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AGENDA CULTURAL

Linguagem abstrata

18/jun

 

 

 

Em homenagem aos 70 anos da I Bienal Internacional de São Paulo, evento artístico significativo como a Bienal de Veneza e a Documenta de Kassel, e, decisivo, como principal ponto de conexão da arte brasileira com a internacional, a Pinakotheke, Morumbi, São Paulo, SP, faz um recorte específico sobre o movimento da abstração no Brasil.

 

 

A exposição destaca artistas exponenciais que obtiveram relevância no país e no exterior como Antonio Bandeira, Bruno Giorgi, Iberê Camargo, Ivan Serpa, Jorge Guinle, Manabu Mabe, Maria Polo, Samson Flexor, Tomie Ohtake, Wega Nery e Yolanda Mohaly.

 

 

“Em geral, entende-se como abstração toda atitude mental que se afasta ou prescinde do mundo objetivo e de seus múltiplos aspectos. Refere-se, por extensão, no que tange à obra de arte e ao processo de criação, suas motivações e origens, a toda forma de expressão que se afasta da imagem figurativa”, assinala Luiz Fernando Marcondes, in “Dicionário de Termos Artísticos”, Ed. Pinakotheke, RJ, 1998.

 

 

Antes da I Bienal, a abstração já se instalara no Brasil e a tendência na busca de formas abstratas mostrou-se  definitiva. Em 1945, ocorreu a “II Exposição Francesa” em São Paulo, mostrando um novo tipo de procedimento artístico. Em 1946 Samson Flexor instala-se na cidade e mantém intensa atividade didática e, em 1951, organiza o “Atelier Abstração”. Em 1948, Jorge Romero Brest profere seis conferências sobre as tendências contemporâneas da arte, com foco na arte abstrata. Em 1949, Bandeira desponta em Paris; o MAM-SP é inaugurado com a exposição “Do Figurativismo ao Abstracionismo”, tendência à qual estava filiado Leon Degand, primeiro diretor do MAM-SP e Waldemar Cordeiro cria o “Art Club”, para promover o intercâmbio internacional de arte. Em 1950 o MASP faz uma grande exposição de Max Bill, importante personagem na corrente abstrata.

 

 

A crítica de arte Lisbeth Rebolo Gonçalves ao observar as primeiras exposições da Bienal de São Paulo, comentou: “… a V Bienal significou a culminância de aceitação, tanto por parte dos artistas como dos críticos componentes dos júris de seleção, da abstração como a palavra de ordem internacional”

 

 

Apresentada na Pinakotheke São Paulo durante a SP-Arte 2021, a exposição ficará em cartaz até o dia 25 de Julho.

 

 

Planeje sua visita:

Pinakotheke São Paulo

Rua Ministro Nelson Hungria 200 | Morumbi São Paulo

11-3758-5202 – contato@pinakotheke.com.br

 

Escrito no corpo

 

 

Com curadoria de Keyna Eleison e Victor Gorgulho, a Tanya Bonakdar Gallery, Nova York, apresenta de 25 de Junho até 30 Julho, uma exposição coletiva com obras de Abdias Nascimento, Agrippina R. Manhattan, Antonio Tarsis, Ayrson Heráclito, Carla Santana, Davi Pontes & Wallace Ferreira, Diambe, Dona Cici, Efrain Almeida, Herbert de Paz, Marcia Falcão, Melissa de Oliveira, Moisés Patrício, Panmela Castro, Paulo Nazareth, Rodrigo Cass e Sonia Gomes.

 

 

Tanya Bonakdar Gallery e Fortes D’Aloia & Gabriel têm o prazer de apresentar “Escrito no corpo”, na Tanya Bonakdar Gallery. A coletiva é um desdobramento da pesquisa realizada para a mostra homônima ocorrida na Carpintaria, Rio de Janeiro, em 2020. A exposição costura as produções de jovens e consagrados artistas brasileiros com o acervo fotográfico do Teatro Experimental do Negro (TEN), fundado e dirigido por Abdias Nascimento (1914 -2011). “Escrito no Corpo” toma parte do acervo fotográfico do TEN como marco e ponto de partida para a discussão de questões relacionadas à raça, identidade e corpo. Em uma época em que experiências de injustiça e racismo sistêmico se tornaram áreas cada vez mais urgentes de investigação cultural, esta exposição estabelece um diálogo entre as histórias de raça e representação em ambos os países, enfatizando as especificidades e circunstâncias que tanto as aproximam quanto as diferem O legado multidisciplinar de Nascimento, que desenrolou-se nos campo da arte, da política e do meio acadêmico, torna-se evidente na mostra também pela exibição de duas de suas pinturas – Composição n. 1 e Frontal de um tempo -, datadas do início da década de 1970 e produzidas em território norte-americano. Autoexilado do Brasil em 1968, quando uma ditadura militar esteve em curso no País, o artista viaja aos Estados Unidos – apoiado pela Fundação Fairfield – com o objetivo de realizar um intercâmbio entre os movimentos norte-americano e brasileiro na promoção dos direitos civis da população negra. Nessa época torna-se professor emérito da Universidade do Estado de Nova York, em Buffalo, EUA, aprofundando também seu interesse pela pintura. Para Abdias, a representação visual de signos e divindades ligadas às religiões afrobrasileiras se mostra um poderoso instrumento de comunicação não apenas com seu entorno, em um plano terrestre, como também com realidades extrafísicas, planos espirituais. Abdias retorna ao Brasil somente em 1978. Abdias Nascimento fundou o Teatro Experimental do Negro no Rio de Janeiro em 1944, com o propósito central de reivindicar espaço para pessoas negras no teatro da época. A estratégia inicial de apropriação do teatro como espaço de poder, revela-se um tanto mais tentacular e amplia-se em novas frentes de articulação. O TEN foi pioneiro em organizar, por exemplo, cursos de alfabetização, frentes trabalhistas e até concursos de beleza que enalteciam a cultura negra em uma sociedade profundamente racista, apesar de ainda pautada pelo mito da “democracia racial”. As atividades do TEN encerraram-se em 1961, mas o pensamento de Abdias continuou a ecoar nas décadas seguintes e até hoje. “Escrito no corpo” toma como ponto de partida parte do acervo fotográfico do TEN para discutir questões ligadas à raça, identidade e corpo. A dimensão narrativa do corpo aparece em vários trabalhos da mostra, especialmente nas foto-performances de Antonio Tarsis, Ayrson Heráclito e Carla Santana. Através de diferentes abordagens, suas obras partilham a ideia de uma escrita de si através do ato performativo. A fotografia de Melissa de Oliveira, por sua vez, caminha em via oposta ao arquitetar um olhar sobre o outro, entendendo a fotografia como exercício de alteridade e construção de subjetividade em retratos realizados no Morro do Dendê, um complexo de comunidades na periferia do Rio de Janeiro, onde nasceu e vive. Obras em vídeo também servem de suporte para gestos performáticos, seja na busca por seu próprio reflexo empreendida por Rodrigo Cass em Narciso no mijo, ou na documentação da ação Devolta, de Diambe, em que a artista coreografa um círculo de fogo ao redor do monumento público em homenagem à Princesa Isabel, figura da família imperial brasileira responsável pela assinatura da Lei Áurea, que aboliu a escravidão no país, em 1888 – 23 anos depois dos Estados Unidos. Se a atitude de Isabel foi digna de homenagem em praça pública, no Rio de Janeiro, seu papel histórico é, há muito questionado como apenas um gesto ilustrativo que não oferecia perspectiva para o modelo escravagista no país, à época. Já o filme de Davi Pontes & Wallace Ferreira reflete sobre a racialidade e flerta com a física quântica em uma performance que se instaura em um território híbrido entre a dança e a autodefesa. A problematização em torno do imaginário colonial também aparece na obra de Herbert de Paz, em que o artista preenche a silhueta de uma figura indígena com imagens retiradas da revista História do Brasil, editada há décadas pela Biblioteca Nacional, perpetuando uma narrativa histórica forjada no seio do colonialismo. As esculturas de Paulo Nazareth reafirmam a negação da lógica colonial e imperialista. O corpo enquanto narrativa encarnada reaparece nas pinturas de Márcia Falcão, Moisés Patrício e Panmela Castro. Ao passo em que as obras de Falcão usam o corpo feminino como significante de violência e também de liberdade nas esferas público e privada, as pinturas de Castro são retratos de pessoas próximas à artista que se dispuseram a posar à noite, em vigília comum, durante a pandemia do Covid 19. Os personagens das telas de Patrício, por sua vez, incorporam a ancestralidade do candomblé, uma das vertentes da religiosidade afro-diaspórica mais fortes no Brasil. A relação entre a representação do corpo e a religiosidade é temática frequente também na produção de Efrain Almeida, cujas esculturas de madeira e bronze compreendem o imaginário popular do Nordeste do Brasil, onde o artista nasceu. O interesse por materiais cotidianos marca o fazer escultórico de Sonia Gomes, cuja gaiola envolta por pedaços de tecidos torcidos sugere a liberdade almejada pela frase de autoria de Agrippina R. Manhattan, em sua obra de led: Antes de caírmos, nos tornaremos o sol. Agradecimento especial à Elisa Larkin Nascimento e ao IPEAFRO (Instituto de Pesquisas e Estudos Afrobrasileiros).

 

 

Tanya Bonakdar Gallery 521 West 21st Street New York, NY 10011

 

Visita técnica de José Resende

 

 

O artista José Resende esteve em Porto Alegre, RS, no dia 17, para uma visita técnica de sua nova exposição em preparação na Fundação Iberê Camargo, prevista para novembro. Para esta mostra, serão selecionadas obras especialmente para dialogar com o centro cultural e instaladas nas partes interna e externa do prédio.

 

 

Resende aproveitou para vistoriar seu monumento “Olhos Atentos”, na orla do rio Guaíba, próximo à Usina do Gasômetro, fechado para visitação desde 2018. Acompanhado do diretor-superintendente da Fundação, Emilio Kalil, e da coordenadora de Artes Plásticas da Secretaria da Cultura de Porto Alegre, Adriana Boff, foi discutida a reabertura junto com a exposição.

 

Segundo projeto da Prefeitura de Porto Alegre, já aprovado pelo artista, a alternativa viável será a instalação de um regulador de público no eixo da escultura, limitado a 20 visitantes por vez.

 

 

Olhos atentos: um presente para a cidade

 

 

José Resende, junto com Carmela Gross, Mauro Fuke e Waltércio Caldas, foi um dos artistas convidados pela 5ª Bienal do Mercosul para produzir obras permanentes para Porto Alegre. Segundo o curador-geral Paulo Sérgio Duarte, na época, as intervenções foram pensadas como obras de arte para serem usadas pelo público; para que passeiem sobre elas, olhem a paisagem a partir delas, ou simplesmente descansem sobre elas.

 

 

“Olhos Atentos” é composta por duas vigas de aço, que se estendem acima do rio Guaíba, formando uma passarela. Para Resende, cuja característica marcante é a relevância dos materiais empregados e suas relações com o espaço, em lugar de apenas utilizá-los como suporte para formas convencionais, a obra nasceu com o propósito de fazer “Porto Alegre enxergar-se com novos olhos”.

Palatnik em BH

 “Palatnik e a Arte Cinética: uma perspectiva histórica”
Os curadores da exposição “Abraham Palatnik – A reinvenção da pintura”, Felipe Scovino e Pieter Tjabbes, e o historiador da arte, Michael Asbury, conversaram sobre o início do panorama da arte cinética no Brasil e, em particular, a trajetória de Abraham Palatnik.
O artista foi um dos pioneiros desse movimento no mundo, aliando conhecimentos matemáticos, como geometria e física, à criação artística. Palatnik tem papel central na discussão sobre o abstracionismo no Brasil. Ele conjuga o uso de motores mecânicos e lâmpadas com um ritmo de cores e volumes que fazem com que sua obra seja singular. O campo da arte cinética ganhou novas abordagens com o trabalho desse artista, quando ele passou a fazer uso de materiais pouco associados à pintura.
A contribuição de Abraham Palatnik na passagem da arte moderna à contemporânea, suas inovações no campo do design e como se deu sua recepção no exterior, são pontos que foram abordados no webinar que aconteceu no canal do YouTube do Banco do Brasil. Para assistir basta acessar o link :  https://www.youtube.com/bancodobrasil.
PATROCÍNIO: Banco do Brasil
REALIZAÇÃO: Art Unlimited
COMUNICAÇÃO: Alves Madeira

Vídeo documentário

17/jun

 

 

 

Confira agora mesmo o vídeo documentário sobre “Inéditos e Reciclados”, uma exposição de Vera Chaves Barcellos, produzido pela Flow Films, com direção de Hopi Chapman e Karine Emerich, em Viamão, RS.

 

 

O documentário conta com falas da artista e de Margarita Kremer, coordenadora do Setor Educativo da Fundação Vera Chaves Barcellos.

 

 

Para assistir ao documentário, basta acessar nossas plataformas digitais:

 

 

YouTube | Instagram | Facebook

 

 

SERVIÇO | Agendamentos para visita à Sala dos Pomares | Visitas individuais ou grupos de, no máximo, 06 pessoas por horário.

 

Novo ciclo expositivo

 

 

A Casa de Cultura do Parque, Altos de Pinheiros, São Paulo, SP, idealizada por Regina Pinho de Almeida, inicia um novo ciclo com três novas exposições em seu espaço. A Galeria do Parque recebe a coletiva “AR”, com trabalhos de Guto Lacaz, Lenora de Barros e Wagner Malta Tavares e texto de Juliana Monachesi. O Projeto Gabinete expõe Sementes no Bolso de Marcelo Pacheco com texto de Fernanda Pitta e o Projeto 280 X 1020 exibe Paisagem, um desenho de Adrianne Gallinari. A direção artística é de Claudio Cretti.

 

 

AR – Guto Lacaz, Lenora de Barro e Wagner Malta Tavares

 

 

O encontro inédito de três artistas de gerações diferentes, mas com conexões que remetem à ludicidade em seu trabalho proposto pela Casa de Cultura do Parque, estabelece diálogos que ressaltam o ponto comum da ironia e da graça em sua produção, fazendo alusões ao universo Pop, à diversão, à contemporaneidade.

 

 

“Guto Lacaz e Lenora de Barros iniciam suas trajetórias entre o final dos anos 70 e início dos 80. Artistas múltiplos, transitam por diversas linguagens como o objeto, a fotografia, a instalação – todos presentes nesta exposição. Embora partam de poéticas distintas em suas pesquisas, os dois artistas têm vários pontos de convergência que aparecem com frequência em suas produções. Wagner Malta Tavares, dialoga fortemente com essas questões, criando uma mitologia contemporânea e atualizando interesses que nos remetem tanto à antiguidade clássica como ao Pop contemporâneo. Desse modo, é flagrante o olhar do artista para a obra de seus colegas, como se fizessem parte de uma entidade que pensa a arte agindo na sensibilidade com diversão e mistério, tornando-se um enigma para os sentidos de fruição diante das obras”, explica Claudio Cretti.

 

 

Em AR, todos os trabalhos possuem um certo cinetismo. Enquanto as obras da série ELETRO LIVROS de Guto Lacaz permanecem estáticas, elas podem ser acionadas pela interação do público e colocadas em movimento. “Guto Lacaz apresenta três de seus Eletro Livros (inéditos em São Paulo), em que elegantes e sintéticos motores (sem carenagem) põem em movimento um detalhe de uma ilustração de um livro de seu acervo pessoal. Não existe mutilação do objeto, que Lacaz considera sagrado, mas duplicação ou amplificação de um elemento afetivamente escolhido para mover a página antes inerte. Esse ar engendra, em cada Eletro Livro, um novo enredo que prolonga a narrativa subjacente, a do livro em questão”, pontua Juliana Monachesi.

 

 

Já nas criações de Lenora de Barros, sua obra prioritariamente sonora resulta da movimentação, pelo público, da peça estática na sala de exposição. Nas palavras de Juliana Monachesi “para Lenora de Barros, o mundo se transforma em função do lugar onde fixamos a nossa atenção. O visitante de AR escuta a voz da artista entoando o mantra cageano. Nesse concerto para caixas de som surround, intitulado O Que Ouve, ledebe – na alcunha sintética que ela utiliza no Instagram – dirige-se direta e claramente ao público, convidando ao cuidado com o outro e com o mundo atual.”

 

Os trabalhos de Wagner Malta Tavares, em sua totalidade, são acionados por energia elétrica, ficando em constante movimento. “O ar “sobre o pasto inédito da natureza mítica das coisas”, para usar um fragmento de verso da “Máquina do Mundo” de Drummond, reverbera em toda a exposição. Ele anima as esculturas São João, Fantasma e Figura Ajoelhada, na mesma medida em que asfixia, por sua ausência, a obra Bermudas (aquário)”, explica Juliana Monachesi.

 

 

 “Acho que o mundo muda porque a gente respira. Quando a gente nasce, inspira e passa a vida toda trocando com o mundo; nessa troca a gente se transforma. E então, quando morre, a gente expira, devolvendo para o mundo tudo o que foi vivido, mas de um jeito totalmente modificado”, afirma Wagner Malta Tavares.

 

 

“AR não é uma exposição retiniana. Som, vento, trabalho que se mexe. Essa é uma exposição que coloca o espectador em movimento”, define Claudio Cretti

 

 

Projeto Gabinete – Marcelo Pacheco |Sementes no bolso

 

 

As pinturas a óleo do artista são elaboradas em suportes diversos e distintos, em sua maioria resultado de seus achados em discretos garimpos urbanos. O resultado pictórico tende a uma abstração geométrica oriunda do universo popular.

 

 

Na visão de Fernanda Pitta, “para essa exposição, o artista fez adentrar o ateliê, aqui e ali, refugos, restos de marcenaria, vazios de coisas úteis, que foram sendo colhidos por Marcelo Pacheco no seu perambular cotidiano. Nesse espaço de trabalho, que também é uma espécie de refúgio de coisas, são reconfigurados à medida que vai os envolvendo com cores, rotacionando suas posições originais, ou combinando-os entre si.. Alguns performam colunas infinitas e singelas nos seus dentes desiguais, outros sugerem teclas de um instrumento sonoro, meio canhestro e divertido, construído para um gigante invisível, capaz de tocar uma harmonia silenciosa. Talvez ela também seja um pouco desajeitada, mas aí reside sua graça.”

 

 

Projeto 280 x 1020 – Adrianne Gallinari | Paisagem

 

 

Um único desenho, mas de grandes dimensões, compõe o trabalho de Adrianne Gallinari. Apesar de tender a abstração, a obra é uma grande paisagem, não figurada; uma paisagem não de observação, mas ‘inventada’, feita em giz de cera sobre tecido. Um desenho quase obsessivo, onde a artista vai construindo esse imenso trabalho com riscos pequenos até cobrir toda a área.

 

 

Nas palavras do crítico Agnaldo Farias, “do pulso que doma a energia e a faz convergir para as pontas dos dedos que prendem o instrumento ao braço que permite que a mesma energia flua livremente como vontade de desbordamento, a artista vai compendiando os gestos, ponderando que a leveza do risco coincide com o desejo de deixar o suporte – tecido, papel, parede…- falar e que o traço grosso e regular, obsessivo a ponto de fazer com que as cifras se embaralhem, criando uma rede espessa, significa o contrário, que o som e o desenho do signo surgiram em função de nosso desejo de aplacar o som do mundo. “Palavras são desenhos”, afirma a artista, ao mesmo tempo em que propõe que as imagens sejam entendidas como escrituras.”

 

 

Até 19 de Setembro.

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Artista venezuelano

11/jun

 

 

A Fortes D’Aloia & Gabriel, Carpintaria, Jardim Botânico, Rio de Janeiro, RJ, comunica: É com grande prazer que apresentamos a primeira exposição individual de Sheroanawe Hakihiiwe no Brasil. Com essa mostra inauguramos o Aquário – espaço frontal da Carpintaria visível a partir do jardim – dedicado a introduzir novas vozes do circuito.

 

 

Esta exposição foi possível graças à nossa colaboração com a galeria de Sheroanawe Hakihiiwe na Venezula, ABRA. Um agradecimento especial aos seus fundadores Melina Fernández Temes e Luis Romero.

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em 1971, no Amazonas, na Venezuela, Sheroanawe Hakihiiwe é um artista indígena residente em Pori Pori, comunidade Yanomami em El Alto Orinoco. Hakihiiwe desenvolve um corpo de trabalho que incorpora desenho e cor à tradição oral de seu povo – a natureza das crenças espirituais e as práticas culturais e sociais.

 

 

Até 07 de agosto.

 

 

Simões de Assis na SP-Arte

 

 

Schwanke, pintor, desenhista, escultor, ator, dramaturgo, cenógrafo e publicitário é o destaque da Galeria Simões de Assis. Formado em comunicação social pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), foi autodidata em desenho, pintura e escultura. Desde o fim dos anos 1970, teve presença constante em exposições e salões nacionais, destacando-se com diversas premiações. Em 1980, realiza mostra individual na Galeria Sérgio Milliet, na Funarte do Rio de Janeiro. Em 1989, apresenta trabalhos tridimensionais e seriados no Museu de Arte de Joinville, inclusive instalando algumas obras em espaços públicos. Participa da 21ª Bienal Internacional de São Paulo, em 1991, com o projeto Cubo de Luz – escultura feita a partir de um imenso feixe luminoso.

 

 

Foi através de seus desenhos, pinturas, esculturas e instalações, que Schwanke desenvolveu uma constante reflexão sobre o lugar da arte no mundo contemporâneo. Ele articula procedimentos característicos da pop art, do conceitualismo e do minimalismo, tais como a citação de obras paradigmáticas na história da arte; o seu interesse pela dicotomia entre claro e escuro (uma influência direta à obra do pintor italiano Michelangelo Caravaggio); e a apropriação e criação em série de imagens e objetos industrializados.

 

 

No conjunto de desenhos e pinturas intitulado Linguarudos, produzido na segunda metade dos anos 1980, o artista apresenta centenas de variações de um mesmo perfil masculino enraivecido, com a língua e dentes à mostra, gritando ou vomitando. Alguns são feitos sobre páginas de jornal ou folhas de livros contábeis, incorporando os elementos gráficos e as manchetes no plano pictórico. Com traços e as pinceladas profundamente gestuais e espontâneos, seus trabalhos são carregados de uma vibração corporal intensa, como se não houvesse intermediação entre o impulso que os gerou e a imagem final.

 

Visitas guiadas

09/jun

A Bergamin & Gomide, Jardins, São Paulo, SP, convida para visitas guiadas ás exposições individuais de Marcelo Cipis e José Resende, como parte da Gallery Week da SP-Arte 2021.

 

 

As visitas com os artistas acontecerão no dia 10 de junho, às 14h30 e 15h30, respectivamente, com capacidade máxima de 15 pessoas.

 

 

Para se inscrever, entrar em contato através do email contato@bergamingomide.com.br

 

 

Latinidade no MALBA

07/jun

 

 

A mostra “Fuora de serie” no MALBA, Buenos Aires, Argentina, propõe um diálogo entre duas artistas latino-americanas unidas no mesmo ponto criativo: o trabalho e a redefinição dos limites da pintura. Por meio de procedimentos e conhecimentos sobre pintura – e também sobre cultura urbana, arte moderna, design e natureza -, Leda Catunda (São Paulo, 1961) e Alejandra Seeber (Buenos Aires, 1968) produzem obras que absorvem tudo ao seu redor.

 

 

Exibem imagens de uma beleza estranha que aparecem entre camadas de tecidos, pinceladas e espaços alterados. Atendendo a este fio condutor que conecta cenas culturais e épocas distintas, a exposição reúne obras, estudos, esquetes e documentos históricos e recentes que permitem enfocar os seus percursos iniciados entre as décadas de oitenta e noventa no caso de Catunda e no final dos anos noventa para Seeber. Da mesma forma, no âmbito da exposição, será desenvolvido um programa público de palestras, workshops e ativações para pensar os modelos e discursos artísticos que foram determinantes nesta genealogia da arte contemporânea.

 

 

Curador: Francisco Lemus.

 

 

Até 09 de agosto.

 

 

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