Poemas Visuais

07/abr

A Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, São Paulo, SP, apresenta a mostra “Poemas Multimídia” de Paulo Aquarone. A exposição composta de poemas multimídia criados entre os anos de 1997 e 2014, através de objetos, vídeos e instalações, nos quais se destaca o lado lúdico de cada poesia, instigando o espectador a interagir com as obras.

 

Paulo Aquarone é poeta multimídia brasileiro, produz desde a década de 1990, trabalhos poéticos com apelo visual, buscando diversas mídias para concluí-los, entre elas o computador e internet que utiliza para divulgação e produção. Nesse período realizou exposições em diversos espaços como: Centro Cultural São Paulo, Casa das Rosas-Espaço Haroldo de Campos, FILE (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica) no prédio da FIESP, Biblioteca Nacional de Lisboa (comemoração aos 500 anos do Brasil), Caixa Econômica Federal, Biblioteca Central do Rio de Janeiro e São Paulo, Conexões Tecnológicas – Prêmio Sérgio Motta de Arte e Tecnologia, Centro Cultural Oduvaldo Vianna Filho – Castelinho do Flamengo, Rio de Janeiro, e VídeoBardo na Argentina. Também publicou seu trabalho em diversas revistas como em Boek 861 (Espanha), Celuzlose (Brasil), Expoesia visual experimental (México), L’eiffel terrible (Espanha), Texto Digital (Brasil), Literatas (Moçambique), ffooom (Brasil), entre outras.

 

 

A partir de 07 de abril.

Made in Brasil

11/mar

Chama-se “Made in Brasil” a exposição inédita que reunirá na Casa Daros Rio, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, mais de 60 obras de alguns dos mais importantes artistas brasileiros da contemporaneidade. São instalações, fotografias, objetos, vídeos e desenhos de Antônio Dias, Cildo Meireles, Ernesto Neto, José Damasceno, Miguel Rio Branco, Milton Machado, Vik Muniz e Waltercio Caldas, todos pertencentes à Coleção Daros Latinamerica.

 

 

De 21 de março a 09 de agosto.

Marina Abramović no Brasil

09/mar

Sob a curadoria de Jochen Volz, o Sesc Pompéia, São Paulo, SP, apresenta a maior retrospectiva da artista na América do Sul. O evento “Marina Abramović  – Terra Comunal”, abriga três instalações de imersão, exemplares que representam as mais importantes performances de Marina Abramović  nos últimos doze anos, uma seleção especial de vídeos de todas as fases de sua carreira e um espaço destinado aos “Objetos Transitórios” – criados com minerais e outros materiais orgânicos do Brasil -, que apontam a contínua e produtiva relação da artista com o país desde 1989. Na programação consta ainda a apresentação (única) da performance do artista Ayrson Heráclito no dia da abertura, e uma intensa programação paralela durante a permanência da mostra em cartaz.

 

Oito artistas brasileiros, selecionados por Marina e outros curadores, também realizam performances autorais de longa duração durante a mostra. Para participar, é necessário inscrever-se previamente no site do Sesc.

 

A programação recebe também “Space In Between” (Espaço Entre), um espaço dedicado ao aprofundamento de pesquisa sobre performances e arte imaterial. Nele acontecem palestras e atividades com artistas e convidados de diferentes áreas.

 

 

De 10 de março a 10 de maio.

Matías Duville na Luisa Strina/SP

05/mar

Galeria Luisa Strina, Cerqueira Cesar, São Paulo, SP, apresenta “Escenario, proyectil”, a segunda exposição individual do artista argentino Matías Duville, cinco anos após sua primeira exposição na galeria. Seu trabalho se encontra exposto atualmente no CCSP- Centro Cultural São Paulo na exposição coletiva “Beleza?”. Durante o mês de março, o artista inaugura exposição individual no MAM-Rio.

 

O trabalho de Matías Duville gira em torno de temas como espaço e volume, elementos orgânicos e inorgânicos, os quais muitas vezes tomam a forma de grandes instalações no espaço expositivo. Para a exposição na Galeria Luisa Strina, Matías Duville desenvolveu desenhos em grande escala, um video, uma instalação central e peças montadas no chão da galeria, explorando a relação entre civilização e natureza.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em Buenos Aires, em 1974, participou de uma série de residências na Colômbia (FLORA, Honda, 2014); França (SAM Art Projects, Paris, 2013); EUA (John Simon Guggenheim Memorial Foundation Fellowship, New York, 2011 e Skowhegan Residency Scholarship, 2011); Itália, Brasil e Peru. Participou também de exposições coletivas no Petit Palais, Paris (2013); MUSAC – Museo de Arte Contemporáneo de Castilla y León (2010); MALBA-– Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires (2009); CIFO – Cisneros Fontanals Art Foundation, Miami (2008). Também realizou um projeto conjunto no Drawing Center de Nova Iorque , em 2009, que resultou em livro publicado em 2013. Seu trabalho faz parte das coleções do MOMA – Museum of Modern Art, New York; MALI – Museo de Arte de Lima, Peru; MACRO – Museo de Arte Contemporaneo de Rosario, Argentina; MAMBA – Museo de Arte Moderno de Buenos Aires; Patricia Cisneros Collection, New York, EUA; ARCO Foundation, Madrid, Espanha.

 

 

Até 28 de março.

Waldemar Cordeiro no Paço Imperial

19/dez

A mostra “Waldemar Cordeiro: Fantasia exata” chega ao Paço Imperial, Centro, Rio de Janeiro, RJ, com 250 obras do artista, designer, arquiteto e paisagista Waldemar Cordeiro. Com curadoria de Arlindo Machado e Fernando Cocchiarale, a exposição apresenta o percurso criativo de Waldemar Cordeiro, artista atuante no movimento Concreto e na arte computacional na década de 70.

 

A mostra do Paço Imperial, foi idealizada pelo Núcleo de Artes Visuais do Itaú Cultural e  público poderá conferir o rico acervo do artista. Uma das salas será reservada à arte computacional de Cordeiro. A obra “A Mulher que Não É BB (Brigite Bardot)” reproduz graficamente, pontilhada com nuances do preto ao branco em um computador IBM 360, o rosto da pequena vietnamita, cuja foto correndo nua chocou o mundo dos anos 70. Este foi o último trabalho deixado pelo artista.

 

 

Sobre o artista

 

Waldemar Cordeiro Fantasia exata

 
Waldemar Cordeiro e o modernismo de ruptura no Brasil

 

Principal mentor e porta-voz do grupo Ruptura – núcleo pioneiro do concretismo paulista –, Waldemar Cordeiro (1925-1973) foi também redator do manifesto, lançado pelo grupo por ocasião de sua primeira mostra coletiva, inaugurada no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 9 de dezembro de 1952. Conciso, o texto listava princípios espaciais, cromáticos e formais que, com rigor inédito na história da arte brasileira, referenciavam o sentido e o âmbito da ruptura proposta por seus signatários.

 

Para Cordeiro só seria possível romper definitivamente “com todas as variedades e hibridações do naturalismo” e “com a mera negação do naturalismo, isto é, o naturalismo errado das crianças, dos loucos, dos primitivos, dos expressionistas, dos surrealistas etc.”, e até mesmo com “o não figurativismo hedonista, produto do gosto gratuito”, por meio da clara consciência dos princípios estruturais em que a produção artística deveria fundamentar-se como linguagem. Era urgente refundar nosso modernismo por meio de ruptura ampla não só com toda a arte até então aqui produzida, mas também com a abstração informal, em franca expansão no pós-guerra europeu, americano e brasileiro.

 

Processos de modernização fundados no paradigma europeu da ruptura foram raríssimos − exceções e não regra −, mormente se considerarmos as experiências de modernização inconclusas da América Latina, Ásia e África. No entanto, a atual impugnação teórica e política de paradigmas europeus (como ruptura e universalidade) não deve ser projetada sobre contextos sociais que, no passado, pretenderam implantar tais paradigmas no Brasil. As questões então propostas eram de outra ordem, mais profunda e radical: romper com traços do passado colonial que impediam a modernização efetiva da arte brasileira e, em suma, do próprio país.

 

Waldemar Cordeiro faleceu prematuramente aos 48 anos, em 1973. Em pouco mais de duas décadas de intensa produtividade inventiva, o artista participou decisivamente da implantação e da consolidação das vanguardas paulistana e brasileira, promoveu a ruptura (fundada nos princípios autorreferentes propostos pela arte concreta) com o modernismo figurativo brasileiro da primeira metade do século XX. Contribuiu, também, para a integração teórica e prática entre arte, paisagismo, planejamento urbano, crítica de arte e política. Na década de 1960, ele se aproximou da virada neofigurativa em expansão mundial. Entre 1968 e 1973 dedicou-se prioritariamente à investigação da arte computacional do país.

 

Toda sua produção pode ser tomada como uma alternativa “universalista” às questões temático-nacionais de nosso primeiro modernismo. Mas Waldemar não foi o único a defendê-la, já que as vanguardas abstrato-concretas e neoconcretas do pós-guerra e críticos de arte como Mário Pedrosa também exploraram a potência renovadora dessa alternativa, com base em teorias também fundadas em pressupostos “universais”. Tal renovação se tornou, portanto, fundamental para a construção de repertórios importantes (a ela opostos ou dela derivados), e assimilados pela trama experimental que frutificou e desdobrou-se em questões que hoje configuram o vasto, multifacetado e complexo campo da produção artística contemporânea no país.

Fernando Cocchiarale

 

 

Até 01º de março de 2015.

Lançamento: vídeo e livro dos dez anos do Projeto Respiração

08/dez

 

A Fundação Eva Klabin, lança no dia 09 de dezembro de 2014, às 19h, o vídeo e o livro comemorativo dos dez anos do Projeto Respiração. A publicação, com 88 páginas, tem texto de Márcio Doctors, curador da instituição e criador do projeto, e engloba ainda o catálogo da intervenção “Nossa casa, minha vida – Visite apartamento decorado”, do artista Nelson Leirner.

 
O livro dedica duas páginas, com fotos, para cada um dos 25 artistas que participaram das 18 edições anteriores do Projeto Respiração: Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro (Luiz Zerbini, Barrão e Sergio Mekler), Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo.

 
O vídeo, que teve direção e edição de Victor Fiuza, tem cerca de 16 minutos de duração, e será exibido, em looping, no auditório da Fundação Eva Klabin até 25 de janeiro.  Além de registrar a intervenção de Nelson Leirner e o depoimento do artista sobre o trabalho, o vídeo reúne depoimentos do curador Marcio Doctors, dos artistas Anna Bella Geiger, Claudia Bakker, Enrica Bernardelli, Luiz Zerbini, Marcos Chaves, Rosângela Rennó, do curador Marcelo Araújo, e de Israel Klabin, Presidente da Fundação Eva Klabin.

 

 

Texto de Márcio Doctors
Dez anos do Projeto Respiração

 
Em 2014 o Projeto Respiração está comemorando dez anos. É uma das propostas de mais longa continuidade das artes visuais no Brasil e é um dos projetos pioneiros internacionalmente em intervenções de arte contemporânea em museus com acervos de arte clássica.

 
Para a edição comemorativa dos dez anos, convidamos Nelson Leirner, um dos mais importantes artistas brasileiros, e que propôs a intervenção “Nossa casa, minha vida. Visite apartamento decorado”.  Com essa obra, Leirner mantém-se coerente com a sua linguagem, que tem a qualidade de absorver influências tanto da arte dita popular quanto da arte ‘culta’, evitando qualquer julgamento moral, conservando sempre, de forma lúdica e com humor sério, uma fina ironia e uma crítica contundente das estruturas políticas do mundo da arte e da sociedade contemporânea. Com a intervenção realizada, o artista sinaliza de maneira simples e direta o ponto que quer atingir. Tudo fica às claras. A própria situação do contraste imediato estabelecido entre o requinte da Fundação Eva Klabin e o apartamento popular que criou no interior da residência, falam por si.
Com sua contribuição, Leirner se junta ao Projeto Respiração, que, a cada nova experiência, celebra e transmite para o futuro o ato sempre renovado da invenção, que propicia o acontecimento da arte, e sinaliza para as novas gerações que o sentido de um bem conservado por gerações passadas pode ser sempre reinventado por aqueles que hoje usufruem o privilegio dessa conservação.

 
A ideia do Projeto Respiração surgiu em 2004, a partir do desejo de colocar lado a lado a arte contemporânea e a arte dos grandes mestres clássicos do passado, da mesma maneira que Eva Klabin optou por expor sua coleção, reunindo num mesmo espaço a arte egípcia, a arte renascentista e a arte do século XIX, por exemplo. Este foi o rastilho estético que encontramos para desobstruir os canais da história da arte que segregam os artistas em diferentes escolas e não permite o livre acesso a pura percepção, que é o que dá sentido à obra de arte, seja ela feita há mil anos, quinhentos anos ou na nossa atualidade. A proposta é poder fazer o espaço respirar, trazendo sempre outras percepções do universo da arte, da coleção e da casa para que o visitante possa experimentar o que é ser tocado de forma direta pela presença da obra de arte.

 
Somos gratos ao Nelson Leirner por sua contribuição e a cada um dos artistas que participaram das 19 edições, ampliando nossa percepção a partir de suas percepções singulares do universo de Eva Klabin. Obrigado Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Brígida Baltar, Carlito Carvalhosa, Chelpa Ferro, Claudia Bakker, Daniel Blaufuks, Daniela Thomas, Enrica Bernardelli, Ernesto Neto, João Modé, José Bechara, José Damasceno, Laura Lima, Lilian Zaremba, Marcos Chaves, Maria Nepomuceno, Marta Jourdan, Nuno Ramos, Paulo Vivacqua, Rosângela Rennó, Rui Chafes e Sara Ramo. Obrigado ao Conselho, à Diretoria e à incansável equipe da FEK. Obrigado, companheiros dessa viagem.

 

 
Lançamento: 09 de dezembro, às 19h.

 
Até 25 de janeiro de 2015.

Celina Portella e Movimento²

02/dez

Celina Portella apresentano Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a mostra “Movimento²”. Na exposição, a artista apresenta cinco vídeo-instalações onde a imagem do seu próprio corpo se movimenta interagindo com as bordas do quadro dos monitores. A série de trabalhos, remontados através  do  patrocínio  da  Secretaria  Municipal  de  Cultura,  foi realizada  com  acompanhamento  da  artista  Lenora  de  Barros durante o desenvolvimento do projeto na residência LABMIS, no Museu da Imagem e do Som em São Paulo. “Seu olhar atua nos interstícios entre o “mundo real” e omundo da imagem, e desse ir e vir, extrai situações insólitas e intrigantes, quase verdadeiras, que confundem a nossa percepção”, comenta Lenora.

 

Para “Movimento²” Celina concebe roteiros coreográficos calculados matematicamente, passo a passo, para as performances registradas em vídeo. As ações têm suas imagens exibidas e integradas a engenhosas   estruturas   metálicas   construídas   a   partir   de mecanismos que movem telas de tv, em sincronia com as imagens do corpo da artista se revolvendo dentro do quadro, em interação com suas bordas e determinando o movimento da tela de exibição. O  resultado  é  uma  dança  des-cabida,  ortogonal  e  minimal,  da artista que também é bailarina e coreógrafa.

 

Nos vídeos-objetos 1, 2 e 3, as telas são fixas e a relação com o espaço varia conforme as dimensões do corpo contido no espaço videográfico. Nos vídeo-objetos 4 e 5, a tela se desloca sobre um trilho horizontal e um vertical de maneira vinculada à imagem, criando uma conexão entre ação virtual e espaço real.

 

Nos três trabalhos fixos, a relação com o espaço, tema quea artista costuma se envolver em suas criações, se difere pela variação das dimensões do corpo contido no frame videográfico. Na primeira, o corpo  aparece  em  dimensões  pequenas  ocupando  um  grande espaço e movimentando-se livremente. Na segunda o espaço se reduz, um corpo em dimensões maiores alcança todas as bordas do quadro. Na terceira o corpo quase não cabe dentro do quadro, encolhido,  ele  tem  sua  movimentação  limitada.  Nos  trilhos,  a relação entre a ação do corpo no vídeo e seu suporte se complexifica. O vai e volta dos monitores obedece a uma ação continua, sem cortes, parando em diferentes pontos dos trilhos e obedecendo a estímulos parecidos, mas não idênticos.

 

O projeto “Movimento²” foi realizado em três etapas: a realização de estruturas, a gravação e edição e a realização dos objetos. A definição do formato e modelo dos monitores, do tipo de câmera e formato de filmagem, das estruturas e parede construídas para a filmagem dependiam umas das outras, tornando o desenvolvimento da idéia, um processo elaborado, com inúmeros testes e uma pesquisa profunda sobre os meios, suportes, equipamentos e configurações disponíveis. A concepção de um roteiro de filmagem com   ordem   dos takes e   duração   das  ações   dependiam   das dimensões dos trilhos e da velocidade de deslocamento das telas nos mesmos.

 

 

Sobre a artista

 

Celina Portella investiga questões sobre a representação do corpo a partir do vídeo. Recentemente foi contemplada com o I Programa de Fomento a Cultura Carioca, com a Bolsa de Apoio a Criação da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e indicada para o prêmio Pipa 2013. Ultimamente participou das residências Récollets em Paris na França, LABMIS, no Museu da imagem e do Som, em São Paulo, na Galeria Kiosko em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia e no Núcleo de Arte e Tecnologia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi contemplada no II Concurso de Videoarte  da  Fundaj  em  Recife.  Participou  da  III  Mostra  Do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, da Mostra SESC de Artes, em São Paulo, entre outras exposições. Estudou design na Puc-RJ e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII em 2001.

 

O projeto “Movimento²” foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura por meio do Programa de Fomento à Cultura Carioca.

 

 

De 06 de dezembro a 12 de fevereiro de 2015.

Malu Fatorelli na Galeria Laura Alvim

27/nov

A aproximação entre o espaço e a passagem do tempo, a produção como “arquitetura de artista”, vinculada ao lugar onde se expõe e à construção dos trabalhos são pilares de “Clepsidra – Arquitetura líquida”, individual de Malu Fatorelli, que a Galeria Laura Alvim inaugura sob curadoria de Glória Ferreira.

 

As obras desta mostra – videoinstalações, gravuras, vídeos e desenhos – acolhem o tempo na relação com a paisagem do entorno, marcada pela repetição das ondas do mar de Ipanema. A vídeoinstalação, que batiza a exposição, reproduz na sala em frente à praia o princípio da clepsidra, o relógio de água do antigo Egito, um vaso cheio do líquido, com um pequeno orifício, que o deixa escoar lentamente. A medida em que a água escorre, surge uma marcação do tempo no interior do recipiente.

 

Malu Fatorelli criou uma projeção panorâmica em 360º do mar de Ipanema sobre todas as paredes da sala. No vídeo, o líquido “escoa” lentamente, até o rodapé, deixando ver linhas, como pautas de caderno, que marcam o tempo.

 

Em 2008, a artista criou uma série de chaves de aço com banho de cobre, nas quais o segredo reproduz o skyline da Lagoa Rodrigo de Freitas. Uma delas serve de base para uma projeção sobre uma tela-mesa, sobre a qual uma fonte luminosa se movimenta, criando sombra e reflexo que aludem a uma espécie de relógio de sol. Este trabalho é intitulado O lugar do tempo (2010).

 

Panorama da Lagoa Rodrigo de Freitas (2008) é um círculo formado por doze chaves sobre arquitetura, perpendiculares à parede. A incidência de luz projeta o desenho do segredo, trazendo a paisagem de outro bairro para dentro da galeria.

 

Mar de dentro (2014) é uma frottage (decalque) a partir de um vitral da escada interna da Casa de Cultura Laura Alvim,  remetendo às ondas do mar. A série de 10 Desenhos vazantes (2014), em grafite e têmpera sobre papel, tem referência na recriação da maré. O vídeo Caderno de mar (2014) são pequenas imagens do mar de Ipanema em preto e branco sobre papel japonês.

 

Em Suíte líquida (2014), uma espécie de ampulheta líquida, a água azul escorre sobre tiras largas de papel japonês de fibra longa, da parede ao chão, e forma desenhos incontroláveis, que tingem o papel de acordo com as condições de umidade e temperatura do espaço.

 

Treze desenhos, sob o título de Espaço sobre tempo (2014), partem da imagem do mar de Ipanema, com variações de luz. Neste conjunto, Malu intervém com grafite, pigmento, relevo seco, e têmpera, do claro para o escuro ou vice-versa, denotando a passagem do tempo.

 

 

Sobre a artista

 

Artista plástica, arquiteta, mestre em Comunicação e Tecnologia da Imagem (ECO-UFRJ) e doutora em Artes Visuais (EBA-UFRJ), Malu Fatorelli é professora adjunta do Instituto de Artes da UERJ. Foi Artista Visitante na Escola Internacional de Gráfica de Veneza, Itália; na Ruskin Sckool of Drawing and Fine Arts da Universidade de Oxford, Inglaterra, com bolsa do British Counsil; no Headland Center for the Arts, CA, EUA; no Instituto Gedok, Munique, Alemanha; e na Universidade de Calgary no Canadá. Possui obras nas seguintes coleções públicas: Biblioteca Nacional de Paris, França. / Linacre College, Oxford, Inglaterra. / Centro Cultural Cândido Mendes, RJ. / Centro Internacional da Gráfica de Veneza, Itália. / Fundação Cultural de Curitiba, PR. / Solar Grandjean de Montigny, PUC, RJ. / SESC, RJ. / Museu da Chácara do Céu, RJ. / MAC Niterói / Museu Nacional de Belas Artes, RJ / EAV Parque Lage, RJ / Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP.  Vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil.

 

 

 

De 03 de dezembro a 08 de março de 2015.

Eixo Arte reúne 24 artistas

18/nov

Fechando o ano e iniciando sua primeira exposição coletiva, a EIXO Arte, Urca, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “Paisagens inventadas”. Sob a curadoria de Marco Antônio Portela a exposição leva ao visitante, fotografias e vídeos de 24 artistas. A exposição propõe a reinvenção da paisagem sob uma perspectiva contemporânea, usando como forma de circulação a rede mundial de computadores para refletirmos sobre a noção de paisagem frente aos desafios que a contemporaneidade apresenta.

 

Importantes nomes das artes visuais estarão presentes na primeira coletiva da jovem, porém inovadora plataforma. A novidade para esta coletiva, contam Sara Figueiredo e Sandra Tavares (fundadoras da Eixo) é que a  exposição virtual 3D será projetada em espaço real no momento exato de seu lançamento na web, fato este que marcará um novo momento na trajetória da Eixo.

 

A escolha do Ateliê da Imagem, situado na Urca, não foi por acaso.  Entre artistas, estudantes, amigos e o tradicional bairro nobre da Zona Sul da cidade do Rio, o Ateliê da Imagem vem se consolidando como uma das principais referências brasileiras no ensino, produção e pensamento sobre a fotografia e a imagem contemporânea. Uma escola livre de imagem, responsável pela formação de uma nova geração que hoje é revelada em concursos, editais e projetos em todo o Brasil.

 

 

Artistas participantes

 

Albé, Alexandre Hypólito, Ana Costa Ribeiro, Ana Dalloz, André Sheik, Angela Rolim, Bruno Veiga, Carolina Cattan, Carolina K, Celina Portella, Cleantho Viana, Felipe Braga, Greice Rosa, Ismar Ingber, João Araújo, Kitty Paranaguá, Leandro Pimentel, Leonardo Ramadinha, Marcos Bonisson, Monica Mansur, Patrícia Gouvea, Roberto Unter, Rogério Reis e Thiago Barros.

 

 

Sobre a EIXO

 

A EIXO Arte é um espaço que trabalha exclusivamente com exposições virtuais, e marca sua presença no segmento artístico utilizando-se de recursos 3D e multimídia, com o intuito de apresentar novos trabalhos e, de maximizar as possibilidades do espaço expositivo convencional, onde, apesar da liberdade metafórica, existe a delimitação de ordem física.

 

 

Dia 28 de novembro, às 19h no Ateliê da Imagem.

Celina Portella e Movimento²

07/nov

Celina Portella apresentano Centro Municipal de Arte Helio Oiticica, Centro, Rio de Janeiro, RJ, a mostra “Movimento²”. Na exposição, a artista apresenta cinco vídeo-instalações onde a imagem do seu próprio corpo se movimenta interagindo com as bordas do quadro dos monitores. A série de trabalhos, remontados através  do  patrocínio  da  Secretaria  Municipal  de  Cultura,  foi realizada  com  acompanhamento  da  artista  Lenora  de  Barros durante o desenvolvimento do projeto na residência LABMIS, no Museu da Imagem e do Som em São Paulo. “Seu olhar atua nos interstícios entre o “mundo real” e omundo da imagem, e desse ir e vir, extrai situações insólitas e intrigantes, quase verdadeiras, que confundem a nossa percepção”, comenta Lenora.

 

Para “Movimento²” Celina concebe roteiros coreográficos calculados matematicamente, passo a passo, para as performances registradas em vídeo. As ações têm suas imagens exibidas e integradas a engenhosas   estruturas   metálicas   construídas   a   partir   de mecanismos que movem telas de tv, em sincronia com as imagens do corpo da artista se revolvendo dentro do quadro, em interação com suas bordas e determinando o movimento da tela de exibição. O  resultado  é  uma  dança  des-cabida,  ortogonal  e  minimal,  da artista que também é bailarina e coreógrafa.

 

Nos vídeos-objetos 1, 2 e 3, as telas são fixas e a relação com o espaço varia conforme as dimensões do corpo contido no espaço videográfico. Nos vídeo-objetos 4 e 5, a tela se desloca sobre um trilho horizontal e um vertical de maneira vinculada à imagem, criando uma conexão entre ação virtual e espaço real.

 

Nos três trabalhos fixos, a relação com o espaço, tema quea artista costuma se envolver em suas criações, se difere pela variação das dimensões do corpo contido no frame videográfico. Na primeira, o corpo  aparece  em  dimensões  pequenas  ocupando  um  grande espaço e movimentando-se livremente. Na segunda o espaço se reduz, um corpo em dimensões maiores alcança todas as bordas do quadro. Na terceira o corpo quase não cabe dentro do quadro, encolhido,  ele  tem  sua  movimentação  limitada.  Nos  trilhos,  a relação entre a ação do corpo no vídeo e seu suporte se complexifica. O vai e volta dos monitores obedece a uma ação continua, sem cortes, parando em diferentes pontos dos trilhos e obedecendo a estímulos parecidos, mas não idênticos.

 

O projeto “Movimento²” foi realizado em três etapas: a realização de estruturas, a gravação e edição e a realização dos objetos. A definição do formato e modelo dos monitores, do tipo de câmera e formato de filmagem, das estruturas e parede construídas para a filmagem dependiam umas das outras, tornando o desenvolvimento da idéia, um processo elaborado, com inúmeros testes e uma pesquisa profunda sobre os meios, suportes, equipamentos e configurações disponíveis. A concepção de um roteiro de filmagem com   ordem   dos takes e   duração   das  ações   dependiam   das dimensões dos trilhos e da velocidade de deslocamento das telas nos mesmos.

 

 

Sobre a artista

 

Celina Portella investiga questões sobre a representação do corpo a partir do vídeo. Recentemente foi contemplada com o I Programa de Fomento a Cultura Carioca, com a Bolsa de Apoio a Criação da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro e indicada para o prêmio Pipa 2013. Ultimamente participou das residências Récollets em Paris na França, LABMIS, no Museu da imagem e do Som, em São Paulo, na Galeria Kiosko em Santa Cruz de La Sierra, Bolívia e no Núcleo de Arte e Tecnologia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro. Foi contemplada no II Concurso de Videoarte  da  Fundaj  em  Recife.  Participou  da  III  Mostra  Do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, da Mostra SESC de Artes, em São Paulo, entre outras exposições. Estudou design na Puc-RJ e se formou em artes plásticas na Université Paris VIII em 2001.

 

O projeto “Movimento²” foi contemplado pela Secretaria Municipal de Cultura por meio do Programa de Fomento à Cultura Carioca.

 

 

De 06 de dezembro a 12 de fevereiro de 2015.