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AGENDA CULTURAL

Novíssimos 2018 no IBEU

18/jul

Identidade de gênero, sustentabilidade das práticas, passado de exploração e memória da guerra vinda com a imigração são alguns temas retratados nas obras de “Novíssimos 2018”, único Salão de Arte do Rio de Janeiro, que chega à 47ª edição no dia 18 dejulho, de 18h às 21h, na GALERIA DE ARTE IBEU, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. Com curadoria de Cesar Kiraly, a exposição deste ano conta com trabalhos em pintura, instalação, objeto, fotografia e desenho de 12 artistas: Agrippina R. Manhattan (RJ), Danielle Cukierman (RJ), Daniela Paoliello (MG), Leka Mendes (SP), Letícia Pumar (RJ), Marc do Nascimento (SP), Marina Hachem (SP), Renata Nassur (RJ), Rodrigo Ferrarezi (SP), Samantha Canovas (SP), Sani Guerra (RJ) e Willy Reuter (RJ). O artista em destaque terá o nome divulgado na noite de abertura e será contemplado com uma exposição individual na Galeria de Arte Ibeu em 2019.

 

“Novíssimos” tem como proposta reconhecer e estimular a produção de novos artistas, e com isso apresentar um recorte do que vem sendo produzido no campo da arte contemporânea brasileira, em suas variadas vertentes. Até 2017, 621 artistas já haviam participado de Novíssimos, que teve sua primeira edição em 1962. Nesta 47ª edição, a proposta curatorial tematiza a necessidade, para além da preferência, da disponibilidade para a formação de um gosto pela arte contemporânea.

 

“Muito se conversa sobre gostar ou não gostar da arte contemporânea. É difícil encontrar quem não tenha uma posição sobre isso. A curadoria de Novíssimos 2018 debate o prazer na aquisição dos meios para se ver obras ainda não selecionadas pela história da arte e as diferenciar no concernente às suas intensidades”, afirma Cesar Kiraly.

 

“Trata-se menos de dizer ‘gostei ou não gostei’ e mais de se entregar à descrição dos elementos que nos levam a sentir, em nós mesmos, o que o artista parece ter sentido ou termos a nossa própria identidade desafiada pela experiência da arte nova a que nos expomos”, completa o curador da mostra, que teve recorde de submissões este ano.

 

Entre os destaques da exposição estão os trabalhos de Agrippina Manhattan, que consistem em poemas em plotter que serão colocados na parede externa da galeria, com trechos de palavras presentes na composição química de remédios para mudança de gênero, dando origem a um poema intitulado “A Mulher Química”. A artista também criou dois painéis de LED, gerando um diálogo. Em um deles está a frase “Eu é uma palavra”, enquanto o outro contém “Eu não sou palavra”. A passagem rápida das frases constrói uma relação de conflito entre as duas colocações, gerando uma investigação da linguagem enquanto matéria. Já no conjunto de trabalhos “Antropoceno”, a artista Leka Mendes utiliza uma série de foto-objetos que são pensados como objetos arqueológicos do nosso tempo, nossas ruínas achadas por futuras civilizações. Para isto, foram utilizados escombros urbanos achados nas ruas de São Paulo, restos de reformas e entulhos nos quais a artista transfere imagens de guerra achadas na internet. Danielle Cukierman utiliza resíduos, materiais precários, industriais e da vida urbana (embalagens, carpetes, plásticos, cobertores) para apresentar um olhar que valoriza o banal. Os trabalhos de Marc do Nascimento pretendem explorar sensações e significados espaciais associados aos aspectos materiais das coisas como textura, peso, rigidez, posição, densidade, forma e função na superfície do quadro.

 

O Salão de Artes Visuais Novíssimos 2018 fica disponível para o público 19 de julho a 24 de agosto de 2018, de segunda a quinta, de 13h às 19h (às sextas, de 12h às 18h).

 

 

 

Sobre os artistas

 

 

Agrippina Manhattan– É estudante de História da Arte (UFRJ) e trabalha como arte educadora no Museu de Arte Contemporânea de Niterói – RJ. Principais exposições: Art in Process, Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ (2018); PEGA: Encontro de estudantes do Rio de Janeiro, Centro Municipal de Artes Helio Oiticica (2017); BA PHOTO, Pavilhão expositivo de Buenos Aires (2017); Carpintaria para todos, Fortes D’Aloia e Gabriel (2017); Abraçaço Coletivo, Espaço Saracura (2017); Feira Urca, Ateliê da Imagem (2017); Livro Inventado, Ateliê Oriente (2017); Semana de Integração Acadêmica do Curso de Artes Visuais, EBA-UFRJ (2016); Mostra Arte ao Vivo, EAV-Parque Lage (2016); Sara-há, Mostra de performances realizado no espaço Saracura (2016); Mostra da Oficina intensiva de perfomance, EAV- Parque Lage (2015); Intervenções Urbanas, LabIt/PROURB (2015).

 

 

Danielle Cukierman- Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Na sua pesquisa, utiliza materiais industriais e cotidianos: embalagens, carpetes, plásticos, cobertores… O uso das coisas, a obsolescência e o banal são objetos de estudo da artista. Grande parte de sua formação foi realizada na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Recentemente, participou da exposição coletiva “Abre Alas’’, na Galeria A Gentil Carioca (RJ). Em 2017, participou da exposição coletiva “Abraço Coletivo’’, no Espaço Saracura (RJ), e em 2016 fez parte da coletiva “Extramuros Parque Lage”, no Solar dos Abacaxis (RJ).

 

 

Daniela Paoliello- É artista visual e faz doutorado em Processos Artísticos Contemporâneos na UERJ. Foi contemplada com o XIII Prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia, em 2013, através do qual publicou seu livro “Exílio”. Participou de diversas exposições coletivas em espaços como o Museu de Arte de Ribeirão Preto, Museu de Arte da Pampulha, Festival de Fotografia de Tiradentes, Galeria Graphos: Brasil, Semana da Fotografia de Belo Horizonte, entre outros. Conta com publicações em plataformas nacionais e internacionais. Nos últimos anos, vem desenvolvendo sua pesquisa em torno da autoperformance feita exclusivamente para a câmera – fotografia e vídeo – e da produção de uma autoficção.

 

 

Leka MendesCom produção ancorada no fotográfico, o trabalho da artista utiliza tal linguagem desdobrada por formatos, meios e abordagens variadas. Um dos principais eixos é a investigação da paisagem, que pode ser vista por meio de instalações site specific, objetos, desenhos, colagens, livros de artista e, obviamente, pela própria fotografia. Em alguns momentos, realiza viagens de imersão com fins de destrinchar algumas temáticas e interesses, o que faz sua obra ter uma relação corporal com o espaço, aproximando tal faceta fotográfica de correntes e movimentos da contemporaneidade, como a land arte a arte conceitual, entre outros. Lança mão de procedimentos como a apropriação, a desconstrução de arquivos e a fotografia de campo, reforçando os elos de sua produção, feita tanto de modo analógico como digital.

 

 

Letícia Pumar- Possui formação na área de História. Atualmente, realiza pesquisa de pós-doutorado sobre a produção e uso de imagens na arte e na ciência no Programa de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e segue formação artística nos cursos de Pintura, de João Magalhães, na Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Tem procurado articular seus trabalhos de docência, pesquisa e de criação artística partindo da pergunta “afinal, o que é conhecer?”. Selecionada pela Robert Rauschenberg Foundation Archives Research Travel Fund 2018, a pesquisadora-artista fará pesquisa no acervo do artista Robert Rauschenberg em NY no final de 2018.

 

 

Marc do Nascimento– É artista visual, vive e trabalha em São Paulo. Em 2017 se formou na FAU-USP, além de ter estudado no departamento de artes plásticas da mesma universidade. Já expôs no centro cultural Maria Antônia, no MAC Ibirapuera e também no SESC Ribeirão Preto. De maneira geral, sua pesquisa consiste na exploração de sensações espaciais associadas à interação entre elementos, técnicas, e conceitos presentes no imaginário arquitetônico.

 

 

Marina Hachem  – Vive e trabalha em São Paulo. Formada em Artes Plásticas na FAAP- Fundação Armando Alvares Penteado. Em 2012, começou a trabalhar como assistente para a artista Marina Saleme. Em 2014, cursou um semestre na faculdade de arte Central Saint Martins, em Londres. Em 2015, ganhou o prêmio de 2º lugar na 47ª Anual de Arte FAAP. Em 2016, abriu sua primeira exposição individual “Entrelinhas”, com a curadoria de Maguy Etlin. No mesmo ano, participou da exposição coletiva “Um desassossego”, na Galeria Estação. Em 2018, participou da exposição “Et Tu,Arte Brute?”, na Galeria Andrew Edllin, em Nova Iorque. Entre outras exposições coletivas estão: Free Elective Exhibition, na Central Saint Martins, com curadoria de Claire Bishop (Londres, 2014), a ocupação artística “Corpoativo” (SP, 2016), Feira PARTE (SP, BR,2016), exposição “Metanóia”, na Galeria Airez (CTBA, BR, 2017), SP Arte (SP.BR,2017), 14º Salão  Nacional de Artes de Itajaí (SC,BR,2018).

 

 

Renata Nassur- É natural do Paraná. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Transitando entre desenho e pintura, e trabalhando com técnicas diversas, do óleo à aquarela, sua prática de ateliê tem como foco principal o estudo de observação de objetos tornados invisíveis no universo cotidiano, tais como pedras portuguesas, anúncios de jornais e postais. Desta maneira, o trabalho tem o propósito de conferir um status de arte à objetos ordinários que regularmente passam despercebidos ao olhar comum.

 

 

Rodrigo Ferrarezi– É fotógrafo e artista visual, com formação profissional em Relações Internacionais pela Universidade Estadual Paulista e em Fotografia pela Escola Panamericana de Artes e Design. Em 2016, teve envolvimentos em workshops e seleção de projetos com a galerista e curadora Rosely Nakagawa. Integrou o grupo de criação e fabulação de poéticas visuais do curador e editor Eder Chiodetto e da pesquisadora Fabiana Bruno, com foco no desenvolvimento de processos de narrativa imagética. Foi um dos vencedores do 2º FAPA – Fine Art Photography Awards, promovido pela Lensculture, na categoria “conceitual”, com a série “Deserto Límbico” (anteriormente intitulada “Limbus”). Com a mesma série, foi um dos artistas selecionados no XI Salão Nacional Victor Meirelles, realizado em abril de 2017, e na 1ª Bienal Art Print – Incubadora de Artistas, no mesmo período. Integrou o catálogo de novos artistas no 12º International Contemporary Artists, da I.C.A Publishing, em julho de 2017, e da coletiva “METANOIA”, na Galeria AIREZ, durante a Bienal Internacional de Curitiba em outubro de 2017.

 

 

Samantha CanovasÉ natural de Brasília, vive e trabalha em São Paulo. Mestra em Poéticas Visuais pelo PPGAV/ECA USP, e bacharel em Artes Plásticas pela UnB, desenvolve sua pesquisa poética no âmbito da pintura, instalação e têxtil com enfoque em questões como materialidade, obsessão, método, deriva e ócio. Em 2017, participou da residência artística NES, em Skagaströnd, na Islândia, e em 2012 na School of Visual Arts em Nova York. Integra mostras coletivas e salões desde 2010 em cidades como Brasília, Goiânia, São Paulo, Uberlândia e Jataí.

 

 

Sani Guerra- É licenciada em Artes Visuais, frequentou cursos livres na EAV e Desenho Industrial na Faculdade da Cidade/RJ. Principais individuais: “Superfícies”, Sesc Nova Friburgo/RJ 2010 e “Memória e Impermanência” na Galeria do Lago, Museu da República, CIGA-ArtRio/RJ 2016. Desenvolve desde 2008 o Projeto Construção premiado em 2009 pela Funarte. Principais coletivas: “Desver a Arte”, na Galeria Emmathomas/SP 2018, em 2017 participou do 23º Salão Anapolino de Arte/GO e 45º Salão Luiz Sacilloto em Santo André/SP. Venceu o Concurso Garimpo da Revista Dasartes Brasil, em 2013.

 

 

Willy Reuter- É formado em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula e  trabalha há 10 anos como Produtor de Arte na empresa Rede Globo. No Parque Lage estudou com Luis Ernesto, Charles Watson e Daniel Senise entre outros. Na Austrália fez as primeiras exposições coletivas e individuais. Ganhou primeiro lugar em um concurso de pintura patrocinado pela Anistia Internacional. De volta ao Rio de Janeiro, participou da coletiva “Posição 2004”, na EAV Parque Lage, MARP- Museu de Arte de Ribeirão Preto, 17° Salão de Praia Grande e 17° Salão UNAMA, em Belém do Pará. As últimas exposições individuais foram no Centro Cultural Correios, na Fundação de Artes de Niterói e na Galeria Coleção de Arte, com curadoria de Marcus Lontra. Tem trabalhos nas coleções de Chico Buarque de Holanda, Miguel Falabella e Renata Ceribelli, entre outros. Em coleção pública tem trabalhos no Centro Cultural Correios, Rio de Janeiro.

 

 

 

De 18 de julho a 24 de agosto.

Garranchón por Mariano Barone 

17/jul

A Galeria Sancovsky, Jardim Paulistano, convida para a abertura da exposição “Garranchón”. Esta é a primeira individual de Mariano Barone, com curadoria de Amanda Arantes. A mostra reunirá uma seleção de trabalhos produzidos em 2017, além de obras inéditas criadas para esta exposição. O título remete à palavra garrancho, nome dado às caligrafias feias, quase ilegíveis. Aqui ela caracteriza o traço irregular de alguns desenhos, mas pode designar também uma qualidade rudimentar sugerida no conjunto da obra do artista.

 

Barone desenvolve sua produção através do desenho e da pintura utilizando materiais diversos como retalhos descartados pela indústria têxtil ou lonas usadas para cobrir o chão e montar tendas no comércio popular. Parte das obras apresentadas na exposição é formada por trabalhos em que o artista acumula camadas desses materiais sobre a parede, combinando-os a desenhos ou pinturas. Estas, por sua vez, podem ser recortadas e remontadas, em um jogo que incorpora a aleatoriedade e o improviso. Fixados de maneira precária, os tecidos e telas recortadas formam composições que remetem a estruturas temporárias e instáveis, como barracas e tapumes.

 

Embora sua obra se aproxime da visualidade urbana, esta não é colocada como tema, e sim material de sua prática artística. Essa característica é visível também em sua produção gráfica, influenciada pela estética dos rabiscos encontrados na cidade – muitas vezes ilegíveis e rasurados – mas que parte, sobretudo, de uma iconografia pessoal e de uma necessidade de desenhar. A isso soma-se uma atitude quase obsessiva de redesenhar as mesmas figuras, sobrepor camadas de desenho ou de pintura, tentar apagar ou disfarçar o que foi feito.

 

Barone é orientado por uma atitude de mastigar, deglutir e devolver ao mundo elementos visuais do seu entorno, seja este o espaço urbano ou o próprio ateliê do artista. O reaproveitamento de partes de outros trabalhos para a produção de obras novas e a presença de desenhos recorrentes são marcas de um trabalho que se alimenta de si próprio, em um movimento de transformação constante.

 

 

Sobre o artista

 

Mariano Barone nasceu em 1985, em Santa Fé, Argentina, vive e trabalha em São Paulo. É graduando em Artes Visuais pela UNESP, participou em 2017 do 42º Salão de Arte de Ribeirão Preto, das exposições coletivas “Também foi nevoeiro” (Espaço BREU, São Paulo – SP), “Novas Poéticas” (Galeria Cañizares, Escola de Belas Artes da UFBA, Salvador – BA) e “À Sombra do comum” (Galeria Andrea Rehder, São Paulo – SP), assim como da exposição “BFF”, no Instituto de Artes da Unesp (São Paulo – SP). Em 2018, participou das exposições coletivas “O Maravilhamento das coisas” (Galeria Sancovsky, São Paulo – SP), PARTE (Instituto de Artes da Unesp, São Paulo – SP) e “ruído e ausência contínuos” (Galeria Sancovsky, São Paulo – SP).

 

 

De 19 de julho a 18 de agosto.

Coletiva na Sancovsky

A Galeria Sancovsky, Jardim Paulistano, São Paulo, SP, convida para a abertura de “A Imensa Preguiça”, exposição coletiva com curadoria de Guilherme Teixeira. A partir do dia 19 de julho, a Galeria Sancovsky apresenta a exposição “A Imensa Preguiça”, mostra coletiva que busca explorar as relações de dissolução da forma e da ideia de derretimento a partir da ressignificação e destruição de objetos comuns e cotidianos no trabalho de dez artistas. Colocando em diálogo diversas linguagens como vídeo, escultura, pintura e instalações, a exposição se propõe à criação de um espaço de alucinação infinita, onde a prática e o objeto se tensionam na busca do movimento entre dissolução e reiteração de um utilitarismo cotidiano, o ready-made, o ócio e o gesto.

 

Participam os artistas André Barion, Andre Bontorim, Beatriz Ruco, Eleni Bagaki, Gabriella Garcia, Ignacio Gatica, Pedro Caetano, Renato Castanhari, Ricardo Carioba e Sergio Pinzón

 

 

De 19 de julho a 18 de agosto

Fotos de Edu Monteiro

16/jul

Primeiro é preciso explicar o título da exposição e como o premiadíssimo fotógrafo Edu Monteiro descobriu e fotografou após quatro anos de investigações e três viagens à Martinica, entre elas uma residência de seis meses em busca do universo mágico, esta dança de combate – uma luta entre o visível e o invisível nas encruzilhadas da diáspora africana – seus pesos e magias.

 

“Costas de Vidro” é uma expressão utilizada pelos lutadores da Ladja – uma dança de combate praticada exclusivamente na ilha da Martinica, no Caribe, que lembra bastante a capoeira em alguns aspectos. O principal fundamento desta luta é o “ou wè`y ou pa wè`y” expressão em crioulo que significa: “vê mas não vê” e se refere à capacidade ilusionista dos golpes desta arte, que impossibilita a percepção visual do oponente diante do ataque – transformando o visível em invisível através do corpo. Nesta luta quem tem as costas de vidro não pode ser visto. Faz parte do “Rio Resiste”.  “Querendo, pode-se ouvir a marola do mar, uma suave brisa, o roçar da pele na madeira. E mais, pois a foto ressoa além do visível. É um navio negreiro. Não! É um corpo síntese, índice de milhões de pessoas, tanto das que sucumbiram ao tráfico negreiro quanto das que sobreviveram, vivenciaram e venceram a escravidão”, diz Roberto Conduru.

 

 

Curadoria Roberto Conduru

 

Segundo o curador Roberto Conduru…”é simples a imagem com a qual Edu Monteiro apresenta Costas de Vidro. Nela, um homem afrodescendente parcialmente imerso na água segura um tambor. A tensão da pega parece visar menos a proteger o tambor do encontro com a água e mais a trazê-lo junto, conectá-lo a si. De tal modo que corpo humano e tambor tornam-se um a extensão do outro. Fazendo as vezes de tronco e cabeça, o tambor ultrapassa a condição de objeto. Dando braços e pernas ao artefato de madeira, ferro, sisal e couro, o homem amplia atributos e habilidades”.

 

 

Sobre o Fotógrafo

 

Edu Monteiro é fotógrafo, pesquisador e doutorando em Artes pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, mestre em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense – UFF (2013) e possui formação em Artes e história visual pelo museu Jeu de Paume em Paris (2017). Autor dos livros Autorretrato Sensorial (Pingadoprés, 2015) e Saturno (Azougue Editorial, 2014). Um recorte de Costas de Vidro foi exposto no China Art Museum, como uma das exposições integrantes do Shanghai International Photography Festival de 2017.

 

 

Onde!

 

Z42 Arte está localizado no Cosme Velho, ao lado da subida do Cristo Redentor e se distingue de outros centros culturais. Construído nos anos 1930, o casarão conta com sete salas de exposições e sete ateliês, em que artistas representados pela Z42 Arte vão trabalhar diante do público. – A ideia é haver reciprocidade entre o artista e o público. “A arte é o nosso oxigênio e o seu processo de criação é lindo, tem vida. Queremos que o visitante crie uma sintonia com a construção das obras. Conheço poucos lugares do mundo com essa proposta” afirma o diretor Eduardo Lopes.

 

 

De 30 de julho até 21 de agosto.

Arte Pop no RS

O Museu de Arte do Rio Grande do Sul Ado Malagoli, Porto Alegre, RS, apresenta a exposição “Influências da Arte Pop em acervos de Porto Alegre”. A mostra, com curadoria de Carolina Grippa e Caroline Hädrich, encontra-se em cartaz nas galerias João Fahrion, Pedro Weingärtner e Angelo Guido.do MARGS.

 

“Influências da arte Pop em acervos de Porto Alegre” surge como uma indagação sobre o impacto da Pop no Brasil, movimento conhecido, cujo destaque sempre é dado à artistas americanos e ingleses. Em 2015, a Tate Modern de Londres realizou uma grande exposição intitulada THE EY: The World goes Pop, na qual a curadoria selecionou obras do mundo todo, demonstrando o quanto o espírito Popse espalhou influenciando uma diversidade de artistas. Seguindo essa ideia, a exposição montada no MARGS traz exemplos de artistas brasileiros e estrangeiros que possuem obras influenciadas pela arte Pop, no que diz respeito aos temas, suportes, cores e planaridade em sua construção, e que fazem parte das coleções de três acervos públicos de Porto Alegre: MARGS, Pinacoteca Barão de Santo Ângelo do Instituto de Artes da UFRGS e Pinacoteca Aldo Locatelli da Prefeitura Municipal.

 

Há duas gerações de artistas na mostra: a primeira, formada por Glauco Rodrigues, Henrique Fuhro, Romanita Disconzi e Jesus Escobar, destacam-se por ter produzido entre os anos 1960/70, época na qual a arte Popestava em pleno desenvolvimento nos seus países de origem. A segunda, com obras concebidas na década de 1980, apresentam características da Pop, porém amalgamadas com outras questões da época. Deste recorte, temos obras de Vera Chaves Barcellos, Liana Timm, Alfredo Nicolaiewsky, Milton Kurtz, Mário Röhnelt, Luiz Barth, Patrício Farias entre outros.

 

Com a exposição, a curadoria demonstra a propagação do movimento Pop e de como ele foi absorvido e desenvolvido por alguns artistas locais. Conseguimos perceber como eles trazem para as obras aspectos tanto pessoais, como a influência de ícones de mídia mundiais, quanto sociais e políticos especificamente agitados da América Latina na época. A questão do suporte e técnicas são também de grande importância para a temática da exposição; construída principalmente com gravuras e serigrafias, métodos que permitem a reprodução das obras com facilidade, o que representa também uma das mais marcantes características da arte Pop, que é justamente a repetição e a reflexão sobre a exclusividade das obras de arte em uma época de expansão da chamada mass media.

 

 

Artistas participantes:

 

Alfredo Nicolaiewsky, Glauco Rodrigues, Henrique Fuhro, Jesus Escobar, Liana Timm, Luiz Barth, Mário Röhnelt, Milton Kurtz, Romanita Disconzi, Vera Chaves Barcellos.

 

 

Sobre as curadoras

 

Carolina Grippa é formada em Moda pela Universidade Feevale, e bacharela em História da Arte, UFRGS. Realizou estágios em diversos museus da cidade, incluindo: Fundação Iberê Camargo, Pinacoteca Rubem Berta, MARGS e em 2018, trabalhou como assistente de produção na 11° Bienal do Mercosul.

 

Caroline Hädrich é arquiteta e urbanista formada pela UFRGS, e bacharela em História da Arte, UFRGS. Vive e trabalha em Porto Alegre como arquiteta, pesquisadora e curadora independente.

 

 

Até 26 de agosto.  

Prêmiação artística

O Museu Histórico Nacional, Centro, Rio de Janeiro, RJ, inaugura no próximo dia 19 de julho, três exposições, às 18h, em torno da 6a edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça para as Artes Plásticas. Na ocasião, será realizada a performance “Verzuimd Brasiel – Brasil Desamoparado”, com o artista Daniel Santiago. As três mostras, poderão ser vistos trabalhos de 23 artistas, de várias gerações: “Artistas premiados”, com obras de Daniel Lannes (RJ), Fernando Lindote (SC), Jaime Lauriano (SP), Pedro Motta (MG) e Rochelle Costi (SP); a exposição “Verzuimd Braziel – Brasil Desamparado”, do curador premiado Josué Mattos, com obras de outros dezessete artistas, como Anna Bella Geiger,  Cildo Meireles, André Parente, Daniel Santiago, Ivan Grilo, Lourival Cuquinha, Regina Parra e Regina Silveira; e ainda “A Intenção e o Gesto”, com obras do artista cearense Sérvulo Esmeraldo (1929-2017), um dos expoentes da arte cinética, com curadoria de Marcus Lontra. O artista é o homenageado desta edição do projeto Arte e Indústria.

Em torno de Pierre Verger

13/jul

Este é o ano que a Fundação Pierre Verger comemora 30 anos, e a Paulo Darzé Galeria 35 anos de atividades. Agora, em parceria, ambas apresentam no dia 17 de julho, terça-feira, das 19 às 22 horas e até 18 de agosto, a exposição “Entre Bahia e África”, com mostra de 55 fotos, e o lançamento de uma nova edição do livro Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo, obras de Pierre Verger. A mostra “Entre Bahia e África”, após ser apresentada ao público baiano, em sua essência, seguirá para exposição no Museu da Fotografia em Fortaleza, Ceará; em Curitiba, no

 

Museu Oscar Niemeyer; São Paulo, Rio de Janeiro e em Porto Alegre, com trabalhos que desvendam que o que havia de grandioso e profícuo, na diversidade de suas temáticas, não fosse ter Verger construído uma vasta documentação visual em muitos países e em todos os continentes.

 

A nova edição de “Orixás, Deuses Iorubás na África e no Novo Mundo”, de Pierre Verger retrata no livro os cultos aos deuses Iorubás nos países de origem, como Nigéria, ex-Daomé – atual Benin, e Togo e no Novo Mundo (Brasil e Antilhas), para onde os rituais foram trazidos quando da diáspora negra, durante o tráfico de escravos. A publicação traz 250 fotos e textos destacando as cerimônias, as características de cada orixá, além do descritivo dos arquétipos da personalidade dos devotos dos respectivos orixás. Esta nova edição traz um prefácio assinado por Mãe Stella de Oxóssi, do Axé Opô Afonjá, que entre outros momentos do texto, com parte em português e parte em ioruba, diz: “Oportunidade única de louvar todos que se sacrificam em ter uma vida longeva, a fim de contribuir para o aprimoramento do conhecimento e do processo civilizatório, como é o caso de Pierre Verger, que só deixou o corpo físico aos 93 anos, após entregar à humanidade um legado de valor incalculável composto por suas fotografias, seus livros e suas pesquisas. Mas como dizem: os homens vão e as obras que importam ficam”.

 

 

30 anos da Fundação Pierre Verger

 

Constituida por um acervo visual, mais os originais de estudos, pesquisas, livros, sobre vários povos e regiões dos cinco continentes, registrando uma época, um momento, formando uma memória sobre expressões e manifestações culturais em diferentes partes do mundo, a obra deixada pelo fotógrafo e antropólogo Pierre Verger reunida na Fundação que leva o seu nome abriga também um espaço cultural com atividades artísticas, esportivas, educacionais, em estreita ligação com a comunidade onde está inserida, e uma biblioteca com publicações, sendo um local de informações e pesquisas. Inaugurada em 1988, como pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, e sediada na Bahia, em Salvador, na 2ª Travessa da Ladeira da Vila América nº 9, Vasco da Gama, a Fundação tem entre seus objetivos preservar, divulgar e pesquisar a obra do seu instituidor, o fotógrafo e antropólogo Pierre Verger, e deste acervo o estudo das influências

recíprocas entre Brasil e África, cooperação interdisciplinar entre diversas áreas como artes, antropologia, botânica, música, história, atuando como uma organização cultural promovendo o intercâmbio com outros arquivos, fundações, universidades, e promover em especial a cultura afro-brasileira.

 

 

35 anos da Paulo Darzé Galeria

 

Comemorando em 2018, trinta e cinco anos de atividades, e realizado cerca de duzentas mostras neste período, a Paulo Darzé Galeria apresentou o que está sendo produzido nas artes visuais, tornando sua sede um espaço especialmente dedicado para a arte contemporânea, sem perder de vista a moderna. Uma das principais motivações para isto é que não poderia ser um local dedicado às artes e a cultura sem que este estivesse fincado em nosso tempo, um tempo de diversidade, pluralidade, aberto a todas as manifestações, pois a movimentação criadora está sendo realizado em suas ações num simultâneo, dentro de uma enorme complexidade, multiplicidade, dinamismo, o que obriga a estar em permanente atenção sobre tudo, diante de uma produção artística mais consistente, um mercado mais profissional, uma crítica com atuação mais decisiva, e um público mais receptivo, principalmente por passarmos a ter colecionadores mais preocupados em adquirir trabalhos de qualidade expressiva, de linguagens atuais, que representem este nosso tempo de agora. Dentro das comemorações dos 35 anos de atividade, a Paulo Darzé Galeria promove uma extensa programação, iniciada em janeiro com o lançamento do livro Via e-mail, encontro com artistas brasileiros, de Claudius Portugal, tendo em seguida as exposições Cruz Credo, de Antonio Dias, e em São Paulo, na SpArte, a mostra Uma poética visual brasileira, de Rubem Valentim, e em parceria com a galeria Almeida e Dale, curadoria de Denise Mattar e Thais Darzé, trabalhos de Mestre Didi sob o títuloMo Ki Gbogbo In – Eu saúdo a todos, reunindo 48 esculturas do artista, obra que evoca objetos sagrados do culto do Candomblé. Em maio apresentou a mostra 16 por 4, com obra dos artistas Jac Leirner, Ricardo Bezerra, Marcelo Cippis e Paulo Monteiro. Em junho, fotografias de Miguel Rio Branco. Em julho temos a exposição Entre Bahia e África com 55 fotos de Pierre Verger. Em agosto, comemorando os 80 anos de vida da artista, mostra pinturas e objetos de Maria Adair. Em setembro, Hildebrando Costa. Em outubro, Florival Oliveira. E em dezembro, permanecendo até janeiro de 2019, coletiva com novos nomes da arte baiana, recentemente integrados a galeria – Anderson Santos, Anderson A.C,  Fábio Magalhães, e Vinicius S/A.

 

 

Pierre Verger – Trajetória

 

Pierre Verger nasceu em Paris, França, no dia 4 de novembro de 1902. Em 11 de fevereiro de 1996 faleceu em Salvador, Bahia. Aos 30 anos inicia na fotografia e nas viagens. Com o falecimento de sua mãe, sua última parenta viva, Verger decidiu se tornar naturalmente um viajante solitário e levar uma vida livre e não conformista. De dezembro de 1932 até agosto de 1946, foram quase 14 anos consecutivos de viagens ao redor do mundo, sobrevivendo exclusivamente da fotografia. Negociava suas fotos com jornais, agências e centros de pesquisa. Fotografou para empresas e até trocou seus serviços por transporte. Paris, então, tornou-se uma base, um lugar onde revia amigos e fazia contatos para novas viagens. As coisas começaram a mudar no dia em que Verger desembarcou na Bahia. Em 1946, enquanto a Europa vivia o pós-guerra. Foi logo seduzido pela hospitalidade e riqueza cultural que encontrou na cidade e acabou ficando.

 

Como fazia em todos os lugares onde esteve, preferia a companhia do povo e dos lugares mais simples. Os negros, em imensa maioria na cidade, monopolizavam a sua atenção. Além de personagens das suas fotos, tornaram-se seus amigos, cujas vidas e história buscou conhecer com detalhes. Ao descobrir o candomblé acreditou ter encontrado a fonte da vitalidade do povo baiano e se tornou um estudioso do culto aos orixás. Esse interesse pela religiosidade de origem africana lhe rendeu uma bolsa para estudar rituais na África, para onde partiu em 1948.

 

Foi na África que Verger viveu o seu renascimento, recebendo o nome de Fatumbi, “nascido de novo graças ao Ifá”, em 1953. A intimidade com a religião, que tinha começado na Bahia, facilitou o seu contato com sacerdotes e autoridades e ele acabou sendo iniciado como babalaô – um adivinho através do jogo do Ifá, com acesso às tradições orais dos Iorubás. Além da iniciação religiosa, Verger começou nessa mesma época um novo ofício, o de pesquisador. O Instituto Francês da África Negra (IFAN) não se contentou com os dois mil negativos apresentados como resultado da sua pesquisa fotográfica e solicitou que ele escrevesse sobre o que tinha visto.  Começa a escrever artigos junto com as fotos devido ao seu interesse pela cultura afro-baiana e a origem desta nos países africanos do Golfo do Benim. Acabou se encantando com o universo da escrita como fruto de suas pesquisas e não parou nunca mais.

Apesar de ter se fixado na Bahia, Verger nunca perdeu seu espírito nômade. A história, os costumes e, principalmente, a religião praticada pelos povos Iorubás e seus descendentes, na África Ocidental e na Bahia, passaram a ser os temas centrais de suas pesquisas e sua obra. Passa a viver como um mensageiro entre esses dois lugares: transportando informações, mensagens, objetos e presentes. Como colaborador e pesquisador visitante de várias universidades, conseguiu ir transformando suas pesquisas em artigos, comunicações e livros. Em 1960, comprou a casa da Vila América. No final dos anos 70, ele parou de fotografar e fez suas últimas viagens de pesquisa à África. Em seus últimos anos de vida, a grande preocupação de Verger passou a ser o de disponibilizar o seu estudo e pesquisas a um número maior de pessoas e garantir a sobrevivência do seu acervo. Na década de 1980, a Editora Corrupio cuidou das primeiras publicações no Brasil. Em 1988, Verger criou a Fundação Pierre Verger (FPV), da qual era doador, mantenedor e presidente, assumindo assim a transformação da sua própria casa na sede da Fundação e num centro de pesquisa com a tarefa de prosseguir com o seu trabalho.

ArtRio : galerias selecionadas

12/jul

A ArtRio chega a sua oitava edição e reforça, entre suas principais metas, a valorização da arte brasileira. O comitê de seleção já definiu as galerias que participarão dos programas PANORAMA e VISTA. A feira acontece entre os dias 26 e 30 de setembro, na Marina da Glória.

 

As galerias e artistas participantes dos programas SOLO, MIRA, BRASIL CONTEMPORÂNEO, PALAVRA e IDA serão definidos pelos curadores.

 

Em 2018, a feira de arte irá focar na qualidade, inovação e apresentação de novos nomes para possibilitar ao público uma experiência enriquecedora e diferenciada de visitação, possibilitando, também, uma ampliação do colecionismo.

 

“Temos muito orgulho do espaço conquistado pela ArtRio frente ao cenário mundial da arte. Entre nossas prioridades está reforçar a arte brasileira neste mercado, tanto com o reconhecimento aos grandes nomes de nossa história como também com a apresentação de nova geração de artistas. Temos hoje no Brasil um mercado amadurecido, em total sintonia com as melhores práticas e regras éticas da cadeia global. Nossos artistas são destaques de grandes mostras em países europeus e nos Estados Unidos, e estão presentes em algumas das mais importantes coleções privadas e acervos de museus e instituições. Assim como em outros anos, vamos receber na ArtRio grupos de colecionadores e curadores brasileiros e internacionais”, reforça Brenda Valansi, presidente da ArtRio.

 

O comitê de seleção de 2018 é formado pelos galeristas Alexandre Gabriel (Fortes D’Aloia & Gabriel/ SP e RJ); Anita Schwartz (Anita Schwartz Galeria de Arte / RJ); Elsa Ravazzolo (A Gentil Carioca / RJ); Eduardo Brandão (Galeria Vermelho / SP) e Max Perlingeiro (Pinakotheke / RJ, SP e FOR).

 

A ArtRio é apresentada pelo Bradesco, pelo sétimo ano consecutivo, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura. O evento tem patrocínio de Stella Artois, apoio do site hoteis.come apoio institucional da Valid, Bondinho Pão de Açúcar, Bacardi e Estácio. A rede Windsor será a rede de hotel oficial do evento.

 

A feira de arte faz parte do calendário oficial de eventos da cidade do Rio de Janeiro.

 

Programas

 

  • PANORAMA

 

Participam galerias com atuação estabelecida no mercado de arte moderna e contemporânea.

 

  • VISTA

 

Programa dedicado às galerias jovens, com até 10 anos de existência, contando com projetos expositivos desenvolvidos exclusivamente para a feira.

 

Galerias participantes da ArtRio 2018

 

PANORAMA

 

  • A Gentil Carioca – Rio de Janeiro
  • Almeida & Dale Galeria de Arte – São Paulo
  • Anita Schwartz Galeria de Arte – Rio de Janeiro
  • Athena Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Athena Galeria de Arte – Rio de Janeiro
  • Bergamin & Gomide – São Paulo
  • Carbono Galeria – São Paulo
  • Casa Triângulo – São Paulo
  • Cassia Bomeny Galeria – Rio de Janeiro
  • Celma Albuquerque – Belo Horizonte
  • Emmathomas Galeria – São Paulo
  • Fólio – São Paulo
  • Fortes D´Aloia & Gabriel – São Paulo / Rio de Janeiro
  • Galeria de Arte Ipanema – Rio de Janeiro
  • Galeria Estação – São Paulo
  • Galeria Inox – Rio de Janeiro
  • Galeria Karla Osorio – Brasília
  • Galeria Marilia Razuk – São Paulo
  • Galeria Millan – São Paulo
  • Galeria Murilo Castro – Belo Horizonte
  • Galeria Nara Roesler – São Paulo / Rio de Janeiro / Nova York
  • Galeria Ralph Camargo – São Paulo
  • Galeria Superfície – São Paulo
  • Gustavo Rebello Arte – Rio de Janeiro
  • Hilda Araujo Escritório de Arte – São Paulo
  • Luciana Caravello Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Lurixs– Rio de Janeiro
  • Marcia Barrozo do Amaral Galeria de Arte – Rio de Janeiro
  • Matias Brotas Arte Contemporânea – Vitória
  • Mercedes Viegas Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Movimento Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Mul.ti.plo Espaço Arte – Rio de Janeiro
  • Paulo Kuczynski Escritório de Arte – São Paulo
  • Pinakotheke – Rio de Janeiro / São Paulo / Fortaleza
  • Portas Vilaseca Galeria – Rio de Janeiro
  • Roberto Alban Galeria – Salvador
  • Ronie Mesquita Galeria – Rio de Janeiro
  • Silvia Cintra + Box 4 – Rio de Janeiro
  • SIM Galeria – Curitiba
  • Simões de Assis Galeria de Arte – Curitiba
  • Vermelho – São Paulo
  • Zipper Galeria – São Paulo

 

VISTA

 

  • Boiler Galeria – Curitiba
  • Cavalo – Rio de Janeiro
  • Central Galeria – São Paulo – ESTREIA
  • C. Galeria – Rio de Janeiro
  • Espace L & Coleção Finkelstein – Genebra (Suíça)
  • Gaby Indio da Costa Arte Contemporânea – Rio de Janeiro
  • Janaína Torres Galeria – São Paulo – ESTREIA
  • Martha Pagy Escritório de Arte – Rio de Janeiro
  • Sé Galeria – São Paulo – ESTREIA

 

 

A editora Taschen terá um estande com seus principais títulos.

 

Curadoria

 

A ArtRio 2018 terá em sua programação os seguintes programas curados:

 

MIRA – indo para sua segunda edição em 2018, o programa cresce e, além do vídeo, incorpora também a música. As obras serão projetadas em um grande telão ao ar livre. O curador David Gryn faz sua estreia na ArtRio. Gryn é curador do programa de vídeo da Art Basel Miami Beach. A música ao vivo terá a assinatura do DJ inglês Max Reinhardt, músico, locutor e apresentador do Late Junction na BBC Radio 3.

 

BRASIL CONTEMPORÂNEO – primeira edição esse ano, terá curadoria de Bernardo Mosqueira e será dedicado a galerias e/ou artistas fora do eixo Rio de Janeiro – São Paulo. A criação deste novo programa possibilitará um destaque para uma visão mais ampla da produção artística nacional.

 

IDA – dedicado ao design, ganha novo formato em 2018 com a curadoria de Renato Tomasi. Com a participação de designers, galerias e estúdios, o programa estará mais integrado à feira e pretende mostrar a diversidade da produção brasileira tanto pela ótica da criação e produção como também pela variedade de matérias primas encontradas no país.

 

SOLO – Programa destinado a projetos expositivos que exibam um recorte das coleções de importantes colecionadores de arte.

 

PALAVRA – com curadoria da poetisa e artista plástica Claudia Sehbe, mostra como a palavra – escrita e falada – está presente nos diferentes processos de criação da arte.

 

Mais do que uma feira de reconhecimento internacional, a ArtRio é uma grande plataforma de arte, com atividades e projetos que acontecem ao longo de todo o ano para a difusão do conceito de arte no país, solidificar o mercado e estimular o crescimento de um novo público.

 

 

De 27 a 30 de setembro (quinta-feira a domingo)

Preview – 26 de setembro (quarta-feira)

Ingressos: R$ 40 / R$ 20

Local: Marina da Glória – Av. Infante Dom Henrique, S/N

Exposição DJANIRA

11/jul

A Galeria Evandro Carneiro Arte, Shopping Gávea Trade Center, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta de 14 de julho a 11 de agosto a exposição “Djanira”, que reúne vinte telas a óleo e desenhos  da artista. Esta coleção, exposta pela Galeria de Evandro Carneiro, que também a conheceu e com ela conviveu, é parte de seu acervo pessoal, herdado pela grande amiga Rachel Trompowsky Taulois da Motta e Silva. Elas se conheceram nos anos 1950, na Vila Santa Cecília, onde foram vizinhas, em Santa Tereza, bairro predileto da pintora. Ali, no apartamento onde Djanira adorava viver, criando animais domésticos juntamente com o seu companheiro, o historiador baiano José Shaw da Motta e Silva, tomando bons vinhos, provando a boa culinária e, principalmente, pintando muito, foi onde captamos uma parte de seu acervo pessoal para essa importante mostra. Jangadas, colheitas de mandioca e café, trabalhadores carvoeiros e mineiros, mas também o retrato de seu grande amor Mottinha, naturezas mortas, animais e anjos são alguns dos temas expostos nas 20 telas a óleo e desenhos apresentados. Variedade, beleza, intensidade de cores e temas num estilo genuinamente brasileiro.

 

 

Sobre a artista

 

DJANIRA (1914 – 1979) era cabocla do interior de São Paulo, gente tipicamente brasileira. Essa brasilidade se expressou em suas obras, cujos temas variam dos mais populares aos mais eruditos, estes percebidos em sua religiosidade barroca ou na opção ética pelo trabalho do povo.

 

 

Nos dizeres de Mario Barata, “Não é só o folclore como tema que surge frequentemente na obra da pintora. É a própria irradiação de valores que ela infunde na imagem desse fundo de vida popular, que nunca a deixa. Repetimos, não se trata só de assunto, mas sobretudo da energia que se desdobra a partir da imagem realizada através dele.”(2005, p. 29-30).

 

 

Não se pode dizer dela uma pintora naif, como já disseram no passado; ela era uma estudiosa da diversidade geográfica e etnográfica do país, mas também dos tempos: o profano na busca pelo genuinamente popular e o sagrado em motivos religiosos, presentes, sobretudo, no ocaso da vida, quando a saúde já comprometia o seu entusiasmo contagiante. Ela era alegre e densa ao mesmo tempo, dizem os que a conheciam de perto. “E isso define sua personalidade de artista intuitiva, para quem a pintura era um modo natural de relacionamento com a vida” (Ferreira Gullar, 2000, p. 51)

Pinakotheke SP exibe Shiró

10/jul

Nos seus 90 anos, Flavio-Shiróo pintor ganha exposição panorâmica, acompanhada de livro com assinatura do crítico de arte Paulo Herkenhoff. No ano em que se comemora os 110 anos da Imigração Japonesa no Brasil, comemoram-se também os 90 anos de Flavio-Shiró. Para celebrar a data, a Pinakotheke, Morumbi, São Paulo, SP, realiza uma exposição que traça a trajetória do pintor – dos anos 1940 aos dias atuais. A mostra reúne uma seleção de pinturas, desenhos, fotografias e objetos, na sua grande maioria, inéditos, com curadoria de Max Perlingeiro e do artista. Na ocasião, será lançado o livro com texto de Paulo Herkenhoff e exibidos filmes em curta-metragem dirigidos por Adam Tanaka, neto do artista.

 

A exposição promove um mergulho no universo de Shiró, pintor oriundo de três universos distintos – nasceu no Japão, cresceu no Brasil e há mais de seis décadas divide seu ateliê entre Paris e Rio de Janeiro. “Trata-se de um artista polivalente e internacional, mas talvez coubesse melhor designá-lo como transcultural, pois a obra propõe a convivência do intercâmbio Ocidente/Oriente, Norte/Sul ou Sapporo/Tomé-Açu/Paris”, escreve Herkenhoff.

 

Com 26 pinturas, 12 obras sobre papel, além de fotografias, objetos pessoais e cinco curtas dirigidos por seu neto Adam Tanaka e Margaux Fitoussi e produção executiva de Josué Tanaka, filho do artista, a mostra traça um panorama da obra do pintor, do figurativismo presente até o princípio de sua vida em Paris (1953), a transição para o abstracionismo informal até a retomada da figuração, sempre tendo o gesto como expressão basilar.

 

As telas como Voo Noturno, Matéria III e Camargue, da década de 1950, presentes na exposição, estiveram também no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1959, quando Shiró, ainda assinava Flavio S. Tanaka. “Um quadro de Shiró explodia como a convulsão da matéria do mundo na liberação daquilo que pareciam forças do caos; a massa pictórica incorpora-se em enervação, e a pintura é uma carnalidade vibrátil”, destaca o crítico.

 

Já na década de 1960, a obra de Shiró refere-se à pertinência positiva da pintura no campo cultural, como destaca Herkenhoff. “A obra de Flavio-Shiró, neste período, não discute apenas a guerra do Vietnã, mas toda guerra”.  Em meados dos anos 1970, o pintor sintetiza sua múltipla herança cultural e condensa seu imaginário em questões que explorará em profundidade nas décadas seguintes. “Pintar incluirá ativar a memória produtiva da fantasmática e deixá-la emergir perturbadora ao plano do visível”. Na década de 1990, a sua pintura reacende m nova chave cromática e se desprega da relação entre pincelada e desenho. “Paradoxalmente, este estágio barroco de sua pintura não tem a presença de monstros e fantasmagorias, como pode ter acontecido nas décadas anteriores”, afirma o crítico.

 

Por sua vez, no século XXI, o tema que anima os meus trabalhos continua evoluindo ao mesmo imaginário através de uma visão transfiguradora e poética, observa Shiró. “A isto, podemos chamar de arte como projeto de vida. Prossegue em sua trajetória e se depura como pintor sintético e denso. Seu imaginário pulsa pleno com o vigor da matéria e se move por vontade de experimentar ideias e por curiosidade técnica. Algumas questões plásticas têm envolvido a mente inquieta de Shiró: objetos; invenções; experiências com a xilogravura e a nova inflexão em sua pintura, com formas audaciosas”, completa Herkenhoff.

 

 

De 09 de julho a 11 de agosto.

 

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