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AGENDA CULTURAL

Reconhecimento de Padrões

10/nov

A  BOSSA Gallery, Design District, Miami, Florida, USA, abre “Pattern Recognition”, exposição individual do artista multimídia Fernando Velázquez. O artoista apresenta nove trabalhos autorais com uma instalação, dois vídeos, um objeto de luz e cinco imagens fotográficas com interferências digitais. Velásquez demonstra que as novas tecnologias, antes restritas aos laboratórios de informática, uma vez que conquistam o espaço exterior, necessitam de estruturas novas de pensamento e ação.

 

“Pattern Recognition”, obra principal da mostra que domina o espaço expositivo da galeria, é um instalação interativa de Fernando Velázquez, em 12 canais de vídeo, que possibilita escapar das limitações da memória. Em doze cenas que preenchem o campo de visão, temos uma experiência de imersão, de sequestro dos sentidos. Ao movimentar-se pelo espaço o publico modifica o vídeo que é transmitido nas telas através do sensor Kinect.

 

As imagens base, em sincronismo oscilante, são captadas por um drone, que estende o olhar por ângulos sedutores em uma floresta. Captadas a partir da parte mais elevada, simulando uma câmera de segurança vigiando a floresta, as imagens são modificadas pela presença do público que, ao passar em frente aos monitores, fazem aparecer um vídeo em fast motion com imagens de natureza em tempo acelerado. Ou seja: temos o contraponto do tempo cronológico da natureza, ou natural, versus o tempo acelerado da ação humana atuando junto ao meio ambiente. Versão semelhante da obra foi apresentada pelo artista em exposição no Rio de Janeiro em 2015.

 

Para Lucas Bambozzi, “ o que vemos é um sistema de visão. Temos um enigma, que não precisa ser decifrado, mas percebido, observado”. O trabalho de Fernando Velázquez, para estar completo, além de solicitar, necessita da participação do espectador. A coordenação é de Liliana Beltran.

 

 

De 09 de novembro a 14 de dezembro.

Encontro com o artista – 19 de Novembro, às 18hs.

Coletiva sobre o Tempo

04/nov

Situada na Vila Mariana, São Paulo, SP, a  Fauna Galeria, em parceria com a Kamara Kó, exibe “Para Ver Se o Tempo Volta”, exibição coletiva dos artistas Alberto Bitar, Ionaldo Rodrigues,Keyla Sobral e Octavio Cardoso, com curadoria de Mariano Klautau Filho. Não obstante a conterraneidade dos artistas – todos de Belém do Pará -, o elemento que reúne os 20 trabalhos desta mostra é a convergência de suas poéticas em torno do tempo, não no sentido de cultivar nostalgias, mas de exercer certo domínio sobre ele.

 

Ao misturar suportes, estabelecendo diálogos entre a fotografia com outros materiais, a proposta de Mariano Klautau Filho é exaltar a experiência com o tempo na construção da imagem fotográfica como exercício de ficção. Em todos os trabalhos expostos, pode ser observado o domínio sobre o tempo e suas “velocidades”, sendo este o fio condutor para abordar a temática e outras questões levantadas em “Para Ver Se o Tempo Passa”. Mariano Klautau Filho, curador, ainda destaca a constatação da irreversibilidade do tempo e seu efeito devastador em experiências pessoais, “Algo com o qual não se pode combater, mas se pode jogar, iludir, negacear”, comenta.

 

Neste sentido, Octavio Cardoso apresenta 3 imagens de sua produção mais recente, nas quais desfia a trama entre tempo e espaço, dissimulando a quietude de uma natureza obscura. O tempo parece imobilizado, seja no conforto uterino de uma cama ou no rigor frontal da árvore à contraluz.Ionaldo Rodrigues, por sua vez, trabalha com diversas câmeras de pequeno formato, celulares e imagens precárias. Nas 3 fotografias que exibe, perfaz um recorte sofisticado de sua produção em cor, somado ao conjunto de imagens realizadas em Cianótipo e Papel Salgado.

Alberto Bitar cria uma velocidade do tempo alterada, num misto de aceleração e recuo construídos a partir da experiência espaço-tempo. Em 5 fotografias e 1 vídeo, o artista desvenda sua obra essencialmente urbana, se valendo de recortes da memória pessoal, de casas onde habitou e de resquícios de experiência familiar. Funcionando como uma espécie de arremate da exposição, Keyla Sobral apresenta seus desenhos, palavras, objetos e imagens escondidas, em um universo bastante pessoal, sutil e aparentemente frágil. Tal delicadeza, entretanto, oculta um leve amargor em alguns momentos, e em outros uma ironia pontual diante das perdas.

 

Extraído de um neon de Keyla Sobral – “Ando de costas para ver se o tempo volta” -, o título da mostra reitera um pouco da dimensão e da intenção desta pequena reunião de trabalhos, como define Mariano Klautau Filho: “superar o imponderável; recuar, se for necessário, e saber matar o tempo”.

 

 

 

De 05 de novembro a 19 de dezembro.

Sete artistas na Anita Schwartz

Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, inaugura a exposição “Silêncio impuro”, com 16 obras dos artistas Artur Lescher, Cadu, Carla Guagliardi, Nuno Ramos, Otavio Schipper, Tatiana Blass e Waltercio Caldas. Com curadoria de Felipe Scovino, serão apresentadas esculturas, instalações, fotografias e vídeos, onde “o som é um índice, pois as obras operam com o seu lado negativo no qual ele (som) é silenciado. O que existe, ou melhor, aquilo que se expande pelo espaço é a imagem do som, isto é, as mais distintas suposições que podemos ter sobre qual som poderia ser ouvido se finalmente aquilo que o impede (uma amarra, uma solda, ou ainda o livre entendimento de que a obra possa ser compreendida também como uma partitura) fosse revelado ou reinterpretado”, explica o curador.

 

Da artista Carla Guagliardi estarão as esculturas “O lugar do ar” (2015), e “Partitura” (2012), em que “tudo parece ruir ou estar prestes a desabar, mas por outro lado as obras evidenciam uma dinâmica que é própria da natureza do som: querem o ar”, diz o curador, que vê uma ligação direta desses trabalhos com as fotografias da série “Partitura” (2010), de Artur Lescher: “Estão lá o ruído, o som, a música, mas acima de tudo o silêncio como vibração”. Ele vê esta mesma ligação com o trabalho “Hemisférios” (2015), de Cadu, onde “a condição de partitura também se faz presente”. Esta situação é semelhante à obra da série “Pagão” (2010), de Nuno Ramos, em que objetos musicais estão fixados no meio de uma pedra-sabão. Também estará na exposição o relevo sobre papel “Für Elise” (2006), de Cadu. Da artista Tatiana Blass estará o vídeo “Metade da fala no chão – Piano surdo” (2010), no qual o piano é coberto por uma mistura de cera e vaselina que vai impedindo, progressivamente, que ele produza sons. Já a instalação “Lá dentro” (2010), de Waltercio Caldas, feita com aço inox, granito, vinil e fios de lã. “Como os intervalos de uma partitura, ele constrói silêncios, dita ritmos, auxilia na compreensão da vibração”. Do artista Otavio Schipper estarão quatro trabalhos em bronze da série “Empty Voices” (2011). “A obra de Schipper, em especial, assim como a de Guagliardi, pertencem ao ar, porque é nesse lugar que se constrói uma superfície vibrátil, virtual e potente. As obras da exposição revelam uma potência sem igual: um inesperado sussurro que não para de vibrar em suas estruturas”, diz o curador.

 

 

Até 06 de fevereiro de 2016.

A História da Imagem

Os artistas Ana Elisa Egreja, Bruno Dunley, Mirian Alfonso, Pedro Caetano, Ricardo Alcaide, Tiago Tebet e Tony Camargo integram o grupo de expositores da mostra “A História da Imagem”, uma produção da SIM Galeria, Curitiba, Paraná. A curadoria traz a assinatura da artista plástica Leda Catunda.

 

 

A palavra da curadora

A História da Imagem

 

A exposição foi pensada para evidenciar a completa guinada que artistas de todas as partes puderam dar, e agora desfrutar, sobre a natureza da criação em pintura. Dizer que, no retorno da pintura nos anos 80, depois de sua suposta morte nos anos 70, todas as vertentes modernas foram pulverizadas em suas certezas e seus “ismos” já não é suficiente para compreender a complexidade das modificações, bem como a ampliação da possibilidade de alcance de novos sentidos, que vem sendo possível verificar nesse campo hoje.

 

Criar é extrair do nada, algo que não existia antes. Interessa a criação em si. Seja ela resultado de um poder inerente da espécie, ou ainda, resultado de um poder especial, autoatribuído pelo sujeito denominado artista. Em cada caso, poderá envolver tanto sonho como pesadelo, desejo, devaneio, lembrança, sublimação, redenção, purificação, resgate ou mesmo salvação, dependendo do histórico psíquico ou emocional gerador da necessidade de criar. De toda forma, não importa o motivo, sempre caberá ao artista a tarefa de realizar síntese, concentrar conteúdo e transformar, alterando, assim, as noções comuns para além dos valores padronizados.

 

Uma vez soltas das paredes do ateliê, inicia-se a etapa final, que é a da comunicação. As pinturas saem para o mundo, onde serão relacionadas, possivelmente contextualizadas, encontrando maior ou menor grau de aderência. Passando, desse modo, a pertencer ao imaginário das pessoas e a fazer parte do singular universo das coisas inventadas.  Leda Catunda, São Paulo, 2015.

 

 

De 10 de novembro a 23 de dezembro.

Gravura Internacional

30/out

Evento de caráter internacional reunirá nos dias 05 e 06 de novembro importantes nomes no “Seminário Gravura, Internacional Palavra de Imaginário: Arte 500 Anos Impressa de Ganda”, com exposição de arte na no Auditório do Goethe Institut, Porto Alegre, RS. A coordenação geral e a curadoria traz a assinatura da professora e artista visual Helena Kanaan IA UFRGS.

 

Palestrantes:

Elke Anna Werner Freie Universität – Berlin, Alemanha;

Alicia Candiani Fundación ACE – Buenos Aires, Argentina;

Paula Almozara FAV PUC – Campinas, Brasil;

Samir Assaleh Universidad de Huelva – Huelva, Espanha;

Lurdi Blauth FEEVALE – Novo Hamburgo, Brasil;

Andreia Oliveira CAL UFSM – Santa Maria, Brasil;

Lilian Amaral MediaLab UFG – Goiás, Brasil;

Maria do Carmo de Freitas Veneroso EBA UFMG – Belo Horizonte, Brasil;

Helena Kanaan IA UFRGS – Porto Alegre, Brasil;

Rafael Gil artista curador – Buenos Aires, Argentina;

Francisco Marshall IA UFRGS – Porto Alegre, Brasil;

Maristela Salvatori IA UFRGS – Porto Alegre, Brasil e

Enrique Leal University of California – Santa Cruz, EUA.

 

Na mesma quinta feira 05 de novembro, às  19h,  na Galeria de Arte do Goethe-Institut,
“MOSTRA DEAMBULAÇÕES: INTERNACIONAL ENTRE DE GRAVURAS ARTE E IMPRESSA RINOCERONTES”, participam os artistas/expositores  ALEJANDRO SCASSO artista independente – Buenos Aires, Argentina;  ALICIA CANDIANI Fundación ACE – Buenos Aires, Argentina;  CECILIA MANDRILE University of New Haven – West Haven, EUA; EDUARDO HAESBAERT artista independente;  ENRIQUE MARTINEZ LEAL Art Faculty University of California – Santa Cruz, EUA; HELENA KANAAN Instituto de Artes UFRGS – Porto Alegre, Brasil;  HELIO FERVENZA Instituto de Artes UFRGS – Porto Alegre, Brasil;  LILIAN AMARAL MediaLab UFG – Goiás, Brasil; MARCIA SOUSA Centro de Artes UFPel – Pelotas, Brasil;  MARIA DO CARMO DE FREITAS VENEROSO Escola de Belas Artes UFMG – Belo Horizonte, Brasil;  MIRIAM TOLPOLAR artista independente – Porto Alegre, Brasil; OTTJÖRG A.C. artista independente – Berlim, Alemanha; PAULA ALMOZARA PUC – Campinas, Brasil;  PAULO CHIMENDES Museu do Trabalho – Porto Alegre, Brasil; RAFAEL GIL artista independente – Buenos Aires, Argentina; SAMIR ASSALEH Universidad de Huelva – Huelva, Espanha; SANDRA REY Instituto de Artes da UFRGS – Porto Alegre, Brasil e o NÚCLEO DE ARTE IMPRESSA (Ana Krebs, Bruna Müller, Carmen Sansone, Elvidia Lopes, Natalia Feldens, Rafael Muniz e Sara Winckelmann) Instituto de Artes UFRGS – Porto Alegre, Brasil.

Antropofagia no Santander

Com o título “Mensagens de Uma Nova América” a 10ª Bienal do Mercosul retoma sua vocação histórica ao priorizar novamente a arte produzida nos países da América Latina. No Santander Cultural, Grande Hall e Galerias superiores, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, está a mostra “Antropofagia Neobarroca”.

 

Esta exposição se estrutura a partir do conceito de antropofagia de Oswald de Andrade em conjunção com o neobarroco. Por meio desta mostra a 10ª Bienal do Mercosul buscará explorar como estratégias que remontam a formas de caráter indígena que confrontaram e modificaram sistemas europeus de colonização cultural em uma espécie de antropofagia cultural que se mostra atual ainda hoje.

 

 

Até 06 de dezembro.

Museu Alfredo Andersen exibe Alfi Vivern

Está em cartaz no Museu Alfredo Andersen, Curitiba, Paraná, a mostra “Outros planos”, do escultor Alfi Vivern. Trata-se da primeira exposição a ocupar o espaço recém-batizado de Sala do Artista Convidado.

 

Compõem a mostra uma esmerada série de peças em basalto.  “As escadas em basalto desta série exploram os altos e baixos e o valor escondido em cada plano, bem como o nascimento e morte do movimento, da ação e seus ritmos possíveis”, explica o artista.

 

Para a diretora do Museu Alfredo Andersen, Débora Russo, as obras de Alfi Vivern dialogam com o espaço expositivo, ela diz mais: “…as peças são esculpidas em basalto, material que resiste ao tempo, assim como o museu. As escadas do artista projetam novas espacialidades onde as curvas talhadas possam ser visitadas em seu movimento, estes altos e baixos se apresentam no basalto milenar e convidam a pensar sobre o tempo e as forças que nele atuam”.

 

 

Sobre o artista

 

Alfi Vivern é escultor e gravador. Nasceu em Buenos Aires em 12 de setembro de 1948. Aos 20 anos se formou em desenho publicitário e por dois anos frequentou o Instituto Di Tella. Veio ao Brasil em 1972 para montar seu primeiro ateliê em Salvador, Bahia. Em sua carreira como artista, participou de simpósios na América Latina, Europa e Ásia, ministrou inúmeros workshops, palestras e compôs mesa de jurados em diferentes eventos de artes plásticas. Seu trabalho ganhou prêmios e concursos, entre eles: Primeiro Prêmio no EMAAR International Art Symposium, Dubai, em 2007; Prêmio na 1ª Bienal de Escultura, León-México, em 2006; e Primeiro Prêmio no III Concurso Internacional de la Talla en Piedras, Barichara-Colômbia, em 1996.

 

 

Até 03 de janeiro de 2016.

Comunicado Casa Daros

A Coleção Daros Latinamerica, sediada em Zurique, Suíça, informa que o imóvel neoclássico localizado em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, que abriga desde 2006 a Casa Daros, será vendido para o grupo Eleva Educação.

 

Até 13 de dezembro de 2015, a Casa Daros segue com sua programação normal, de quarta a domingo, com as exposições “Cuba – Ficción y fantasia” e “Nada Absolutamente Nada”, o Cine Daros, as atividades de arte e educação, e o restaurante-café Mira!

 

 

Histórico  

 

Comprado no início de 2006 pela Daros Latinamerica, uma empresa de sociedade anônima, o prédio projetado por Francisco Joaquim Bethencourt da Silva (1831-1912) passou por uma monumental e minuciosa obra de restauro e modernização. Construído em 1866 para ser um internato, o prédio tem mais de 11 mil metros quadrados em dois pavimentos, em um terreno de 12 mil metros quadrados, com pátios internos e um jardim frontal de palmeiras imperiais.

 

A educação sempre foi um dos pilares do projeto Casa Daros, e ao decidir encerrar as atividades deste espaço, a Coleção Daros Latinamerica tinha como meta encontrar uma instituição dentro da área de cultura ou educação que zelasse pelo patrimônio arquitetônico tão cuidadosamente restaurado. E encontrou no grupo Eleva Educação este compromisso.  As duas instituições formalizaram a venda do imóvel, que passará efetivamente para as mãos do grupo brasileiro, sediado na cidade do Rio de Janeiro, em fevereiro de 2016.

 

Inaugurada em março de 2013, a Casa Daros realizou emblemáticas exposições com  obras da Coleção Daros Latinamerica, como “Cantos Cuentos Colombianos”, “Le Parc Lumière – Obras cinéticas de Julio Le Parc”, “Fabian Marcaccio – Paintant Stories”, “Ilusões”, “Made in Brasil”, e “Cuba – Ficción y fantasia”, em cartaz. Além dessas, foram realizadas mais de quinze outras mostras, assim como numerosas performances, conversas abertas com artistas, oficinas e encontros criativos, entre outras atividades, recebendo até o momento um público de 270 mil pessoas.

 

A partir de 2016, a Coleção Daros Latinamerica se dedicará, exclusivamente, a dar visibilidade à excelência de suas 1.200 obras – de mais de 120 artistas nascidos ou que vivem na América Latina –, por meio de exposições em importantes museus e espaços de arte, em todo o mundo.

 

 

Sobre a Eleva Educação

 

Controladora de uma rede que oferece educação de excelência a mais de 25 mil alunos nas escolas que opera, e a outros 30 mil, por meio de sua plataforma de ensino, a Eleva é uma empresa do grupo Gera Venture Capital, focado 100% em educação. Desde a criação do Gera, Jorge Paulo Lemann é atuante em seu Conselho, como parte da sua crença de longo prazo no avanço da educação no Brasil. Com a compra do imóvel, a Eleva Educação assume com a população da cidade do Rio de Janeiro o compromisso de manter uma das suas mais belas edificações, com a garantia de futuro para a histórica tradição do espaço com a educação.

Desenhos e bronzes

29/out

O artista e escultor mineiro Leo Santana estreia na Galeria Scenarium, Centro Antigo, Rio de Janeiro, RJ, a exposição “Do Outro Lado do Desenho”. Mundialmente conhecido por sua obra “Drummond no Calçadão”, instalada desde 2002 em Copacabana, o artista escolheu o Rio de Janeiro como ponto de partida para apresentar a diversidade da sua obra em uma nova trajetória.

 

Em 25 anos de criação, a escultura em bronze tem sido a manifestação principal do seu trabalho em diversos espaços públicos do Brasil e do exterior. Eternizadas em bronze, figuras importantes das artes e da história brasileiras foram homenageadas pela contribuição inestimável que deram à nossa cultura. A principal característica das esculturas em bronze de Leo Santana, figuradas em tamanho natural, é o fato de se relacionarem no mesmo nível do chão, sem pedestal, com o público circundante. Talvez por isso, Drummond no Calçadão seja, atualmente, um dos monumentos públicos mais visitados, fotografados e abraçados do Rio de Janeiro.

 

Na obra de Leo Santana, a vivência do tridimensional amadureceu e ele vem encontrando, em sua trajetória criativa, “grande satisfação em experimentar o outro lado do objeto desenhado”.  Para essa nova exposição, serão apresentadas peças em bronze, de dimensões variadas, que dialogam com desenhos especialmente criados a partir da observação do artista destas mesmas esculturas. Do outro lado do desenho está o vulto pleno, a tridimensionalidade, o movimento. O jogo entre claro e escuro, presente tanto no desenho quanto nas esculturas, será explorado em toda a exposição. “Os volumes são feitos de claros e escuros. No desenho, o artista desenha a sombra. Na escultura, a sombra surge pelo volume criado pelo artista. Essa inversão do processo, de criar desenhos utilizando esculturas como modelos, poderá ser percebida pelo público durante a exposição”, explica o artista. Ao todo, estarão expostos na Galeria 16 desenhos e 28 esculturas em bronze, algumas delas com o tamanho quase real de uma pessoa.

 

O histórico casarão do século XIX, totalmente restaurado e situado no coração do Rio Antigo, foi escolhido por Leo Santana para expor suas obras em razão da riqueza de contrastes presentes no lugar. A Galeria Scenarium é um espaço multicultural.

 

 

De 27 de outubro a 21 de novembro.

Chris Von Steiner no Brasil

28/out

Pandas, coelhos, veados insinuantes, Chapeleiro Maluco, Peter Pan, são algumas das imagens que permeiam o fantasioso universo do artista franco-belga Chris Von Steiner. Suas obras, que mesclam humor, beleza, erotismo e estranhamento, estão reunidas em sua primeira individual no Brasil, no Oi Futuro Ipanema, Rio de Janeiro, RJ.

 

Com curadoria de Gustavo Carmona, a mostra “Obscuro objeto : desejo” reúne 41 trabalhos, entre desenhos e pinturas digitais, produzidos entre 2000 e 2015. “Seja bem-vindo à Terra de cogumelos portentosos e Alices sonhadoras. Terra onde o Chapeleiro Maluco parou o tempo para que você o desfrute. Caminhar pela obra de Chris Von Steiner é um convite a adentrar às sutis veredas do desejo humano”, comenta o curador. A produção de Chris Von Steiner traz ícones pop do universo infantil e da música, cinema e televisão, que se fundem no imponderável de suas fantasias, sonhos e desejos. Seu universo intimista e emocional segue a linha do “queer art” ou “homoarte” – movimento artístico que tomou conta dos Estados Unidos e da Europa, na década de 1980, que aborda questões relacionadas à identidade homossexual e suas ligações com a arte erótica e contextual.

 

A exposição apresenta aspectos importantes da produção do artista e de seu processo de criação. Obras marcantes do início da carreira estarão lado a lado com trabalhos mais recentes, em uma ordem em que o visitante poderá trilhar o percurso de Chris, que desde 2000 vem participando de individuais e coletivas em toda a Europa em cidades como Paris, Londres, Berlim, Roma, Bruxelas, Amsterdã, Oslo e também nos Estados Unidos onde expôs em Nova York, Los Angeles e São Francisco.

 

“Este projeto que compreende ainda a edição de um catálogo bilíngue responde aos princípios da diversidade que norteiam o conceito do que é o pudor, seus limites e fronteiras na discussão da nossa contemporaneidade. Todo o desejo contido na obra de Chris Von Steiner aflora para dialogar com essa vontade na construção de uma política cultural renovadora”, pontua o coordenador Afonso Henrique Costa. A mostra “Obscuro objeto: desejo”, com produção da R&L Produtores Associados, é um projeto LGBT selecionado pelo Programa de Fomento à Cultura Carioca, patrocinado pela Prefeitura do Rio, através da Secretaria Municipal de Cultura.

 

 

 Sobre o artista

 

Nascido na França, em 1965, o artista digital, diretor de arte, designer gráfico e escritor Chris Von Steiner atualmente reside em Bruxelas. Depois de muitos anos de trabalho com publicidade em Paris, publicou duas novelas na França: “Un panda dansl’escalier” (H&O Editions, 2001) e “Je veuxtevoir nu” (H&O Editions, 2002), e uma nos EUA, “Userlands”, (Akashic Books, 2007).  Sua obra é citada em diversas publicações em todo o mundo, como Kee Magazine (Hong Kong), Du&Ich (Alemanha), Attitude (Inglaterra) e Last Gasp Publishing (EUA). Participou de dezenas de exposições, coletivas e individuais, na Europa e nos Estados Unidos.

 

 

Sobre o curador

 

 
O curador Gustavo F. Carmona cursou artes e letras pela Universidade Estadual de Londrina, onde também concluiu seu mestrado em estudos comparativos entre a poética e a filosofia. No momento se dedica à conclusão de sua tese de doutorado feita em co-tutela entre a Universidade Estadual do Rio de Janeiro e a Université de Nice, na França, na qual pesquisa acerca das fronteiras entre a Arte, a Filosofia e a Psicanálise. O pesquisador é autor de vários artigos e capítulos em livro. Nasceu em Londrina, vive atualmente entre o Rio de Janeiro e Cannes.

 

 

 
Até 15 de novembro.

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