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AGENDA CULTURAL

Artistas internacionais

31/mar

A mostra “O triunfo da cor. O pós-impressionismo: obras-primas do Musée d’Orsay e do Musée de l’Orangerie”, que chega ao CCBB de São Paulo no dia 4 de maio, exibirá telas que sairão direto das paredes do Museu d’Orsay e do Musée de l’Orangerie, ambos em Paris, e ocuparão o CCBB-SP até 07 de julho, seguindo depois para o CCBB-RJ, onde serão exibidas entre 20 de julho e 17 de outubro.

 
Serão reunidas 75 obras-primas, inéditas no Brasil, de uma geração de artistas que sucede aos impressionistas, e que recebe do crítico inglês Roger Fry a designação de pós-impressionista. São obras de artistas como Van Gogh, Gauguin, Toulouse-Lautrec, Cézanne, Seurat e Matisse, grandes mestres da pintura moderna, que promoveram uma verdadeira revolução estética por meio do uso da cor.

 

Considerado o período de transição entre o Impressionismo e o Expressionismo, o Pós-Impressionismo conecta-se ao trabalho de pintores que, entre 1880 e 1890, exploram as possibilidades abertas pelo impressionismo, em direções muito variadas.

 

“O Triunfo da Cor” se organiza em quatro módulos: “A cor científica”; “No núcleo misterioso do pensamento. Gauguin e a Escola de Pont-Aven”; “Os Nabis, profetas de uma nova arte”; e “A cor em liberdade”.

 

A entrada é gratuita e o acesso poderá ser agendado pelo aplicativo do CCBB, com o objetivo de evitar filas e aprimorar a experiência da visita.

 

Fonte: Touch of class

Projetos de Alan Fontes

30/mar

Os trabalhos de Alan Fontes entram em exibição na Sala A do CCBB, Centro, Rio de Janeiro, RJ. O projeto de Alan Fontes, artista mineiro, foi contemplado pelo Prêmio CCBB Contemporâneo tem como tema a paisagem do Rio de Janeiro, contrapondo vistas de satélite com seu olhar da cidade, onde passou dois meses para criar a instalação “Poética de uma Paisagem – Memória em Mutação”, composta por pinturas e objetos.

 

Definida por Alan Fontes como “instalação pictórica”, a exposição parte de uma visão aérea (satélite) do segmento do centro histórico do Rio onde está o CCBB. Panoramas dessa área captadas digitalmente foram reproduzidas em cinco pinturas – óleo e encáustica sobre tela: a maior de  500 x 300cm e a menor, 70 x 90cm.

 

A pintura maior é baseada em uma imagem do Google Earth de 2009 da Praça XV e Candelária. O artista quis reproduzir essa paisagem que hoje já não é mais a mesma para levar o espectador a perceber a velocidade da passagem do tempo. Em outra tela, a Ilha Fiscal aparece distante de forma fictícia do continente, como parte de uma paisagem que se afasta e se perde. O Palácio Monroe, inaugurado em 1906 e demolido em 1976, também no centro do Rio, aparece em outra pintura, como exemplo da administração do planejamento urbano através das décadas. Completando o conjunto, duas pinturas de casas em estágio de demolição foram baseadas em fotos e desenhos feitos por Fontes durante sua residência artística no ateliê temporário na Fábrica Behring em 2015.

 

“Poética de uma Paisagem – Memória em Mutação” tem ainda itens achados e colecionados  durante os dois meses em que o artista andou pela cidade, como um sofá modernista, porta-retratos e molduras vazios, tapetes, um cabideiro, um aparelho de telefone,  azulejos copiados dos modelos hidráulicos da tradicional Confeitaria Colombo e um papel de parede geométrico, todos pintados de cinza, tirando-lhe a vida. “É como se “uma ‘morte’ ocorresse fora do campo pictórico”, define o artista.

 

O espaço expositivo está ocupado com o conjunto da pesquisa plástica realizada, contrastando duas formas de contato com a paisagem: o contato distanciado, possibilitado pelas ferramentas tecnológicas, e o contato vivenciado pelo sujeito estrangeiro que experimenta habitar um novo espaço urbano e criar uma forma particular de entendimento do novo contexto, na sua configuração histórica e nas suas regras cotidianas.

 

Bernardo Mosqueira, autor do texto de apresentação da mostra, resume: “… somos lembrados por Alan Fontes de que é preciso aprender constantemente formas originais de enxergar e de que tudo que há no mundo é capaz de produzir sentido para auxiliar a nos localizar no espaço e no tempo.”

 

 

Sobre o artista

 

Nascido em Belo Horizonte, MG, em 1980, Alan Fontes  vive e trabalha na capital mineira. É graduado em Belas Artes, com habilitação em pintura, pela UFMG e Mestre em Artes Visuais pela mesma instituição. Entre suas principais mostras individuais estão “Sobre Incertas Casas”, na Galeria Emma Thomas, São Paulo, 2015, “Desconstruções”, na Baró Galeria, São Paulo, 2014,  “La foule”, na Galeria Laura Marsiaj, Rio de Janeiro, 2012, “Sweet Lands”, na Galeria de Arte Celma Albuquerque, Belo Horizonte, 2011 e “A Casa”, no Paço das Artes, São Paulo, 2008.

 

Participou de coletivas como Premiados Feira Internacional ArtRio, RJ, 2013, 10a Temporada de Exposições do MARP, Ribeirão Preto, SP, 2012, “Breve Panorama da Pintura Contemporânea em Minas Gerais”, Ouro Preto, 2010 e  “Pictórica”, Palácio das Artes, BH, 2006. Fez residências artísticas em “Pintura Além da Pintura” do CEIA, BH, 2006), 5ª Edição do Programa Bolsa Pampulha, Belo Horizonte, 2013 e Residência Baró, São Paulo, 2014, Recebeu o 1º Prêmio Foco Bradesco/ArtRio 2013, a Bolsa Pampulha 5ª edição em 2014 e o Prêmio CCBB Contemporâneo 2015.

 

Com patrocínio da BB Seguridade, a mostra abre na terça-feira, 5 de abril, às 19h30.

 

 

 De 06 de abril a 09 de maio.

 

 

 

Sobre o Prêmio CCBB Contemporâneo

 

O edital anual do Centro Cultural Banco do Brasil de 2014 inclui, pela primeira vez, um prêmio para as artes visuais. É o Prêmio CCBB Contemporâneo, patrocinado pela BB Seguridade, que contemplou 10 projetos de exposição, entre 1.823 inscritos de todo o país, para ocupar a Sala A do CCBB Rio de Janeiro.

O Prêmio é um desdobramento do projeto Sala A Contemporânea, que surgiu de um desejo da instituição em sedimentar esse espaço para a arte contemporânea brasileira. Idealizado pelo CCBB em parceria com o produtor Mauro Saraiva, o projeto Sala A Contemporânea realizou, entre 2010 e 2013, 15 individuais de artistas ascendentes de várias regiões do país.

 

A série de exposições inéditas, em dez individuais, começou com grupo carioca Chelpa Ferro, seguido das individuais de Fernando Limberger, Vicente de Mello, Jaime Lauriano, Carla Chaim, Ricardo Villa, Flávia Bertinato, Depois de Alan Fontes, virá Ana Hupe e Floriano Romano, até julho de 2016.

 

Entre 2010 e 2013, o projeto que precedeu o Prêmio realizou na Sala A Contemporânea exposições de Mariana Manhães, Matheus Rocha Pitta, Ana Holck, Tatiana Blass, Thiago Rocha Pitta, Marilá Dardot, José Rufino, do coletivo Opavivará, Gisela Motta&Leandro Lima, Fernando Lindote, da dupla Daniel Acosta e Daniel Murgel, Cinthia Marcelle, e a coletiva, sob curadoria de Clarissa Diniz.

Baravelli, Os Sentidos

A Galeria Marcelo Guarnieri, Jardim Paulista, São Paulo, SP, apresenta “Os Sentidos”, exposição individual do artista Luiz Paulo Baravelli. Após exibir em 2015 uma série de exposições retrospectivas – “Objeto versus espaço, abstração versus empatia” no Instituto Figueiredo Ferraz e outras duas individuais nas unidades da galeria de São Paulo e Ribeirão Preto, o artista retorna ao espaço de São Paulo e apresenta uma terceira exposição com trabalhos produzidos nos últimos seis meses. Com esse método, a galeria cria um arco histórico que acompanha a produção do artista por um período mais estendido, tentando entender cada época e contexto. O que ficou perdido e que pode ser encontrado, o que não foi executado e pode ser encenado, o que foi descartado e que pode ser resgatado.

 

Na atual exposição, Baravelli não retoma o que foi produzido no começo da década de 1980 – já que a produção é um parente distante e mais novo das obras produzidas para a Bienal de Veneza de 1984 e para a individual no mesmo ano da Galeria São Paulo. O que se apresenta é um pulo de 31 anos, o que ficou para trás e o que só agora faz sentido.

 

As caras de Baravelli não possuem corpos, são autônomas e vivem dentro de sua lógica. Sem corpo a cabeça pode escolher a perna que bem entender, o pé que achar mais interessante, a vida que quiser seguir. Essa lógica se estende a construção das obras – materiais dos mais diversos usos – tinta acrílica, encáustica, crayon, esmalte e goma-laca. Os materiais são utilizados sobre compensado recortado, as curvas dos trabalhos sugerem as imagens que são completadas pela pintura – uma mão que é cabelo e um cabelo que também é mão.

 

A escala dos trabalhos é algo fundamental, um rosto sem corpo que encara o espectador impondo uma presença intimidadora – a escala é maior que o corpo humano. Tem algo aí que não segue uma lógica linear. São apresentados 8 trabalhos na dimensão de 220 x 160 cm e uma série de desenhos-estudos que serviram de apoio para a construção dos trabalhos da atual mostra.

 

Perguntamos a Baravelli se ele gostaria de fazer o texto de sua própria exposição – já que por muitos anos o artista escreveu de forma disciplinar – ele enviou o seguinte texto:

 

“Perguntei certa vez a um estudante de Filosofia: ‘Como eles tratam da questão da arte na sua faculdade?’

 

A resposta:

 
“Não tratam – na filosofia não há lugar para o sensível.”

Não sei se ele estava certo, mas na hora e desde então, fiquei com uma sensação boa de estar todos os dias funcionando além de um limite.”

Depois disso perguntamos se ele podia nos explicar melhor o contexto e o que queria de fato dizer com esse excerto, ele nos respondeu utilizando-se de uma charada.

Sabemos que o universo de Baravelli é um lugar habitado por muitos outros seres e referências: recortes de jornais, História da Arte, humor, trabalho constante, uniforme, madrugadas etc etc etc. Tudo forma uma grande cena, um mundo vivido à parte e construído pelo próprio artista. As obras atuais funcionam como um resumo desses personagens: uma mulher recém-casada, um Armênio, um rapaz azul, uma jovem senhora, um estrangeiro, um turista, um padeiro e um ser rosado de difícil identificação.

 

Sobre o artista

 

Nascido em 1942 na cidade de São Paulo, SP, onde vive e trabalha, Luiz Paulo Baravelli estudou arquitetura na FAU-USP, desenho e pintura na Fundação Armando Álvares Penteado e mais tarde, com o pintor Wesley Duke Lee, o qual exerceu grande influência em sua carreira. Sempre explorou diversos materiais e técnicas em suas obras as quais frequentemente aparecem em “suportes não-suportes” com formatos irregulares (recortes) e se transfiguram como a própria natureza humana e a natureza das coisas em geral. São imagens-objeto. Aborda um “consciente virtual” que mistura impulsos humanos, espaço, tempo e referências culturais e se torna uma representação que desafia a realidade aparente, uma mise en scène da sociedade contemporânea ao estilo do artista.

 

De 02 de abril a 21 de maio.

Projeto Parede – MAM/SP

28/mar

Para o “Projeto Parede” do primeiro semestre de 2016, o Museu de Arte Moderna de São Paulo, Parque do Ibirapuera, São paulo, SP, convidou o artista Nicolás Robbio, que apresenta a instalação “Ciclos”, concebida especialmente para ocupar o corredor de acesso entre o saguão de entrada do público e a Grande Sala do museu.  O trabalho consiste numa instalação feita com canos de água, uma pia e uma bomba hidráulica, que formam um circuito hídrico ao longo do corredor. O objetivo da obra é criar uma metáfora com o uso e reuso da água ao reproduzir um circuito em pequena escala, mas que faz pensar sobre todo um grande sistema que também abrange outras esferas como a econômica, política e social.

 

No processo de concepção de Ciclos, litros de água caem na pia e escorrem pelo ralo para entrar novamente no circuito, sendo reenviado à torneira pela bomba d´água. Todo processo é mostrado claramente para os visitantes e exibido no corredor em que se encontram os sanitários públicos do museu, aumentando a reflexão sobre o consumo. Na obra, o elemento em movimento não pode ser consumido, pois o sistema de canalização não permite que o líquido se regenere, como aconteceria num sistema aberto. Também fazem parte do esquema um motor que consume energia para circular a água, e um relógio que contabiliza as voltas ou consumo.

 

“O projeto faz parte de uma série de trabalhos que examina normas e preceitos existentes para questionar o funcionamento de sistemas enraizados que o nosso cotidiano nem enxerga ou encara como natural”, afirma Nicolás Robbio. A instalação pode ser vista como um sistema reduzido em escala, uma espécie de maquete experimental para que o público entenda melhor a engrenagem de um aparelhamento muito maior. “Creio que a obra seja como uma pequena célula que permite pensar no organismo todo, o que faz com que o público veja com lupa o círculo redundante e questione sistemas habituais em diferentes instâncias, mas que se tornam intrínsecas ao questionar sistemas das áreas política, social e econômica, ” conclui.

 

Segundo o artista, a obra ainda traz à tona outros questionamentos como: quando começamos a pagar pela água e pela energia que movimenta o circuito hídrico? Por que o sistema que abastece alguns bairros não funciona em outros? Por que não são criadas outras formas para captação de novos recursos? E, por fim, por que parece que se fatura mais na falta d’água do que na abundância? O objetivo do artista é indagar sobre o uso da água como negócio, além de elemento de subsistência, refletindo sobre quem lucra com a necessidade de muitos. “Será que o problema da água começou com a utilização do relógio de consumo? Analisar sistemas em pequena escala permite ver o problema também de forma macro para tentarmos entender e repensar nos sistemas atuais, ” esclarece Robbio.

 

 

Até 05 de junho.

Mostra em Joinville

O Museu de Arte de Joinville, SC, apresenta a exposição individual “Cosmos”, do artista visual Carlos Wladimirsky. A mostra é constituída de quinze desenhos de pequenas dimensões aproximadas de 28 x 38 cm, em técnica mista sobre papel de algodão. Os desenhos, produzidos em 2015, são resultado de dezenas de diluições de pigmentos e gestos gráficos, com o uso de técnicas do desenho com aquarela, giz, pastel seco e guache, gerando uma veladura. Esta superposição de aguadas criam imagens que remetem a um mundo sideral e cósmico com formas abstratas em contínua transformação.

 

Serão apresentados também ao público, quatro vídeos que abordam os processos de criação do artista, seu ateliê e a performance “Cosmos, Parada 547”; realizada na Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, RS, em 2014. A performance tem roteiro e direção de Carlos Wladimirsky. O artista estará presente na abertura da exposição e conversará com o público.

 

Sobre o artista

 

Carlos Wladimirsky nasceu em 1956, em Porto Alegre, RS, vive e trabalha na mesma cidade. Foi integrante do “Espaço NO” de 1979 a 1982, grupo pioneiro e de relevante importância para as artes visuais e a contemporaneidade gaúcha. Dedicou-se inicialmente ao teatro, ao cinema experimental e às performances e, nos anos 80, ao desenho e à pintura. Em 1990 fez viagem de residência artística a Portugal e entrou em contato com a pintura de Maria Helena Vieira da Silva e com a joalheria de René Lalique, iniciando trabalhos com joias em prata, e pedras brutas semipreciosas. Wladimirsky iniciou em 2002, sua pesquisa com cerâmica, produzindo pratos, bowls e máscaras esmaltadas que têm configurações enraizadas em suas investigações com o desenho. Em cerca de 40 anos de carreira realizou diversas exposições entre as quais “Desenhos” no Museu de Arte do Rio Grande do Sul, 1981; “Artistas Gaúchos Contemporâneos”, Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP, 1981; “OS NOVOS”, Espaço Cultural Yázigi”, curadoria de Renato Rosa, 1983; “Panorama da Arte Atual Brasileira”, MAM, SP, 1984; Projeto Macunaíma, FUNARTE, RJ, 1985; “Velha Mania – o Desenho Brasileiro”, EAV- Parque Lage, RJ, 1985; Trienal de Desenho de Nuremberg – Alemanha, 1985; “Desenho Contemporâneo Brasileiro”, INAP, Funarte, RJ, 1988. Lançou em 2009 livro sobre sua obra organizado por Mário Röhnelt.

 

Até 1º de maio.

Individual de Luiz Hermano

A Galeria Lume, Jardim Europa, São Paulo, SP, inaugura a mostra “Geometria Invertida”, primeira exposição individual do artista plástico Luiz Hermano em seu espaço, com 16 obras da série homônima, inédita e sob a curadoria de Paulo Kassab Jr., onde “o artista analisa a geometria na arte, invertendo seus conceitos e percepções”, define o curador. Trabalhos com formas mais limpas, desprovidos de intervenções pictóricas, iniciam a fase “branca”, onde a inexistência da cor o branco influi na questão ótica.

 

Com base em cálculos matemáticos precisos e uma extensa pesquisa visual, o artista simula sensações reais de movimento e profundidade através de um jogo geométrico. “Um cubo se contorce e transforma-se em distintas formas, mantendo sempre uma proporção harmônica que explora os efeitos visuais por meio dos movimentos do espectador”, declara Paulo Kassab Jr.

 

No início da carreira, o artista trabalhou objetos e esculturas em materiais filiformes, depois disso a figura do cubo passa a merecer destaque em sua obra. Nela, a lógica associada a esse formato geométrico é subvertida pela fragilidade construtiva. Com as estruturas vazadas, enredadas no espaço, suas séries exploram questões ligadas ao equilíbrio e desequilíbrio, discutindo temas ligados a religião, consumismo e tecnologia, de forma delicada, não explícita, onde os temas são entrelaçados nos fios de arame, no aço e no alumínio.

 

Com articulação metódica, Luiz Hermano impressiona pela habilidade manual para exercer a conexão entre objetos pré-existentes no mundo, que ele coleta para agregar ao seu trabalho. A fragilidade aparente das obras advém tanto dos materiais utilizados como do processo de construção. Segundo Paulo Kassab Jr, “o artista busca nas diferentes culturas, as estruturas para suas composições intrincadas, forjadas à mão, pensando as tramas com diferentes materiais”. A criatividade de Luiz Hermano busca, e encontra a transcendência no próprio cotidiano. Coordenação: Felipe Hegg e Victoria Zuffo.

 

 

De 05 de abril a 06 de maio.

Giovani Caramello, obras inéditas

24/mar

Após um ano recluso, em processo produtivo, Giovani Caramello está de volta apresentando ao público e convidados somente obras inéditas, na OMA | Galeria, Centro, São Bernardo do Campo, São Paulo, SP. A exposição é um marco, pois apesar de ter participado de outras mostras coletivas, esta é a primeira individual do artista no espaço que o representa. Segundo Thomaz Pacheco, galerista da OMA, nesta oportunidade vai ser possível conhecer uma outra nuance de seu trabalho. “A grandeza dele vai além de detalhes que denotam a quase perfeição. Vai ser interessante mostrar este novo momento de sua carreira, muito mais maduro e consciente da sua produção”, comenta.

 

Aos 25 anos e inserido no circuito de artes há cerca de três, Giovani Caramello, escultor hiper realista brasileiro, vem assumindo pouco a pouco a sua identidade, que será possível ver nessa mostra. Além disso, ele que é tímido, de poucas palavras, mas com um olhar muito observador, ao longo de sua carreira vem encantando colecionadores com suas obras carregadas de sentimentos universais, como a introspecção que cria um canal afetivo direto com o público. Para Giovani Caramello, nesta nova exposição, os seus admiradores poderão conhecer muito além da técnica que rendeu elogios para sua poética, que se encontra cada vez mais evidente. “Creio que as novas peças representam meu amadurecimento e da minha forma de esculpir. E, apesar de possuírem uma temática muito pessoal, sempre busco apresentar uma poética de fácil identificação. É justamente isso que as pessoas vão ver na mostra e espero que a receptividade seja positiva”, comenta.

 

O texto curatorial é assinado pela crítica de arte e curadora, Ananda Carvalho.  Para ela, “ao contrário das esculturas tradicionais que congelam um fragmento do tempo, os trabalhos do Giovani, expandem esse tempo, ele esculpe algo que todos reconhecem: as emoções”, adianta.

 

 

De 01 de abril a 25 de maio.

Na Silvia Cintra + Box 4

Para a exposição “Forgotten Mantras”, sua segunda individual na galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, Ana Maria Tavares recorre a todas as expressões e termos que foram usados desde 1997, uma alusão ao tempo que nos faz esquecer o passado, sendo preciso retornar aos mantras para que eles permaneçam em nós.

 

Ana Maria Tavares começou a inserir palavras em seu trabalho em 1997, mas foi com a série “Cityscape”, feita especialmente para a Bienal 50 anos de São Paulo, em 2001, que os mantras ganharam força em sua obra. Na época, Ana usou 8 palavras e expressões impressas em placas de aço inox polido que juntas formavam um imenso painel que refletia o Parque do Ibirapuera.

 

Segundo a artista “Os mantras são como sínteses da atualidade, funcionam como senhas para navegar no mundo contemporâneo” e é exatamente por essa razão que agora eles se tornaram ainda mais complexo, em várias línguas, marcando a homogeneização e a repetição de uma cultura para a outra, todas contaminadas pela cópia.

 

Além dos quatro trabalhos da série “Forgotten Mantras” faz parte ainda uma instalação com pequenos trabalhos que trazem mantras como desire, delight, stillnox, lexotan, sexo; que podem ser montados de diversas formas. Todas essas obras são feitas em aço inox polido.

 

Para quebrar a rigidez da malha quadriculada e da retícula modernista presente nas obras em inox, Ana Maria Tavares incluiu na exposição a obra “Desire”, que é uma impressão em papel com mantras sobrepostos em diversas direções, numa alusão ao caos. 

 

Em novembro de 2016 Ana Maria Tavares inaugura uma grande exposição retrospectiva na Pinacoteca do Estado de São Paulo.

 

 

Sobre a artista

 

Ana Maria Tavares, nasceu em Belo Horizonte, em 1958. Reside em São Paulo, SP. em São Paulo. Estudou na FAAP, fez mestrado em escultura na School of the Art Institute of Chicago e curso de Desenvolvimento de Projeto no Oxbow Art Center (Michigan, EUA). Defendeu tese de doutorado em 2000 na Escola de Comunicações e Artes. Sua primeira exposição individual foi na Pinacoteca do Estado em 1982. Participou  da Bienal de São Paulo em 1983, 1987, 1991 e da edição especial de 1994, Bienal Brasil Século XX. Entre as mostras coletivas no exterior destacam-se: “Modernité” no Museu de Arte Moderna de Paris em 1987, e “Ultramodern” no National Museum for Women in the Arts, Washington, EUA, em 1993.  Entre 2002 e 2003, foi bolsista da John Simon Guggenheim Foundation, em Nova Iorque.  Em 2006, realiza a instalação “Enigmas de uma Noite” com Midnight Daydreams, no Instituto Tomie Othake, e na Bienal de Cingapura. Dentre as várias exposições individuais dos últimos anos, merecem destaque – “Ana Maria Tavares: Desviating Utopias”, no Centro de Artes Visuais de Nashville, Estado Unidos em 2013; “Atlântica Moderna: Puros e Negros” no Museu do Vale, Vila Velha em 2014; e “Cárceres duas vozes: Piranesi e Ana Maria Tavares”, no Museu Lasar Segall, São Paulo em 2015.

 

 

De 29 de março a 30 de abril.

Subject Matters II

A Dream Box, creative lab sediado no Brooklyn, NY, com curadoria de Juliana Leandra e produção de Juliana Moura, realiza a exposição pop up de fotografia “Subject Matters II” no Double 6 Studio, em Greenpoint/ Brooklyn, com 25 registros de diferentes olhares.

 

A segunda edição do projeto, fiel ao formato original com quatro edições previstas para o ano, convida 6 fotógrafos que atuam em cidades diferentes do mundo, a registrar perspectivas, estéticas e temas distintos em seus trabalhos. Felipe Morozini, Mari Juliano, Mariana Maltoni, Shannon Wolf, Tekla Evelina Severin e William Baglione respondem, com criações autorais, a questão apresentada: “Why subject matters?” (“Por que a temática é importante para você?”).

 

Trajetórias e influências únicas fazem com que os artistas, que atuam em diversos segmentos, tais como moda, fotojornalismo, abstrato e outros utilizem estilos e técnicas diferenciadas oferecendo resultado harmônico, mas imprevisível. A abordagem de cada criador à temática de suas obras é documentada em um zine, com design do diretor de arte Paulo Sabatini. Cópias do zine serão distribuídas durante o período da exposição. Após o encerramento, estarão disponíveis no site do Dream Box.

 

Subject Matters II vem consolidar a proposta da Dream Box em solidificar a conexão das cenas artística e cultural entre Brasil e Nova York, “conectando comunidades de artistas e criativos daí e daqui”, como definem as sócias Juliana Leandra e Juliana Moura.

 

A procura pelo próprio elemento, várias interpretações e temáticas individuais são o destaque em mostra “Pop Up” de fotografia

 

Quando:  Local – Double 6 Studio, 66 Green Street – Greenpoint, Brooklyn, NY – 11222 – US/Coquetel – sábado, 26 de março, das 17:00 – 21:00

Manfredo 40 anos de arte

23/mar

Artista ganha livro publicado pela Réptil Editora e duas exposições em sua homenagem: Paço Imperial e Galeria Patricia Costa

 

 

Nascido na pequena Jacinto, no Vale do Jequitinhonha, o artista Manfredo de Souzanetto ganhou o mundo ainda jovem. Morou em Paris, expôs nos Estados Unidos, em vários países da Europa, e conquistou reconhecimento internacional por seu trabalho. Ao completar 40 anos de carreira, o mineiro recebe merecida homenagem, com livro e duas exposições no Rio de Janeiro.

 

 

No dia 12 de abril será lançado o livro “Manfredo de Souzanetto – Paisagem Ainda Que”, pela Réptil Editora, com 240 páginas, na Galeria Patricia Costa, Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ, com toda a trajetória do artista que tem o dom de tornar o improvável concebível e de produzir obras ao mesmo tempo simples e complexas, evidentes e enigmáticas.

 

 

O livro conta com textos dos críticos Julio Castañon Guimarães, Anne-Marie Lugan Dardigna e biografia de Clarisse Meireles. A obra, trilingue (português, inglês e francês), reúne mais de 150 imagens de trabalhos do artista.

 

 

Ainda na Galeria Patricia Costa o público poderá conferir, de 12 a 30 de abril, obras mais recentes de Manfredo. Serão expostas sete pinturas inéditas, com dimensões variadas, produzidas entre 2015 e 2016. “O meu método de trabalho passa sempre por um projeto, por um desenho e às vezes por um protótipo a partir do qual construo a obra”, explica o artista.

 

Manfredo também está em cartaz no Paço Imperial, Centro, Rio de Janeriro, RJ, até 29 de maio, com a mostra “Paisagem ainda Que”. A exposição, com curadoria de Luiz Eduardo Meira de Vasconcellos, reúne 32 obras, distribuídas em quatro salas, com trabalhos produzidos pelo artista de 1976 até os dias de hoje. A primeira tem 13 pinturas, feitas em Paris, na década de 70, das quais algumas nunca foram expostas. Na segunda e terceira salas estão obras produzidas de 1980 a 2015 e, na quarta, são apresentadas documentações fotográficas de trabalhos com intervenções pictóricas na natureza. A série Na Mina de Caulim, produzida em Juiz de Fora, após sua volta de Paris recebeu o prêmio de melhor conjunto de obras no IV Salão Nacional da Funarte em 1980.

 

 

Em 1974, Manfredo já denunciava a destruição da paisagem em sua primeira exposição individual, “Memória das Coisas Que Ainda Existem”, em Belo Horizonte. Na época lançou também o adesivo com a inscrição “Olhe Bem As montanhas”. A mostra inspirou uma crônica de Carlos Drummond de Andrade, que mais tarde faria também um poema com este nome.

 

 

É na natureza também que Manfredo busca a matéria-prima para suas obras. O artista produz os pigmentos, tirados de minérios das Minas Gerais, responsáveis por seus únicos e incontestáveis tons de rosas, ocres, vermelhos, amarelos e cinzas. “Comemorar quatro décadas de trabalho tem sido muito interessante para mim. É uma oportunidade de revisitar o meu trabalho e preencher as lacunas deixadas”, diz.

 

 

O projeto “Manfredo de Souzanetto 40 anos de Arte” tem produção de Paulo Branquinho Escritório de Arte e coordenação geral da Galeria Patricia Costa.

 

 

 

Sobre o artista

 

Pintor, desenhista e escultor, Manfredo de Souzanetto começou a estudar desenho aos 16 anos. Em 1967, mudou-se para Belo Horizonte e ingressou na Escola Guignard em 1969. Estudou arquitetura na Universidade Federal de Minas Gerais de 1972 a 1975. Em 1975, expôs no 5° Salão de Arte Universitária, em Belo Horizonte, e recebeu como prêmio uma bolsa para estudar na França. Morou em Paris até 1979, onde frequentou a École Nationale Louis Lumière e a École Nationale Supérieure des Beaux Arts. Retornou ao Brasil em 1980 e reside no Rio de Janeiro. No ano seguinte, ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde concluiu o curso de gravura. Em 1985, foi contemplado com o prêmio de viagem ao exterior no 8° Salão Nacional de Artes Plásticas, promovido pela Fundação Nacional de Arte – Funarte, no Rio de Janeiro. Durante seis meses, entre 1999 e 2000, foi artista residente na École Nationale Supérieure d’Art Décoratif de Limoges-Aubusson, na França. Em sua carreira, já participou de mais de 50 exposições, entre elas a 12ª Bienal Internacional de São Paulo, na década de 70, coletivas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro e no Museu de Arte Moderna de São Paulo, na década de 80, e individuais no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, em 2010 e na Fundação Brasilea em Basel, Suíça, em 2013.

 

 

 

 

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