cuidados do clero da Diocese de São Paulo. O lançamento da pedra fundamental do Santuário Nacional, a “Basílica Nova”, aconteceu em 10 de setembro de 1946 e a construção do templo iniciou-se em 11 de novembro de 1955.

120 anos de Di Cavalcanti

Um dos mais importantes artistas do modernismo brasileiro, Emiliano Di Cavalcanti é o tema da mostra retrospectiva na Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. “No subúrbio da modernidade – Di Cavalcanti 120 anos” entrou em cartaz no mês em 02 de setembro, mês em que se comemora 120 anos de nascimento do artista. Entre pinturas, desenhos e ilustrações, mais de 200 obras, realizadas ao longo de quase seis décadas de carreira e que hoje pertencem a algumas das mais importantes coleções públicas e particulares do Brasil e de outros países da América Latina, como Uruguai e Argentina.

 

Obras icônicas e outras pouco vistas foram distribuídas em sete salas do primeiro andar da Pina Luz, sob a curadoria de José Augusto Ribeiro. Segundo o pesquisador, a exposição pretende investigar como o artista desenvolve e tenta fixar uma ideia de “arte moderna e brasileira”, além de chamar a atenção para a condição e o sentimento de atraso do Brasil em relação à modernidade europeia no começo do século XX. “Ao mesmo tempo, o título se refere aos lugares que o artista costumava figurar nas suas pinturas e desenhos: os bordeis, os bares, a zona portuária, o mangue, os morros cariocas, as rodas de samba e as festas populares – lugares e situações que, na obra do Di, são representados como espaços de prazer e descanso”, explica Ribeiro. Além da atuação pública de Di Cavalcanti como pintor, a mostra destaca aspectos menos conhecidos de sua trajetória, como as ilustrações e charges para revistas, livros e até mesmo capas de discos. Também foi abordada sua condição de mobilizador cultural e correligionário do Partido Comunista do Brasil (PCB). “Esse engajamento reforça o desejo de transformar o movimento moderno em uma espécie de projeto nacional”, completa Ribeiro.

 

A Pinacoteca prepara um catálogo que reunirá três ensaios inéditos escritos pelos autores José Augusto Ribeiro, curador da mostra, Rafael Cardoso (historiador de arte e do design), e Ana Belluzzo, professora e crítica de arte. O livro trará ainda reproduções das obras apresentadas, uma ampla cronologia ilustrada e um compilado de textos já publicados sobre a trajetória do artista. A exposição tem patrocínio de Banco Bradesco, Sabesp, Ultra, Escritório Mattos Filho e Alexandre Birman.

 

 

Até 22 de janeiro de 2018.

Intervenções Bradesco ArtRio 2017

11/set

ArtRio-17

Os organizadores convidam para a inauguração da coletiva “Intervenções Bradesco ArtRio 2017”, mostra paralela à 7ª edição da Feira Internacional de Arte do Rio de Janeiro.

 

A abertura acontece no dia 12 de setembro (terça-feira), às 15hs, no pilotis e jardins do MAM Rio – Museu de Arte Moderna, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ.

 

O objetivo da exposição, que tem curadoria de Fernanda Lopes e Fernando Cocchiarale, é levar arte para locais públicos, permitindo novas articulações entre as obras, espaços e o público.

 

Os artistas participantes são: Débora Bolsoni, Floriano Romano, Guga Ferraz, Gustavo Prado, Joanar Cesar, João Loureiro, João Modé, Jorge Soledar, Lais Myrrha e Maya Dikstein.

Maiolino em LA

06/set

Esta primeira retrospectiva sobre o trabalho da artista brasileira Anna Maria Maiolino nos EUA, reúne em cinco décadas, pinturas, desenhos, vídeos, performances, esculturas e instalações em larga escala para traçar o caminho de uma artista extraordinária.

 

O MOCA – Museum of Contemporary Art, Los Angeles, apresenta a primeira grande exposição de pesquisa de Anna Maria Maiolino, uma das mais influentes artistas brasileiras de sua geração. Anna Maria Maiolino nasceu na Itália – em 1942 – e emigrou com sua família, na adolescência, para a Venezuela. Em 1960, mudou-se para o Brasil para participar da Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, onde começou a desenvolver um corpo de trabalho em diálogo com abstração, minimalismo e a arte conceitual. Seu trabalho foi profundamente influenciado pelo rescaldo da Segunda Guerra Mundial, a Ditadura Militar no Brasil e sua experiência como artista durante o período em que o que poderia ser chamado de arte mudou drasticamente. A exposição abrange toda a carreira da artista, desde a década de 1960 até o presente, reunindo impressões, desenhos, filmes, performances e instalações experimentais, incluindo suas recentes instalações efêmeras em grande escala, feitas com argila não cozida e laminada à mão. O trabalho de Anna Maria Maiolino é exclusivamente capaz de traçar o curso dos movimentos que definem a História da Arte Brasileira, canalizados através de uma prática pessoal, psicologicamente carregada que traça seu próprio caminho introspectivo, tanto quanto abre sobre grandes questões filosóficas de repetição e diferença, o transitório e os problemas permanentes e estéticos como o sólido e o vazio e a relação íntima entre o Desenho e a Escultura.

 

 

 

Até 27 de novembro.

ArtRio & Parceria

03/ago

O Rio de Janeiro vai receber pela primeira vez uma edição do EARQ – Encontro de Arquitetura e Design. O evento, que acontece nos dias 15 e 16 de setembro e vai receber mais de 3.000 profissionais do setor, fechou parceria com a ArtRio e terá ações na Marina da Glória e no Museu do Amanhã. Entre as presenças confirmadas estão Arthur Casas, Thiago Bernardes, Ruy Othake, Miguel Pinto Guimarães, Sergio Conde Caldas, Carlos Motta e Zanini de Zanine.

 

Realizado desde 2010, o EARQ reúne profissionais de arquitetura, design de interiores e de ambientes, paisagistas, decoradores, engenheiros, fornecedores do segmento e estudantes dessas áreas.

 

 
Sobre a ArtRio

 

Em 2017, a ArtRio estreia em novo endereço: a Marina da Glória. O evento, que acontece de 13 a 17 de setembro, vai reunir importantes galerias brasileiras e internacionais. Chegando a sua 7ª edição, a feira tem entre suas metas ser um dos principais eventos mundiais de negócios no segmento da arte.

 

A ArtRio pode ser considerada uma grande plataforma de arte contemplando, além da feira internacional, ações diferenciadas e diversificadas com foco em difundir o conceito de arte no país, solidificar o mercado, estimular e possibilitar o crescimento de um novo público oferecendo acesso à cultura.

 

 

Serviço ArtRio 2017

Data: 14 a 17 de setembro (quinta-feira a domingo)

Preview – 13 de setembro (quarta-feira)

Horários: Dias 14 e 15 – quinta e sexta-feira – 14h às 21h

Dia 16 – sábado – 14h às 21h

Dia 17 – domingo – 14h às 19h

Ingressos: R$ 40 / R$ 20

Bilheterias no local nos dias de evento

Local: Marina da Glória – Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória

Estacionamento no local

Metrô – Estação Glória / Passarela em frente à Rua do Russel