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AGENDA CULTURAL

Andréa Facchini lança catálogo

17/abr

No próximo sábado, dia 18 de abril, às 16h30, a artista plástica , Andréa Facchini, vai lançar seu catálogo no Centro de Artes UFF, em Icaraí, Niterói. Haverá um bate papo com a curadora Marisa Flórido Cesar. O lançamento será às vésperas do encerramento da exposição “Alguma coisa atravessa pelos poros”. A mostra apresenta trabalhos inéditos, telas figurativas em acrílica de grandes a pequenas dimensões, desenhos e uma escultura. Os interessados poderão conferir a exposição individual até domingo, dia 19 de abril, também no Centro de Artes UFF, na Rua Miguel de Frias, 9, em Icaraí. A artista é representada pela Sergio Gonçalves Galeria, do Rio de Janeiro.

No SESC Santo André

O Sesc Santo André, SP, exibe “A Experiência da Arte”, com curadoria de Evandro Salles e nove obras, independentes entre si, dos artistas Cildo Meireles, Eduardo Coimbra, Eleonora Fabião, Ernesto Neto, Waltercio Caldas, Wlademir Dias-Pino e Vik Muniz. Entre esculturas, fotografias, instalações, obras sonoras, performances e poemas visuais, a mostra propõe uma imersão plena no universo poético da arte, ao apresentar peças com diferentes abordagens e estratégias de relação com o público: algumas de total interatividade, outras reflexivas ou inteiramente contemplativas.

 

Concebida no formato de grandes instalações, expostas em aproximadamente 1.700m2 de área interna e externa, “A Experiência da Arte” proporciona ao público a vivência da arte como um acontecimento especial, essencialmente poético, de natureza individual e intransferível. O projeto curatorial repensa o papel da mediação entre obra e espectador, no intuito de incentivar a criação de sistemas próprios de vivência e usufruto da arte. Neste sentido, são evitadas legendas, informações biográficas, discursos comparativos, informações históricas, abordagens sociológicas, antropológicas e demais informações que, segundo Evandro Salles, funcionam como “impedimentos que atravessam e obstruem o caráter essencialmente poético do objeto de arte”.

 

Entre os trabalhos expostos, Cildo Meireles apresenta “RIO OIR” e “Malhas da Liberdade – versão nº 4″. O primeiro, uma obra sonora criada pelo artista em 2012 e que acabou se transformando em longa-metragem, CD e instalação. A obra reúne o som gravado nos principais rios da enorme rede fluvial brasileira, do Amazonas ao São Francisco. “RIO OIR – Ouvir o Rio” convida o público a pensar a água como elemento fundamental da vida no planeta. Por sua vez, “Malhas da Liberdade – versão nº 4″ representa uma estrutura de plástico, feita de maneira que as peças podem se encaixar umas às outras indefinidamente, gerando uma variedade incontável de formas e configurações. Apesar da estrutura criar grades que limitam e, de alguma maneira, cerceiam o fluxo, seu desenho permite um inesperado espaço de ultrapassagem, de liberdade de articulação, onde o público interfere e opera um subversivo encontro de saídas e alternativas de caminho.

 

Eduardo Coimbra exibe “Escultura V”, um conjunto escultórico-arquitetônico composto por módulos em estrutura de ferro pintado, com formato de cubos em três tamanhos distintos. Essas peças, de forte inclinação construtivista, são empilhadas criando uma enorme estrutura, que pode ser escalada, ocupada e utilizada pelos visitantes de infinitas maneiras.

 

Por sua vez, a artista Eleonora Fabião traz um conjunto de trabalhos que denominou “Ações Andeenses”, sendo a obra central a performance “Converso Sobre Qualquer Assunto”, na qual se disponibiliza para conversar sobre qualquer coisa, com qualquer pessoa que reaja ao convite da artista. Esta ação ocorrerá uma vez por mês, durante os seis meses de duração da mostra.

 

“Riogiboia” é o título da obra de Ernesto Neto, também concebida especialmente para a exposição. Grande escultura penetrável, de forte impacto visual, tem o formato de uma cobra-labirinto com 122 metros de extensão, podendo ser percorrida em seu interior. Seu piso é feito de madeira, com incrustações de pedra que formam desenhos de signos indígenas tradicionais. Em torno dessa estrutura, grandes painéis são cobertos por fotografias da selva amazônica, justapostas à selva de edifícios que São Paulo configura. Entre esses dois blocos de imagens, as nuvens definem um fluxo do mais precioso líquido: a água. A oposição Urbe-Floresta se apresenta como fonte de reflexão sobre os mitos culturais brasileiros, a necessidade de sua preservação e, ao mesmo tempo, sua projeção no universo urbano.

 

Waltercio Caldas expõe as obras “Camuflagem” e “Inflamáveis”. A primeira, um corredor feito por espelhos, onde algumas poucas palavras problematizam a passagem do público pela estrutura, fazendo com que o olhar do visitante torne-se o objeto central da própria obra. Inflamáveis trata de linguagem e suas codificações. Um carrinho de bombeiro, colocado provocativamente dentro de uma grande vitrine, não possui sua cor característica – o vermelho –, cor esta que “escorrega” literalmente para a parede localizada em frente à vitrine. Significado e significante se descolam um do outro, fazendo com que o carrinho, totalmente branco, revele-se de forma imprevista e inusitada ao olhar do público.

 

Wlademir Dias-Pino, um dos fundadores dos movimentos de poesia construtivista no Brasil e do Poema Processo, apresenta uma nova versão de seu clássico livro “A Ave”. O poeta, hoje aos 88 anos de idade, propõe uma instalação na qual o público, usando o mesmo universo de palavras do poema e seu sistema de leitura, pode produzir novas articulações da obra em uma enorme superfície, coberta com tinta magnética. Assim, os vocábulos e linhas do poema, impressos em forma de imãs, podem ser manipulados em infindáveis possibilidades.

 

Vik Muniz apresenta quatro grandes trabalhos fotográficos em metacrilato, e oferece ao público o seu “Estúdio Vik Muniz”. Neste espaço interativo, seu método de trabalho e de criação fotográfica é disponibilizado, para que qualquer pessoa produza suas próprias imagens, as quais são impressas e também postas em exposição.

 

A mostra, que não tem nenhum roteiro de visitação pré-fixado ou trajetória pré-estabelecida, tem entretanto como seu espaço introdutório a “Sala de Encontro”, usada tanto para receber o público em seus primeiros momentos na área expositiva como para prepará-lo para percorrer um dos trajetos possíveis da mostra. Esta sala funciona como uma espécie de “passagem” entre o mundo cotidiano e o mundo da arte, onde o visitante se preparar para percorrer um universo de natureza mais sensível e complexa.

 

“A Experiência da Arte” não tem um tema central, nem busca a uniformidade de leitura entre estilos e técnicas artísticas. Elimina ao máximo todo tipo de mediação, em prol da livre absorção da poética do objeto de arte. Nas palavras do curador, “Uma exposição de arte é um lugar para ver e experimentar objetos totalmente diferentes daqueles do mundo cotidiano. Eles funcionam para o pensamento, para o olhar e para o coração.”.

 

 

De 21 de abril a 25 de outubro.

Santander : Artes Visuais I e II

16/abr

Santander  : Artes Visuais I

 

O Santander Cultural, Centro Histórico, Porto Alegre, RS, apresenta o “RS Contemporâneo: CORPO SANTO”, através dos trabalhos de Felipe Caldas. A obra de Felipe Caldas expõe com determinação nos traços e forte intencionalidade um cruzamento tão comum ao brasileiro: elementos de diferentes religiões atendendo à mesma crença. Na exposição “CORPO SANTO”, Felipe alia com delicadeza técnica e vivências pessoais e entrega trabalhos carregados de signos comuns ao mesmo e a distintos públicos. Com curadoria do carioca Raphael Fonseca, o artista exibe no Santander Cultural pinturas, desenhos e uma escultura em bambu e papel.

 

 
Até 26 de abril.

 

 

 

Santander  : Artes Visuais II

 

 
Outra exposição do projeto “RS Contemporâneo” no Santander Cultural é “ o vento dissipa lembranças de uma realidade anterior”, de Leonardo Remor e curadoria de Bernardo Mosqueira. De Getúlio Vargas, no interior do Rio Grande do Sul, Leonardo Remor traz projeções de vídeo e um trailer caseiro em trabalhos que têm a intenção de comprovar os efeitos da passagem do tempo. Com transmissões ao vivo de pontos externos do Santander Cultural em diferentes escalas de tempo, a exposição “o vento dissipa as lembranças de uma realidade anterior”  faz com que o visitante ‘assista’ os efeitos da sua própria evolução temporal. As palavras do curador da mostra, o carioca Bernardo Mosqueira, são precisas: “são as pessoas e seus comportamentos aqui dentro que podem gerar interesse”.

 

 
Até 26 de abril.

Tozzi com Ricardo Camargo

A Ricardo Camargo Galeria, Jardim Paulistano, inaugurou exposição com o artista plástico Claudio Tozzi, exatos 13 anos após sua última individual na galeria. As 18 obras selecionadas abrangem trabalhos do final dos anos 1960 até 2000, com destaque para os desenvolvidos sob o signo da Pop Art, como “Cinturão”, e também obras de caráter conceitual como “Vegetal”,  participante da XXXVII Bienal de Veneza em 1976.

 

 

Sobre o artista

 

Tozzi iniciou seu percurso artístico no começo da década de 1960. Desde então, obteve  reconhecimento e grande aceitação no meio cultural e também pelo grande público. Nessa época trabalhou com a apropriação de objetos, imagens icônicas e jornais, história em quadrinhos e fotografias. A partir de 1970 apresenta um tratamento cromático mais elaborado em suas pinturas que adquirem uma conotação simbólica, com a utilização de signos que traduziam a opressão do período. É quando começa a usar elementos metafóricos e mais sutis. O parafuso é o primeiro deles, elemento até hoje presente em suas obras. Ainda nos anos 1970, Claudio Tozzi experimenta novas linguagens e expande sua obra para outros campos, diversificando suportes e meios, pesquisando novos pigmentos e materiais que o  aproximam da vertente conceitual.

 

 

Até 09 de maio.

Op-Art em São Paulo

15/abr

O Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Jardim Paulistano, São Paulo, SP, apresenta, até 01 de junho, a exposição “Op-Art – Ilusões do Olhar”, um vasto panorama da optical art, ou arte ótica, e sua influência no Design, Arquitetura, Mobiliário, Moda, Cinema e Publicidade. Com curadoria de Denise Mattar, a mostra foi idealizada pela Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha, e tem patrocínio da Allergan do Brasil e Acuvue.

 
“Op-Art – Ilusões do Olhar” é a primeira mostra abrangente, realizada no Brasil, sobre esse movimento, surgido no final da década de 1950. A exposição conta com mais de 200 itens, que estarão divididos em três módulos temáticos: 1. Design gráfico, mobiliário e objetos; 2. Obras de arte; e 3. Moda, cinema e publicidade. A lista de artistas participantes inclui alguns dos mais importantes e expressivos representantes do movimento no Brasil e no exterior, dos concretistas aos contemporâneos, mostrando como, na era digital, a Op-Art voltou a ser uma referência. Estarão em exposição, por exemplo, trabalhos dos designers Alexandre Wollner, Almir Mavignier e Antonio Maluf; dos estilistas: Alceu Penna, Versace, Gareth Pugh, Martha Medeiros e Sandro Barrros; além dos artistas plásticos Abraham Palatnik, Lygia Clark, Hélio Oiticica, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Luiz Sacillotto, Angelo Venosa, Hilal Sami Hilal, Julio Le Parc, Victor Vasarely e Carlos Cruz-Diez.

 
Com expografia de Guilherme Isnard, que utilizará efeitos de luz e profundidade para acentuar as características da mostra, OP-Art terá um espaço interno para a Fundação Oftalmológica Rubem Cunha que realizará, durante o período expositivo, a medição da acuidade visual a estudantes atendidos pelo Educativo MCB. “O desconhecimento de problemas visuais é um dos principais elementos responsáveis pela evasão escolar no Brasil”, afirma o Dr. Marcelo Cunha, da Fundação Rubem Cunha. “Dessa forma, a exposição Op-Art – Ilusões do Olhar cria um evento único, associando design, arte e moda a uma causa social”, conclui o médico.

 

 
Conteúdos da exposição por módulos:

 
1: Op-art no Design gráfico, mobiliário e objetos

 
Cartazes originais de Rubem Ludolf, Alexandre Wollner e Antonio Maluf; design gráfico da Tricot-lã, década de 1960, Adolpho Leirner;  cerca de 50 objetos entre pratos, canecas, xícaras, luminárias, mouse-pads, skates, almofadas e relógios de parede de designers brasileiros e estrangeiros; mobiliário de Zanine Caldas, Abraham Palatnik e Julien Pecquart;  exemplos de arquitetura Op-Art no Brasil e no mundo, em projeções; projeto original de Raymundo Colares para pintura em prédio no Rio de Janeiro.

 
2 : Arte

 
Cerca de 30 trabalhos, entre pinturas, esculturas e objetos de artistas brasileiros, pinturas de Lygia Clark, Hélio Oiticica, Aluísio Carvão, Luiz Sacillotto, Mauricio Nogueira Lima, Hércules Barsotti, Hermelindo Fiaminghi, Geraldo de Barros, Lothar Charoux, Ivan Serpa, Ubi Bava, Hilal Sami Hilal, entre outros; esculturas e objetos de Abraham Palatnik, Mary Vieira, Raymundo Colares, Paulo Roberto Leal, Angelo Venosa, entre outros. Artistas estrangeiros: Julio Le Parc, Victor Vasarely, Carlos Cruz-Diez, entre outros.

 
3: Moda, Cinema e Publicidade

 
Vestido de noite de Alceu Penna e Hercules Barsotti, 1960; vestidos criados especialmente para a mostra pelos estilistas Sandro Barros e Martha Medeiros; roupas vintage como capa de chuva em vinil, vestidos curtos, blusa Versace; projeção com fotos de roupas de época e dos desfiles de Givenchy (2010),Louis Vuitton (2013), Mark Jacobs (2013), Gareth Pugh (2014), entre outros; acessórios vintage e contemporâneos: bolsas, óculos, sapatos, lenços etc.; publicidade: Pond’s, Ferrari, Avon, entre outras, apresentados em vídeo;  cinema: “The Responsive Eye”, de Brian de Palma e “Anémic Cinema”, de Marcel Duchamp.

 

 
Sobre a OP-Art

 
A Op-Art surgiu no final da década de 1950, e despontou internacionalmente a partir da exposição “The Responsive Eye”, organizada pelo MoMA, de Nova York, em 1965. Descendente de movimentos como o Suprematismo, Construtivismo e Concretismo, seus trabalhos têm como principais características a repetição de formas simples, o uso do preto e branco, os contrastes de cores vibrantes e as luzes e sombras acentuadas. A ambiguidade entre primeiro plano e fundo gera ilusões de movimento e profundidade. As obras da Op-Art criam um espaço tridimensional, que não existe, mas parece tornar-se real. Tais efeitos despertaram uma nova relação com a obra de arte, exigindo do público uma verdadeira participação.

 

 
Sobre a curadoria

 
Denise Mattar é uma das mais conhecidas e premiadas curadoras do Brasil. Em instituições trabalhou no Museu da Casa Brasileira, SP (1985-1987), MAM-SP (1987-1989) e MAM-RJ (1990-1997). Como curadora independente realizou de 1997 a 2014 mostras retrospectivas de Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho (Premio APCA), Ismael Nery (Prêmios APCA e ABCA), Pancetti, Anita Malfatti, Samson Flexor (Prêmio APCA), Frans Krajcberg, Mary Vieira, Maria Tomaselli, Aluísio Carvão, Abelardo Zaluar, Raymundo Colares, Hildebrando de Castro, Norberto Nicola, Aldo Bonadei, Alfredo Volpi, Alberto da Veiga Guignard. E as mostras temáticas (2004/14): “Traço, Humor e Cia”, “O Olhar Modernista de JK”, “O Preço da Sedução”, “O’ Brasil”, “Homo Ludens”, “Nippon”, “Brasília- Síntese das Artes”, “Tékhne” e “Memórias Reveladas”( prêmio ABCA), “Pierre Cardin”, “Mário de Andrade – Cartas do Modernismo”, “Projeto Sombras”, “No Balanço da Rede” e “Duplo Olhar”.

 

 
Sobre a Fundação Dr. Rubem Cunha

 
A Fundação Oftalmológica Dr. Rubem Cunha é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo prevenir e tratar doenças oculares da população de baixa renda. Em 2007, foi reconhecida como entidade filantrópica OSCIP, faz parte da associação GIFE e do Instituto Azzi. Os recursos levantados pela Fundação, por meio de eventos socioculturais, subsidiam os custos relacionados aos exames e consultas, proporcionando aos pacientes armações e lentes de óculos, medicamentos e tratamento cirúrgico. A Fundação trabalha com os projetos: Boa Visão, Boa Educação, voltado às crianças em idade escolar; Nosso Olhar, vinculado à APAE, e Senhor Olhar, para a terceira idade, além de projetos especiais como Olhar do Sertão, realizado recentemente no interior de Alagoas. A mostra Op-Art – Ilusões do Olhar comemora os dez anos de trabalho filantrópico prestado a crianças e idosos carentes pela entidade criada pelos Drs. Rosana e Marcelo Cunha.

 

 
Até 31 de maio.

Uma paixão francesa no MAR

O Museu de Arte do Rio – MAR, Praça Mauá, Centro, Rio de janeiro, RJ, traz à cidade uma seleção de 75 fotografias e vídeos que, provenientes dos acervos das mais respeitadas instituições francesas – Centre Georges Pompidou, Maison Européenne de la Photographie (MEP), Société Française de la Photographie e Musée Nièpce -, retratam o Rio de Janeiro por ângulos originais e singulares. “Rio – Uma paixão francesa” reúne registros feitos por artistas como os brasileiros Marc Ferrez, Augusto Malta, José Oiticica, Alberto Ferreira e Rogério Reis, os franceses Raymond Depardon e Vicent Rosenblatt, o marroquino Bruno Barbey e o romeno Ghérasim Luca, entre outros expoentes da fotografia do século 19 à atualidade. A produção videográfica será representada por Katia Maciel, JR e Stephen Dean, entre outros.

 
A exposição, que faz parte das comemorações do aniversário de 450 anos da cidade e abre a programação oficial do FotoRio 2015, tem a curadoria assinada por Jean-Luc Monterosso e Milton Guran, com curadoria-adjunta de Cristianne Rodrigues. Resultado de dois anos de pesquisa, “Rio – Uma paixão francesa” é dividida em quatro núcleos – Histórico, Modernista, Contemporâneo e Documental – que apresentam ao público imagens raras, obras emblemáticas e o olhar do estrangeiro sobre cenas do cotidiano carioca.

 
“Até a Segunda Guerra Mundial, o Rio de Janeiro ficava atrás apenas de Paris entre as cidades mais fotografadas do mundo. Isso se deu, em parte, em função de suas belezas naturais e do exotismo – em relação aos padrões europeus –, da civilização que aqui se desenvolvia, mas também devido ao apoio do Governo Imperial. A França, naturalmente, como pátria da fotografia, foi destinatária de uma seleção expressiva dessa produção que integrava relatórios administrativos ou álbuns específicos, sobretudo no século 19. Ao longo do século seguinte, embora por outros caminhos, importantes autores que documentaram o Rio entraram nas coleções de museus públicos franceses”, explica Milton Guran.

 
Entre as curiosidades apresentadas estão os retratos de famílias da elite carioca registrados pelo português Joaquim Insley Pacheco e a panorâmica da missa campal pela abolição da escravatura, realizada em 17 de maio de 1888, capturada por A. Araujo de Barros. Um dos primeiros expoentes brasileiros do modernismo na fotografia, José Oiticica, aparece ao lado de outros nomes do movimento como Emanuel Couto Monteiro e Sylvio Coutinho Moraes. Outros destaques são as fotografias de Raymond Depardon, um dos principais artistas franceses na atualidade, e o trabalho de Vincent Rosenblatt sobre a cultura funk na cidade.

 

No dia da abertura, às 15h, acontece uma Conversa de Galeria com a participação de Milton Guran, Cristianne Rodrigues, Rogério Reis e Bruno Barbey. No dia 16, às 15h, é a vez de Jean-Luc Monterosso falar com o público. Junto com “Rio – Uma paixão francesa”, o MAR abre ao público a mostra “Kurt Klagsbrunn, um fotógrafo humanista no Rio (1940-1960)”.

 
Artistas: A de Barros Araujo, Alberto Ferreira, Augusto Malta, Bruno Barbey, Chakib Jabor, Emanuel Couto Monteiro, Eugenia Grandchamp, Ghérasim Luca, Joaquim Insley Pacheco, JR, José Oiticica, Katia Maciel, Marc Ferrez, Marcelo Lins Martins, Paul Almasy, Raphaël Landau, Raymond Depardon, René Burri, Rogério Reis, Stephen Dean, Sylvio Coutinho Moraes, Thierry Cohen e Vincent Rosenblatt.

 

 
Até 09 de agosto.

 

 
Sobre o Museu de Arte do Rio

 
O MAR é um espaço dedicado à arte e à cultura visual. Instalado na Praça Mauá, ocupa dois prédios vizinhos: um mais antigo, tombado e de estilo eclético, que abriga o Pavilhão de Exposições; outro mais novo, de estilo modernista, onde funciona a Escola do Olhar. O projeto arquitetônico une as duas construções com uma cobertura fluida de concreto, que remete a uma onda – marca registrada do museu –, e uma rampa, por onde os visitantes chegam aos espaços expositivos.

 
O MAR, uma iniciativa da Prefeitura do Rio em parceria com a Fundação Roberto Marinho, tem atividades que envolvem coleta, registro, pesquisa, preservação e devolução à comunidade de bens culturais. Espaço proativo de apoio à educação e à cultura, o museu já nasceu com uma escola – a Escola do Olhar –, cuja proposta museológica é inovadora: propiciar o desenvolvimento de um programa educativo de referência para ações no Brasil e no exterior, conjugando arte e educação a partir do programa curatorial que norteia a instituição.

 
O museu tem o Grupo Globo como mantenedor, a Vale e a BG Brasil como patrocinadores e o copatrocínio do Itaú, além do apoio do Governo do Estado do Rio de Janeiro e a realização do Ministério da Cultura e do Governo Federal do Brasil, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. A gestão fica a cargo do Instituto Odeon, uma associação privada, sem fins lucrativos, que tem a missão de promover a cidadania e o desenvolvimento socioeducacional por meio da realização de projetos culturais.

Duas mostras no MAM-Rio

13/abr

O MAM- Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, inaugura duas duas exposições: a primeira mostra individual do consagrado artista mexicano Damián Ortega e “Ver e ser visto”, que abordará as relações entre arte, imagem e psicanálise.

 

O artista Damián Ortega, que se divide entre a Cidade do México e Berlim, apresentará no Espaço Monumental do MAM Rio a exposição “O fim da matéria”, com uma instalação inédita em que um grande cubo de isopor de cerca de 6mx6mx6m será transformado durante o período da exposição por um grupo de escultores anônimos brasileiros, que originalmente trabalham para o carnaval. Todos os dias eles irão retirar pedaços deste cubo para fazer esculturas que, juntas, funcionarão como uma espécie de inventário da história da escultura. Dentre as obras que serão feitas em isopor estão trabalhos de artistas como Alberto Giacometti, Louise Bourgeois, Jeff Koons, Henry Moore, Ernesto Neto, Rodin, entre outros. Esta é a primeira exposição individual do artista no Rio de Janeiro, que só expôs anteriormente em uma instituição no Brasil em 2007, no Museu de Arte da Pampulha, em Belo Horizonte,MG.

 

 

Até 14 de julho.

 

 

Ver e ser Visto

 

Já a mostra “Ver e ser Visto” tem curadoria do psicanalista Guilherme Gutman e terá obras em diferentes técnicas e suportes, como pinturas, desenhos, esculturas e instalações, de cerca de 60 artistas brasileiros e estrangeiros, como Artur Barrio, Angelo Venosa, Anna Maria Maiolino, Carlos Zílio, Djanira, Gustavo Speridião, José Damasceno, Mira Schendel, Pancetti, Vieira da Silva, Waltercio Caldas, Wesley Duke Lee, entre outros.

 

Como parte da exposição, serão realizadas performances no MAM Rio.

 

No dia da abertura, às 19h, o artista Tiago Rivaldo apresentará “Horizonte de nós dois”.

 

No dia 18 de abril, às 16h, serão realizadas mais três performances: a terceira etapa da performance “Horizonte de nós dois”, chamada “Banco de Olhos”; “(Estudo para) um corpo ideal”, de Raphael Couto, e “Veste Nu”, de Daniel Toledo, Ana Hupe.

 

 

Até 19 de julho.

Fotos de Guilherme Licurgo

10/abr

A Luste Editores lança no dia 14 de abril na galeria LUME, Jardim Europa, São Paulo, SP, “Guilherme Licurgo – Desert Flower – Martha Graham”, um registro feito pelo fotógrafo brasileiro Guilherme Licurgo, durante o período de quatro anos (2010 – 2014), ao acompanhar a Martha Graham Dance Company em turnês ao redor do mundo. A publicação chega às livrarias em uma caixa composta pelo livro principal “Desert Flower”, bilíngue, com imagens e textos sobre a coreógrafa e sua Companhia, um segundo livro intitulado “Body Seeds”, com fotografias (em lâminas) soltas, além de um pôster e um flip book.

 
Guilherme Licurgo teve o contato inicial com os característicos movimentos angulosos da dança de Martha Graham em 2010, quando conheceu Tadej Brdnik, primeiro bailarino e gerente de projetos especiais da Companhia. Juntos, realizaram alguns ensaios fotográficos em um cenário desértico, com figurinos de obras de Martha Graham – os quais já foram assinados por grandes nomes da moda, como Oscar de la Renta, Halston, Donna Karan e Calvin Klein. O resultado dos primeiros registros surpreendeu a todos pela qualidade das imagens e abriu as portas da Martha Graham Dance Company para o fotógrafo, que se deixou seduzir pelas inúmeras formas de registrar os bailarinos em ação. “Fiquei impactado, descobri uma dança extremamente visual, com infinitas possibilidades para um fotógrafo.”, relembra.

 
No ano seguinte, Guilherme Licurgo começa a acompanhar o grupo em turnês, interagindo com os bailarinos após assistir às apresentações e descobrir nuances de movimentos. Quando a Companhia passa pela Itália e pela Espanha, Licurgo tem o insight de sair por locais ao ar livre, com uma mala cheia de figurinos e com bailarinos dispostos a posar para suas lentes, capturando detalhes da técnica de Martha Graham e transformando-os com seu olhar. Nascia, assim, a série de fotografias batizada de “Desert Flower”, um olhar inusitado sobre a obra de Martha Graham, unindo o uso de sua técnica ao desejo de criar imagens novas, livres, que celebrassem sua dança. Em seguida, para mais uma imersão, Guilherme Licurgo viaja a Nova York, de onde segue em outra turnê com a Companhia, passando por outras cidades da Itália e pela Grécia, a fim de incrementar o projeto. Viajando sozinho, mergulhado no mundo de Martha Graham, o processo criativo já se desenvolvia naturalmente, de forma até visceral.

 
Agora, através da Luste Editores, chega o momento de dar mais um importante passo nessa trajetória, com o lançamento de “Guilherme Licurgo – Desert Flower – Martha Graham”. Direcionada não apenas a admiradores da dança e da fotografia, a publicação transita entre livro e item de colecionador; um registro de arte, cultura e beleza. Nas palavras de Janet Eilber, diretora artística da Companhia: “Com estas imagens notáveis, Guilherme Licurgo conseguiu captar as convicções essenciais de Martha Graham e elevá-las ao futuro. Sei que Martha ficaria intrigada e fascinada por estas imagens, e sentiria uma profunda conexão com suas próprias descobertas criativas.”.

 

 
* Entre os dias 15 e 21 de abril, algumas fotografias que compõem o livro estarão em exposição na Galeria Lume.

Nome de referência

O pintor Sante Scaldaferri foi convidado a participar como Artista Referência do 8º Circuito das Artes em Salvador, BA. Será uma exposição individual a ser realizada no ICBA, a mostra tem curadoria de Alejandra Hernández Muños e recebeu o título de “Sante Scaldaferri – Entre Ex — Votos e Meninas”.

 
A exibição constará de uma caixa de arte intitulada “Ex-Votos” contendo um texto de Dom Timóteo, fotos e diagramação de Dadá Jaques e 10 Infogravuras. Também constarão da mostra, 20 desenhos da fase de 1980 e alguns quadros da mesma época. Todos são trabalhos inéditos. Está prevista para um futuro próximo uma exposição com trabalhos de Infogravuras, realizados no período que o artista viu-se obrigado a parar de trabalhar com a encáustica, devido à alergia que sofrera.

 
Atualmente com 87 anos, Sante Scaldaferri mostrou suas obras em diversas feiras e galerias ao redor do Brasil e do mundo – foram mais de 40 exposições individuais e 80 coletivas, e agora ganha um espaço só seu na atual edição do Circuito das Artes.

 

 
Ex-Votos e Meninas

 
Nome importante das artes plásticas na Bahia e no mundo artístico nacional, Sante Scaldaferri foi escolhido pela equipe organizadora do Circuito como homenageado da edição. O público poderá conferir “As Meninas de Scaldaferri”. As gravuras, inéditas, foram encontradas pela própria curadora do Circuito. “Estava numa gaveta e eu esqueci”, brinca. “Veja só, eu me esquecer das minhas meninas!”. O título da exposição, atribuído por Alejandra Hernández Muños, foi aprovado pelo artista. Nas gravuras, mulheres volumosas, exuberantes e nuas.

 

 
Espalhados pela cidade

 
Além da mostra de Sante Scaldaferri, o Circuito das Artes apresenta fotografias, pinturas e instalações de mais 49 artistas, todos em atividade na Bahia, entre as galerias Cañizares, Aliança Francesa, Instituto Cervantes e Palacete das Artes. Dentre os 186 artistas que se inscreveram para a edição, foram selecionados nomes como Chico Macedo, Raoni Libório, Maria Adair e Ully Flores, totalizando 16 fotógrafos e 34 artistas plásticos. Ainda durante o Circuito, 15 artistas serão selecionados para a mostra “Triangulações 2015”. Com curadoria de Marília Panitz, o evento vai percorrer Salvador, Goiânia e Fortaleza, de julho a novembro com trabalhos de  artistas dos três estados.

 

 
Até 10 de maio.

Livro de Verena Smit

A fotógrafa Verena Smit lança seu livro “Lovely”, na Livraria Freebook, Jardim Paulistano, São Paulo, SP, com 22 imagens em preto e branco. Após residir em Nova York, Estados Unidos, durante dois anos e meio, a artista ocupou seu último ano na cidade com este projeto, cuja proposta nos leva a um imaginário poético onde o sentimento de despedida é o fio condutor. A despedida não da cidade ou simplesmente das pessoas com quem se relacionou, mas de um sonho concretizado. Ao se mudar para Nova York para uma graduação em fotografia, Verena Smit se deparou com momentos difíceis mas, ao mesmo tempo, com os melhores e mais intensos de sua vida. Se envolveu de forma mais experimental e artística, reafirmando sua paixão pela fotografia.

 

Um ano antes de retornar a São Paulo, a artista viu a necessidade de reunir imagens para a criação de seu primeiro livro – algo autoral, livre, pessoal, como uma dedicatória ao tempo que morou naquela cidade. Adquiriu, então, uma pequena câmera, e passou a levá-la para todos os lugares. “Queria guardar as memórias de uma outra forma e, ao mesmo tempo, incentivar meu instinto de fotografar constantemente cada detalhe que eu via ao longo dos dias.”, comenta. Surge, então, o projeto “Lovely”, não como um diário fotográfico, mas como uma narrativa poética que expõe a relação entre uma experiência vivida e o ideal sonhado. Carregadas de espontaneidade e despretensão, as fotografias revelam uma atmosfera de sonho, de fantasia, transportadas de seu inconsciente para os negativos.

 

De volta ao Brasil, Verena Smit chegou a deixar este projeto de lado, talvez por tamanha nostalgia que o trabalho lhe causava. Agora, com o lançamento de “Lovely”, a fotógrafa considera este como o fim de um ciclo, deixando claro que Nova York não ficou apenas na lembrança e no coração. Nas palavras da artista: “Queria fazer algo maior, além de apenas ter sentido e vivido tudo aquilo. Com o lançamento deste meu primeiro livro, declaro minha conciliação e meu retorno à fotografia.”.

 

 

Data: 16 de abril de 2015, quinta-feira, das 18 às 22h.

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