Olá, visitante

AGENDA CULTURAL

Moreleida na Mama/Cadela

25/mar

Situada no bairro Santa Teresa, em Belo Horizonte, MG, a  Galeria Mama/Cadela exibe uma mostra especial, com obras nunca expostas do artista plástico Pedro Moraleida. Com curadoria de Adriano Gomide, “Pedro Moraleida: Pinturas e Desenhos”, traz também trabalhos que fazem parte da “Imagine: Brazil”, que  estreiou em Oslo, Noruega, no Astrup Fearnley Museum of Modern Art e já passou pelo Musée d ‘Art Contemporain de Lyon, França. Embora curta, sua carreira artística foi muito intensa deixando um expressivo trabalho entre telas, desenhos, textos e músicas. A exposição conta com 14 obras de grande porte, 40 menores, entre pinturas sobre papel e desenhos.

 

 
A palavra do curador

 
“O Pedro tinha uma pintura em linhas viscerais, com muita criatividade. Em algumas obras os sentimentos afloram mais. Ele retrata temas como religião e sexualidade… Ele também é ligado à história da arte e tem um lado lírico. Pedro vai de um lado a outro e tem desenhos com letras bastante poéticos.”

 
“Estamos escolhendo tudo com o pai dele, o Luiz Bernardes, e também será exibido o vídeo feito por Sávio Leite em 2004 em uma de suas exposições em Belo Horizonte, que mostra bem seu processo criativo.”

 

 

Sobre o artista

 

 
Pedro Moraleida Bernardes nasceu em Belo Horizonte, em 10 de agosto de 1977, e faleceu em 1999. Seu pai, jornalista, e sua mãe, socióloga, deram-lhe uma base cultural na infância e, em 1996, classificou-se em primeiro lugar no vestibular para a Escola de Belas Artes da UFMG.

 
Em sua produção nas artes plásticas aparecem vestígios de seu interesse pelos quadrinhos, tendo realizado, na adolescência, muitas histórias completas, com personagem criativos e irônicos, como a “Escova de Dentes Assassina”, o “Vruum Incandescente”, o “Moraleida” – um híbrido de humano e passarinho, o “Caralho a Quatro” e muitos outros. Seu amor por bichos, grandes companheiros de sua infância, reaparece nas figuras antropomórficas que povoam seus desenhos e pinturas, bem como nos textos de reflexão e nos escritos poéticos.

 
Em sua breve, mas intensa, vida profissional produziu as imagens para os cartazes 1° e 2° Festivais de Cinema Antropológico (1997 e 1998) e entre as exposições coletivas que participou, destacam-se a “X – INTEGRARTE”, no Salão Anual dos Alunos da EBA/UFMG (1997) – exposição comemorativa dos 100 anos da cidade de Belo Horizonte; e “As Lembranças São Outras Distâncias” (1998), no Centro Cultural da UFMG – 10 Anos, comemorativa dos 10 anos de funcionamento do centro.

 
Participou ainda, a partir de 1999, do “Grande Círculo das Pequenas Coisas”, mostra itinerante do curador Marcio Sampaio. Sua exposição “Condoam-se F.D.P.”, em conjunto com Frederico Ernesto, foi considerada como um dos eventos culturais mais importantes da cidade em 1998.

 
Depois de sua morte, a revista Graffiti publicou em pôster seu políptico “Os sete pecados capitais” ou “Eu quero essa mulher assim mesmo”. E a XIII – INTEGRARTE, em 2000, dedicou-lhe uma sala especial com oito de seus trabalhos.

 

 
Até 30 de março.

Rubens Mano na Millan

Em sua nova individual na Galeria Millan, Pinheiros, São Paulo, SP,  denominada “contrato social”, o artista Rubens Mano expõe 17 trabalhos inéditos – entre fotografias, instalações, vídeo e objetos – que informam como certas tensões culturais, políticas e sociais materializam-se no espaço e “naturalizam” determinados processos de fixação territorial.

 
A exposição desdobra uma pesquisa iniciada em outras duas individuais do artista: let’s play (Galeria Casa Triângulo, 2008) e incessante – incurável (Galeria Millan, 2011). Enquanto na primeira a abordagem recaiu sobre implicações decorrentes da inscrição do artista e da obra de arte no espaço expositivo, na segunda, Rubens Mano se debruçou sobre distintos aspectos definidores da superfície visível do universo artístico. Agora, o artista expande a investigação para os processos de apropriação de territórios e suas implicações e expressões na constituição de espaços. Como ele próprio diz: “É no território do instável que se moldam as formas do aparentemente estável”.

 
A individual ocupa todo o espaço da Galeria Millan. No andar térreo, além de fotografias (como as da série natureza privada) e objetos, o artista exibe uma instalação na área externa, que recebe o mesmo título da exposição. O andar superior será ocupado por fotografias e também um vídeo, intitulado análise de sistemas.

 
Em contrato social, Rubens Mano explora certas complexidades constitutivas do espaço e como estas se desdobram em múltiplas dimensões da vida privada e pública, individual e coletiva, natural e cultural.

 

 
Até 17 de abril.

Um olhar em Brasília

A Galeria Almeida Prado, CLN 405 Bloco C Loja 45, Asa Norte. Brasília, DF, inaugura a exposição “Olhar sobre uma cidade singular”, da artista francesa Virginie Caquot. São mais de 20 fotografias que retratam sua visão, como estrangeira, do cotidiano brasiliense. Para Virginie, além do impacto de morar temporariamente em outro país, sua grande surpresa foi se deparar com uma cidade singular. Como ela mesma diz, não existe nenhum outro lugar no mundo como Brasília. De imediato, a artista sentiu-se esmagada pelo concreto árido e os grandes espaços vazios que compõem o espaço urbano da cidade. A falta de domínio da língua tampouco ajudava. Foi então que, como artista e fotógrafa, Virginie transformou seus registros fotográficos em suas novas palavras e identidade.

 

Através de seu olhar, expressou a saudade de sua antiga moradia, a solidão por estar cercada de pessoas desconhecidas, os contrastes entre os vários lugares onde já morou, a arquitetura angulosa da cidade que se revelava a cada dia, e a surpresa e curiosidade em explorar e viver uma nova cultura. Essa série de fotografias nasceu de uma explosão de sentimentos da artista em busca de equilíbrio e harmonia entre todos os elementos que permeiam um instante fotográfico.

 

Entre cores, luzes e sombras, a artista mescla, em meio à arquitetura moderna de linhas retas ou curvas, registros de desconhecidos vivendo seu cotidiano sem que percebam que estão sendo retratados. Tudo isso para captar um momento único e espontâneo, real e fiel tanto ao seu olhar estrangeiro quanto ao olhar de qualquer um.

 

 

De 26 de março 17 de abril.

Projeto Viés

20/mar

A Way Design, Barra, Rio de janeiro, RJ, apresenta o “Projeto Viés”, a primeira linha da coleção 2015. A série é composta por peças inéditas assinadas por premiados designers nacionais contemporâneos como Zanini de Zanini, Ronald Scliar Sasson e Flavio Franco, e ainda nomes marcantes do design, como Aida Boal e o saudoso José Zanini Caldas. Os móveis abusam da madeira catuaba unindo o modernismo e o clássico.

 

De um lado, as formas puras, criadas por ícones criativos das décadas de 50 e 60, que contavam com os recursos nem sempre suficientes da indústria moveleira nacional, ainda em seus primeiros passos. Do outro, uma geração que poderia contar exclusivamente com tecnologia a serviço do móvel, mas que não abre mão da poesia. Com o intuito de reunir tradicionais nomes de diferentes épocas em uma única e exclusiva coleção, nasceu a ideia do projeto, um selo mobiliário assinado, catalogado e carregado de histórias. “Com o Viés, vamos apresentar uma linha de raciocínio, que têm brasilidade em diferentes momentos, como o Zanini Caldas, nos anos 50, e o Ronald Scliar Sasson e o Flavio Franco, na década de 90. Sempre reforçando o contraste de diferentes regiões dessa imensidão que é o Brasil”, completa Zanini de Zanine. A cenografia das lojas é assinada por Beto Consorte.

 

 

A partir de 26 de março.

Nova mostra de Maria Lynch

A Anita Schwartz Galeria de Arte, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Aforismas, Rizomas e Selvageria”, individual de Maria Lynch. O chão do grande salão térreo da galeria, que tem 140 metros quadrados de área, será inteiramente coberto com pipoca, que será fabricada pela artista no próprio espaço de exibição. Neste espaço, serão apresentadas doze obras inéditas, produzidas este ano especialmente para a mostra – sete pinturas em grande formato e seis esculturas. A mostra será acompanhada de uma entrevista com a curadora Luisa Duarte.

 

“Um cenário, um ambiente, uma cena; pipoca vira adereço no chão, vira sonoplastia, o espectador pisa, não come. Participa ao entrar, o papel do entertainment é sensorialmente alterado”, diz Maria Lynch.

 

As pinturas em grande formato, com tamanhos que chegam a 2m X 3,45m, com cores fortes e vibrantes, características do trabalho da artista, serão colocadas na parede próxima ao chão e não na altura dos olhos, como é de costume nas exposições. A mostra terá, ainda, uma escultura de parede, de 180cm de diâmetro, em tecido e acrylon, e quatro esculturas de chão, intituladas “Dramatização Invertida”, feitas com brinquedos de plástico, e pintadas cada uma de uma cor: verde, branco, rosa e laranja. “Aqui utilizo brinquedos de plástico que brincamos na infância para projetarmos o ser adulto, aqui inverto essa ordem fazendo o adulto lidar com esta dissolução”, explica a artista.

 

Ao entrar, a mostra sugere elementos de cinema. “O filme está em proporção alterada, o que está dentro da tela não se mexe, falo da pintura, mas fazendo com que ela confronte o espectador de uma outra maneira. Nessa minha busca pelo que se expande da pintura, o que ativa o sensorial e o sensível do imaginário, pratico romper com este sistema, provocar a estranheza da ambiguidade do sentir, da memória, essa fragmentada para excluir a lógica”, afirma a artista.

 

 

Sobre a artista

 

Maria Lynch nasceu no Rio de Janeiro, Brasil, em 1981, e atualmente vive e trabalha em Nova York. É formada pela Chelsea College of Art and Design, Londres, onde concluiu pós- graduação e mestrado em 2008. Entre suas principais exposições estão “The Jerwood Drawing Prize”, em 2008, com itinerância a partir de Londres para outras cidades da Inglaterra. No mesmo ano participou de “Nova Arte Nova”, no CCBB, Rio e São Paulo, com curadoria de Paulo Venâncio Filho. Em 2010, ganhou o Prêmio Funarte de Artes Plásticas Marcantônio Vilaça. Em 2011, integrou a 6º Bienal de Curitiba Vento Sul, com curadoria de Alfons Hug. Em 2012, mostrou a instalação “Ocupação Macia”, no Paço Imperial, Rio, e a performance “Incorporáveis”, no MAM Rio. Foi convidada para expor durante as Olimpíadas de Londres, 2012, no Barbican Centre. Em 2013, fez exposição individual “Acontecimento Encarnado”, na Anita Schwartz Galeria de Arte e mostrou “Bordalianos do Brasil” na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, Portugal. Depois de realizar uma residência artística na Residence Unlimited, em Nova York, EUA, em 2014 foi contemplada com o Prêmio da Embaixada brasileira para uma exposição individual na Storefront For Art and Arquitecture, em Nova York , EUA, que será realizada em maio deste ano. Maria Lynch está presente em importantes coleções públicas como Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Centro Cultural Candido Mendes, no Rio, Brasil, Coleção Gilberto Chateubriand, Brasil/MAM Rio, Ministério das Relações Exteriores, Palácio do Itamaraty, e Committee for Olympic Fine Arts, em Londres.

 

 

De 26 de março a 09 de maio.

No Solar das Palmeiras

19/mar

Na primeira edição do ano do evento O Cluster, o artista Eduardo Denne apresenta um formato inédito de live painting (pintura ao vivo). No dia 29 de março (domingo), O Cluster chega a sua 11ª edição, no Solar das Palmeiras, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ, das 13h às 21h, com uma seleção de jovens empreendedores e artistas apresentando seus produtos e criações. Na primeira edição de 2015, o evento abrigará, além das marcas de moda e design, chefs de gastronomia e DJs convidados, o trabalho do artista plástico e desenhista gráfico Eduardo Denne, que irá apresentar o primeiro live painting de Stencil do evento.

 

O público conhecerá um pouco a arte do stencil, uma forma muito popular do graffiti que utiliza uma placa como molde para criar a figura. O live painting desta vez começará antes mesmo do evento, com vídeos que registrarão o processo de criação do artista. “Levo dois, três dias para fazer um trabalho. Não tenho a urgência que o graffiti pede. Meu trabalho é a arte final. Eu planejo, não rascunho.”, explica, com uma forte marca autoral nos temas de cultura fashion e urbana. Denne, que já fez trabalhos para a Nike, Adidas, Converse, entre outros, é muito conhecido por rostos que faz de stencil de varias celebridades.

 

 

Em 29 de março.

Vergara em Paris

Em co-produção com MdM Gallery, Paris, França, em parceria com YIA Art Fair fora das paredes, o pintor Carlos Vergara exibe na igreja de Paris Saint-Gervais, 4º arrondissement, trabalhos inéditos da série mortalha já apresentada no Museu de Arte Contemporânea de Niterói e no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, Brasília. Conforme explica o artista, “…tudo começa em 1970, com uma vontade irresistível de olhar para fora da oficina e produzir um trabalho que seria o resultado do acaso e da colisão com o desconhecido.”

 

Desde então, percorrendo diversos lugares, Vergara vem realizando obras (site-specific) na Capadócia, Turquestão, Pompéia e em cidades do interior do Brasil. Não se limitando a visão documentária, o artista tenta capturar o invisível no visível de cada lugar. Juntamente com fotografias, vídeos e esculturas, produz monotipias – estampas exclusivas tecidos estampados – a partir de contato com os restos de terra (lençóis, redes, palha …).

 

O convite para expor na Capela de St. Lawrence, no lado esquerdo da nave em Saint-Gervais, imediatamente lembrou Vergara sua série de obras em 2008 na missão jesuíta de mesmo nome. Localizado na histórica região de Sete Povos, no Rio Grande do Sul. A missão de São Lourenço se desenvolveu a partir do final de 17 a início do século 18 um modelo singular de convivência entre os sacerdotes e indios com base na ausência da propriedade privada e da catequese transmitida através da música. Trabalhando na construção dos edifícios previstos pelos missionários, foram dadas carta branca aos nativos para reinterpretar a doutrina católica através dos ornamentos arquitetônicos.

 

“Eu achei interessante trazer essa atmosfera do sul do Brasil dentro da capela parisiense de St. Lawrence,” disse ao artista que retornou recentemente a São Lourenço para criar uma nova série original para Exposição da igreja de St. Gervais. Uma dessas novas obras é uma instalação que representa uma cruz missioneira, a cruz de origem espanhola retrabalhada com o fio de lã. Símbolo da experiência entre jesuítas e índios guaranis, a cruz missioneira de Vergara foi por outro caminho, de volta ao Velho Mundo.

 

Sudário, os antigos lenços nome usado por viajantes para enxugar o suor, é uma metáfora para o processo criativo de Carlos Vergara nos lugares por onde passou. O título da exposição ganha uma segunda direção neste espaço religioso.

 

 

 

 Sobre o artista

 

Nascido em 1941, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, Carlos Vergara é uma das figuras mais importantes da arte brasileira desde sua participação na exposição “Opinião 65″ dedicados à Nova Figuração brasileira e no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro em 1965. Seu trabalho com múltiplas facetas – pinturas, instalações, monotipias e fotografias – compreendem a figuração e a abstração. Suas obras fazem parte das maiores coleções brasileiras: MAM Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAC Museu de Arte Contemporânea, Niterói, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Gilberto Chateaubriand Coleção e Fundação Calouste Gulbenkian.

 

 

 

Até 05 de abril.

Catálogo de Sidney Amaral

18/mar

Em cartaz no Museu Afro Brasil, Instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, o artista plástico Sidney Amaral lança catálogo da exposição “O Banzo, o Amor, e a Cozinha de Casa” e participa do projeto “Encontro com Artista”, no próximo dia 21 de março, a partir das 14h.

 

Ao longo do encontro com o público, Sidney Amaral falará sobre sua trajetória, concepção de arte, obra e processo de trabalho, o diálogo ocorrerá no Teatro Ruth de Souza. “Quero falar um pouco sobre minha presença no mundo, como homem negro e cidadão brasileiro, mas também como busco no meu trabalho, através dos afetos, falar de amor, de frustrações e de reencontros possíveis”, afirma o artista plástico.

 

“O projeto Encontro com Artista promove uma interlocução entre os visitantes e o convidado, com o objetivo de ampliar as possibilidades de apreciação estética do participante, a partir do contato com a obra e com a história do artista”, explica Neide de Almeida, coordenadora do Núcleo de Educação do Museu Afro Brasil.

 

Logo após, Sidney Amaral lança o livro-catálogo da exposição “O Banzo, o Amor, e a Cozinha de Casa”., em cartaz no Museu Afro Brasil, da qual fazem parte cinquenta pinturas, desenhos e esculturas. O livro tem prefácio do diretor curatorial Emanoel Araújo e texto crítico do professor e artista plástico Claudinei Roberto.

 

“A grande exposição de Sidney Amaral no Museu Afro Brasil traz surpreendentes apelos “no bom sentido da palavra”, por conta dos muitos caminhos propostos por ele”, afirma Emanoel Araujo.

 

“O livro é resultado de 15 anos de meu trabalho em escultura, pintura e desenho e foi realizado com patrocínio do Prêmio Funarte de Arte Negra 2012, do qual eu fui vencedor”, explica Sidney Amaral.

 

 

A exposição permanecerá em cartaz até 26 de abril.

Manoel Santiago, mestre impressionista

O Centro Cultural Correios, Centro, Rio de Janeiro, RJ, promove a exposição “Manoel Santiago, mestre impressionista”. A mostra, sob a curadoria de Angela Ancora da Luz, revela o trabalho de um artista emblemático da arte no Brasil a partir da década de 1920. Discípulo de Eliseu Visconti, também foi aluno de Rodolfo Chambelland e Baptista da Costa na Escola Nacional de Belas Artes. Depois de uma temporada de cinco anos em Paris, tornou-se professor do Instito de Belas Artes e lecionou, ainda, no Núcleo Bernardelli para alunos como José Pancetti, Milton Dacosta, entre outros.

 

Manoel Santiago foi um dos primeiros artistas a trabalhar com a diluição da pincelada, aproximando-se dos impressionistas, o que faz dele um pioneiro da arte no Brasil. A mostra “Manoel Santiago, mestre impressionista”, procura apresentar obras de todas as fases da vida artística do pintor, desde a inspiração em nossas lendas e a memória da vibrante natureza da floresta amazônica, até as diferentes paisagens do Rio de Janeiro, quando a diluição da pincelada o aproxima dos impressionistas franceses. O modelo vivo, a figura humana e o retrato foram por ele interpretados sob a mesma luz que atravessa a atmosfera e promove o brilho da paisagem. Nesse sentido, a exposição “Manoel Santiago, mestre impressionista” revela um dos mais significativos artistas brasileiros que, através de seu trabalho, revela páginas da arte brasileira fundamentais para a compreensão de sua história e importância.

 

Segundo a curadora Angela Ancora da Luz a obra de Manoel Santiago “…é fundamental para entendermos os rumos da construção de nossa modernidade. Ele parte da fragmentação da pincelada, como os impressionistas, e, explorando os efeitos da luz registra resíduos icônicos, sugestões de figuras que caminham na direção da desmaterialização para se fixarem apenas por meio da tinta na superfície da tela, como em “O Kosmo” de 1919″.

 

A produção da mostra é de Anderson Eleotério e Izabel Ferreira – ADUPLA Produção Cultural, que vem realizando diversas exposições no Brasil, como: Athos Bulcão, Farnese de Andrade, Milton Dacosta, Raymundo Colares, Bandeira de Mello, Carlos Scliar, Debret, Aluísio Carvão, Mário Gruber, Antonio Bandeira, Nazareno Rodrigues entre outros. Patrocínio: Correios.

 

 

Sobre o artista

 

Manoel Santiago nasceu em 1897 em Manaus e faleceu em 1987 no Rio de Janeiro. Cursou a Faculdade de Direito e foi aluno do Curso Livre da Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Produziu intensamente ao longo de sua vida, sendo presença destacada nos mais significativos momentos da construção de nossa modernidade. Discípulo de Rodolpho Chambelland e Batista da Costa, quando freqüentou a Escola Nacional de Belas Artes, buscou a direção da fragmentação da pincelada, da luz e da cor que caracterizariam sua paleta. Recebeu aulas particulares de Visconti e obteve o Prêmio de Viagem do Salão Nacional de Belas Artes em 1927, indo para Paris. Em sua volta passa a lecionar no Núcleo Bernardelli, a partir de 1934, tornando-se mestre de Pancetti, Edson Motta, Bustamante de Sá, Milton Dacosta e demais pintores nucleanos, que, a exemplo dos impressionistas, buscavam a pintura plein air, as atmosferas luminosas e a natureza com seus brilhos fugidios, domínio absoluto de Manoel Santiago. Casou-se com Haydéa Santiago, também pintora, que comungava com ele dos mesmos ideais.

 

 

Até 03 de maio.

Registro

17/mar

O dia 16 de março constituiu-se num dia muito importante para a Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, SP:  foi assinado o contrato de comodato de 178 trabalhos da coleção Roger Wright, conhecida pela qualidade de obras dos anos 1960 e 1970.

 

“É para mim uma grande homenagem à memória de meu irmão e de seus filhos, entregar a coleção à Pinacoteca do Estado de São Paulo”, disse Christopher Mouravieff-Apostol, irmão do colecionador Roger Wright. A primeira exposição do conjunto está prevista para maio de 2016.

 

A foto é de Rômulo Fialdini.

Sua mensagem foi enviada com sucesso!