Novíssimos 2017

28/jul

Tudo novo de novo. Pela primeira vez no endereço que acaba de inaugurar, a Galeria de Arte IBEU, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ,  apresenta, no dia 1º de agosto, a 46ª edição do Salão de Artes Visuais Novíssimos 2017, o único salão de arte do Rio de Janeiro. A edição deste ano tem curadoria de Cesar Kiraly e conta com a participação de 11 artistas que apresentarão trabalhos em pintura, instalação, objeto, fotografia, vídeo, desenho e performance. Os selecionados são Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda (RJ), Ana de Almeida (RJ), Ayla Tavares (RJ), Betina Guedes (São Leopoldo, RS), Caio Pacela (RJ), Clara Carsalade (RJ), Felipe Seixas (SP), Jean Araújo (RJ), Juliana Borzino (RJ), Leandra Espírito Santo (RJ/SP) e Stella Margarita (RJ). O artista em destaque de “Novíssimos 2017” será divulgado na noite de abertura e contemplado com uma exposição individual na Galeria de Arte Ibeu em 2018.

 

Já participaram de Novíssimos artistas como Anna Bella Geiger, Ivens Machado, Ascânio MMM, Ana Holck, Mariana Manhães, Bruno Miguel, Pedro Varela, Gisele Camargo, entre outros.   

 

“Novíssimos 2017” tem como proposta reconhecer e estimular a produção de novos artistas, e com isso apresentar um recorte do que vem sendo produzido no campo da arte contemporânea brasileira em suas diversas vertentes. Até 2016, 610 artistas já haviam participado de “Novíssimos”, que teve sua primeira edição em 1962. Nesta 46ª edição, a proposta curatorial diz respeito à interrogação da distância entre as imagens da vigília e do sono.

 

“Foram escolhidos artistas em início de trajetória que se propuseram a pensar a experiência dessa forma expandida. O onírico surge atrelado aos mais diversos suportes, em formas escultóricas de pano, fotografia, na interação do concreto com aparato eletrônico, no conflito do rosto com matérias que insistem em cobri-lo, nas estratégias de captação de vídeo. Podemos contemplar os percursos dos artistas, mas também tivemos a oportunidade de indicar trabalhos que nos pareceram exemplares de boa direção na proposta que nos foi submetida”, afirma Cesar Kiraly.

 

 

Sobre alguns participantes

 

 

Amador e Jr Segurança Patrimonial Ltda

Antonio Gonzaga Amador – Mestrando em Estudos Contemporâneos das Artes PPGCA/UFF. Graduado em Pintura pela EBA/UFRJ em 2013. Participou de cursos e oficinas na Escola de Artes Visuais do Parque Lage entre 2012 e 2014. Integrou o Laboratório Contemporâneo para jovens artistas na Casa Daros, em parceria com o Instituto MESA e o Coletivo E em 2014. Cursou em 2016 o acompanhamento de processos artísticos no Saracvra . Dentre as exposições que participou destacam-se a 27° Mostra de Arte da Juventude (Ribeirão preto/SP), com premiação; 35° salão Arte Pará – 2016 (Belém/PA), premiado como ‘Amador e Jr. Segurança Patrimonial Ltda.;  Salão Arte Londrina 4 – Alguns Desvios do corpo (Londrina/PR). Atualmente desenvolve pesquisa artística sobre o corpo e sua condição biográfica de possuir diabetes tipo 1, o comportamento metódico e a rotina, e o contexto social e econômico do açúcar no Brasil.

 

Ayla Tavares

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1990. Graduada em Design Gráfico pela PUC-Rio, tem formação em Arte Educação pelo Instituto a Vez do Metre/Universidade Cândido Mendes. Também frequentou a Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

 

Betina Guedes

Artista visual e professora. Doutora e mestre em Educação (UNISINOS), RS. Atua na UNISINOS. Sua produção artística tem como eixo a memória e suas articulações com a cidade, o corpo e a escrita.

 

Caio Pacela

Nascido em 1985 no interior Estado de São Paulo, mudou-se no ano de 2000 para o Estado do Rio de Janeiro. Atualmente vive em Niterói, RJ, onde mantém seu estúdio. Graduado desde 2013 em Pintura pela EBA (Escola de Belas Artes) da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Desde o ano de 2014 frequenta cursos livres na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. ​Atuou como freelancer entre 2002 e 2012 desenvolvendo ilustrações de estampas para três diferentes marcas de surfwear brasileiras e na criação de personagens para projetos e instituições. Hoje dedica-se inteiramente à sua própria produção.

 

Felipe Seixas

Vive e trabalha em São Paulo. Formado em Design Digital (2011) pela Universidade Anhanguera, São Paulo. Participou dos cursos “A escultura como objeto artístico do século XXI” com Ângela Bassan (2015) e “Esculturas e Instalações: possibilidades contemporâneas” (2016) com Laura Belém, ambos na FAAP e do grupo de acompanhamento de projetos do Hermes Artes Visuais, com Nino Cais e Carla Chaim (2016). Em 2017, fez sua primeira exposição individual: (I) matérico presente, com curadoria de Nathalia Lavigne, na galeria Zipper (projeto Zip’Up). Participou da XIX Bienal Internacional de Arte de Cerveira 2017 (Portugal) e da 2ª Bienal Caixa de Novos Artistas, com itinerâncias pelo Brasil. Em 2016 participou da 1ª Bienal de Arte Contemporânea do Sesc-DF. Em 2016 recebeu o prêmio Menção Honrosa no 15° Salão de Arte Contemporânea de Guarulhos e em 2015 recebeu o prêmio Menção Especial no 22° Salão de artes Plásticas de Praia Grande.

 

Jean Araújo

Jean Araújo nasceu em Vitória da Conquista (BA) em 1975, mas foi aos 24 anos de idade que passou a dedicar-se à pintura. Em 2011, morando no Rio de Janeiro, passou a executar trabalhos dentro de uma pesquisa do POP ART. Mas foi em 2013 que passou a dedicar-se exclusivamente ao universo das artes plásticas. Desde então realizou duas mostras individuais, uma no Rio de Janeiro e outra em Minas Gerais. Paralelamente o artista começou a frequentar cursos no Parque Lage e em outras instituições como forma de aprofundar e aprimorar seu conhecimento técnico-acadêmico.

 

Leandra Espírito Santo

Indicada ao Prêmio Pipa 2016. Volta Redonda, RJ, 1983. Vive e trabalha entre o Rio de Janeiro, RJ e São Paulo, SP. Participou de mostras coletivas em galerias, museus e instituições brasileiras e internacionais, tais como: Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG (2016); Galeria A Gentil Carioca, Rio de Janeiro, RJ; Circus Street Market, Brighton, Inglaterra; Casa do Olhar – Secretaria de Cultura de Santo André, SP (2014); Paço das Artes, São Paulo, SP (2014/2012); Centro Cultural Justiça Federal, Rio de Janeiro, RJ; e Museu de Arte Contemporânea do Mato Grosso do Sul, Campo Grande, MS; Complexo Cultural Palácio das Artes, Praia Grande, SP; Centro Universitário Mariantonia, São Paulo, SP; Sesi Cultural, Barra Mansa, RJ; Galeria Casamata, Rio de Janeiro, RJ; Sala Preta, Barra Mansa, RJ (2013); Circo Voador, Rio de Janeiro, RJ (2012/2013); Museu de Arte de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto, SP; Galeria Gravura Brasileira, São Paulo, SP; Liceu de Artes e Ofícios, São Paulo, SP (2012); e Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, SP (2010).

 

 

De 1º de agosto a 15 de setembro.

Fotografias no MAR

26/jul

Ao longo do século XX a fotografia consolidou-se para além do referencial documental que marcara seu surgimento. Transbordando as práticas científicas – das ciências naturais às ciências sociais -, a prática fotográfica sofisticou-se imensamente em sua apropriação pela arte. Artistas reinventaram não somente a dimensão estética da imagem fotográfica como também seu próprio estatuto documental, inserindo a fotografia no campo da ficção e da reinvenção do mundo. Desde então, foram inúmeras as viradas na prática e no entendimento da fotografia, atravessada por sua própria desmaterialização ou, mais recentemente, compreendida como dispositivo para relações que a extrapolam.

 

Atento à riqueza dessa linguagem, o Museu de Arte do Rio, Praça Mauá, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a partir de 19 de agosto, a exposição “Feito poeira ao vento | Fotografia na Coleção MAR”, Pavilhão de Exposições | 1º andar, extraída de sua significativa coleção de fotografias, com nomes como Marc Ferrez, Kurt Klagsbrunn, Pierre Verger, Walter Firmo, Evandro Teixeira, Luiz Braga, Rodrigo Braga, Marcos Bonisson, Rogério Reis, dentre muitos outros. Também integram a “Coleção MAR” experimentos em plataformas diversas da imagem, como o livro, o filme, a instalação, a pintura ou a performance, configurando a operação fotográfica como um gesto capaz de ir além de si mesmo e, com isso, demonstrando a potência da produção da imagem em termos históricos e atuais. A exposição é um panorama dessa constelação de imagens, sensibilidades, vocações e experimentos.

Radaelli no MARGS

24/jul

No próximo dia 25 de julho, o pintor Gelson Radaelli abre a exposição individual “NEON”, com curadoria de Icleia Borsa Cattani, ocupando as galerias Ângelo Guido, Pedro Weingartner e João Fahrion, do Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, em Porto Alegre, RS.

 

A trajetória profissional de Radaelli remonta há pelos menos trinta anos, dividida em pesquisas cromáticas e formais que constituem diferentes fases muito marcantes, sempre sobrepondo camadas e criando empastamentos, numa combinação instigante entre figura e gesto.

 

Nessa exposição, será mostrada a sua produção mais recente, realizada no primeiro semestre deste ano. Boa parte das pinturas é constituída por painéis de grandes formatos, executados com perceptível redução na paleta de cores do artista. Elas remetem, de certo modo, à sua produção de 1988, na qual realizava pinceladas soltas, em preto e branco, sobre folhas de revista. Essas inspiraram a série subsequente de telas em preto e branco, que perdurou por mais de vinte anos.

 

No momento atual, a cor rosa domina o espaço em diversos matizes. No início da série, ela substituiu o branco do fundo. A seguir, começou a aparecer como protagonista colocada em pinceladas largas junto ao preto e o branco. Essas três cores criam uma dinâmica no espaço da tela, associadas à gestualidade e aos empastamentos provocados pelas pinceladas largas e ágeis. Manchas de vários tons de cinza criam um contraponto às pinceladas nítidas, atenuando em parte o contraste dos extremos. Harmonia e conflito, nitidez e ambiguidades coexistem, definindo um novo universo nas pinturas de Radaelli.

 

Sobre o artista

 

Gelson Radaelli nasceu em 1960, pintor e desenhista, graduado em Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Quando tinha 6/7 anos já queria ser artista. Nessa época ganhou do padrinho de crisma, telas, pincéis e tinta a óleo e nunca mais parou de pintar. Participa de exposições desde 1982. No ano de 1990 fez sua primeira individual na Galeria João Fahrion  do Museu de Arte do Rio Grande do Sul. Realizou várias exposições individuais em Porto Alegre, interior do estado e em outras cidades do Brasil, como Curitiba (Sala Miguel Bakun) e Belém do Pará (Galeria Municipal de Arte). A participação em salões e exposições coletivas é extensa: Salão Cidade de Porto Alegre / Centro Municipal de Cultura (1986), Catálogo Geral / MARGS (1991), Olhar Contemporâneo / MACRS e Projeto Macunaíma / IBAC FUNARTE (1993), Sobre Tela / Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, IA, UFRGS (2001), Paisagens Interiores / Instituto Moreira Salles, Porto Alegre (2009),são algumas delas. Criou eventos relacionados a artes visuais e organizou exposições: Maratona da Pintura, Metroarte; Correndo o Risco; Sobre Tela; entre outras. Em 1986 editou um jornal de artes visuais chamado PRA VER e posteriormente trabalhou como diretor de arte nos jornais de cultura O CONTINENTE e TRINTA DIAS DE CULTURA, do governo do estado do RS. Em 1996 ganhou o Prêmio Açoriano de Literatura pelos desenhos do livro SOBRE CORPOS E GANAS em coautoria com o poeta dois Santos dos Santos. Em 2009, com a exposição PAISAGENS SUSPEITAS, realizada na galeria Bolsa de Arte, foi indicado ao Açoriano de Artes plásticas, o qual ganhou no ano seguinte, com a exposição TORMENTA, na Galeria Iberê Camargo da Usina do Gasômetro.

 

 

Até 10 de setembro.

Mats Hjelm no MAM-Rio

19/jul

Em sua primeira individual no Brasil, cartaz do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, Parque do Falmengo, Rio, RJ, o artista sueco Mats Hjelm mostra videoinstalação “A Outra Margem”. O artista, com forte presença internacional, realiza sua primeira exibição individual no Brasil. Seu trabalho investiga a relação entre videoinstalação e cinema documental, tendo como temas recorrentes a relação da arte com movimentos de justiça social, e o entrelaçamento das pequenas historias particulares e das grandes narrativas globais. Em “A Outra Margem” (2017), especialmente concebida para o espaço do museu, Mats Hjelm propõe uma reflexão sobre o Atlântico como lugar de passagem, e suas histórias de diáspora e colonização. O trabalho discute a busca de identidade no percurso de volta a terra-mãe, e o mistério da libertação através da navegação para “outro” lugar. Mats Hjelm também tirou proveito do fato de o MAM estar localizado próximo ao mar, junto à Baía de Guanabara, aberta para o oceano Atlântico, que é o personagem principal da obra.

 

A videoinstalação em quatro canais, 45’, em loop, consiste em uma dupla projeção de sete metros de comprimento, em cada um dos dois lados de uma parede central do espaço expositivo. De um lado, o público verá imagens de água, mar, margens e costas de diversos pontos do Atlântico Norte e do Atlântico Sul. No outro lado, serão projetados ensaios visuais com depoimentos, imagens documentais, paisagens, textos, e música. Assim, a obra mistura cinema documental e narrativo em um trabalho de grande escala. Mats Hjelm introduz uma meditação sobre o mar ao utilizar, por exemplo, a peça “As Cinzas”, de Samuel Beckett (1959), escrita para rádio, em que um homem idoso tem alucinações com memórias do pai e o mar, ao passo que se recusa a abrir a porta para uma visita em sua casa. Tomado por alucinações nostálgicas e momentos de euforia, o velho representa para Mats a velha Europa em declínio tentando se ater a uma grandeza que não existe mais.

 

Em suas incursões recentes pela África ocidental, o artista vem investigando o percurso de movimentos afro-americanos na região, acompanhado a questão complexa da reconquista da identidade ancestral africana dentro de um contexto pós-colonial.  Desde o início de sua trajetória, os direitos civis americanos são temas de seu interesse, e o trabalho mostrado no MAM se inscreve dentro do debate de resgate da memória da escravidão na atualidade. Outro tema latente de seus trabalhos é a relação de interdependência entre África e Europa, e música e imagem são elementos usados por Mats Hjelm nesta instalação para comentar o assunto.  A Europa em delírio simbolizada por Beckett definha diante da vitalidade e jovialidade do novo mundo. Mats se interessa tanto pela África ancestral (como se vê na trilha musical do filme que usa música milenar do Mali, com o instrumento khora) tanto na nova África que surge após os movimentos de descolonização ou guerras civis, como no caso da Libéria. No filme, Mats revela algumas das contradições e as violências do colonialismo de forma poética. Isto sempre com o mar ao fundo, e a água como elemento comum. Nesse filme alternam-se imagens da Europa, Libéria, Detroit, e as praias do Rio de Janeiro – lugares que Mats Hjelm tem percorrido nos últimos anos com seus projetos de arte e documentário. Ouvimos, por exemplo, o depoimento de Preston Jackson, o personagem principal de um documentário que vem fazendo desde 2012 na Libéria, contar sobre o momento em que viu o Atlântico pela primeira vez. Não tendo visto o horizonte antes, ainda menino acreditou ingenuamente na história contada por seu tio que o mar era um infinito campo de futebol. Da mesma Libéria vemos imagens do luxuoso Ducor Hotel da capital Monróvia em ruínas, construído para sediar a conferência pan-africana nos anos 1970 que visava a uma unificação maior dos países africanos, e, posteriormente destruído durante a sangrenta guerra civil que terminou em 2002. Desde então o país encontra-se em lenta reconstrução, evidenciado em outras imagens.

 

Em outro momento, conhecemos Kojo, um americano que viaja com a missão religiosa de sua igreja pan-africana em Detroit para a Libéria, refletindo sobre a função da religião em sua vida, e da África como a terra-mãe. Em seguida, um ensaio poético lembrando o mito sebastianista lusobrasileiro – o rei que surge das águas para libertar o povo cativo – é falado por uma mulher com imagens da costa africana e brasileira em alternância. O texto lembra a descoberta do mar por Preston, quando diz que o mar tem o gosto inusitado de sal para quem nunca sentiu.

 

 

Sobre o artista

 

Mats Hjelm é artista visual e documentarista. Nasceu em 1959 em Estocolmo, onde vive e trabalha. Seu trabalho investiga a relação entre videoinstalação e cinema documental, tendo como temas recorrentes a relação da arte com movimentos de justiça social, e o entrelaçamento de histórias particulares e narrativas da política global. Há mais de vinte anos trabalha na Europa, Estados Unidos e África Ocidental, África do Sul, e mais recentemente no Brasil. É escultor formado pela Konstfack University na Suécia, assim como em Cranbrook Academy of Fine Art nos Estados Unidos. O trabalho de Mats Hjelm já foi exibido em mostras individuais e coletivas no Moderna Museet em Estocolmo; Museum of African American History, Detroit, EUA; Biennale Africaine de la Photographie, Bamako, Mali; Dubai International Film Festival; Museum of Contemporary Art of Chicago; Walker Art Center, Minneapolis; Bienal de Veneza; Yokohama Triennale, entre outros. Tem obras nas coleções do Moderna Museet, Malmö Art Museum, Uppsala Art Museum e The National Public Arts Council Sweden. As atividades de Mats Hjelm incluem cursos em vídeo e cinema dentro da arte contemporânea. Hjelm é também cinegrafista, colorista, programador e especialista em videoinstalações para diversos fins.

 

 

A palavra da curadoria

 

Videoinstalação inédita do sueco Mats Hjelm, A outra Margem integra a programação periódica de exposições temporárias de artistas contemporâneos brasileiros e estrangeiros, cujas obras, sobretudo quando não representadas nas coleções do Museu de Arte moderna, complementam seu atual perfil moderno e contemporâneo. Mas a tal relevância, somam-se questões específicas deste trabalho que justificam e reforçam ainda mais o MAM, situado à beira-mar do Rio de Janeiro, como um espaço privilegiado para a realização desta exposição, já que a cidade situada no Atlântico sul é, de acordo com as escolhas poéticas de Mats, uma das margens visíveis do trabalho.

 

A outra margem nos propõe uma reflexão poética sobre o Atlântico como lugar de passagem entre as diversas margens desse oceano que une as histórias de diáspora, colonização e o mistério da libertação por meio da navegação para “outro” lugar, e o horror do cativeiro à espera daqueles que o navegam contra sua vontade e o caminho de volta à terra mãe.

 

A sintaxe multimidiática de Hjelm, produzida por meio da correlação editada de imagens, textos, músicas, cantos – meios frequentemente separados por noções de linguagem autônomas e puras, legadas pelo modernismo – integra-se num todo hibridizado, como equivalente poético de nosso polarizado cotidiano. Consequentemente, A outra margem tem uma forte pulsão semântico-narrativa que a faz transbordar da estrutura interna dos sistemas linguísticos, para o mundo externo com o qual poeticamente se conecta.

 

Tal transbordamento não resulta, porém, da edição linear de sons e imagens que se sucedem numa sequência dada. São quatro projeções simultâneas, duas a duas, na frente e no verso da tela que nos mostram em um dos lados registros sonoro-visuais de obras literárias, musicais – de pessoas e paisagens – gravadas às margens do Atlântico, combinadas em fluxos que nem sempre se encaixam logicamente. No outro lado da tela, projeções de imagens aquáticas nos sugerem o caminho líquido formado pelas margens que delimitam o Atlântico qual uma gigantesca web oceânica que vem permitindo a circulação geográfica de massivos contingentes humanos. Uma história impossível de ser completada na esfera discursiva, mas que pode ser aqui poeticamente experimentada.

Fernando Cocchiarale

Fernanda Lopes

 

 

De 25 de julho a 03 de setembro.

Vídeos no MASP

17/jul

Tracey Moffatt, é um dos cartazes da programação do MASP, Paulista, São Paulo, SP. A artista nasceu em Brisbane, Austrália, 1960, produz vídeos, filmes e fotografias que têm como referência o universo da cultura visual; a artista utiliza-se de técnicas de direção e imagens do cinema, da história da arte e da cultura popular que giram em torno de temas como sexualidade e identidade. Os vídeos reunidos nesta mostra - ”LOVE” (“Amor”, 2003), “OTHER” (“Outro”, 2009) e “LIP” (“Atrevimento”, 1999) - integram a série “Montages” (“Montagens”, 1999-2015), realizada em colaboração com o editor Gary Hillberg a partir de filmes hollywoodianos e clássicos cult. Estes trabalhos têm como foco os estereótipos e as representações de gênero, classe social e alteridade no cinema.

 

O vídeo “LOVE” (“Amor”) é uma compilação de trechos de filmes em que o amor romântico heterossexual é representado por declarações apaixonadas, rompimentos, rejeições ou violência. A dramaticidade das cenas é intensificada por uma trilha que perpassa os diferentes estágios de um relacionamento, em uma narrativa com começo, meio e fim. Este vídeo revela como papéis masculinos e femininos são traduzidos em clichês cinematográficos. Nas cenas, o amor é um campo de batalha, que evidencia relações de poder baseadas em gênero e posição social.

 

Em “OTHER” (Outro), colonização e desejo se confundem nas representações do “não ocidental” pelo cinema hollywoodiano. Identidade e colonialismo são temas centrais na produção de Moffatt, que tem origem aborígene. Neste vídeo, o outro é interpretado como o exótico sedutor, capaz de despertar medo, curiosidade, fascínio e desejo sexual no colonizador branco. Conforme a narrativa se desenrola, os encontros entre “colonizado” e “colonizador” se intensificam e culminam no ato sexual em si, desfazendo fronteiras e diferenças entre eles. O vídeo revela também uma construção narrativa frequente sobre a colonização veiculada pelo cinema, que, por meio de uma erotização do outro, apazigua romanticamente as violentas histórias coloniais.

 

Por fim, “LIP” (“Atrevimento”) reúne trechos de filmes em que atrizes majoritariamente negras interpretam papéis de empregadas domésticas, babás, cozinheiras e garçonetes “respondendo” às patroas, mulheres brancas. O título faz referência à expressão inglesa “giving lip”, que indica atos de insubordinação, através dos quais um subalterno dirige comentários jocosos e “atrevidos” a um superior, por exemplo. Com este vídeo, Moffatt inverte a noção de subserviência por parte dessas personagens, que, com humor e ironia, satirizam comportamentos racistas e classistas.

 

Esta mostra está em diálogo com as exposições “Toulouse-Lautrec em vermelho”; “Miguel Rio Branco: Nada levarei quando morrer”; “Wanda Pimentel: Envolvimentos e Quem tem medo de Teresinha Soares?”, que integram a programação anual do MASP, cujo eixo temático é a sexualidade.

 

 

Até 01 de outubro.

Hélio Oiticica no Whitney, NY

13/jul

 

 

O Whitney Museum of American Art, NY, apresenta “Hélio Oiticica: To Organize Delirium”, a primeira retrospectiva americana em grande escala exibindo duas décadas do trabalho do artista brasileiro. Um dos artistas mais originais do século XX, Oiticica (1937-1980) criou uma arte que nos desperta para nossos corpos, nossos sentidos, nossos sentimentos sobre estar no mundo: arte que nos desafia a assumir um papel mais ativo. A partir de investigações geométricas em pintura e desenho, Oiticica logo mudou para escultura, instalações arquitetônicas, escritas, filmes e ambientes em larga escala de natureza cada vez mais imersiva, obras que transformaram o espectador de um simples espectador em um participante ativo.

 

A exposição inclui algumas de suas instalações em grande escala, incluindo “Tropicalia” e “Eden”, e examina o envolvimento do artista com música e literatura, bem como sua resposta à política e ao ambiente social de seu país. A exposição capta a emoção, a complexidade e a natureza ativista da arte de Oiticica, enfocando em particular o período decisivo que passou em Nova York na década de 1970, onde foi estimulado pelas cenas de arte, música, poesia e teatro. Enquanto Oiticica se engajou em primeiro lugar com muitos artistas da cidade, ele acabou vivendo um isolamento auto-imposto antes de retornar ao Brasil. O artista morreu no Rio de Janeiro, em 1980, aos 42 anos.

 

 

A Tropicália

 

O estilo musical da “Tropicália”, que toma o nome da instalação homónima 1966/67 de Helio Oiticica, tornou-se um movimento artístico e sociocultural no Brasil. Após o golpe militar em 1964, a música popular desempenhou um papel fundamental na resistência estética e cultural ao clima político instalado. A música continuou a desempenhar um papel importante no trabalho de Oiticica em seus anos de Nova York, onde assistiu a concertos de rock no Fillmore East. A exposição apresenta uma lista de reproduções de músicas inspiradas por compositores e músicos do período de vigência da “Tropicália”, como Caetano Veloso e GiIberto Gil, além dos músicos do rock and roll em especial Jimi Hendrix, de quem Oiticica se inspirou na década de 1970.

 

 

Apoios e curadoria

 

Esta exposição foi organizada pelo Whitney Museum of American Art, Nova York; Carnegie Museum of Art, Pittsburgh e o Art Institute of Chicago. “Hélio Oiticica: Organizar Delirium” tem curadoria de Lynn Zelevansky; Henry J. Heinz II; Carnegie Museum of Art; Elisabeth Sussman, curadora e curadora de fotografia de Sondra Gilman; Whitney Museum of American Art; James Rondeau, presidente e diretor de Eloise W. Martin; Art Institute of Chicago; Donna De Salvo, diretora adjunta de Iniciativas Internacionais e Curadora Sênior, Whitney Museum of American Art; com Katherine Brodbeck, curadora associada, Carnegie Museum of Art. O apoio à turnê nacional desta exposição é fornecido pela Fundação Andy Warhol para as Artes Visuais e o National Endowment for the Arts. Apoiado em Nova York, pelo Comitê Nacional do Whitney Museum of American Art. Conta ainda com o apoio generoso fornecido pela Art & Art Collection, Tony Bechara; a Garcia Family Foundation e a Juliet Lea Hillman Simonds Foundation. O suporte adicional é fornecido pela Evelyn Toll Family Foundation. O Fundo de Exposição da Fundação Keith Haring também oferece apoio genérico de doações.

 

 

Até 01 de outubro.

O tempo no MARGS

11/jul

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, RS, exibe a mostra “A paisagem no tempo – Carlos Petrucci e o acervo do MARGS”, em cartaz na Pinacoteca do MARGS. Organizada pelo Núcleo de Curadoria do MARGS, reúne 38 obras de 33 artistas pertencentes ao museu 8 obras de Carlos Petrucci, que fazem parte da coleção da antiga Pinacoteca Aplub de Arte Rio-Grandense, hoje denominada FUNDACRED.

 

O objetivo dessa mostra é resgatar o exercício da contemplação proporcionado pelo registro do espaço e do tempo, dentro da poética de cada artista  apresentado.  O espectador é convidado a realizar a fruição de uma cena, um ambiente, um lugar, um momento, uma paisagem…

 

O termo paisagem remete à contemplação, ao bucólico, ao nostálgico, a algo que se fixou no tempo. Essa temática na arte pode parecer, inicialmente, um gênero tradicional e demasiado romântico para os dias atuais. Porém, a observação do meio ambiente foi utilizada como inspiração por vários artistas dos séculos XIX e XX, principalmente na pintura. Podemos encontrar a expressão dessa poética em artistas importantes para a história da arte no Sul, como Libindo Ferrás, Ado Malagoli, Ângelo Guido, Francis Pelichek, Maristany de Trias, dentre outros.

 

O grande destaque da exposição é o artista gaúcho Carlos Petrucci, que se dedicou à pintura de paisagem ao longo de sua trajetória. Petrucci iniciou seus estudos artísticos com Adail Costa em Pelotas, e seguiu em 1938 para Porto Alegre, onde trabalhou de forma autodidata. Realizou sua primeira individual, em 1947, no auditório do jornal Correio do Povo, iniciando seu percurso em mostras coletivas e individuais, além de realizar cenários para o teatro gaúcho e ter criado murais com técnicas diversas em locais, como o Edifício Santa Cruz, na capital gaúcha.

 

“Quem se dispõe a contemplar com atenção verdadeira a pintura de Petrucci logo se dá conta de que o prazer de acompanhar o artista através das minúcias do objeto, se transforma aos poucos num esforço apaixonado e nostálgico de fixar algo que não está nos objetos. É talvez essa dura luz do meio dia, que imobiliza as coisas na sua sombra projetada quase geométrica… é talvez a falta de qualquer presença humana, quase se poderia dizer viva, não fosse a vegetação… é talvez ainda o silêncio indiferente que situa cada coisa no seu espaço, dando esse caráter de presença imperturbável, o que, de repente, se torna dominante. A gratificadora imagem de eternidade das coisas e da ordem muda, então, numa presentificação do tempo e a memória estremece. (…) Tanto faz, portanto, que os temas das pinturas de Petrucci refiram realidades históricas ou cotidianas. Sua importância, de uma ou de outra forma, se banaliza diante da reflexão profunda e sintetizadora sobre a temporalidade que faz seu cerne. O tempo é, com efeito, o ´personagem´ central da atual pintura desse artista”; Carlos Scarinci.

 

A partir da obra de Carlos Petrucci  –  um pintor da realidade e da “presentificação do tempo”, – a mostra discute a representação da paisagem e da passagem do tempo, a partir de obras do acervo do MARGS e da FUNDACRED – antiga Pinacoteca Aplub de Arte Rio Grandense, liderada por Rolf Zelmanowicz, o criador do acervo e grande incentivador das artes visuais no estado.

 

 

Até 24 de setembro.

Coleção Fundação MAPFRE

Desde seus inícios, as coleções de desenhos da Fundação MAPFRE estiveram marcadas por grande interesse em revelar o nascimento da modernidade. A seleção que o Museu Lasar Segall, Vila Mariana, São Paulo, SP,  apresenta, abrange o período compreendido entre finais do século XIX e meados do XX, precisamente o momento em que o desenho ainda vive sua dupla condição. Se, por um lado, é um meio criativo para a execução final de outras obras, ao mesmo tempo mostra sua independência, como arte plena e suficiente em si mesma.

 

Assim sucedia já nos desenhos de Rodin e Klimt, que os próprios artistas incluíam em suas exposições, nas do primeiro Picasso e nas de Henri Matisse; na ironia de George Grosz, em que a mulher se converte em protagonista e nos fala dos diversos caminhos da crítica e da sátira no seio da pintura europeia. Mas também naqueles que, co0m um espírito plenamente vanguardista, nos introduzem nas tendências mais avançadas da arte contemporânea: o próprio Picasso, Juan Gris, Alexander Achipenko ou Moholy Nagy, presentes nesta exposição. Também o dadaísmo de Charchoune, Picabia ou Schwitters, que chega ao surrealismo através da obra de Joan Miró, Salvador Dalí ou Óscar Domínguez. Um surrealismo que, a partir do círculo parisiense de André Breton, permanece na cultura espanhola durante muitos anos, tal como vemos nas formas puras e primitivas de Julio González ou de Alberto (Sánchez), nas primeiras obras de Tàpies.

 

Na segunda metade do século XX, o limite entre os gêneros artísticos parece diluir-se em um universo criativo que mescla o desenho com a pintura, a escultura com a ação e a arquitetura. Um exemplo dessa atitude encontra-se no desenho de Eduardo Chillida incluído na exposição, que combina a qualidade do desenho propriamente dito com as qualidades escultóricas do ferro e da madeira. O caminho para a Coleção nos conduziu a uma perspectiva diferente: não o desenho tradicional, agora uma obra da qual o desenho participa.

 

 

Artistas presentes na exposição Tesouros da coleção da Fundação MAPFRE – obras sobre papel:

 

Albert Gleizes | Alberto Sánchez | Alexander Archipenko | André Lhote | Antoni Tàpies | Auguste Rodin | Daniel Vázquez Díaz | Darío de Regoyos | Edgar Degas | Eduardo Chillida | Sir Edward Coley Burne-Jones | Egon Schiele | Fernand Khnopff | Francis Picabia | Francisco Bores | George Grosz | Gustav Klimt | Henri Matisse | Isidre Nonell | Joaquim Sunyer | Joaquín Torres García | Joan Miró | José Caballero | Juan Gris | Juan Ponç | Julio González | Kurt Schwitters | László Moholy-Nagy | Luis Fernández | Lyonel Feininger | Maruja Mallo | Óscar Domínguez | Pablo Picasso | Paul Klee | Rafael Barradas | Remedios Varo | Salvador Dalí | Serge Charchoune | Sonia Delaunay.

 

 

 Até 28 de agosto.

Steve Jobs, o visionário

20/jun

Homem que impactou o mundo com sua personalidade e capacidade de inovação, Steve Jobs é o tema da exposição “Steve Jobs, o visionário” no Museu da Imagem e do Som, Jardim Europa, São Paulo, SP. Uma realização da agência ítalo-brasileira Fullbrand, co-realizada pelo MIS. Na exposição, o público terá acesso ao rico universo de Steve Jobs. São 209 itens entre fotos, filmes, reportagens e produtos históricos que mostram a forma como pensava e criava uma das maiores personalidades do século XX.

 

Em “Steve Jobs, o visionário”, há um percurso estruturado por células narrativas – Espiritualidade, Inovação, Competição, Fracasso, Negócios e Sonho – concebido pelo escritório Migliore + Servetto Architects – traz uma experiência rica e profunda do universo de Jobs. O público tem acesso a centenas de pequenas e grandes inovações criadas por Jobs. Entre elas a peça mais rara da exposição: o Apple 1, fabricado em 1976, que foi adquirido em um leilão da Christie’s por U$ 213,6 mil, em novembro de 2010, por Marco Boglione, idealizador da exposição. Hoje, o computador já triplicou de valor. Outro destaque nesse tema é o Lisa, que, lançado em 1983, foi o primeiro computador pessoal a ter um mouse e uma interface gráfica – mas foi considerado como um dos maiores fracassos da Apple.

 

Os visitantes também têm acesso a uma sala dedicada às imagens inéditas de Jobs em sua vida cotidiana feitas por Jean Pigozzi, francês radicado em Nova York, fotógrafo de confiança do inventor.

 

A inspiração para a exposição surgiu a partir de uma mostra sobre o criador da Apple realizada na Itália, porém, o formato implantado no Brasil é totalmente original. Antes de São Paulo, a exposição passou pelo Rio de Janeiro, onde ficou em cartaz no Píer Mauá. Com apresentação do Ministério da Cultura e Bradesco, “Steve Jobs, o visionário” conta ainda com patrocínio da Cielo e apoio da Superga.

 

 

 

Sobre Steve Jobs

 

Nascido em 1955 em São Francisco, no Estado da Califórnia, EUA, Steve Jobs foi dado para adoção pelos seus pais, que não tinham condição de criá-lo. Desde jovem demonstrou interesse e habilidade para inovar e, em 1976, fundou a Apple, empresa consagrada seguidas vezes como a mais valiosa do mundo. Jobs revolucionou o universo da tecnologia ao lançar produtos como o Macintosh, o iPod, o iPhone e o iPad. Em 1984, demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, companhia especializada em desenvolvimento de softwares. Anos mais tarde, em 1996, a Apple comprou a NeXT e Jobs assumiu o cargo de CEO da gigante da tecnologia, onde permaneceu até 2011, quando renunciou ao cargo em função de um câncer. Morreu ainda em 2011, aos 56 anos, em decorrência da doença.

 

 

Até 20 de agosto.

A Novíssima Geração 2017

12/jun

O Museu do Trabalho, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, promove de cinco em cinco anos a “A Novíssima Geração”, um projeto voltado aos jovens artistas que pintam e desenham. Exclusivo a artistas residentes em Porto Alegre e região metropolitana, com idade máxima de 29 anos, esta edição da “Novíssima” contou com 58 inscritos para a fase seletiva. Foram selecionados oito artistas pelo júri formado por Gabriela Motta, Fabio Zimbres, Gelson Radaelli, Egon Kroeff e Jailton Moreira.

 

Bruno Tamboreno, Daiana Schröpel, David Ceccon, Erica Maradona, Gustavo Assarian, Letícia Lopes, Manu Raupp e Marcelo Bordignon, são os integrantes da coletiva da 4ª edição da “A Novíssima Geração”. O júri também escolheu um entre os oito participantes para realizar uma exposição individual no Museu do Trabalho, em 2018. O artista contemplado vai ser anunciado durante a abertura da mostra no dia 13 de junho.