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AGENDA CULTURAL

Passagens bíblicas de Carlos Araujo

22/jul

 

A Sergio Gonçalves Galeria, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta “Genesis“, exposição individual de pinturas de Carlos Araujo, que retrata passagens bíblicas em 15 obras em óleo sobre tela. A mostra celebra a Jornada da Juventude e a vinda do Papa Francisco ao Brasil.  Há 30 anos Carlos Araujo trabalha apenas sobre o tema sacro, retratando citações da Bíblia, e reúne um acervo impressionante: já pintou 2 mil telas sobre 750 citações. Na mostra carioca, através de seu estilo o artista exibe obras relativas ao livro do Antigo Testamento.

 

 

Paralelamente à mostra será lançado o terceiro livro do artista, “Gênesis”, com 300 páginas, capa dura e sobrecapa, em tiragem de 3 mil exemplares. Composto por telas dispostas em ordem cronológica, traz títulos que fazem referência direta às passagens retratadas. Carlos Araujo morava em Paris quando um convite mudou sua carreira – e sua vida pessoal. “Em 1989, lancei um livro de litogravuras editado por Claude Draeger para a Édition Anthèse, que abordava a temática da não-espiritualidade como uma das causas da miséria humana. Pesquisando, vi que isso não tinha fim. Neste momento recebi uma encomenda de uma grande editora francesa para um livro sobre o Apocalipse de São João – um livro enorme, com capa de bronze. Foi a grande virada: digo que entrei na Bíblia quase por imposição. Mas nunca mais saí dela”, conta o artista.

 

 

A partir daí, Carlos Araujo entrou “em uma viagem sem fim”, como ele mesmo define. Não sem sacrifício. “À medida que você penetra neste universo, tudo o que você achava sobre as coisas deixa de ser e o que você não percebia passa a existir. Foram três anos de reviravolta pessoal, mas depois tudo passou a fluir mais facilmente. E tive a consciência do que teria de fazer com minha arte dali para a frente”, conta.  O galerista Sergio Gonçalves conhece o artista há bastante tempo, e queria muito trazê-lo para a galeria. “Araujo é o único artista brasileiro que tem um quadro no Museu do Vaticano, o painel “Anunciação”, de 1979, e também o único a expor no Parlamento Europeu”, atesta Gonçalves. A mostra no Vaticano aconteceu em 2009, na Basilica Papale di San Paolo, em decorrência do lançamento de seu primeiro livro, “Bíblia Citações” – uma edição de 685 páginas com  a reprodução de 900 obras, com 50cm de altura e pesando 10 quilos, cujo primeiro exemplar foi entregue ao Papa Bento XVI. A individual no Parlamento Europeu ocorreu em 2012 e denominava-se “Peintures de la Biblie”.

 

 

Araujo já tem dois livros com esta temática: além de “Bíblia Citações”, de 2007, lançou, em 2010, “Araujo – Pinturas do Antigo e Novo Testamento”. Na mostra atual  também será lançado o aplicativo para iPad Bíblia em 1000 imagens, com obras do Gênesis ao Apocalipse, lançado este mês em versão eletrônica em quatro línguas, e que até o fim do ano que vem será lançada em mais oito. “Até agora foram 2 mil quadros retratando 750 passagens. Como a Bíblia tem 35 mil citações, acho que ainda tenho um longo caminho pela frente”, diz o artista. “Além do mais, à medida que me aprofundo no estudo dos textos bíblicos, os quadros vão fluindo mais facilmente. E ao traduzir este ensinamento em imagens, me aproximo mais da igreja primitiva, em que as mensagens eram passadas pictoricamente, já que poucos sabiam ler. É quase uma missão: não sem sacrifício, mas com muito prazer”, finaliza.

 
Sobre o artista

 

Carlos Araujo nasceu em São Paulo, SP, 1950. Entre as principais exposições coletivas e individuais que realizou destacam-se: 1973 – Museu de Arte de São Paulo, MASP, São Paulo, SP, – integra a exposição “Imagens do Brasil”; 1974 – Museu de Arte de São Paulo, MASP, São Paulo, SP, – individual; 1979 – Museu de Arte de São Paulo, MASP, individual, Museu do Vaticano – painel “Anunciação”; 1984 -Museu de Arte Brasileira, MAB, São Paulo, SP, – individual; Fundação Armando Álvares Penteado, São Paulo, SP, lançamento, “Araujo”, Monografia – Éditions Anthèse, Claude Draeger, Paris; 1988 – lançamento, “Araujo – Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, livro-objeto – litografias originais – French Art Book Editions, Ariane Lancell, Paris; 1993 -Fundação Danielle Miterrand – painel “As crianças do Brasil”, Paris; 2007 – Bienal Internacional de Arte Contemporânea de Florença, Sala Especial, Florença, Itália; lançamento, “Araujo – Bíblia – Citações 1028 pinturas” – livro, cujo primeiro exemplar foi entregue ao Papa Bento XVI pelo Governo do Estado de São Paulo; Fundação Casa França-Brasil – individual – Rio de Janeiro, RJ; 2008 – Carroussel du Musée du Louvre – coletiva, Paris; 2009 – Basílica Papal de São Paulo – individual, Vaticano; 2010 – Museu Brasileiro da Escultura, MuBE, – individual – São Paulo; 2012 – Parlamento Europeu – individual – Bruxelas, Bélgica.

 

 

De 23 de julho a 24 de agosto.

Alexandre Mury, Fricções históricas

19/jul

 

A Caixa Cultural, Centro, Rio de Janeiro, RJ, exibe em sua Galeria 1, a exposição“Fricções históricas”, mostra individual do artista plástico Alexandre Mury, com curadoria de Vanda Klabin e coordenação geral do marchand Afonso Costa. Nessa que será a primeira mostra institucional individual do artista, o espectador terá a oportunidade de conferir um panorama de imagens que, muito mais que se prestarem ao julgamento estético, instigam e provocam a reflexão sobre temas extremamente presentes. Os trabalhos de Mury evocam questões antropofágicas de autoria, tais como cópia, citação, releitura, recriação, crítica, apropriação, paródia, pastiche, já que ele trabalha a partir de obras consagradas, canônicas, portanto, de rápido reconhecimento. Sua proposta faz, assim, a discussão enveredar pelo questionamento do próprio papel da obra de arte em nossa sociedade.

 

A exposição “Alexandre Mury | Fricções históricas” apresenta um vídeo e 42 fotografias em grandes formatos, metade delas inéditas, todas protagonizadas pelo próprio artista, com provocativas releituras de obras consagradas da história da arte, ícones da cultura e do imaginário coletivo. São releituras do olhar único de Mury, que desenvolve um estudo não linear da história da arte, percorrendo do renascentista ao contemporâneo, passando pela Antiguidade e indo ao moderno. Uma das obras inéditas bastante esperadas para esta exposição é a versão de Mona Lisa, de Leonardo da Vinci. Para aparecer em sua leitura da obra renascentista, Mury raspou o cabelo, a barba e as sobrancelhas.
A alquimia poética que envolve os trabalhos de Alexandre Mury tem a capacidade de nos trazer questionamentos, inquietações, provocações e até um insistente desconforto aliado às ambiguidades de um prazer libidinoso. Desdobrar-se e despersonalizar-se ao estabelecer o seu eu como centro de todas as suas obras, por meio de um procedimento descontínuo e lacunar, gerado ao transformar a própria imagem constantemente e introduzir o seu ser como agente de suas investigações históricas, é exatamente a junção de acontecimentos que o torna portador de uma experiência artística bastante singular, diz a historiadora de arte e curadora da exposição, Vanda Klabin.

 

 

Sobre o artista

 

Alexandre Mury nasceu em São Fidélis, RJ, 1976, onde reside. Artista por vocação, desde criança desenhou e pintou e aos 16 anos começou a fotografar. Em 1997, ingressa na Faculdade de Filosofia de Campos cursando Publicidade e Propaganda, que conclui em 2001. Lecionou em algumas faculdades entre 2003 e 2006, nos cursos de Comunicação Social e Design Gráfico. Atuou profissionalmente como diretor de arte em agências de publicidade de 2001 até 2010. Desde então, dedica-se exclusivamente ao trabalho de fotografia, participando de importantes coleções, como as de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva.

 

 

Sobre a curadora

 

Vanda Klabin é historiadora de arte, curadora de diversas exposições de arte e autora de artigos e ensaios sobre arte contemporânea. É formada em Ciências Políticas e Sociais, pela PUC-Rio e em História da Arte e Arquitetura pela Uerj. Fez pós-graduação em Filosofia e História da Arte, PUC-Rio. Nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro.

 

 

De 20 de julho a 8 de setembro.

Lançamento e sessão de autógrafos

17/jul

A Mercedes Viegas Arte Contemporânea, Gávea, Rio de Janeiro, RJ, recebe em seu espaço para o lançamento do livro “Palácio: Alvaro Seixas, Hugo Houayek, Rafael Alonso” e uma sessão de autógrafos com os artistas. Na noite do evento será realizada também uma mostra relâmpago com obras dos três artistas. Alvaro Seixas é representado pela galeria, onde realizou mostra individual em 2012.

 

“Palácio” foi uma exposição que ocorreu nos meses de outubro e novembro de 2012, no Palácio Gustavo Capanema, Rio de Janeiro, com obras de Alvaro Seixas, Hugo Houayek e Rafael Alonso. Foram apresentados trabalhos concebidos especificamente para o mezanino do edifício, pensa­dos para estabelecerem um diálogo entre si e o prédio. A exposição resultou de projeto concebido pelos três artistas, contemplados com o Prêmio Funarte de Arte Contemporânea2011, Projéteis Funarte de Artes Visuais Rio de Janeiro.

 

O livro “Palácio: Alvaro Seixas, Hugo Houayek, Rafael Alonso” consiste não apenas de um catálogo que documenta e investiga exaustivamente a mostra em questão, mas explora também as produções individuais dos três artistas, a partir de imagens de algumas de suas mais significativas obras anteriores e de entrevista realizada com os artistas pelo crítico e curador de arte Felipe Scovino e pelo artista e crítico de arte Fernando Gerheim. A publicação conta com as versões em inglês dos textos originais em português.

 

 

Sobre os artistas

 

Alvaro Seixas, Rio de Janeiro, 1982, é artista visual. Atualmente cursa doutorado em linguagens Visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro, pela qual é Mestre, na mesma linha de pesquisa. Graduou-se em Pintura na mesma instituição. Em suas obras e escritos explora principalmente as noções de “pintura”, “abstração” e “apropriação”. Em 2011, publicou o livro Sobre o Vago – Indefinições na Produção Artística Contemporânea, pela editora Apicuri.

 

Hugo Houayek, Rio de Janeiro, 1979, é artista visual com mestrado em Linguagens Visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes na Universidade Federal do Rio de Janeiro, graduado em Pintura na mesma instituição.
Desenvolve uma pesquisa artística sobre o campo pictórico, suas margens e limites, en­tendendo a pintura, em suas próprias palavras, “como um corpo que nos olha incessantemente”. Publicou em 2011 o livro “Pintura como Ato de Fronteira – o confronto entre a pintura e o mundo”, também pela Editora Apicuri.

 

Rafael Alonso, Niterói, 1983, é artista visual. Cursa o mestrado em Linguagens Visuais no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Graduou-se em Pintura na mesma instituição. Em seus trabalhos, propõe negociações entre a pintura e o cotidiano.

 

Data: 18 de julho, 19h.

 

 

Maria Martins: metamorfoses

15/jul

 
A exposição “Maria Martins: metamorfoses“, no MAM-SP, Sala Paulo Figueiredo, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, acompanha as contínuas transformações na obra de um dos grandes nomes da escultura brasileira. A retrospectiva destaca não apenas as esculturas de Maria Martins, mas também suas pinturas, gravuras e escritos. A obra de Maria Martins é considerada longe da estagnação, da redundância e dos padrões delineados por algum movimento artístico. A vocação metamórfica do trabalho da artista foi investigada a fundo pela pesquisadora e crítica de arte Veronica Stigger, estudiosa do legado da escultora e curadora da mostra.

 

Esta é uma das maiores mostras já realizadas no país sobre a obra da artista. Anteriormente essa tarefa foi assumida, no Rio de Janeiro, pelo conhecido marchand e colecionador Jean Boghicci, em sua galeria de Ipanema. Nascida em Campanha, MG, em 1894, que começou a estudar as técnicas da escultura na Bélgica, na década de 30. São mais de 30 esculturas em exposição, a maioria em bronze, distribuídas em cinco núcleos – “Trópicos”, Lianas”, “Deusas e Monstros”, “Cantos e Esqueletos” -, que são determinados mais pela comunicação formal do que propriamente por uma ordem cronológica. A exposição reúne também livros, artigos, obras bidimensionais em papel e cerâmicas de parede. “É uma artista que não se enquadra em nenhum movimento de arte, ela tem um trabalho muito singular”, descreve a curadora Veronica Stigger, apontando uma das características do trabalho de Maria Martins. Segundo Felipe Chaimovich, curador do MAM-SP, a exposição é uma maneira de o museu lançar um olhar sobre a artista a partir do Brasil. Sem o devido reconhecimento em seu país de origem, Maria Martins consolidou carreira internacional, a ponto de, no ano passado, ganhar postumamente destaque na Documenta de Kassel, Alemanha.

 

“Maria Martins: metamorfoses” exibe as contínuas transformações da forma ao longo do desenvolvimento artístico de Maria Martins, a partir da fase desencadeada pela exposição de 1943, na Valentine Gallery, em Nova York, onde ela inaugurou sua terceira mostra individual, tida como um marco em sua trajetória. Lá, ela assumia, de vez,mudanças significativas – e irreversíveis – na concepção formal de seus trabalhos. Se antes sua representação do humano tendia ao tradicional, com contornos mais nítidos, a partir dali, suas figuras, apesar de ainda reconhecíveis, se entrelaçam a elementos da natureza. Esse encontro do homem com a natureza foi alvo de reverências de artistas surrealistas de seu tempo, como o escritor francês André Breton, autor do “Manifesto Surrealista” de 1924. Na época da exposição individual da artista na Valentine Gallery, ele disse: “Maria conseguiu capturar tão maravilhosamente em sua fonte primitiva não apenas a angústia, a tentação, a febre, mas também a aurora, a felicidade calma, e até mesmo às vezes o puro deleite”. Do desejo de representar a Amazônia, veio a concretização nas esculturas de oito personagens-mitos, batizados de “Amazônia”, “Cobra Grande”, “Boiúna”, “Yara”, “Yemanjá”, “Aiokâ”, “Iacy” e “Boto”. Alguns exemplares dessa série exposta na emblemática mostra de 1943, poderão ser vistos agora na exposição do MAM-SP. Outro destaque de Maria Martins: metamorfoses são os 5 artigos que a artista escreveu para o Correio da Manhã, na década de 60, reunidos sob o título “Poeira da vida”, que voltam a público depois de anos, após serem encontrados por Veronica Stigger na Hemeroteca da Biblioteca Nacional.

 

 

Sobre os núcleos da exposição

 

Trópicos

 

Antes da exposição de 1943, Maria Martins já vinha voltando sua atenção para temas brasileiros, mas ainda moldava seus “Samba”, “Negra”, “Yara” em formas convencionais.Obras como “Yemenjá” e “Iacy” já sinalizam o entrelaçamento do elemento humano ao vegetal, embora as figuras representadas sejam ainda claramente discerníveis.
Lianas

 

Neste segundo conjunto de esculturas, há certa concentração nos elementos que eram secundários no primeiro: as formas enredadas que circundavam as figuras principais. Em “Comme une liane”, é a própria figura feminina que tem seus membros convertidos em algo semelhante a galhos flexíveis ou cipós.

 

Deusas e Monstros

 

Ao longo da carreira, Maria produziu uma série de deusas e monstros, nos quais a figura humana aparece transformada. Em “Impossible”, a escultura mais célebre deste núcleo, o caráter erótico da metamorfose se explicita: dois corpos, um feminino e um masculino, são impedidos de se aproximar totalmente em função das estranhas formas pontiagudas de suas cabeças, ao mesmo tempo em que parecem magneticamente -amorosamente – ligados para sempre.
Cantos

 

Em seu livro sobre Nietzsche, Maria Martins demonstra especial admiração pelos cantos de Zaratustra. Em “O canto da noite”, título que ela toma emprestado para uma de suas esculturas, Nietzsche escreve: “Uma sede está em mim, insaciada e insaciável, que busca erguer a voz”. Em “O canto do mar” e na escultura sem título, as formas se tornam mais arredondadas, mais indefinidas, mais abstratas, numa possível tentativa de dar forma ao que não é palpável, como a voz.
Esqueletos

 

De uma maneira geral, a obra de Maria Martins se voltou sobretudo para as formas orgânicas. No entanto, há um conjunto de trabalhos que tendem à forma do esqueleto, ou seja, que se concentram naquilo que, no organismo, bordeja o inorgânico. “Tamba-tajá” e “Rito dos ritmos” perdem corporalidade, se comparadas com outras esculturas suas, e se reduzem a ossaturas. “Pourquoi toujours”, que pode lembrar a forma de uma planta, é toda pontuada por pequenas caveiras. É como se Maria, barrocamente, nos recordasse que o que resta do humano, ao fim das metamorfoses, são os ossos. Somente a eles corresponde talvez a utopia de uma forma final.

 

Sobre a curadora

 

Veronica Stigger é escritora, pesquisadora, crítica de arte e professora universitária. Fez doutorado em Teoria e Crítica de Arte pela Universidade de São Paulo, USP, com tese sobre a relação entre arte, mito e rito na modernidade, com ênfase nas obras de Piet Mondrian, Kasimir Malevich, Marcel Duchamp e Kurt Schwitters. Também tem pós-doutorado pela Università degli Studi di Roma “La Sapienza” e Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, MAC-USP, no qual desenvolveu pesquisa sobre as obras de Maria Martins e Flávio de Carvalho. Atualmente, é coordenadora de escrita criativa na Academia Internacional de Cinema e professora de pós-graduação em História da Arte e Fotografia na Fundação Armando Alvares Penteado, FAAP. É autora de livros como “Gran Cabaret Demenzial” e “Os Anões”, além de ser uma das escritoras de “Maria”, organizado por Charles Cosac.

 

 Até 15 de setembro.

MURILO CASTRO EXIBE MARIA LYNCH

05/jul

 

 

Maria Linch realiza a exposição individual denominada “Instalação Macia” na Galeria Murilo Castro, Savassi, Belo Horizonte, MG. O destaque é uma grande instalação na sala principal da galeria, a mostra, que já passou pelo Paço Imperial, Rio de Janeiro, conta também com duas telas e três objetos flutuantes. A instalação encobre toda a sala, do chão ao teto, de objetos macios, pelúcias, veludos, rendas, e perde-se a dimensão e divisões do ambiente, misturando o erótico e o lúdico, o gozo e a culpa.

 

“O trabalho se instaura entre o feminino e o lúdico, entre o erótico e uma repulsa à realidade. Existe nessas figuras femininas uma projeção de um ideal de mulher e ao mesmo tempo o apagamento da identidade, como uma questão existencial, falando dessa ausência/falta. Essas contradições e ambivalência geram ansiedade e angústia. Recrio uma ficção, uma alegoria, um excesso junto a fragmentos do imaginário, sublimando o real numa lógica particular.”, assim define seu trabalho a própria Maria Lynch.

 

“A artista, não por acaso, escolhe cores vibrantes e cenicamente compõe um quarto de criança, um ambiente “alegre”, que mentes mais ingênuas julgariam como propício para a brincadeira. O fato é que a forma dos objetos a serem manipulados nega a aparência meiga e delicada que a imagem daquele ambiente pode supor. É nessa ambiguidade que Lynch está interessada”, revela o crítico Felipe Scovino. E completa: “A obra de Lynch pede uma fenomenologia dos sentidos porque é tão visual quanto tátil. Na ativação dessas ambiguidades, a proliferação desses objetos fricciona um lugar que fica entre a adoração, o refúgio e a culpa. Não se trata de uma obra meramente participativa ou erótica, mas de como perversão, erotismo e aspectos lúdicos vão se contaminando, se apropriando e se misturando nessa obra, sobrando para nós uma atitude de perplexidade e encantamento. Um sorriso amarelo, talvez. Mas nunca descaso. Lynch aponta os paradoxos de uma sociedade (hipócrita) e as suas ambiguidades sexuais; o espectador agora está defronte do cotidiano que ele mesmo criou, dos elementos e perversões que ele glorifica e de que necessita”.

 

Sobre a artista

 

Maria Lynch nasceu no Rio de Janeiro em 1981, onde vive e trabalha. Formada pela Chelsea College of Art and Design, Londres, onde concluiu pós-graduação e mestrado em 2008. Entre suas principais exposições estão, “The Jerwood Drawing Prize” com itinerância por Londres e outras cidades da Inglaterra, em 2008. “Nova Arte Nova” no CCBB, RJ e São Paulo, também em 2008. Em 2009, foi a artista convidada para o “Salão Paranaense”, em Curitiba, e apresentou a performance “Incorporáveis” no Oi Futuro e no SESC 24 Horas, Pier Mauá, no Rio de Janeiro. Em 2010, foi convidada para a exposição coletiva ‘] entre [‘ na Galeria IBEU e foi contemplada com o Prêmio Marcantônio Vilaça, Funarte com exposição no MAC de Niterói. Em 2011 participou da 6º Bienal de Curitiba, VentoSul. Em 2012 apresentou a instalação “Ocupação Macia” no Paço Imperial, Rio de Janeiro, RJ, e realizou a performance “Incorporáveis” no MAM-RJ. Foi convidada para fazer a residência artística na Bordalo Pinheiro, em Portugal e no mesmo ano a expor Barbican na exposição coletiva Creative Cities, nas Olimpíadas de Londres. Além destas, participou da exposição individual na galeria Marília Razuk, São Paulo, SP. Em 2013 fez exposição individual na Galeria Anita Schwartz, Rio de janeiro, RJ, e contemplada com a bolsa do Itamaraty para uma residência em Lima para 2014. Foi comissionada para fazer uma obra para a Fundação Getúlio Vargas, na nova sede do Flamengo. A artista tem obras em importantes coleções, como o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, Committee for Olympic Fine Arts 2012, Londres, Coleção Gilberto Chateubriand, Ministério das Relações Exteriores – Palácio do Itamaraty, DF e Fundação Getúlio Vargas, RJ. Em agosto, Maria Lynch segue para Nova York, onde fará uma residência na Residency Unlimited. A instituição tem o objetivo de fomentar a criação e difusão da arte contemporânea, oferecendo uma experiência multifacetada. Em janeiro, a artista continua na cidade para estudar na New York Art Residency and Studios (NARS).

 

Até 27 de julho.

A representação do nu

 

 

 

 

A Galeria Lume, Itaim Bibi, São Paulo, SP, inaugura a exposição “O Acervo do Nu”, com trabalhos dos fotógrafos Gabriel Wickbold e Gal Oppido, além do artista plástico Florian Raiss. A curadoria da mostra é assinada por Paulo Kassab Jr. Por meio de fotografias, esculturas e desenhos, a mostra apresenta algumas das mais diversas representações do corpo humano na arte contemporânea brasileira. Historicamente, entre os séculos XVI e XVIII, a representação do nu, através de modelos vivos, está fortemente relacionada às escolas de arte, com o desenho técnico e os estudos de anatomia. A idéia da “beleza ideal” clássica começa a se incluir nesse contexto a partir do século XIX, principalmente em esculturas. Especialmente no Brasil, neste período, surgem as diversas percepções da figura do corpo nu, tanto mais abstratas como realistas.

 

Entre as fotografias expostas, Gabriel Wickbold propõe a interação entre homem e natureza, em um ambiente onde o corpo se comporta meramente como base “limpa” ao inevitável domínio da natureza. Apesar da forte relação com a temática da influência humana sobre o ambiente, as questões fundamentais em suas obras são filosóficas, interiores. As imagens fazem referência à arte figurativa grega, em razão das cores, da força dos personagens e do realce à observação direta dos corpos.

 

Por sua vez, Gal Oppido investiga as ações da natureza como definidora da expressão corporal. O artista explora essas influências sobre o corpo e todas as suas possibilidades. Nas obras expostas, Gal fotografa corpos que saem do seu contexto habitual e interagem com formas e objetos influenciados pela força da gravidade.

 

Já as esculturas de Florian Raiss dão forma a figuras quadrúpedes, despertando um aprofundamento acerca do corpo e da dualidade da condição humana. A discussão suscitada em seu trabalho relaciona-se com a tese do ser humano em oposição ao seu “eu primitivo”, aborda o domínio nos impulsos de nutrir os traços que o diferenciam do animal.

 

De 11 de julho a 09 de agosto.

Novas Apostas

03/jul

 

A Galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a mostra “Idolatria Vã”, que reúne obras de novas apostas da arte pictórica, incluindo Camila Soato, indicada ao “Prêmio Pipa 2013″. Idolatria Vã foi, historicamente, um medo da religião católica de substituição dos deuses por imagens que fossem idolatradas. Na mesma época, na história da pintura, no século XX, foi solicitada a autonomia da obra, uma espécie de aniquilamento da imagem, mas a idolatria sobre a forma continuou. “Hoje, percebemos que os ídolos são outros, anônimos, banais”, afirma o curador e crítico de arte Marcelo Campos.
Embalados pelo tema proposto é que novos artistas apresentam seus trabalhos na Galeria Laura Marsiaj. Na mostra “Idolatria Vã”, será conhecido o talento desvendado por Marcelo Campos através de um ano de acompanhamento dos trabalhos de três artistas selecionados: os jovens pintores Bruno Drolshagen e Rodrigo Martins, mais Camila Soato, Pablo Lobato e a espanhola Irene Grau, que apresentarão uma bela e recente produção em torno da pintura figurativa, dialogando entre si.

 

Na escolha dos trabalhos, evidenciaram- se características comuns entre os artistas como o estranhamento diante da paisagem, um interesse por retratar pessoas e cenas banais, além da narrativa fantasiosa. Segundo Marcelo Campos, também agregam-se elementos afetivos distantes, domesticidades, estrangeirismos, e os efeitos de luz nas pinceladas. São 20 telas, em óleo e acrílico e 3 fotografias de Pablo Lobato, que serão apresentadas no anexo da galeria seguindo as particularidades da mostra.

 

Até 25 de julho.

 

Dois momentos: Caio Reisewitz e Saint Clair Cemin

25/jun

 

 

 

 

A Luciana Brito Galeria, Vila Olímpia, São Paulo, SP,  inaugurou as exposições “Tudo Vazio Agora Cheio de Mato”, fotografias de Caio Reisewitz, e “Fotini”, esculturas de Saint Clair Cemin. Reisewitz exibe uma seleção de nove obras sob uma narrativa inédita. Em outro espaço da galeria, Saint Clair Cemin volta para apresentar “Fotini”. Artista radicado nos Estados Unidos, Saint Clair é conhecido por lidar com uma diversidade de figuras, materiais e estilos de formas inusitadas e dramáticas.

 

Caio Reisewitz tem como objetivo mostrar um novo enfoque de pesquisa. Sem deixar de salientar sua preocupação com a ação e poder do homem, desta vez ele trabalha os espaços arquitetônicos, resgatando interiores de projetos históricos modernos ou católicos barrocos. De acordo com o próprio artista: “procuro registrar monumentos arquitetônicos brasileiros representativos e, a partir daí, pratico um exercício de reflexão e intervenção orgânica”. Esse processo criativo de fotomontagem intefere na história, transformando o registro e submergindo seus atributos originais.

 

Saint Clair Cemin exibe “Fotini”, nome próprio grego de mulher que, do ponto de vista etimológico, vem da palavra φως [fos – luz] e significa aquela que nasce da luz. A exposição empresta seu título da obra homônima, um martelo de aço de proporções agigantadas preso em uma caixa de vidro. Concebida como um dueto exclusivo, a exposição só se completa com outra escultura também de símbolo feminino,” Venus-Delilah”, uma tesoura em bronze, aberta, arrematada por formas marinhas e fixada em um altar de concreto.

 

Até 17 de agosto

Claudia Melli na Galeria Eduardo Fernandes

23/jun

 

O canto à capella é aquele entoado sem o uso de qualquer instrumento. Voz solitária. Esta remissão a um tipo de canto que nos endereça um chamado para um estado de quietude e interiorização pode ser visto como um gesto, mesmo que prosaico, que caminha na contramão de um mundo atual perpassado pelo ruído incessante. É desta natureza, mais próxima do murmúrio, de que nos fala as obras de Claudia Melli expostas desde o dia 19 de junho na Galeria Eduardo Fernandes, Vila Madalena, São Paulo, SP,  na mostra “Capella”.

 

 

Antes de qualquer gesto interpretativo é preciso recordar o processo de realização dos trabalhos da artista no que tange a técnica. Lembremos que o termo técnica,para os gregos antigos, significava arte. Ou seja, a téchne estava intimamente ligada ao processo de construção de uma poética, como mais tarde vai retomar Heidegger em seu texto “A Questão da Técnica”. Assim, as escolhas “técnicas” do artistas estão intimamente ligadas ao “conteúdo” da obra.

 

 

Quando enxergamos de longe um trabalho de Claudia cremos que estamos diante de uma fotografia. É somente um olhar mais atento e próximo que vai revelar que não se trata de uma foto, mas sim de desenho com nanquim sobre vidro. Esta conquista de um estado ilusório se dá através da alta precisão do desenho, do contraste entre o preto e o branco, entre claro e escuro. Mas o que tal técnica quer dizer, o que significa desenhar com nanquim sobre vidro no lugar de fotografar, mas ainda assim evocar o ato fotográfico? Esta pergunta é importante para chegarmos ao sentido do trabalho. O tempo que leva para a realização de cada obra (sempre única e não reprodutível), a concentração e o cuidado exigidos, o preciosismo que tal método demanda, todos estes elementos rimam com trabalhos nos quais a solidão se faz presente, nos quais nunca há presença de seres humanos.Tal modo de fazer encontra eco nos espaços vazios, permeados por presenças ausentes, ou mesmo paisagens que evocam certa melancolia, lembranças de um lugar já visto. Aí reside o parentesco com a fotografia, símbolo daquilo que congela um tempo e deflagra uma memória palpável de algo que já passou.

 

 

Sobre a artista

 

 

Nasceu em São Paulo, SP, 1966. Vive e trabalha no Rio de Janeiro. Frequentou diversos cursos no Parque Lage, tendo como professores Luiz Ernesto, Fernando Cochiaralle, Charles Watson entre outros. Realizou exposições individuais em 2012,  “Entre o Perto e o Distante” na Galeria HAP – Rio de Janeiro, RJ, 2011, “Tudo da vida é um país estrangeiro” na Galeria Eduardo Fernandes – São Paulo, SP, 2010, “Série Azul” na Galeria Penteado – Campinas, SP, 2008, “ONDE” no Durex Arte Contemporânea – Rio de Janeiro, RJ e em 2005, “Série verde” no Instituto Arte Clara – Rio de Janeiro, RJ.Participou de importantes exposições coletivas no Rio de Janeiro, São Paulo, Nova Iorque, e na Galeria A. Kunstandel – OSLO, Noruega, além de espaços institucionais como o Museu da República e Casa França-Brasil, ambos no Rio de Janeiro, Brasil. A artista possui obras na Coleção Gilberto Chateaubriand – MAM-RIO, Col. Banco Santander, Col. Banco Espírito Santo, Brazil Golden Art Investimentos, Artur Lescher, Heitor Martis e Fernanda Feitosa.

 

 

Até 08 de agosto.

Elizabeth Jobim no MAM-RIO

19/jun

O MAM – Rio, Parque do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Elizabeth Jobim – Blocos”, sua primeira individual no Museu, com 13 obras da inédita série “Blocos”, produzidas este ano. Com curadoria de Luiz Camillo Osorio, a artista exibe blocos de dois metros de altura, com pinturas a óleo sobre tela e madeira. Cada trabalho – ou bloco – está disposto em conjuntos de um, dois ou três elementos, cada qual com uma cor distinta. Além do azu – marca da produção da artista – e cores escuras como o verde musgo e o bordeaux, estão nesta exposição trabalhos em cores vibrantes como amarelo limão, laranja e azul turquesa, ou neutras como cinza e ocre. As obras foram pensadas especialmente para o espaço do Museu.

 

Os primeiros elementos com volume aparecem em sua pintura a partir de 2008, quando as telas, dispostas lado a lado, tinham profundidades diversas e assim ganhavam relevo. Na mostra “Endless Lines”, na Lehman College Art Gallery, em Nova York, as telas recobriam as paredes e formavam um único trabalho, cercando o visitante. Nesta exposição, pela primeira vez na trajetória da artista, as obras ganham o espaço. “Antes, o visitante estava rodeado pelo trabalho, que ocupava as paredes. Agora, no MAM, o espectador é quem vai rodear o trabalho, com o seu corpo. A diferença é que a pintura desta vez não tem a parede para se apoiar”, ressalta Elizabeth Jobim.

 

 

Nestes trabalhos, a artista estabelece relações com o neoconcretismo, em especial com os “Objetos Ativos”, de Willys de Castro e os “Penetráveis” de Hélio Oiticica. Luiz Camillo Osorio, ao escrever sobre a exposição, observa que “…este novo momento da obra, todavia, já vinha amadurecendo há algum tempo, com os planos de cor se avolumando e se deslocando na superfície da pintura. Neste salto dos “Blocos” – que remetem aos objetos ativos de Willys de Castro e também aos objetos específicos de Donald Judd  – a estrutura geométrica fica mais solta, assumindo uma corporalidade mais frágil e menos impositiva. As relações de cor são criadas nos intervalos pelos quais o espectador caminha e a apreensão integral da forma instalada só se dá por partes e de modo fragmentado. Os “Blocos” são arejados, vibram com a presença da cor e deixam o olhar caminhar de modo sereno e sem pressa”.

 

“Esta exposição de Beth Jobim é um momento novo de sua obra, deslocando a pintura e a cor para atuarem diretamente no espaço real do espectador. Os ‘Blocos’ são ao mesmo tempo pintura, escultura e instalação. Eles funcionam isolados, como blocos ativos de cor, mas também podem ser integrados enquanto instalação, dinamizando todo o espaço a sua volta. O espectador deve percorrê-lo livremente, criando sua própria narrativa de apreensão e circulação. Creio, entretanto, que o elemento condutor será a atração cromática de cada bloco que vai puxando o movimento do corpo nesta ou naquela direção”, afirma o curador. Esta é a primeira exposição institucional da artista no Rio de janeiro desde “Aberturas”, realizada no Paço Imperial em 2006. Em 2010, a Pinacoteca do Estado de São Paulo organizou a exposição “Elizabeth Jobim – Em azul”.

 

 

Sobre a artista

 

 

Elizabeth Jobim nasceu em 1957 no Rio de Janeiro, onde estudou desenho e pintura com Anna Bella Geiger, Aluísio Carvão e Eduardo Sued. Formou-se em Comunicação Visual na PUC/RJ, em 1981. Cursou especialização em História da Arte e da Arquitetura Brasileira em 1988-1989. De 1990 a 1992, fez mestrado em Fine Arts, MFA, na School of Visual Arts de Nova York. Lecionou no Ateliê de Desenho e Pintura da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro), em 1994 e 2010. Entre as exposições que participou, destacam-se: Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro, 1982/1983; Como vai você Geração 80?, no Parque Lage, Rio de Janeiro, 1984; Rio hoje, no MAM-RIO, 1989; Panorama da arte atual brasileira, no MAM – SP, 1990); Influência poética: dez desenhistas contemporâneos, Amilcar de Castro e Mira Schendel, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, 1996; Brasil arte contemporânea brasileira, na Galeria Nacional de Belas Artes, Pequim, China, 2001; O espírito de nossa época: coleção Dulce e João Carlos de Figueiredo Ferraz, no MAMA – Rio e MAM – SP, 2001; Caminhos do contemporâneo – 1952/2002, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2002  e 5ª Bienal do Mercosul, Porto Alegre, RS, 2005; Aberturas, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, 2006;  Endless lines, na Lehman College Art Gallery, Nova York, 2008  exposta concomitantemente à instalação Sem fim, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro; Voluminous, na Frederico Sève Gallery, Nova York, 2009; Em azul, na Estação Pinacoteca, São Paulo, 2010; Art in Brasil 1950-2011 – Europalia 2011, no Palais des Beaux-Arts, Bruxelas, Bélgica, 2011; Mineral, na Lurixs Arte Contemporânea, Rio de Janeiro, 2012 e Forma e Presença, na Simões Assis Galeria de Arte Curitiba, PR, 2013) e Aproximações Contemporâneas, na Roberto Alban Galeria de Arte, Salvador, BA, 2013. Elizabeth Jobim é filha do famoso compositor Tom Jobim.

 

 

De 20 de junho a 18 de agosto.

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