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AGENDA CULTURAL

O tempo na Tec-Tendler

19/set

Cinco artistas brasileiros e um belga, todos com reconhecimento e passagens internacionais, apresentam obras selecionadas na Galeria TeC – Tendler Contemporânea,  Shopping Cassino Atlântico, Copacabana, Rio de Janeiro, RJ. Esta é a primeira promoção de mostra coletiva na galeria. A exposição “O que ultrapassa o tempo?” reúne seis obras dos seis artistas representados pela  representa: Luciano Pinheiro, Luk Vermeerbergen, Mariannita Luzzati, Mauricio Silva,  Monica Barki e Sidnei Tendler.

 

O conceito da exposição está baseado na quebra de paradigmas, modismos e movimentos que são usados para catalogar e classificar a arte sob uma perspectiva histórica.

 

Para a criação dessa mostra, foram visitados cada um dos ateliers dos artistas. Essas visitas individuais, resultaram na escolha de “… uma única obra para representá-los nessa exposição. Não nos preocupamos em mostrar trabalhos antigos ou recentes, escolhemos movidos pela paixão que nos une a Arte” –  como declara a galerista Carla Tendler.

 

Até 28 de setembro.

Canudos por Adir Botelho

Canudos

A Caixa Cultural-Rio, Centro, Rio de Janeiro, RJ, apresenta a exposição “Barbárie e espanto em Canudos”, com xilogravuras de Adir Botelho. A mostra é composta por 142 peças criadas ao longo de duas décadas, entre os anos de 1978 a 1998, e aborda um dos episódios mais sangrentos da nossa história. Inspirado no livro “Os Sertões”, de Euclides da Cunha – que completa 110 anos de publicação em 2012 –, o conjunto de peças nunca foi apresentado completo antes para o público.

 

A obra consiste numa seqüência de impressionantes imagens sobre o drama ocorrido no sertão da Bahia que mobilizou o Brasil no final do século XIX. A exposição reúne duas séries, “Canudos”, concebida em xilogravura, e a série “Agonia e morte de Antônio Conselheiro”, em desenhos a carvão. Embora os trabalhos possuam caráter independente, as séries se interligam em conjunto harmonioso, com características e traços próprios.

 

Considerado um dos maiores gravadores modernos brasileiros, discípulo de Raimundo Cela e Oswaldo Goeldi, com quem manteve estreito convívio profissional e afetivo, Adir Botelho “…possui uma sensibilidade rara e uma linguagem extremamente pessoal”, como afirma Monica Xexéo, diretora do Museu nacional de Belas Artes e curadora da exposição.

 

“Na visão xilográfica de Canudos, há um mundo de imagens, mas o que há de concreto é a guerra, transfigurada em corpos despedaçados, homens e mulheres de mãos erguidas, os olhos luzindo, exaustos, exaltados pela dor e desespero, trazendo dentro de si uma surpreendente e obstinada coragem”, descreve Adir Botelho.

 

Até 11 de novembro.

Produção em papel

18/set

A galeria Arte Aplicada, Jardim Paulista, São Paulo, SP, apresenta a exposição “Três Décadas de Arte Sobre Papel”, exibindo 30 obras de artistas selecionados pela curadora Sabina de Libman, que buscou excelência nos trabalhos nesse suporte, para oferecer um panorama de trinta anos de arte com expoentes da arte como Di Cavalcanti, León Ferrari, Flavio de Carvalho, Pietro Maria Bardi, Volpi, Tomie Ohtake, Sergio Fingermann, Abraham Palatnik e Alex Vallauri, entre tantos.

 

Embora o papel sirva como um estágio inicial para obras de arte, como croquis e rascunhos, mas é também lugar de trabalhos finalizados, sendo essencial – como suporte – no desenvolvimento e na finalização de obras. Em muitos casos, abriga o valor de obra com linguagem independente. Isso é percebido, por exemplo, nos desenhos de Di Cavalcanti e Flávio de Carvalho, nas gravuras de León Ferrari e Tomie Ohtake, nas serigrafias de Volpi e Abraham Palatnik, bem como nas litografias de Sergio Fingermann e no graffiti de Alex Vallauri.

 

Todos os artistas selecionados para “Três Décadas de Arte Sobre Papel” tiveram algum tipo de contato com Sabina de Libman: alguns realizaram exposições em sua galeria, enquanto outros participaram de mostras em instituições com sua curadoria. “Muitos deles eram ainda promessas quando os conheci e, com o tempo, consolidaram-se como grandes nomes”, diz a curadora, que anteviu tais potenciais.

 

Além dos artistas mencionados, a coletiva conta ainda com obras de Bonadei, Waldemar Cordeiro, Da Costa, Grassmann, Arcangelo Ianelli, Renina Katz, Juarez Machado, Aldemir Martins, Rubens Matuck, Marco Aurélio Rey e Mario Tagnini.

 

Até 29 de setembro.

A poética de Julio Plaza

Chama-se “Julio Plaza, Construções Poéticas”, a exposição que a Fundação Vera Chaves Barcellos, Viamão, RS, apresenta na sua Sala dos Pomares. Trata-se de uma revisão do escritor, gravador, artista intermídia, teórico e professor, Julio Plaza, artista nascido em Madrid,1938 e falecido em São Paulo, em 2003. Plaza é um artista importante tanto pelo conjunto de sua obra e seu interesse desbravador no campo da arte e tecnologia, como pelas gerações de artistas que influenciou em suas atividades didáticas exercidas no Brasil.

 

Vera Chaves Barcellos e Alexandre Dias Ramos respondem pela organização e curadoria da exposição propondo uma revisão expográfica inédita no RS de sua produção artística acrescida pelo aval de terem convivido ou estudado com o artista. A obra e a vida de Julio Plaza ainda não foram objeto de publicação e seus trabalhos permanecem pobremente reproduzidos. Programada para 2013, o MAC-USP, prepara uma grande exposição de sua obra.

 

Sobre o artista

 

Artista intersemiótico e com produção multimeios, pesquisador e expert em técnicas gráficas, Julio Plaza consolidou sua obra com pintura, desenhos e objetos ainda nos anos 60, sob o vetor construtivo. Desembarcou no Brasil pela primeira vez em 1967, integrando a representação espanhola que participou da 11ª Bienal Internacional de São Paulo, e como bolsista do Itamarati, para um estágio no ESDI, Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1969, ano em que realizou o “Livro-Objeto”, com o editor Julio Pacello. No contexto brasileiro foi um desbravador da arte interativa promovida pelo surgimento de novas tecnologias da comunicação. Trabalhou com videotexto, slow-cam TV, holografia, fax e computação digital, partilhando e influenciando gerações de artistas no campo da arte mídia e protagonizando o processo de hibridação artística dos meios na chamada cultura das mídias.

 

Autor de vários livros de artistas publicou com o poeta concretista Augusto de Campos, os célebres “Poemóbiles”, de 1968 e “Caixa Preta”, de 1975, volumes impressos que permitem ao leitor transformá-los em objetos poéticos tridimensionais e ainda o livro-poema “Re-Duchamp”, de 1976.

 

Julio Plaza teve grande atuação igualmente como organizador de exposições desde seu estágio na Universidade de Puerto Rico, onde lecionou de 1969 a 1973, ano em que se estabeleceu definitivamente no Brasil.

 

Contestador radical e bastante inconformado com o sistema da arte ao qual criticava de maneira sistemática foi autor de vários aforismos, entre eles: “Arte é um bem que faz mal.”

 

Até 14 de dezembro.

Esculturas de Isaque

Isaque Pinheiro, artista português, realiza sua segunda exposição individual na galeria Laura Marsiaj, Ipanema, Rio de Janeiro, RJ. Desta vez o artista ocupará os dois espaços expositivos, a galeria e o anexo, em uma mostra que contará com 7 esculturas realizadas com diferentes materiais: mármore, couro, aço inox e madeira.

 

O trabalho de Isaque Pinheiro floresce nos limites dos procedimentos hegemônicos da arte contemporânea.  Em sua obra coexistem rasgos de noção greco-romana, renascentista, iluminista e, com certeza, de uma narrativa contemporânea. De fato, o trabalho de Isaque Pinheiro rebela-se contra a própria historia recente da escultura, atendendo tanto ao seu passado como a seu presente, assumindo seus últimos logros sem abandonar a condição formal, o oficio de escultor.

 

Resulta evidente que a evolução escultórica desde o classicismo das estátuas até hoje tem sido um universo de desencontros, inclusive poderíamos falar que a escultura assume uma repetida traição a si mesma em cada novo passo que dá.

 

Tradicional em sua forma de “fazer”, Isaque Pinheiro resolve conceitualmente, desde a tensão própria da poesia, buscando a incongruência do objeto, sua condição abstrata ainda quando se trata de uma proposta figurativa.

 

De 29 de setembro a 27 de outubro.

ArtRio 2012

14/set

Em sua primeira edição, em 2011, a ArtRio superou todas as expectativas, com instalações de alta qualidade, 83 galerias participantes, sendo 33 estrangeiras, exibindo obras de 700 artistas, atraindo mais de 46 mil visitantes e bom resultado de vendas.

 

Agora, o ápice dessas ações acontece novamente entre os dias 13 e 16 de setembro, com a segunda edição da feira internacional de arte contemporânea. A ArtRio 2012, Pier Mauá, Rio de Janeiro, RJ, vai reunir em quatro armazéns e um anexo do Píer Mauá, o acervo de quase uma centena de galerias nacionais e estrangeiras com trabalhos que abrangem desde a arte moderna até novíssimas obras de arte contemporânea – muitas delas inéditas. São aproximadamente 13.000m2 de área de feira, com 6.900 m2 voltados para a arte internacional. O “Programa Panorama” engloba as galerias já consagradas, com mais de cinco anos de existência, que tenham um papel atuante no mercado de arte. Já o “Programa Box”, apresenta a ousadia e inovação de galerias mais novas, que desenvolveram projetos artísticos inéditos, especialmente para a atual edição da ArtRio 2012.

 

A mostra “Solo Projects”, que traz obras de renomados artistas internacionais, conta mais uma vez com a curadoria de Julieta González (que já atuou na Tate Modern, Museu Alejandro Otero, Caracas e Whitney Museum, Nova York) e Pablo León de La Barra (consultor de arte, galerista e curador atuante no mercado londrino). Também em seu segundo ano, a mostra “ArtRio Videos” traz destaques das produções audiovisuais.

 

A feira ainda conta com “Espaço Kids”, oficina de artes para crianças, com coordenação de Daniel Azulay; com a “Livraria Blooks”, onde são realizados lançamentos de livros de arte e palestras gratuitas; pólo de alimentação e pockets shows com vista para o mar.

 

A ArtRio foi um divisor de águas no cenário brasileiro de artes visuais e no exterior, hoje é vista como uma das grandes feiras internacionais entre as que se realizam em diversos países.

Nelson Leirner 80

06/set

Artista múltiplo, Nelson Leirner inaugura exposição individual com o nome de “Quadro a quadro: Cem monas”, na Galeria Silvia Cintra + Box 4, Gávea, Rio de Janeiro, RJ. Esta exposição comemora os 80 anos de Nelson Leirner, completados em janeiro. O artista mantém, antes da abertura, tudo sob muito sigilo, resguardando esta instalação única que ocupará todo o espaço físico da galeria. Serão cem imagens estilizadas da clássica “Mona Lisa”, exibidas em caixas de acrílico. Séries de “Mona Lisa” usando brincos, outra de batom vermelhão, outra com bigode, etc…em suma, uma instalação temática.

 

A ironia, marca registrada em sua carreira, é evidente. Trata-se de uma crítica ao abuso da tecnologia, que banalizou a figura da “Mona Lisa” em tantas piadas recebidas pelo artista por e-mail e encontradas na internet nos últimos anos. Para “banalizar o banalizado”, segundo suas próprias palavras, Leirner retomou o espírito artesão, com intervenções manuais em imagens da criação de Leonardo da Vinci. O próprio tecido que estampa as imagens foi cortado manualmente em um trabalho que se estendeu por 10 meses até a colocação final das peças. Uma síntese de uma carreira contada através de uma espécie de filme feito à mão, visualizado por meio de 100 trabalhos.

 

A “Mona Lisa” já havia sido abordada pelo artista em sua presença na Bienal Internacional de Veneza, em 1999. O artista assina a própria apresentação do trabalho em exposição. Nelson também estará na ArtRio, com outra obra inédita e lançará um livro no final do ano.

 

Até 20 de outubro.

 

Adriana Varejão no MAM-SP

A exposição “Adriana Varejão – Histórias às margens”, no MAM-SP, Parque do Ibirapuera, São Paulo, SP, tem seleção de trabalhos fundamentais da artista. A curadoria é de Adriano Pedrosa pois ambos possuem um longo histórico de colaborações; há cerca de 15 anos trabalharam juntos na XXIV Bienal Internacional de São Paulo. Rodrigo Cerviño Lopez e Fernando Falcon, designers que já fizeram para a artista os projetos de dois livros, de seu ateliê e de seu pavilhão em Inhotim, são responsáveis pelo projeto expográfico e pelo desenho gráfico do catálogo da exibição.

 

 

A Grande Sala do MAM terá salas divididas por paredes equidistantes e contíguas, que formam salas cortadas por um corredor central. A transparência dos vidros que separam o museu do parque será mantida, ou seja, a exposição poderá ser vista também do lado de fora do MAM. Nas salas, distribuem-se 42 obras, muitas delas inéditas no Brasil, entre as quais uma em grandes dimensões produzida especialmente para a exposição. Retratando azulejos nos quais figuram plantas carnívoras, esta obra remete ao trabalho da artista presente no Panorama da Arte Brasileira de 2003, no próprio MAM-SP, em que azulejos reais traziam estampas de plantas alucinógenas. Além desse novo painel, de cerca de 18 metros de extensão, composto por 54 módulos de pintura, outros dois trabalhos foram produzidos para o MAM. Uma pintura em grande formato, com o panorama da Bahia de Guanabara, Rio de Janeiro, e um prato, ambos recriados em estilo chinês, nos quais a artista retoma sua série “Terra Incógnita”, iniciada em 1992, introduzindo elementos de seu trabalho atual.

 

Também em exibição, os exemplos mais significativos das séries de “Pratos”, “Saunas”, “Ruínas de Charque”, “Mares e Azulejos”, “Línguas e Incisões”, “Irezumis”, “Acadêmicos”, “Proposta para uma Catequese”, “Terra Incógnita” e trabalhos que a artista apresentou na Bienal de São Paulo em 1994 e 1998.

 

Palavras da artista

 

“Margem remete a mar, mas também àquilo que está fora do centro”, daí o título da mostra. Para Adiana Varejão, “a história é algo vivo, o passado não é fechado nem morto, mas está sendo constantemente recriado, e essa é uma das principais motivações do trabalho”.

 

Sobre a artista

 

Adriana Varejão nasceu no Rio de Janeiro e é hoje um dos nomes da arte brasileira mais conhecidos no mundo, com obras em acervos de instituições tais como o Museu Guggenheim, NY, Tate Modern, Londres,  Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris, Fundación “La Caixa”, Barcelona e no Inhotim Centro de Arte Contemporânea, Brumadinho, MG. Participou de quase cem exposições, entre individuais como no Centro Cultural de Belém, Lisboa, 2005, Hara Museum, Tóquio, 2007), Fondation Cartier, Paris, 2005, e coletivas, entre as quais destacam-se as Bienais de Istambul, 2011, Bienal de Bucareste, 2008, Bienal de Liverpool, 2006, Bienal do Mercosul, 2005, Bienal de Praga, 2003, Bienal de Johannesburgo, África do Sul, 1995 e Bienal Internacional de São Paulo, 1994 e 1998. Participou do Panorama da Arte Brasileira 2003, do MAM, sob curadoria de Gerardo Mosquera.

 

Até 16 de dezembro.

Inimá em Brasília

O pintor mineiro Inimá de Paula, nome da renovação da arte moderna brasileira, recebe uma justa homenagem através de exposição retrospectiva no Gabinete da Presidência da Câmara dos Deputados, Brasília, DF. A exposição “Inimá de Paula” é resultado de parceria da Câmara dos Deputados com o Museu Inimá de Paula que cedeu 24 obras pertencentes a seu acervo.

 

Reconhecido pelos críticos como mestre das cores, Inimá de Paula (1918-1999) é um dos mais importantes pintores brasileiros. Suas obras enriquecem acervos de museus e coleções particulares no Brasil e no exterior. O artista revela em suas pinturas paisagens por onde morou e andou, como bairros cariocas, o litoral cearense e cenas da velha Europa. Os caminhos que sua arte percorreu, porém, sempre o trouxeram de volta às montanhas de Minas.

 

Nascido em Itanhomi, no Vale do Rio Doce, Minas Gerais, o pintor tinha um perfil introvertido e reflexivo, que contrastava com a eloquência dos traços vigorosos, características percebidas até pelos leigos, que se comprazem diante de seus quadros. Inimá participou ativamente dos movimentos estéticos de sua época e conviveu com alguns dos maiores artistas brasileiros, como Cândido Portinari e Oscar Niemeyer, que o apoiaram no início da carreira. Atuou no Ceará e no Rio de Janeiro, cidades onde viveu antes de voltar a Minas, no início dos anos 60.

 

O espaço do Gabinete da Presidência da Câmara, abre suas portas nos finais de semana para a população e a curadoria da exposição é do senador e ex-governador mineiro Aécio Neves.

 

 

Até 27 de setembro.

Em dupla

Rodrigo Andrade

Depois de realizar em 2010 a exposição “Arte brasileira: além do sistema”, na qual artistas populares foram expostos ao lado de contemporâneos, a Galeria Estação, Pinheiros, São Paulo, SP, vem promovendo o encontro entre esses dois mundos. Agora, em “O Jogo dos sete erros – Ranchinho e Rodrigo Andrade – 10 pinturas e 10 versões”, Rodrigo Andrade se propôs a fazer releituras de obras de Ranchinho. O resultado desta “pictofagia” está reunido na exposição com 10 trabalhos inéditos do artista contemporâneo expostos lado a lado às telas do pintor egresso da cultura de raiz.

 

Andrade utilizou-se da apropriação, processo da linguagem contemporânea, e procurou a perfeição em suas releituras do mestre popular. O artista fotografou as obras e projetou as imagens em telas brancas, replicando cada pincelada. O deslocamento entre as versões é pequeno, sutil. De longe, chegam a ser idênticas, com as mesmas nuances no desenho e as diferenças surgindo apenas num olhar aproximado. O título da exposição, “O Jogo dos 7 Erros”, parte exatamente dessa semelhança exacerbada, que só revela na camada grossa de tinta, marca característica de Rodrigo Andrade, no olhar aproximado. O musico Toni Belotto, que é de Assis, mesma cidade de Ranchinho, já fez um filme em super 8 sobre o artista e assina texto para o catálogo da exposição.

 

Sobre Ranchinho

 

O artista Sebastião Theodoro Paulino da Silva, o Ranchinho, nasceu em 1923 e faleceu em Oscar Bressane, SP, 2003. Filho de bóias-frias, foi uma criança frágil e fraca, com muita dificuldade para desenvolver-se e aprender. O desenho sempre foi uma prática constante. Com o tempo não parava mais em nenhum trabalho, vivia sempre em casebres abandonados, catando sucata para vender. Por volta de 1970, o escritor e estudioso de arte José Mimessi, ensinou-lhe o manejo do guache e aos poucos sua obra chegou à cidade de São Paulo, provocando o interesse de vários colecionadores, impressionados com as soluções que adotava em suas pinturas. Em 2000, convidado por Emanoel Araújo, fez a releitura da tela de Almeida Jr. “Caipira picando fumo”, de 1893, que integrou na mostra “Almeida Júnior, um artista revisitado”, na Pinacoteca de São Paulo. Ranchinho participou ainda da Bienal Nacional de São Paulo, 1976; Bienal dos 500 anos, 2000;  e de inúmeras coletivas, entre as quais destaca-se “Pintura primitiva no Brasil”, Museu Carrillo Gil do México, 1980 e “40 pintores primitivos”, Museu Guido Viaro, Curitiba, PR, 1981.

 

Sobre Rodrigo Andrade

 

Estudou no Studio of Graphics Arts, em Glasgow, Inglaterra e frequentou o curso livre de gravura e pintura na Escola de Belas Artes de Paris, França. Desde o início de sua carreira, recebeu importantes prêmios em salões nacionais de arte. Participou da 29ª Bienal de São Paulo, SP, em 2010 e recebeu a Bolsa Vitae de Artes Plásticas em 2004. A partir de 1986, realizou diversas exposições individuais em São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Participou de inúmeras exposições coletivas no Brasil e no exterior. Em 2000, iniciou uma série de intervenções pictóricas em espaços públicos: “Projeto Parede” no MAM-SP; “Lanches Alvorada”, em um bar no centro da cidade de São Paulo, e “Paredes da Caixa” no museu da Caixa Econômica Federal, São Paulo, SP.

 

 

Até 31 de outubro.

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