Visita guiada

05/mai

Nesta quarta-feira, 7 de maio, às 19h, acontece o lançamento do catálogo e a visita guiada à mostra “águas furtadas”, com a artista Laura Erber e a curadora Glória Ferreira, na Galeria Laura Alvim, Casa de Cultura Laura Alvim, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Haverá distribuição de catálogos aos presentes. Entrada franca.

 

A exposição reúne videoinstalações e colagens realizadas de 2008 a 2014, em que Laura Erber coloca em tensão cinema, vídeo e pintura, fazendo emergir histórias de águas e com elas, figuras literárias, míticas ou reais, destoantes entre si, como o poeta Ghérasim Luca morto no rio Sena em 1994, uma Vênus em desequilíbrio nas rochas do Mediterrâneo ou os primeiros caranguejos do planeta, como narrados por uma menina de seis anos. em sua versão da origem da vida, na pequena televisão de uma casa de bonecas.

Homenagem a Sante Scaldaferri

15/abr

No próximo dia 16, quarta-feira, às 19h00min, na Sala Walter da Silveira, Bilbioteca Pública dos Barris, Salvador, Bahia, serão exibidos dois documentários sobre a obra do notável artista plástico baiano Sante Scaldaferri. Uma justa homenagem ao conhecido artista plástico. Acompanhe a programação e as sinopses dos dois documentários.

 

 

16/04 – 19h00min
Sante Scaldaferri, A Dramaturgia do Sertão; Direção: Walter Lima; Documentário | 26min | 1999

 

Vídeoarte sobre o pintor, ator, gravurista, cenógrafo e professor Sante Scaldaferi (1928). Formado na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, Scaldaferri foi assistente da arquiteta Lino Bo Bardi. No cinema, trabalhou como cenógrafo em produções do Cinema Novo e como ator em filmes de Glauber Rocha.

 

 

16/04 – 19h30min
Sante Scaldaferri; Direção: Cícero Bathomarco; Documentário | 34 min |2013

 

Na primavera de 2011, o Palacete das Artes Rodin Bahia promoveu a exposição POP / BIENAIS com obras do premiadíssimo artista plástico Sante Scaldaferri. O documentário que leva o nome do artista, teve como base os diversos quadros e painéis expostos na referida mostra. SANTE fala do conteúdo e da forma do seu trabalho, do seu processo criativo, da descoberta de uma “escrita” própria, da sua convivência com Glauber Rocha, da sua fidelidade à temática cultural nordestina, da sua resistência na realização de trabalhos não folclóricos e de fácil comercialização.

 

Ficha técnica :

Locução: Selma Santos;

Direção de fotografia: Carlos Modesto;

Edição: Mirilusa Barreto;

Pesquisa sonora: Robinson Roberto;

Roteiro e direção: Cicero Bathomarco;

Ano de realização: 2013.

Arte Chinesa

11/abr

Inaugura na Oca, Parque Ibirapuera, São Paulo, SP, a exposição “ChinaArteBrasil”. A mostra apresenta mais de 110 obras distribuídas entre pinturas, esculturas, instalações, fotografias, vídeos, site specifics, todas inéditas em São Paulo, criações de 62 artistas chineses contemporâneos. “ChinaArteBrasil” propõe intensificar o diálogo cultural entre Brasil e China. Assim, duas curadoras, historiadoras de arte, foram convidadas para selecionar o acervo da mostra: a brasileira residente em Berlim Tereza de Arruda e a chinesa Ma Lin, que vive e trabalha em Shangai.

 

Tereza reuniu obras de artistas pertencentes à primeira geração dos grandes expoentes que demarcaram o cenário chinês e internacional a partir da década de 1990. São eles: Ai Weiwei, Cao Fei, Chen Qiulin, Cui Xiuwen, Feng Zhengjie, He Sen, Huang Yan, Jin Jiangbo, Li Dafang, Li Wei, Liu Jin, Lu Song, Luo Brothers, Ma Liuming, Miao Xiaochun, Rong Rong & Inri, Shi Xinning, Wang Chengyun, Wang Qingsong, Wang Shugang, Weng Fen, Xiao Ping, Xiong Yu, Xu Ruotao, Yang Fudong, Yang Qian, Yang Shaobin, Yin Xiuzhen, Yu Hong, Yuan Gong, Zhang Hui e Zhou Tiehai.

 

Em “A Arte Chinesa Intervém na Sociedade”, o foco são as conversas sobre como os artistas apresentam os problemas sociais e como rompem os limites da arte.

No segmento “História, Memória e Futuro”?, Ma Lin mostra artistas que, por meio de diferentes temas e suportes, exploram diferentes problemas que as pessoas alguma vez já imaginaram ou negligenciaram. A terceira e última parte, “Imagem e Forma”, discute o desenvolvimento da pintura no pós-modernismo, que destaca o relacionamento entre imagem e forma.

 

 

Até 18 de maio.

Instalação de Miguel Rio Branco

18/mar

Uma instalação com quatro projeções de imagens que transitam pelas temáticas de violência e poder, trabalhada simultaneamente sobre quatro telas de voil, com áudios diferentes, constitui o núcleo central da mostra “Gritos surdos”, de Miguel Rio Branco, que ocupará a Casa França-Brasil, Centro, Rio de Janeiro, RJ. A exposição reúne instalações realizadas pelo artista no início da década de 2000, que nunca foram exibidas no Rio de Janeiro. Além da obra que estará na nave central da Casa França-Brasil, uma das salas laterais exibirá uma projeção com imagem fixa e áudio. A outra vai mostrar um “site specific” em neon‚ no qual vidros de pára-brisas de automóveis, acidentados ou baleados, refletem luzes fluorescentes que piscam de modo intermitente, perfiladas por linhas de neon vermelho, com fotografias em cibachrome. As obras de “Gritos Surdos” foram concebidas originalmente para uma mostra individual do artista no Centro Português de Fotografia, Porto, Portugal, em 2001 e também exibidas na Galeria Millan, São Paulo, SP, em 2004 e em Arles, França, nos “Rencontres d’Arles”, na Église des Frères Prêcheurs, em 2005. Ao lembrar que Miguel Rio Branco não apresenta uma exposição institucional no Rio de Janeiro há muitos anos, Evangelina Seiler, diretora da Casa França-Brasil, diz que “Gritos Surdos” proporciona uma reflexão sobre difíceis aspectos da condição humana. – “A obra de Miguel Rio Branco nos faz pensar sobre o que às vezes não queremos ver”.

 

 

A palavra do artista

 

– “Como artista, trabalhei em cima de imagens fotográficas‚ do cinema digital‚ das luzes de neon e da poética que as artes plásticas me oferecem. Tudo se transforma no resultado da minha obra”, resume Miguel Rio Branco, ao falar sobre o seu processo criativo.

 

“Gritos surdos” é composta por vídeos, fotografias e objetos. No entanto, sobre este tipo de composição, o artista ressalta: – “Cada pedaço na verdade já contém um todo, já pode bastar em si mesmo, fotograficamente falando; porém, poeticamente, ele precisa dos outros pedaços para completar o discurso”.

 

– “Trabalho como um pesquisador, como um colecionador de momentos e objetos, uma pessoa que vai atrás de marcas deixadas por outros, um pouco como um arqueólogo. Hoje em dia eu me vejo muito como um arqueólogo que vai pegando marcas; o meu trabalho não tem mais o ser humano explícito, mas tem a marca dele, os restos que ele deixa, as maneiras com que ele trabalha as coisas. Não registro a arquitetura que o homem faz num edifício, mas os buracos onde ele vive, os restos que ele larga para trás”, conclui.

 

 

Sobre o artista

 

Um dos mais completos artistas visuais brasileiros, Miguel Rio Branco começou a expor suas pinturas em 1964, mas foi como fotógrafo e diretor de fotografia que conquistou reconhecimento nacional e internacional, a partir dos anos de 1970. Estudou fotografia em Nova Iorque, onde trabalhou por dois anos como fotógrafo e diretor de filmes experimentais.  Nos nove anos seguintes, dirigiu e fotografou filmes em longas e curtas metragens. Desenvolveu, em paralelo, uma fotografia autoral de forte carga poética, que logo o legitimou como um dos melhores fotojornalistas de cor.  A ênfase de Miguel Rio Branco ao olhar pessoal lhe rendeu prêmios importantes, como o francês Kodak de la Critique Photographique, em 1982, e o Grande Prêmio da Primeira Trienal de Fotografia do MAM- SP em 1980, além da presença de seus trabalhos nas revistas mais importantes do mundo, como Stern, National Geographic e muitas outras. Como diretor de fotografia, foi premiado pelos filmes “Memória Viva”, de Otávio Bezerra, e “Abolição”, de Zózimo Bulbul. Seu vídeo “Nada levarei quando morrer, aqueles que me cobrarei no inferno”, 1982, venceu a categoria Melhor Fotografia no Festival de Brasília e foi duplamente premiado no XI Festival Internacional de Documentários e Curtas de Lille, França: levou o Prêmio Especial do Júri e o Prêmio da Crítica Internacional. Publicou os livros “Dulce Sudor Amargo”, Fundo de Cultura Económica, México, 1985; “Nakta”, com um poema de Louis Calaferte , Fundação Cultural de Curitiba, 1996;  “Miguel Rio Branco”, com ensaio de David Levi Strauss, Aperture, 1998; e “Silent Book”, Cosac Naify, 1988. Seguiram-se “Entre os olhos, o deserto”, 2000, também pela Cosac Naify e “Notes on the tides”, 2006. O mais recente de seus livro “Você está feliz”, 2012,  editado pela Cosac Naify, foi indicado ao “Photobook Award 2013”. Miguel Rio Branco possui obras no acervo de coleções públicas e particulares nos EUA, na Europa e no Brasil: MAM-Rio,  MAM-SP, MASP-SP, Centre Georges Pompidou, Paris, San Francisco Museum of Modern Art, USA, Stedelijk Museum, Amsterdan, Museum of Photographic Arts, San Diego, California, USA, e Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque, USA. Entre 2000 e 2013, o artista realizou 50 exposições individuais no Brasil, na Europa, Estados Unidos e Japão. Possui espaço especial (individual) no Centro de Arte Contemporânea Inhotim, MG.

 

 

 De 24 de março a 25 de maio.

Potenciais escultóricos

14/mar

Desde o seu surgimento no Oriente Médio, a escultura, com a pretensão de transferir a realidade para a forma artística, ganhou destaque no Renascimento, com o “Davi”, de Michelangelo. No século XXI, a escultura revela um desprendimento do artista, que abre mão dos materiais clássicos para a produção deste tipo de obras, como a pedra, madeira, barro, e outros materiais. Deixou-se de lado também a ênfase à questão tridimensional, elemento básico na definição da ideia clássica de escultura e de sua estrutura estática: “Hoje os artistas pensam a escultura a partir da fotografia, vídeo e performance, além dos trabalhos que partem de referências diretas à história da escultura, como Brancusi, Man Ray e Michelangelo”, afirma Fernanda Lopes, curadora da mostra “Aparições”, na Galeria Athena Contemporânea, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. Um depoimento de Michelangelo sobre seu processo de trabalho e seu papel como artista deu nome à exposição: “Em cada bloco de mármore vejo uma estátua; vejo-a tão claramente como se estivesse na minha frente, moldada e perfeita na pose e no efeito. Tenho apenas de desbastar as paredes brutas que aprisionam a adorável aparição para revelá-la a outros olhos como os meus já a vêem”. Para Filipe Masini, à frente da galeria, a palavra aparição está ligada ao presente (de ser visto, tornar-se visível, mostrar-se), ao passado (no sentido de origem, princípio) e também como sinônimo de “fantasma, visão ou espectro”.

 

 

Partindo do título da mostra é possível pensar o conjunto de trabalhos apresentados na Galeria Athena Contemporânea, refletindo que os artistas da mostra já não lidam com a escultura nem com o mundo da mesma maneira que os mestres clássicos mas, ainda assim, seus trabalhos guardam relação com a ideia de “aparição”. Muitos partem de objetos e ações comuns do mundo, que são invisíveis em nosso dia a dia, e para os quais os artistas chamam nossa atenção.
A exposição coletiva, que tem como objetivo apresentar obras com potencial escultórico, apresenta 20 trabalhos de 12 artistas, entre eles Adriano Amaral, Ana Paula Oliveira, André Griffo, Bruno Baptistelli, Daniel de Paula, Debora Bolsoni, Flora Leite, Frederico Filippi, João Loureiro, Jorge Soledar, Raquel Versieux, e Wagner Malta Tavares.

 

São trabalhos entre objetos, vídeos, performances, fotografias e intervenções, produções recentes desses artistas, realizadas entre 2006 e 2014. Grande parte desses trabalhos são inéditos e alguns foram criados especialmente para esta mostra, na qual os artistas se apropriam de um tema, usando materiais do cotidiano.

 

 

De 20 de março a 19 de abril.

 

BRICS no Oi Futuro

17/fev

O Oi Futuro, Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, abre ao público “BRICS”, mostra com a produção de vídeo e fotografia de artistas contemporâneos dos cinco países que formam o bloco com as maiores economias emergentes da atualidade: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A mostra tem curadoria de Alberto Saraiva, curador de Artes Visuais do Oi Futuro, e de Alfons Hug, diretor do Instituto Goethe no Rio de Janeiro, e Co-curadoria de Sarat Maharaj (África do Sul), Gao Shiming (China), Joseph Backstein (Rússia), Bose Krishnamachari (Índia).

 

A mostra foi organizada para responder às expectativas geradas pelas conquistas políticas e econômicas desses cinco países, que hoje representam 40% da população mundial, no campo da arte e da cultura. Obras do brasileiro Silvino Santos (“No paiz das Amazonas”, 1921) trazem visões importantes de questões sociais, já consideradas polêmicas quando foram filmadas e que se mantêm atuais – estão ao lado da produção recente de artistas nacionais como Paulo Nazareth e Juliana Stein, que integraram a Bienal de Veneza em 2013, Cao Guimarães e Romy Pocztaruk.

 

Entre os chineses, estão Ip Yuk-Yiu, Chen Chieh-Jen, Cao Fei, Yang Fudong, e Gao Shiqiang, cujas obras refletem uma nova poética a partir das transformações sociais do país. A Rússia é representada por Haim Sokol, Elena Kovylina e Roman Mokrov. Vivek Vilasini, SarnathBanerjee e Navin Rawanchaikul trazem à cena representações de uma nova Índia. “My Fitzcarraldo”, do cineasta e diretor teatral alemão Christoph Schlingensief, documenta filmagens que realizou em Manaus. Obras dos sul-africanos Donna Kukama e Mikhael Subotzky completam a mostra.

 

Mostra é resultado de dois anos de pesquisa

 

Os curadores Alberto Saraiva e Alfons Hug pesquisaram por dois anos e fizeram várias viagens aos países do BRICS, para conhecer de perto a produção contemporânea recente de vídeo e fotografia e selecionar o material da mostra. Para o co-curador Alberto Saraiva, “a mostra no Oi Futuro é uma oportunidade de o público brasileiro conhecer o trabalho de importantes nomes da arte contemporânea internacional sob um recorte inédito e instigante, que mostra por que esses artistas estão hoje na vanguarda mundial”. Depois da estreia no Oi Futuro no Flamengo, Saraiva pretende levar a exposição para os outros países do bloco emergente. “A meta é que seja uma mostra itinerante, que contribua para o intercâmbio de experiências entre artistas de cada local”, afirma.

“Se, há cem anos, Berlim, Paris e Moscou formavam o epicentro da modernidade e, a partir do século XX, Nova York passou a dar o tom, é possível que os países do BRICS passem a ser os novos indicadores dos caminhos da cultura”, diz Hug. “Essas perspectivas em si já são suficientes para justificar um projeto BRICS. Além disso, este grupo de países também goza de destacada prioridade na política cultural internacional”, completa o co-curador.

 

Para Alfons Hug, a contraproposta dos artistas tem início, não raramente, na busca de um material “orgânico, não-espetacular, quase precário”. “Se o marketing das cidades do BRICS revela as reluzentes superfícies das novas metrópoles como o mais amplo panorama da renovação urbana, a arte dedica-se à morfologia da alma e ao destino de cada um”, diz. Na visão de Hug, raramente, no modernismo, e apenas em poucos locais fora deste grupo de países, as pessoas são conduzidas para tão perto dos limites do que se pode suportar física e psiquicamente. “No turbilhão de concreto, vidro, fuligem e barulho que transforma o homem em pequenina peça anônima em meio à massa, a arte é capaz, com sua imperturbável percepção da diferença, de dar forma e voz ao indivíduo.

 

 

De 17 de fevereiro a 06 de abril.