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AGENDA CULTURAL

Organométricos

26/jan

O artista plástico Manfredo de Souzanetto expõe, obras inéditas dos anos 1970 até trabalhos recentes, na Mul.ti.plo Espaço Arte, Leblon, Rio de Janeiro, RJ. A arte sem limites – de técnica, formato, textura, cores – de Manfredo de Souzanetto ganha a exposição “Organométricos”, com 20 obras inéditas. Colorista? Geométrico? Pintor, escultor, gravador? Tudo isso – e o que mais o futuro reservar para sua arte. A mostra reúne cinco litografias feitas durante o período em que o artista morou em Paris,  14 telas (pigmentos sobre linho) de pequenos formatos, realizadas entre 2011/2014 e um múltiplo feito especialmente para a exposição, uma escultura reunindo duas pedras, uma em bronze e outra em porcelana.

 
Mineiro da cidade de Jacinto, Souzanetto sempre trabalhou com pigmentos. Especialmente os naturais, tirados da terra e dos minerais das Gerais, além de óxidos de ferro, resina, juta e madeira. Entretanto, nas telas desta exposição, os pigmentos artificiais se misturam aos naturais, criando, ao mesmo tempo, continuidade e surpresa. “Introduzi cores industriais para criar outra dinâmica na obra. As cores ficam mais francas, mais abertas, há uma paleta mais variada, com contrastes que não aconteciam em outros trabalhos”, explica o artista.

Isso faz parte da busca de um artista que não se aprisiona. Nem mesmo nos limites da tela: Souzanetto sempre ultrapassou os quadrados e retângulos das molduras, criando tridimensionalidades. Na mostra da Mul.ti.plo, as telas, embora com formato tradicional, dialogam entre si: “Cada tela é única, mas é como se na verdade fossem ‘fragmentos de telas’, que se articulam com outros. Muitas formam um conjunto de três ou até mesmo quatro destes fragmentos”, diz.
A assinatura da obra de Manfredo de Souzanetto é justamente essa mistura de tradição e reinvenção. Por isso não se define como “colorista ou geométrico”. “Eu me circunscrevo em um eterno vai-vém, não em fases demarcadas. Sempre estabeleço um diálogo com as obras anteriores, que permite uma coerência na leitura da obra, mas buscando algo novo. Não uma ruptura, mas uma continuidade”, explica o artista, que também se vale desta liberdade para não se considerar um “colorista” ou um “geométrico”. “Meu trabalho tem cor, então sou, claro, colorista; a geometria é a base do meu trabalho, portanto, sou geométrico. Mas há a organicidade, não apenas por conta do pigmento mas do desenho, que é orgânico e que sempre faz um contraponto com a geometria. Tanto que fiz, há três anos, uma exposição em Paris que define bem isso: chamava-se Organométricos.”

 
Sobre o trabalho de Manfredo de Souzanetto, diz o crítico de arte francês Philippe Cyroulnik: “O que faz o interesse de suas obras é esta mistura de tradição e invenção que elas trazem em si, a arte de deixar o terreno conhecido pelo da mistura de gêneros. Elas têm o dom de tornar o improvável concebível e de serem ao mesmo tempo simples e complexas, evidentes e enigmáticas.” Este tom instigante, bem longe da monotonia, estão nas obras inéditas na exposição atual.

 

 

Sobre o artista

 

Manfredo de Souzanetto
Nasceu em Jacinto – Minas Gerais, em 01 de junho de 1947. Vive e trabalha no Rio de Janeiro.
Estudou na Escola Guignard e Escola de Arquitetura da UFMG em Belo Horizonte; Escola
Nacional Luis Lumière e Escola Nacional de Belas Artes em Paris e graduou-se pela
Escola de Belas Artes da UFRJ. Desde 1974 expõe individualmente no Brasil e na Europa perfazendo mais de 50 Individuais. Entre estas destacamos Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro-projeto ABC/Funarte, 1982. Centro de Arte Moderna da Fundação Gulbenkian – Lisboa, 1994. Le 19, Centre Regional d’Art Contemporain – Montbéliard – France,1998. Musée National de Porcelaine Adrien-Dubouché – Limoges – France, 2000.

 

Instituto Moreira Salles – 2005/2006; uma panorâmica de sua obra no Centro Cultural Correios – Rio de Janeiro, na Caixa Cultural em Brasília e no Palácio das Artes em Belo Horizonte, em  2006. Os Amigos da Gravura no Museu da Chácara do Céu do Rio de Janeiro, 2004. Kulturtorget em Stavanger, Noruega em 2007. Em 2009 fez uma grande exposição de suas obras no Centro de Arte l’Espal em Le Mans na França, e na Galeria Pascal Gabert em Paris. Em 2010 realizou a exposição “Litoral” no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro com sua produção mais recente: pinturas e esculturas em madeira e em 2013 uma exposição na Stiftung  Brasileia em Basel, Suiça.   Participou de importantes exposições coletivas como a XII e XVII Bienais de São Paulo, 1973 e 1983. VIII Festival Internacional de Pintura – Cagnes-sur-Mer – France, 1976. Grands et Jeunes d’Aujourd’hui – Grand Palais – Paris, 1978. Modernidade, Arte Brasileira do Século XX no Museu de Arte Moderna da cidade de Paris, 1987. UNESCO – 40 Artistes – 40 Ans – 40 Pays – Palais de L’Unesco – Paris, e Modernidade-Arte Brasileira do Século XX – MAM – São Paulo, 1988. Triennale des Amériques – Espace Sculfort – Maubeuge – France, 1993. Arte Brasil Heute – Europäisches Patentamt – Müchen – Alemanha; Brasil Bienal, Arte do Século XX – Bienal de São Paulo, 1994. Coleção João Sattamini, Instituto Cultural Tomie Ohtake, São Paulo, 2002. Arte em Diálogo: artistas brasileiros e noruegueses – Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, 2003. Arte Brasileira Hoje, Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM, Rio de Janeiro, 2005; Amalgames, l’Art Brésilien Contemporain – Musée de l’Hôtel Dieu – Mantes la Jolie –France, 2005. Ortodoxos/Heterodoxos – Le 19 Centre Regional d’Art Contemporain – Montbéliard – France, 2007. Foi publicado pela Editora Contracapa, em 2006, o livro Paisagem da Obra, sobre seu trabalho;  um livro com entrevista sua, pela editora C/Arte, na coleção Circuito Atelier e em 2009 o livro “Do que ainda” com o poeta Julio Castañon Guimarães pela Editora Contracapa. O artista possui obras em museus e coleções como o Museu de Arte de Belo Horizonte, Musée de l’Abbaye Sainte-Croix – Les Sables d’Olonne – França, Museu Nacional de Belas Artes – Rio de Janeiro, Pinacoteca do Estado de São Paulo, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – Coleção Gilberto Chateaubriand, Museu de Arte Moderna de São Paulo – Sala Paulo Figueiredo, Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, Museu de Arte Contemporânea de Niterói – Coleção João Satamini, Fond National d’Art Contemporain – França, Europäisches Patentamt – Müchen – Alemanha, Instituto Itaú Cultural – São Paulo, Instituto Moreira Salles – Rio de Janeiro e Coleção Statoil – Stavanger – Noruega.

 

 

 
 De 27 de janeiro a 07 de março.

Paulo Santos no Vale das Videiras

24/jan

O Vale das Videiras – distrito de Petrópolis, RJ – é palco de exposição na Galeria A2, Estrada Almirante Paulo Meira 8400, recém criada pelo fotógrafo Alexandre Salgado e André Faoro. Dando continuidade ao desejo de aproximar natureza e arte, a galeria abre 2015 com as fotografias de Paulo Santos, na mostra “Pedaços”. As imagens pertencem ao trabalho no campo macro da fotografia, com cliques no próprio Vale e em outros locais e mostram detalhes mínimos de madeira, ferro, folha, flor, tecido e pessoas.

 

“Pedaços” exibe pela primeira vez o trabalho de Paulo Santos em fotografia abstrata, onde captou de forma inédita os sutis detalhes da natureza, que se revelaram em poesia e luz através de sua lente. A princípio as imagens podem insinuar formas conhecidas que se tornam subjetivas à interpretação do público, pois as cores, texturas e formas captadas criam outro objeto em nosso olhar.
O trabalho é reflexo de uma extensa pesquisa do artista, iniciada num momento de pouca mobilidade. Hoje ele fala que com a câmera vai penetrando até parar em um determinado ponto. Paulo Santos ainda afirma que a única coisa que importa é a luz, já que ela é a única capaz de dizer se o objeto almejado vai resultar em uma grande fotografia ou não. O artista ainda frisa que não faz manipulação nem cortes nas imagens, mantendo-as no formato original.

 

 

Ao longo de seus 40 anos de profissão dedicados à fotografia, Paulo Santos foi fotógrafo do programa global Casseta & Planeta por 18 anos, participou de inúmeros filmes e documentários, realizou ensaios fotográficos deslumbrantes sobre a natureza brasileira, com destaque para a Mata Atlântica e Serrado, além dos jardins de Burle Marx – que foram publicados em livros de arte -, realizou um ensaio sobre o Theatro Municipal do Rio de Janeiro após a restauração e dedicou 20 anos de sua carreira ao cargo de diretor de fotografia da TV Globo.

 

 

De 24 de janeiro a 1º de março.

Visita guiada

Neste sábado, dia 24 de janeiro, às 17h, o colecionador Joaquim Paiva e a curadora Marta Mestre farão uma visita guiada pela exposição “Limiares – A Coleção Joaquim Paiva no MAM”, que reúne 40 fotografias do acervo pertencente ao diplomata nascido em 1946, em Vitória, que reuniu uma das mais importantes coleções do país em fotografia brasileira e estrangeira. A mostra pode ser vista até o dia 29 de março de 2015, no MAM Rio, Parque doi Flamengo, Rio de Janeiro, RJ.

 

 

 

Sobre o colecionador Joaquim Paiva

 

 
Fotógrafo desde 1970, Joaquim Paiva começou a colecionar em 1978, quando adquiriu trabalhos da fotógrafa americana Diane Arbus. Depois de se formar em direito, ingressou na carreira diplomática em 1969, e desde então já serviu em vários países, como Canadá, Venezuela, Peru, Argentina, Portugal, Espanha e Estados Unidos. Completam a exposição 19 obras das coleções do MAM e Gilberto Chateaubriand, também em comodato com o Museu. A ideia de se fazer uma mostra em que as fotografias da coleção dialogassem com obras do acervo do Museu e da coleção de Gilberto Chateaubriand, partiu do próprio Joaquim Paiva e foi prontamente aceita pela curadoria do Museu. “Mostra-se aqui uma parte da coleção de Joaquim Paiva, que não esgota nem esgotará as suas múltiplas leituras. A esse recorte confrontam-se outros trabalhos das coleções do MAM, não necessariamente fotografias, procurando contaminar aquilo que, por motivos de taxonomia, ainda permanece separado: o vídeo com a pintura, o precário com o que foi feito para durar, o documento com a arte”, explicam os curadores do MAM. Em 2005, o MAM passou a abrigar a Coleção Joaquim Paiva sob o regime de comodato, e atualmente estão no Museu 1.963 trabalhos de fotógrafos brasileiros e estrangeiros, adquiridos a partir do início dos anos 1980.

 

 

 

A mostra pode ser vista até 29 de março.

Arte brasileira na Tailândia

Os jovens artistas plásticos André Mendes, Fernando Franciosi e Juan Parada foram selecionados para participar de uma coletiva na Hot Art Space em Bangkok, na Tailândia. Na exposição colaborativa “Tropikos”, que possui apoio da embaixada do Brasil na Tailândia, eles se unem a três artistas Tailandeses (Chalit Nakpawan, Torlarp Larpjaroensook e Jackkrit Anatakul) para mostrar que técnicas e culturas diferentes podem ser permeadas por um mesmo ideal e estilo: o de viver a arte em toda sua poética. A mostra trata-se de um intercâmbio cultural.

 

Naturais de Curitiba, os três jovens artistas brasileiros desenvolvem ativamente o seu trabalho no circuito nacional e internacional há dez anos, tanto individualmente quanto em pesquisas coletivas. Em 2012, Mendes e Franciosi fizeram parte da programação do Museu de Arte Contemporânea (MAC) com a exposição “Elementares: André Mendes e Fernando Franciosi”. Em 2013, na sua segunda participação no Salão Nacional de Cerâmica, Juan Parada recebeu menção especial do júri pelo seu trabalho e teve suas obras expostas na Casa Andrade Muricy, Curitiba, PR.

 

A diretora do MAC, Lenora Pedroso, explica que as exposições do museu passam sempre pelo conselho consultivo, formado por críticos e professores de arte. Por ano, centenas de propostas são recebidas, mas poucas são selecionadas. “O conselho é bem criterioso e tem preferência por selecionar o que tem mais o perfil do museu. A exposição “Elementares”, dos artistas André Mendes de Fernando Franciosi, foi selecionada e exposta em 2012 porque apresentava essas características. É muito bom ver o trabalho de artistas paranaenses reconhecido e exposto em outros países”.

 

 

Duplas

 

 

Para a exposição, os seis artistas se dividiram em duplas, sempre unindo um brasileiro e um tailandês. Mendes e Anatakul mostram, por meio das cores, a ousadia e a estética tropical de maneira dinâmica. Parada e Nakpawan, enraizados na natureza, deixam fluir a modernidade e as forças elementais. Já Franciosi e Larpjaroensook contemplam a busca pela evolução do modernismo conceitual dos trópicos por meio de um design minimalista e padrões da mentalidade tropical. Toda a atmosfera criada pelos artistas em Hof Art Space busca mostrar um novo mundo e uma cultura unificada, que, segundo eles, trata-se dos novos “Tropikos”.

 

 

 

De 24 de janeiro a 28 de fevereiro.
Legendas: André Mendes
Fernando Franciosi
Juan Parada

 

Nario Barbosa, coletiva no Itaú Cultural

22/jan

Em meio a cliques e linhas coloridas, o fotógrafo Nario Barbosa – um dos artistas representados pela OMA | Galeria – vai ter um ano agitado em 2015. Para iniciar suas atividades, integra a mostra coletiva “A Arte da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira”, no Itaú Cultural, São Paulo, SP. As duas imagens com intervenções de Nario Barbosa fazem parte do acervo pessoal de Rubens Fernandes Junior – jornalista, curador e crítico de fotografia – e contam com bordados típicos do Nordeste. “Sou sergipano e acho que essa característica que transponho na foto vai remeter a muitas lembranças. Afinal, é essa a ideia”, diz o artista.

 

 

Nario Barbosa, que recentemente foi um dos vencedores da etapa nacional do Metro Challenge – considerada uma das maiores competições de fotografias do mundo -, na categoria Fuga Urbana, foi convidado por Diógenes Moura, curador da exposição.

 

 

“A Arte da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira” propõe ao público reconhecer os diferentes ângulos e modos de conviver com um sentimento tão singular, por meio de um recorte de imagens datados de 1930 a 2014 de 36 fotógrafos que primam pela poética.

 

 

 

De 24 de janeiro a 08 de março.

Limiar na SIM galeria

21/jan

A SIM galeria, Curitiba, Paraná, apresenta em sua abertura de temporada a mostra “Limiar”, com curadoria de Arthur do Carmo e Tony Camargo. Entre os expositores encontram-se os nomes de C. L. Salvaro, Juan Parada, Hugo Mendes, Willian Santos, Samuel Dickow, Daniel Duda, Jack Holmer, Lailana Krinski, André Azevedo e Janete Anderman.

 

 

 

A insistência do acaso

 

 

Apreendemos a arte através das eficazes ferramentas proporcionadas pela palavra para depois voltarmos ao seu não saber mais conscientes, mas isso não basta. A arte tem o poder de penetrar o véu espesso do mistério que cerca as existências, mas para isso é preciso oferecer nosso tempo para ela, na condição atenta da escuta. Olhar a matéria da arte é olhar o alinhamento imponderável dos gestos selvagens. Algo nos escapa. Mais especificamente, a obra de arte mantém a apreensão dos nossos sentidos porque não se esgota em oferecer outra espécie de racionalidade, na sua imanência que nos ensina a pensar. É inevitável: trabalhos de arte nos ensinam a pensar, mesmo que seja sobre o pensamento inominável da intuição.

 

 

O conglomerado de artistas aqui reunidos se encontram num arquipélago* formado por seus próprios trabalhos, resultado de pesquisas aprofundadas que vêm desestabilizando a própria ideia de linguagem, sem perder de vista seus conceitos e sua história, encontrando nos rudimentos do acaso o limiar dos mistérios que nos ensinam a olhar incessantemente o mundo através do terreno inóspito da arte.

Arthur do Carmo

 

 

 

De 21 de janeiro a 27 de fevereiro.

Paulo von Poser lança livro

O artista plástico Paulo von Poser lança “Um Viaduto Chamado Minhocão”, livro de desenhos incompletos e abertos para cada leitor colorir e interferir. A ideia é que, a partir do mesmo contorno, cada um terá sua própria e única versão final da mesma imagem, um convite à participação popular nesta causa urbana. Com textos e poesias de Gil Veloso, o projeto surgiu do desejo do artista plástico de levar o público a “colorir como uma ação afirmativa de interferência direta”, um desejo de conversa através de um desenho coletivo, a partir de seus próprios sonhos para uma cidade mais sustentável e humanizada.

 

 
Envolvido no projeto do Parque Minhocão desde sua criação, Paulo von Poser busca conquistar os habitantes da urbe que tanto preza, fazendo-lhes um convite para imaginarem, principalmente através do olhar e das cores dos mais jovens – crianças e adolescentes -, qual a cidade que gostariam de encontrar no futuro. Se não em sua totalidade, ao menos em um local específico.

 

Os leitores são convidados a participar de uma galeria virtual no site do artista, enviando e compartilhando seus desenhos coloridos. “Faça sua parte. Descubra e compartilhe com seus amigos e crianças, seus filhos, vizinhos e parentes. Desenhe junto com eles… Divirta-se! Nossa cidade precisa e merece seu afeto colorido.”

Com uma trajetória de mais de 30 ano nos circuitos culturais nacional e internacional, Paulo Von Poser inicia o ano de 2015 com um projeto que fala diretamente a seu coração e a seus temas mais caros: vida e urbanismo, com toques de civilidade e sensibilidade.

 

 

Evento: Lançamento do livro “Um Viaduto Chamado Minhocão”.

Autores: Paulo von Poser e Gil Veloso

 

 

Data: 25 de janeiro de 2015, domingo, das 11 às 15h

Local: Viaduto do Minhocão (acesso pela estação Marechal Deodoro do metrô)

Museu do Homem do Nordeste

17/jan

 

O MAR, Museu de Arte do Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “O Museu do Homem do Nordeste (MHN)”, um museu de relações. Evitando as identidades acomodadas no imaginário, tem atuado com base numa aproximação contínua com os territórios de relações – bem como relações territoriais – que têm constituído esses homens nordestinos, ou esse Nordeste de homens. Relações que, como forças que se dão nos espaços do entre (entre pessoas, entre posições, entre tempos históricos), estão sempre em transformação.

 
Nesse sentido, o próprio museu entende-se como conjunto de relações capaz de se reinventar à medida que se transformam seus hobjetos (homem e objeto) de estudo. Se, no passado, o foco da instituição esteve no Nordeste rural, hoje, a ênfase no campo, no sertão ou nos engenhos ampliou-se também para as cidades, ou seja, para a rurbanidade: a insistência (ou o esquecimento) do rural no tecido urbano, como no núcleo do museu que se dedica à questão das carroças, ou da fome.

 
Mais adiante, o conceito de rurbanidade (criado por Gilberto Freyre) aplica-se também a outros núcleos do MHN por sua capacidade de articular, numa só ideia, aspectos por vezes contraditórios. Assim é que este museu aborda temas fundamentais da vida dos homens do Nordeste – trabalho, classe, educação, sexualidade, economia, arte – com a consciência dos antagonismos que são próprios dessa região, sua história e sua atualidade.

 
O Museu do Homem do Nordeste instaura um convite à aproximação do outro – nesse caso, do público do Rio de Janeiro que, por meio do Museu de Arte do Rio, tem a oportunidade de conhecer o MHN – ao universo do homem nordestino, este homem que historicamente construiu relações diversas com todos os tipos de homem deste país. Pois não só o hobjeto deste museu, o homem do Nordeste, é de todos nós, como este museu também é seu.

 

 

 

Até 22 de março.

Arte em movimento na OMA

15/jan

Acostumado às telas e esculturas, a partir deste final de semana o público visitante da OMA | Galeria, Centro, São Bernardo do Campo, ABC, SP, vai experimentar novas vertentes artísticas no local, que passa a receber o “Arte Performativa: corpo e espaço”. Idealizado como eventos que utilizam diversas linguagens, materiais e, principalmente, o corpo como ferramentas, Elen Gruber, Mariana Vilela e Renan Marcondes vão materializar posturas críticas, sensações e informações sobre o mundo. A curadoria é assinada por Ananda Carvalho, que integra o Núcleo de Críticos do Paço das Artes.

 

 

“O espaço para esse tipo de arte dentro de galerias é super restrito. Dessa forma, damos oportunidade não só para os artistas realizarem seus trabalhos, mas também para o público do ABC ter acesso a outro formato de arte desconhecido pela maioria das pessoas. Os artistas convidados são excelentes, o nível está altíssimo, e esse é mais um importante passo na consolidação do espaço como referência de arte e cultura na região”, comenta Thomaz Pacheco, galerista da OMA | Galeria.

 

 

Os eventos terão um intervalo de 15 dias entre um e outro, sendo que a primeira performance pode ser acompanhada ao vivo neste sábado, 17, a partir das 11h. As duas restantes serão simultâneas no dia 30, às 19h.

 

 

 

Acompanhe a programação:

 

 

17/1, a partir das 11h, Mariana Vilela apresenta Um convite a …: ação na qual despe-se em palavras e/ou veste a galeria com palavras escritas em pemba (uma espécie de giz utilizado em culturas africanas). A artista procura, por meio de um exercício de escrita automática, esvaziar os seus pensamentos. Ou ainda, desconstruir a noção cartesiana de pensamento do público na medida em que a significância é construída pela ação como um todo e não por letras ou palavras específicas. Não importa a temática de suas frases, mas, sim, os seus desencadeamentos que aos poucos vão abandonando as regras que regem a estrutura da língua para tornarem-se linhas e desenhos.

 

 

30 – a partir das 19h, Renan Marcondes apresenta Como um jabuti matou uma onça e fez uma gaita com um de seus ossos e Elen Gruber convida o público para conhecer sua Sala de Exercícios.

 

 

Renan Marcondes vai realizar uma coreografia para a construção de uma instalação. Através de movimentos mínimos, o artista vai reorganizar o espaço para propor perspectivas não dicotômicas. Em seu processo de criação, recorre a representações gráficas da matemática para compor gestos orquestrados pelas relações de peso e leveza entre seu corpo e objetos. Com suas ações, ele propõe novas formas de observação do mundo em que sujeito, objeto e espaço se misturam.

 

 

Já Elen Gruber convida a todos para participar de aulas de ginástica em sua Sala de Exercícios. Entretanto, as ações propostas não são os mesmas encontradas em uma academia tradicional. A artista desenvolve uma série de exercícios, individuais e em dupla, que derivam do padrão de forma, força e resistência de seu próprio corpo ou da sua relação com outro corpo. Por esta perspectiva, a expressão física materializa outras forças mais abstratas vividas pelo indivíduo nas relações sociais.

 

 

 

Apresentações ao vivo nos dias 17 (a partir das 11h) e 30 de janeiro (a partir das 19h).

 

 

Projeções entre os dias 18 de janeiro e 07 de fevereiro.

Na Sergio Gonçalves: “Quem viver, Verão!”

14/jan

Sergio Gonçalves Galeria, Rua do Rosário, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a segunda edição da coletiva “Quem viver, Verão!”. A exposição, que abriu o calendário da galeria em 2014 com grande sucesso, agora está de volta para sacudir o centro carioca, uma homenagem a estação que tem a cara do Rio.

 

Para essa segunda edição, que tem o codinome de Verão dos 42, referente Rio 42 graus e aos 42 artistas que participam da mostra, a galeria convidou 21 profissionais para criarem uma obra em qualquer suporte. Cada um deles tinha o objetivo de convidar um outro artista, numa curadoria conjunta entre galeria e artistas convidados, abrindo mais o leque de possibilidades e de alcance da exposição.

 

Entre os artistas da mostra, alguns nomes que pela primeira vez expõem na Sergio Gonçalves Galeria, como Alberto Saraiva, Alejandro Lloret, Analu Prestes, Edmilson Nunes, John Nicholson, Jorge Fonseca, Monica Barki e Suzana Queiroga, além de artistas representados pela galeria e convidados como Andréa Facchini, Eduardo Ventura, Clarisse Tarran, EneGoes, Guilherme Secchin, Jorge Duarte, Leonardo Ramadinha, Marcio Zardo, Raimundo Rodriguez e Roberto Tavares.

 

 

 

De 17 de janeiro a 27 de fevereiro.

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