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AGENDA CULTURAL

Rodrigo Torres na SIM galeria

18/mai

O título da nova exposição do artista plástico Rodrigo Torres já sugere a experiência que as obras provocarão no público : “Trompe-l’oeil “. A mostra entra em cartaz na SIM Galeria, Batel, Curitiba, PR, e reúne  cerca de 30 obras que propõem dar início a construção de lugares fictícios através da manipulação de objetos do cotidiano; a ideia da mostra, não é narrar uma história, mas apenas sugerir uma narrativa, a criação de um possível lugar a partir de diferentes objetos.

 

Quase todas as obras da exposição foram criadas em 2015, e apenas uma delas, no ano 2014. Uma das obras se chama “Esquecidos”, onde o artista cria relações de invisibilidade ao trabalhar com giz pastel e lápis de cor sobre placas de vidro jateado.

 

“Trompe-l’oeil”  gira em torno dessa antiga técnica artística de pintura, que ao “pé da letra” significa enganar o olhar. Essa técnica cria uma ilusão óptica para apresentar formas que não existem de verdade, por meio de truques de perspectiva. Na exposição, objetos do cotidiano como vassoura, balde, extensão elétrica e até mesmo uma caixa de fósforo, que não costumam ser dignos de muita atenção, formam a base do pensamento das obras assinadas por Rodrigo Torres.

 

 

A palavra do artista

 

“Tipo esses filmes “baseado em fatos reais”, ou mesmo a ideia que temos de antigas civilizações a partir de achados arqueológicos. Por exemplo, apenas recentemente conseguimos visualizar as estátuas gregas como elas eram originalmente, ou seja, coloridas. Uma Grécia antiga repletas de estátuas branquinhas é uma ficção baseada nos fatos que conhecemos”.

 

“Entretanto, nessa exposição, não estou contando uma história, apenas sugerindo uma narrativa. Essa é a minha guia, num sentido mais espiritual talvez, que atravessa minhas exposições”.

 

“Os objetos em questão, não demandam olhares atentos. Dificilmente alguém vai se dar ao trabalho de olhar atentamente, por um minuto, para uma vassoura. Nós percebemos que ela está ali, que cumpre sua função e isso basta”.

 

“Por vezes pode não parecer, mas a minha linha de pensamento está enraizada na pintura e no desenho. Nessa exposição isso fica ainda mais claro. Me apoiei em alguns pilares da história da pintura, como as técnicas do trompe-l’oeil, natureza-morta e paisagem. Para além da técnica, vou buscar ocupar a galeria com vestígios de um lugar em construção e ao mesmo tempo passar uma sensação de abandono”.

 

 

Sobre o artista

 

Formado em pintura pela EBA-UFRJ, Rodrigo Torres trabalhou como assistente do artista plástico Luiz Zerbini entre 2006 e 2010. Participou de várias exposições, dentre elas: Volta NY, Nova Iorque, 2015; Frestas, Mostra Trienal das Artes, SESC Sorocaba, 2014; Parque das Transgressões, SIM Galeria, Curitiba, 2013 e Grana Extra, Paço das Artes, São Paulo, 2012. Recebeu o Prêmio Itamaraty de Arte Contemporânea em 2013 e o Prêmio Aquisitivo no 16º Salão UNAMA de Pequenos Formatos.

 

 

Sobre a SIM Galeria

 

Fundada em 2011 em Curitiba, PR, a SIM Galeria nasceu para atuar como um espaço difusor de arte contemporânea, exibindo artistas brasileiros e internacionais com investigações nos mais variados suportes:  pintura, fotografia, escultura e vídeo. Ao longo dos últimos três anos, a SIM foi palco de uma série de mostras individuais e coletivas organizadas por curadores convidados, como Agnaldo Farias, Jacopo Crivelli, Denise Gadelha, Marcelo Campos, Fernando Cocchiarale e Felipe Scovino. A galeria também é responsável pela assinatura de catálogos e outras publicações. A SIM ainda trabalha em conjunto com instituições brasileiras e estrangeiras com o intuito de promover exposições e projetos de artistas nacionais e internacionais.

 

 

 

Até 06 de junho.

Vânia Barbosa na Sergio Gonçalves Galeria

14/mai

No sábado, dia 16 de maio, acontece a abertura da exposição individual “LAVA”, de Vânia Barbosa, a partir das 14h, na Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Serão expostos objetos, pinturas e fotografias. Em sua mostra, a artista plástica reúne ideias sobre o significado e a interseção entre fogo e terra.

 

Inicialmente, a ideia da artista foi explorar os quatro elementos, mas, ao trabalhá-los, foi fisgada pelo fogo e pela terra. “Comecei a perceber e buscar a interseção entre esses dois elementos. O fogo, em seu abrangente significado que aquece, que ilumina mas que também destrói.  Que arde e crepita sobre a vela revelando a fé. Quando falo em fé, não quero entrar em nenhuma crença religiosa, mas penso, no sentido amplo do acreditar. Crer em algo.”, comenta Vânia.

 

Da mesma forma, a terra é mãe que acolhe e dá segurança. “Terra é a LAVA que resfria e forma o chão no qual pisamos, mas como falar da terra sem pensar em seu abate? A terra é abatida como são abatidos os animais. Vemos a terra sendo explorada, arrancada, queimada, deslocada, arranhada por mãos de ferro. A terra, esta matéria primordial da qual é retirado o minério, o ferro. Separação seca, onde só é visado o capital. O homem esquece que existe uma relação de simbiose entre ele e o universo. Esquece também das consequências deste estrago e é aí que podemos perceber a descrença. Mais uma vez a interseção fica clara: desacredito no homem quando vejo a terra abatida. A fé falha. E dói…”, completa a artista. Os elementos fogo e terra, entrelaçam no ciclo da criação e destruição, fé e descrença.

 

 

De 16 de maio a 30 de junho.

Retrospectiva de Niobe Xandó

No dia 20 de fevereiro de 2010, o Brasil perdia uma das maiores representantes de sua pintura: Niobe Xandó. Nascida em 1915, a múltipla artista atravessou um século de incertezas e intensas transformações, claramente prefiguradas em suas telas e desenhos por contornos que comunicam o choque de culturas e civilizações de nosso tempo:  entre o arcaico e o moderno, o primitivo e o futurista.

 

Para comemorar o centenário da artista, a Galeria Marcelo Guanieri, Jardins, São Paulo, inaugura, no dia 23 de maio, a exposição retrospectiva “A surpresa das coisas sempre novas”. Destaque para o lançamento, na ocasião, do livro de colecionador com organização assinada pelo curador Antonio Carlos Suster Abdalla e texto crítico inédito do jornalista Antonio Gonçalves Filho, além de cronologia ilustrada da artista, currículo selecionado e fortuna crítica com apreciações sobre sua obra por alguns dentre os principais críticos brasileiros no século XX, como Vilém Flüsser, Mário Schenberg, Theon Spanudis, Radhá Abramo, Ivo Zanini, Aracy Amaral e Laymert Garcia dos Santos.

 

Intitulada “A surpresa das coisas sempre novas”, a exposição traça um panorama da artista desde a sua fase figurativa nos anos 50, passando pelo amadurecimento nos anos 60, quando elabora composições em torno de mitos, antecipando os processos metamórficos de suas máscaras sugestivas de culturas ancestrais. Nos anos 60/70, com a arte sob influência do concretismo, Niobe mergulha na arte abstrata, sob uma profusão de signos híbridos. No final da vida, nos anos 90, retorna aos desenhos de autorretrato da década de 50, repintando-os. Desta vez, com traços de uma irônica desfiguração. Uma das características que mais individualizaram a artista foi a antecipação – por meio do chamado “letrismo” – de uma das expressões visuais que marcam as atuais metrópoles, as pichações extremas de muros e edifícios. Caminhando em distintos universos como a cerâmica, totens de madeira, colagens, xerografias, pinturas, desenhos e guaches, a exposição contempla toda a trajetória da artista, desde o início impregnada pelo figurativo, com pinturas de cenas e brinquedos infantis e botequins populares.

A virada em sua biografia acontece no início dos anos 1960. Niobe deixa de olhar para a realidade e passa a elaborar composições em torno de mitos. No transculturalismo que resulta destaca-se um “passeio” pela arte surrealista,com as flores e jardins fantásticos que antecipam os processos metamórficos de suas máscaras sugestivas de culturas ancestrais, mais adiante. “Articulação inconsciente entre a perplexidade do homem atual perante o mundo”, nas palavras do filósofo Vilém Flüsser, na qual uma espécie de realismo fantástico afirma-se com formas autenticamente brasileiras.

 

Se nos anos 1960/70, o mundo da artes visuais encontrava-se sob influência da arte concreta e, logo em seguida, conceitual, com características predominantemente intelectuais, frias, Niobe mergulhou, com olhar projetivo e visionário, em uma profusão de signos humanos híbridos. “Em certa medida, ela já suspeitava que a modernidade estava diante de uma mutação antropológica”, afirma o crítico Antonio Gonçalves Filho.

 

Atenta aos movimentos de contestação daquelas décadas, encontramos nessa fase a busca de uma “outra escrita”, como, por exemplo, na colagem com um rosto que nos remete ao cartaz do musical “Hair”, de Rado e Ragni. Nesse mesmo período, quando viveu e pintou entre Londres e Paris, a artista recebe proposta do astro Mick Jagger para assinar capa de disco da banda Rolling Stones.

 

Nos anos 1980, Niobe se investe como uma espécie de “arqueóloga do inconsciente”, recuperando o Construtivismo – até então não avaliado pela história da arte – presente na figuração de culturas ameríndias–, bem como sua possível relação com expressões contemporâneas, para pensar uma nova sintaxe visual. Em 1984/85, o diálogo entre o arcaico e o moderno revela-se numa radical mudança de rota, na qual as obras assumem caráter abstrato lírico e prenunciam novos alfabetos contemporâneos, a exemplo das pichações que hoje recobrem as metrópoles americanas.

 

Na ocasião da exposição será lançado o livro em homenagem ao centenário da artista, intitulado “A surpresa das coisas novas”, que abrange pesquisa minuciosa de Antonio Carlos Suster Abdalla e texto inédito do crítico do jornal “O Estado de São Paulo” Antonio Gonçalves Filho. São 264 páginas, com 194 reproduções de obras de todas as fases da artista, além de outras trinta ilustrações, e trechos dos principais textos críticos escritos a seu respeito.

 

“Este livro foi idealizado para comemorar o centenário de nascimento de Niobe. É um desafio às novas gerações. Mostra o trabalho de uma grande artista, com obras instigantes, repletas da mais variada e rica simbologia – obra analisada por quase cento e cinquenta textos críticos, mas, ainda assim, um pouco distante de todo o merecido reconhecimento”, sintetiza Antonio Carlos Suster Abdalla. Contempla-se, ainda, na esteira das homenagens à artista, a exibição de filme sobre as obras de Niobe dirigido por André Azevedo.

 

 

De 23 de maio a 27 de junho.

Marcia Barrozo do Amaral no CIGA

A Art Rio apresenta pelo segundo ano consecutivo o CIGA – Circuito Integrado das Galerias de Arte, nos dias 22 e 23 de maio. Mais de 20 galerias, espalhadas por seis bairros, abrem suas portas com uma programação especial de exposições, com objetivo de aproximar cada vez mais o público das artes visuais. A Galeria Marcia Barrozo do Amaral, Copacabana, que representa nomes importantes no cenário das artes como Frans Krajcberg e Ascânio MMM vai apresentar trabalhos do artista Luiz Philippe, da série “Malas Prontas”, na qual utiliza azulejos antigos.

 

 

Carlos Bevilacqua na Fortes Vilaça

Em sua nova exposição na Galeria Fortes Vilaça, Vila Madalena, São Paulo, SP, Carlos Bevilacqua apresenta três novos trabalhos que refletem sobre o exercício do fazer artístico, do conhecimento e da memória. As esculturas em madeira e aço possuem uma escala maior, inédita em sua trajetória, e revelam um imbricado sistema de relações simbólicas.

 

Carlos Bevilacqua articula aspectos elementares da escultura através de sínteses onde tensão, equilíbrio e espacialidade tornam-se questões latentes. Sua pesquisa, porém, não é puramente formalista; trata-se de uma plataforma para discutir temas fora do espectro racional, indo em direção ao existencialismo e à metafísica. Nesse sentido, o título da mostra, “Let it Go”, torna-se uma declaração de leveza, ao passo que indica o caminho da percepção poética.

O trabalho central, “O Inexorável Caminho do Saber”, é composto por três peças de madeira sobre rodas, cada qual com um arco de aço carbono sobre si, que o artista denomina de “veículos de transcendência”. Eles são alinhados sobre um rastro de papéis em branco, dispostos aleatoriamente no chão. O artista esboça aí relações entre a escrita e a memória, partindo das considerações que Freud descreveu no artigo “Uma nota sobre o bloco mágico” (1924).

 

Na parede ao fundo da galeria, a obra “Geometria Muda” lida com formas geométricas rudimentares – ponto, linha, circunferência e triângulo. Bevilacqua ordena esses elementos no espaço vazio fazendo com que, apesar de estática, a obra possa sugerir movimento. Trata-se de um estado permanente de porvir, uma tensão enigmática sobre a matéria inerte da escultura.

 

Em “Ponte do Isolamento”, uma complexa estrutura de madeira e aço configura uma ponte sem fim que, por não ligar um lugar a outro, conecta apenas a si mesma. Duas vigas são suspensas entre duas colunas, tensionadas no meio por uma peça de madeira e aço; essa armação é repetida transversalmente em duas outras pontes de menor escala que, por sua vez, se ligam por uma outra em redução. Ao mesmo tempo que sugere um eterno recomeço, o trabalho atua como metáfora da solidão.

 

 

Sobre o artista

 

Carlos Bevilacqua nasceu no Rio de Janeiro em 1965, cidade onde vive e trabalha. Dentre suas exposições individuais, destacam-se as mostras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2000, e no Museu de Arte Moderna de São Paulo, 1992. Suas mostras coletivas incluem participações em: “Desejo da forma”, Akademie der Künste ,Berlim, Alemanha, 2010; “Um Mundo Sem Molduras”, MAC-USP, São Paulo, 2009. Sua obra está presente em importantes coleções, como: Instituto Inhotim, Brumadinho, MG; MAM Rio de Janeiro, MAC-USP, São Paulo, entre outras. Um catálogo da exposição será lançado neste ano com texto da curadora holandesa Carolyn Drake.

 

 
De 21 de maio a 20 de junho.

Obras de Giovani Caramello

Foram mais de 60 dias dedicados somente à criação e execução de três novas peças hiper-realistas – cada uma  demora, em média, 300 horas para ser finalizada. Após este hiato de novidades e reclusão criativa, a expectativa de público e formadores de opinião poderá ser sanada com a apresentação das novas texturas, cores e sentimentos expressados nas criações de Giovani Caramello durante sua participação na edição Cidade Jardim, São Paulo, SP, da PARTE Feira de Arte Contemporânea deste ano.

 

O artista, que já foi comparado ao ícone Ron Mueck, tem apenas 24 anos e já coleciona alguns admiradores e muitos curiosos em relação ao seu trabalho em todo o país e no exterior, e está tendo a oportunidade de participar de um evento desse porte. Para Giovani Caramello a satisfação ao ampliar o alcance de suas esculturas está entre os principais sentimentos prévios à feira, que vai acontecer entre os dias 11 e 14 de junho, no Shopping Cidade Jardim. “Essa vai ser uma experiência positiva para a minha carreira, pois mais pessoas terão acesso ao meu trabalho. Acho gratificante essa oportunidade”, comenta.

 

O convite para participação na PARTE foi feito por Thomaz Pacheco, galerista da OMA | Galeria, espaço que representa o artista. “No começo desse ano tivemos uma grande procura pelo nome dele e suas peças. Nada mais justo que no début da galeria, esta também é a nossa primeira vez na feira, seja feito com a presença de artistas que nos ajudam diariamente a contar a nossa história e auxiliam em nosso crescimento”, diz. A OMA | Galeria, São Bernardo do Campo, SP, que completará dois anos na data de abertura do evento. “Temos nos destacado pela apresentação de jovens artistas que estão despontando de fato no cenário artístico nacional e internacional, isso endossa as escolhas da OMA e nos posiciona muito bem perante aos nossos clientes”, completa.

 

Novas obras

 

O público poderá ver pela primeira vez as esculturas “Ansiedade II” (um punho fechado, de aproximadamente 50 cm), “Rei do Ego” (uma criança com uma coroa, de aprox. 70 cm) e um busto ainda sem nome (de aprox. 25 cm). Além dessas, as peças” Ansiedade I”, também do artista Giovani Caramello (busto de um homem com marcas no corpo, de aprox. 25 cm) e mais séries novas dos demais artistas da OMA Galeria, produzidas exclusivamente para a feira, também estarão disponíveis para visitação. Além dele, o espaço da galeria contará com fotografias de Nario Barbosa, telas de Thiago Toes, RIEN e Andrey Rossi e gravuras de Daniel Melim. No total, mais 50 peças do acervo da galeria estarão disponíveis para todos os visitantes.

 

 

Até 14 de junho

Reedição de obra rara

12/mai

​Um marco da história editorial brasileira, uma edição que levou cinco anos para ser concluída, de autoria de Gilberto Ferrez e concebido por Raymundo de Castro Maya, com 200 ilustrações em preto e branco e 50 pintadas a mão. Trata-se de “A muito leal e heroica cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro”, cujo lançamento será dia 13 de maio no Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ.

 

O comitê Rio 450 anos lança edição fac-similar dessa obra rara, além de exposição que exibirá o making-of do livro, que foi originalmente lançado nas comemorações dos 400 anos da cidade, em 1965. Na mostra – design de montagem de Daniela Thomas e Felipe Tassar -, estarão expostas obras originais de Jean Baptiste Debret, Victor Frond, Marc Ferrez, Thomas Ender, Angelo Agostini, entre outros, além de lay-outs, bonecas e correspondências trocadas entre Gilberto Ferrez, Raymundo de Castro Maya, o editor francês Marcel Mouillot, bibliotecas e instituições culturais nacionais e internacionais durante a pesquisa desses cinco anos.

Margaret Mee e a Flor da Lua

Como levar um filme para dentro de uma galeria de arte? Esta é a premissa da exposição “Margaret Mee e a Flor da Lua – um olhar da equipe sobre as filmagens na Amazônia”, na Galeria Modernistas, Santa Teresa, Rio de Janeiro, RJ. A partir do diário da diretora Malu De Martino, a exposição mostra através de fotografias, croquis em aquarela, objetos e imagens, os bastidores das filmagens do documentário “Margaret Mee e a Flor da Lua” na Amazônia. O olhar da equipe que registrou a cada dia de filmagem, uma perspectiva diferente sobre a Amazônia e a ultima expedição da ilustradora botânica inglesa, Margaret Mee, para retratar a rara Flor da Lua.

 

Através das lentes de Julia Equi, diretora de fotografia, das aquarelas botânicas de Malena Barretto, consultora e ilustradora botânica do filme e do diário de filmagem de Malu De Martino, a Amazônia ganha intensidade sob novos ângulos. A exposição também conta com uma experiência sensorial através dos muitos sons que a floresta possui, fazendo o convidado mergulhar no universo no filme e vivenciar o dia a dia da filmagem.

 

Com curadoria e ambientação da designer Mariana Rodrigues, especialista em projetos sustentáveis, tudo foi criado e será montado a partir de elementos da natureza, como folhas secas e também reaproveitados, como o papelão. Um convite a todos para viver esta experiência de cinema, através da exposição do processo de realização do filme. A data da abertura da exposição foi escolhida por ser o aniversário de nascimento de Margaret Mee, quando completaria 106 anos.

 

 

 

De 22 de maio a 22 de junho.

Série inédita de Edouard Fraipont

08/mai

O fotógrafo Edouard Fraipont exibe série inédita de trabalhos na 1500 Babilônia, Leme, Rio de Janeiro, RJ. Nesta série, composta por sete imagens e um vídeo, denominada “Redesenhos”, o artista explora o conceito de foto-performance, em parceria com a coreógrafa e bailarina Alexandra Naudet, e propõe figuras redesenhadas pelo movimento do corpo e pela luz que nele incide.

 

Com a união entre fotografia e performance, em “Redesenhos”, Edouard Fraipont atua como responsável pelo movimento da luz, enquanto Alexandra Naudet atua com o movimento do corpo. A intervenção da fotografia não somente registra uma cena, mas redesenha o corpo documentado, ao acumular traços e distintos momentos do movimento, selecionados pela iluminação. “A intenção é transgredir limites do corpo e reapresentar novas figuras como visões de um imaginário fotográfico. O corpo e a luz ‘performam’ paralelamente.”, comenta o fotógrafo.

 

Neste trabalho, Edouard Fraipont se utiliza do recurso da longa exposição dentro de um ambiente escuro, onde o corpo em conjunção com a luz atuam e “desenham” no material fotossensível. Assim, em uma única imagem, o registro do corpo oferece um acúmulo de gestos, sendo que a luz direcionada permite selecionar e subtrair parte desse gestual, a fim de compor o desenho desejado.

 

Outro desdobramento da mostra está no vídeo “Desenho reanimado”, no qual o artista apresenta uma animação de fotografias que trazem novamente movimento às imagens. Nesta obra, Edouard Fraipont contou com a parceria de Muep Etmo, que compôs a trilha sonora. O resultado de toda a série surpreende, ao surgirem personagens que espelham mais intenções do que aspectos próprios do mundo visível.

 

Ao propor uma temática recorrente em sua obra – anteriormente, sendo o próprio artista a atuar para sua câmera, outras vezes modelos ou pessoas que se autorretrataram -, um dos desdobramentos nesta mostra está em trabalhar em parceria com uma coreógrafa e bailarina, alguém que domina a técnica da performance, da expressão do corpo e da coreografia. “Assim consigo expandir as possibilidades de criação, ao desconectar a performance da luz da performance do corpo.”, conclui.

 

 

De 09 de maio a 18 de julho.

Novas mostras na Pinacoteca Rubem Berta

07/mai

A Pinacoteca Ruben Berta, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, exibe duas exposições sendo “Princípio & Consequências” a que reúne a produção recente da escultora Joyce Schleiniger. Nascida em Santa Maria, participou ao longo de cinquenta anos de inúmeras exposições coletivas e individuais. Também se dedicou ao ensino, de 1966 a 1985, nas faculdades Palestrina, Feevale e Universidade Federal de Pelotas. Graduada em Escultura pelo Instituto de Artes da UFRGS, fez aperfeiçoamentos em escultura, pintura, cerâmica e educação. A partir da sua emigração para a Califórnia em 1985, Joyce Schleiniger abriu seu próprio atelier, onde além do trabalho artístico, proporciona cursos, consultoria, queimas e restaurações. Também produz painéis cerâmicos para fontes, murais e objetos cerâmicos numa integração do utilitário com a pura forma escultórica. Inspirada pela observação da natureza reinventa formas sob o signo da simetria e da repetição de elementos recorrentes.

 

Em consonância com o fascínio pelo corpo despertado pela obra tridimensional de Joyce Schleiniger, a Pinacoteca Ruben Berta oferece ao visitante a oportunidade de se entregar a um cruzamento de olhares com a produção de vários artistas do seu próprio acervo que escolheram o corpo para plasmar a criatividade no plano bidimensional.

 

A exposição intitulada “O Testemunho do Corpo” reúne trabalhos de brasileiros e estrangeiros, datados entre 1871 e 1965, e que possibilitam perceber diálogos entre diferentes gerações na representação da figura humana. Desta maneira a Pinacoteca persiste no objetivo institucional de vivificar o seu acervo através de um instigante encontro poético das esculturas de Joyce Schleiniger com quadros que trazem as assinaturas de Almeida Júnior, Batista da Costa, Di Cavalcanti, Eliseu Visconti, John Johnstone, José Perissinotto, Judith Fortes, PedroAmérico, Luís Nelson Ganem, Maité D´Elba e Vilma Pasqualini.

 

 

De 7 de maio a 12 de junho.

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